SÃO CARLOS/SP - Cientistas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram uma nova rota para obtenção de ácido glicônico que pode facilitar a produção nacional desta matéria-prima importante em diferentes indústrias, desde a alimentícia (como regulador de acidez) e a farmacêutica (como fonte para suplementação de cálcio e ferro) até a construção civil (como aditivo de concreto) e de produtos de limpeza, dentre outras. A tecnologia desenvolvida e testada por grupo vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (PPGEQ) da UFSCar resulta na conversão de amido solúvel - de milho, batata, mandioca e outros - em ácido glicônico e sais derivados, em etapa única e com elevados rendimentos.
As duas técnicas mais utilizadas para a produção do ácido glicônico e sais derivados são a utilização de enzimas comerciais isoladas e purificadas e, principalmente, cultivos aeróbios utilizando o fungo Aspergillus niger.
O que o grupo da UFSCar desenvolveu foi um sistema em que as células do A. niger, em condição de não crescimento (células inteiras inativas), atuam como biocatalisadores, associadas, em um biorreator pneumático, a enzimas comerciais amilolíticas (α-amilase e amiloglucosidase). Assim, é dispensada a necessidade de suplementação do meio com nutrientes - para manutenção da viabilidade do fungo - e, também, de condições rigorosas de assepsia exigidas nos cultivos já empregados industrialmente. Também deixam de ser necessárias as etapas de isolamento e purificação das enzimas naturalmente presentes na parede celular do A. niger (enzimas glicose oxidase e catalase), o que contribui na redução de custos do processo com insumos.
"Até onde temos informações, o ácido glicônico usado na indústria brasileira é majoritariamente importado, e há interesse na produção nacional", esclarece Emanoela F. Queiroz Pucci, doutoranda no PPGEQ, cuja pesquisa resultou na nova tecnologia. "Para essa aplicação em escala industrial, precisamos agora de parcerias com o setor industrial, por exemplo com indústrias de processamento de amiláceos, ou indústrias que já utilizem o fungo A. niger, para promover o escalonamento da tecnologia desenvolvida em laboratório", complementa.
A tecnologia está registrada junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial, e empresas interessadas no licenciamento para desenvolvimento dessa parceria podem entrar em contato com a Agência de Inovação da UFSCar, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (16) 3351-9040. Além de Pucci, são inventores listados na solicitação de patente Alberto Colli Badino Junior e Paulo Waldir Tardioli, ambos docentes no Departamento de Engenharia Química da UFSCar.
A pesquisa teve apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Programação conta com minicursos, mesas-redondas e palestras
SÃO CARLOS/SP - O Departamento de Química (DQ) e o Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizam, entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 2023, no formato presencial, a XLIII Escola de Verão em Química (XLIII EVQ), com o tema "O que aprendemos com a pandemia?".
A programação conta com minicursos, mesas-redondas e palestras. As inscrições para o evento estão abertas e as vagas são limitadas. Inscrições, programação completa e mais informações no site do evento (www.dq.ufscar.br/evq).
SÃO CARLOS/SP - O Laboratório de Musicalização Infantil da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) irá oferecer um curso presencial de iniciação musical para crianças de 8 meses a 6 anos e suas famílias. O curso "Despertando para a música e o vínculo" terá três turmas, organizadas por faixa etária, e também uma turma destinada a gestantes. O objetivo é que as famílias participantes possam ampliar seu repertório e construir vínculos musicais e afetivos.
Confira os horários e faixa etária das quatro turmas, com 15 vagas cada: "Semente" - crianças de 8 meses a 2 anos e suas famílias, às quartas-feiras, às 17 horas; "Ninhos" - crianças de 3 e 4 anos, às quartas-feiras, às 18 horas; "Pequenas comunidades" - crianças de 5 e 6 anos e suas famílias, às terças-feiras, às 18 horas; e "Gestantes", às terças-feiras, às 17 horas. Os cursos serão oferecidos em módulos; o primeiro está previsto para iniciar em fevereiro e terá duração de 8 semanas, com encontros no Laboratório de Musicalização da UFSCar, localizado na área Sul da UFSCar. O investimento é de R$ 200.
Além das ofertas presenciais, também será realizado, na modalidade virtual, o curso "Sensibilização para profissionais da educação", destinado a profissionais da educação infantil e famílias que buscam ferramentas para oferecerem bons momentos musicais às crianças. Os encontros são quinzenais, às terças-feiras, às 19 horas, com previsão de início em fevereiro e híbridos (na modalidade presencial no Laboratório e via Google Meet para quem não pode estar no presencial). O investimento é de R$ 200.
Os interessados podem manifestar interesse pelos cursos neste formulário (https://bit.ly/3kVYp1e). É solicitado que os participantes apresentem comprovação de esquema vacinal para Covid-19.
Mais informações podem ser consultadas no perfil do Instagram do Laboratório de Musicalização (www.instagram.com/musicaliza.
Sobre os cursos
As turmas dos cursos presenciais são divididas de acordo com a faixa etária e contexto das crianças e participantes e contemplam processos diferentes:
"Semente": processos que consideram a primeira etapa de vida dos bebês, suas necessidades biopsicossociais, e seus familiares ainda muito conectados ao momento da gestação e concretização do bebê no seio familiar, trazendo à família as primeiras oportunidades e aprendizagens da maternidade, paternidade e até mesmo da fraternidade quando já há outras crianças na família que presenciam a chegada de um novo membro.
"Ninhos": as propostas levam em conta o núcleo familiar, por meio de aprendizagens simbólicas que vão sendo incorporadas na rotina das famílias na construção dos saberes e das relações mais íntimas que envolvem seus membros.
"Pequena comunidade": nesta categoria, os processos musicais envolvem a crescente necessidade de exploração e ação da criança e da família, na medida em que novas referências vão sendo necessárias para a crescente socialização. Em todos esses momentos, os trabalhos consideram tanto as crianças, quanto o momento único de seus responsáveis que vão aprendendo junto a se tornarem pais, mães, avós, tias, tios...
Gestantes: neste curso, a equipe tem como objetivo apoiar a construção de vínculos musicais e afetivos entre as pessoas gestantes e parcerias e seus bebês. Trabalhos de apreciação musical, práticas de canto e instrumentos desenvolverão habilidades musicais que banharão o histórico do bebê e ampliarão o repertório da família.
Além dos presenciais, há o "Curso para profissionais da Educação e famílias de crianças de 0 a 6 anos", na modalidade híbrida, que visa dar ferramentas para adultos que desejam oferecer momentos musicais de qualidade às suas crianças em casa ou em ambientes educativos. Serão partilhados brincadeiras cantadas, acalantos e músicas que respeitam o desenvolvimento infantil.
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