SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, realizada no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), convida pessoas com diabetes que tenham, ou não, dor no ombro para estudo que pretende verificar sintomas dolorosos e a funcionalidade da articulação, além de sinais e sintomas de neuropatia diabética em indivíduos com diabetes. Os participantes receberão avaliação musculoesquelética gratuita no Laboratório de Avaliação e Intervenção do Complexo do Ombro da UFSCar.
O estudo é desenvolvido por Julia Kortstee Ferreira, sob orientação de Paula Rezende Camargo, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade. A pesquisadora avalia que o estudo é importante uma vez que a literatura sobre possíveis sintomas e alterações que podem ocorrer no ombro de quem tem diabetes ainda é escassa. "Temos indícios sobre esta relação, mas ainda faltam estudos para compreender melhor este aspecto. Além disso, este estudo avalia também como se dá a manifestação da neuropatia diabética periférica nos membros superiores (mãos e braços) de quem tem diabetes para melhor compreender como isso ocorre nesta região do corpo, visto que a maioria dos estudos aborda essa condição somente nos membros inferiores (pés e pernas)", explica Ferreira.
A neuropatia diabética é uma complicação bastante comum do diabetes e leva à ocorrência de danos aos nervos periféricos do corpo. Esses nervos carregam informações que saem do cérebro e informações que chegam até ele, além de sinais da medula espinhal. "Os danos a esses nervos fazem com que esse mecanismo não funcione bem. Desta forma, a neuropatia pode afetar um único nervo ou um grupo de nervos e manifestar sintomas como dor contínua e constante, que pode ser espontânea, além de sensações de queimação, formigamento e alterações na sensibilidade. Uma forma bastante comum da neuropatia diabética é a manifestação periférica, quando esses sintomas aparecem nas extremidades (pés e pernas, e mãos e braços)", complementa a doutoranda da UFSCar.
Como reforça a pesquisadora, já há estudos que apontam uma maior prevalência de queixas e alterações musculoesqueléticas em pessoas com diabetes quando comparadas às pessoas sem diabetes. Além disso, alguns estudos também têm apontado uma maior prevalência de dor no ombro em pessoas com a doença, mas "ainda não se sabe ao certo os mecanismos exatos que contribuem com estes quadros e, por isso, mais estudos ainda são necessários".
A expectativa da pesquisa atual é levantar resultados que ajudem a compreender melhor quais os sintomas e as alterações presentes no ombro de quem tem diabetes (como possíveis alterações de movimento e da força do ombro), assim como compreender se a neuropatia diabética tende a ocorrer simultaneamente e na mesma proporção nos membros inferiores e superiores. "Com estes achados, poderemos compreender melhor as alterações que acontecem, e poderemos pensar em pesquisas futuras que estudem intervenções e programas preventivos mais específicos para estas condições", detalha Julia Ferreira.
Para realizar o estudo, estão sendo convidadas pessoas com idades entre 18 e 65 anos. Os participantes devem ter diabetes e podem, ou não, ter dor no ombro. As pessoas voluntárias não podem ter problemas na tireoide, fibromialgia, fratura ou cirurgia ortopédica recente nos membros superiores, e ter realizado tratamento fisioterapêutico ou infiltração para o ombro nos últimos seis meses. Os voluntários passarão por avaliação única presencial, no laboratório da UFSCar, com duração de duas horas. Ao final da avaliação, os voluntários receberão uma cartilha de orientações e exercícios para o cuidado com a diabetes.
Pessoas interessadas devem preencher este formulário eletrônico (https://bit.ly/3D9AyRY). O contato com a pesquisadora também pode ser feito pelo whatsapp (16) 99714-1240 ou pelo e-mail projetodiabetes.ombro@gmail.
SÃO CARLOS/SP - Foram prorrogadas, até 31 de janeiro, as inscrições para o II Seminário Internacional de Estudos em Linguística Popular (II SIELiPop), que nesta edição será realizado de 15 a 18 de março na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A programação conta com seis mesas-redondas e quatro minicursos ofertados por renomados pesquisadores brasileiros e internacionais. Já confirmaram presença Beth Brait, Dominique Maingueneau, Diana Luz Pessoa de Barros e Dennis Preston, dentre outros.
Estudantes de graduação, pós-graduação, professores e pesquisadores da área da Linguística, e demais interessados, podem participar apresentando pesquisas ou como ouvintes. Será emitido certificado. Ao longo do SIELiPop, haverá também uma sessão de lançamento de livros. Além disso, Mário de Andrade, responsável por um legado linguístico e participante fundamental na Semana de Arte Moderna - que completou 100 anos em 2022 -, e Antenor Nascentes, que há um século publicou o livro "O Linguajar Carioca", serão homenageados ao longo da programação.
Os valores de inscrição variam de acordo com a modalidade. De acordo com o Roberto Baronas, professor do Departamento de Letras da UFSCar e um dos coordenadores do evento, 30% do valor arrecadado será doado ao Programa de Fomento à Permanência Estudantil da UFSCar, o CRIE, sigla para Captação de Recursos para Investimento em Equidade. "O CRIE tem uma função importantíssima para ajudar na permanência dos nossos estudantes que estão em condições de vulnerabilidade social. Por isso, nós convidamos todos para o nosso evento e para colaborar com os nossos estudantes", diz. O CRIE recebe doações a partir de R$ 10 de pessoas físicas. Para empresas, o valor mínimo de colaboração é R$ 50. O código PIX para doações é Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
As inscrições para o II SIELiPop podem ser feitas pelo site www.even3.com.br/2sielipop/. Na página, está disponível a programação completa e outras informações. O Seminário ocorrerá no Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP), localizado na Área Sul do Campus São Carlos da UFSCar.
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