Iniciativa testa programa remoto como alternativa de intervenção para idosos e cuidadores em relação a saúde mental, qualidade de vida e capacidade funcional
SÃO CARLOS/SP - Na pandemia de Covid-19, a população idosa demanda cuidados especiais não apenas pelos riscos associados diretamente à doença, mas também pela impossibilidade de realização presencial de intervenções necessárias à manutenção de sua saúde e da qualidade de vida, especialmente de pessoas com distúrbios neurodegenerativos, como é o caso dos vários tipos de demência.
Nessa realidade, pesquisadores das áreas de Fisioterapia, Gerontologia e Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) iniciaram projeto de pesquisa que testa um programa de telerreabilitação - ou seja, utilizando recursos tecnológicos de informação e comunicação para viabilizar intervenções a distância - para idosos com demência e seus cuidadores.
A iniciativa, realizada pelo Laboratório de Pesquisa em Saúde do Idoso (LaPeSI) da UFSCar e financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), objetiva analisar os efeitos desse programa em relação a três aspectos no cotidiano dessa população: saúde mental, qualidade de vida e capacidade funcional (que se refere à habilidade de realizar atividades físicas e mentais do cotidiano, garantindo a autonomia da pessoa).
Larissa Pires de Andrade, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) e coordenadora do projeto, conta que apesar de os principais sinais clínicos da demência envolverem comprometimentos cognitivos, como prejuízos à memória e à atenção, estudos mostram que ela também traz, com frequência e em seus estágios iniciais, prejuízos motores e funcionais, que exigem intervenções fisioterapêuticas precoces para prevenir agravamentos na parte física.
Em estudos anteriores, Andrade, juntamente com orientandos, desenvolveu um protocolo de intervenção para ser aplicado em ambiente domiciliar. Um grande desafio diz respeito às funções cognitivas da população atendida. "Durante a avaliação física, o paciente comumente demonstra dificuldades em relação às intervenções fisioterapêuticas propostas, mas não pela habilidade física em si, e sim por um não entendimento do exercício. Outras vezes, ele possui distúrbio de comportamento, como irritabilidade, agressividade, e não quer fazer o exercício. Por isso a importância de um acompanhamento próximo tanto ao idoso como ao cuidador, mostrando caminhos para superarmos essas barreiras", situa a pesquisadora.
Antes da pandemia, os pesquisadores iam até a casa do paciente para testar o protocolo, orientando o cuidador pessoalmente. Nesse estudo inicial, os resultados mostraram alta adesão às sessões (93,75%), e o protocolo se mostrou eficaz considerando a mobilidade dos idosos, pois aumentou significativamente a força muscular e a capacidade funcional, além de diminuir o risco de quedas.
Com a pandemia e consequente distanciamento social, o protocolo aderiu à telessaúde, migrando acompanhamento e orientações para o formato online. A ferramenta é multicomponente. Para a percepção da saúde mental e da qualidade de vida, que se tornaram aspectos ainda mais importantes nesse período, há a aplicação de questionários, aos quais tanto o idoso como o cuidador respondem, para avaliação de similaridades e discrepâncias nas respostas. Um outro questionário avalia a saúde mental específica do cuidador, para, se necessário, dar suporte emocional a ele também.
"O cuidador comumente apresenta sobrecargas física e emocional, já que tem a sua rede de apoio diminuída e a necessidade de ficar dentro de casa, todo o tempo, com os idosos. Nosso protocolo prevê o cuidado também com ele, por meio de uma orientação profissional e apoio, demonstrando que ele não está sozinho", enfatiza Andrade.
Já a capacidade funcional envolve, além de questionários relacionados a memória, atenção e linguagem, exercícios físicos multimodais que compreendem trabalho de força, equilíbrio, sensibilidade e capacidade aeróbia.
Avaliação
Atualmente, o projeto busca pessoas com mais de 60 anos, que tenham diagnóstico de demência leve ou moderada e não tenham restrição de atividade física, para participar voluntariamente do estudo e testar o protocolo que envolve especificamente a telerreabilitação.
A ferramenta deve ser acessada pelos voluntários por meio de uma plataforma online e os pesquisadores realizam uma capacitação prévia com o cuidador. Em seguida, aplicam os questionários e acompanham as intervenções com os idosos, que correspondem à realização de exercícios físicos três vezes por semana.
Durante as duas primeiras semanas, o acompanhamento é integral, online. A partir da terceira semana, o cuidador deve fazer os exercícios com o idoso sem acompanhamento, conforme explica Carolina Tsen, estudante de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar e integrante do estudo.
"Os exercícios são adaptados para serem feitos em casa e auxiliam na cognição, no equilíbrio e na força. Ao longo de todo o período, nossa equipe realiza adaptações, se necessário. Em seguida, espaçamos os acompanhamentos, realizando-os a cada duas semanas, e depois uma vez ao mês. Conforme o tempo passa, evoluímos e colocamos cargas nos exercícios. Após 12 semanas, fazemos uma reavaliação online, repetindo testes físicos e aplicação dos questionários para, assim, analisar os dados, avaliar a adesão e possíveis evoluções ou lacunas", detalha Tsen.
Pessoas interessadas em participar do projeto - aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE nº 34696620.0.0000.5504) - podem entrar em contato pelo telefone (45) 99960-4522 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Desafios e perspectivas
Para Andrade, os principais desafios do projeto envolvem chegar até a população almejada e a aderência à telerreabilitação. Embora no Brasil ainda existam poucos estudos na área, pesquisas em outros países apontam a eficácia da modalidade. "Nosso intuito é disseminar esse protocolo para todo o País, já que não há limites geográficos para implementá-lo", relata.
Porém, a própria telessaúde, pelo fato de ser totalmente online, já apresenta desafios. "No Brasil, há dificuldade de acesso à tecnologia e à Internet, o que limita parte do público em receber a intervenção. Além disso, nós, da área da Saúde, estamos acostumados ao contato físico, a colocar a mão no paciente. Outro desafio é, também, conseguir que o idoso faça os exercícios a distância, sem a presença física do profissional", elenca a pesquisadora.
Apesar das dificuldades, Andrade tem boas expectativas em relação à testagem do protocolo. "Assim como os resultamos preliminares que mostraram boa aderência ao protocolo domiciliar convencional, esperamos alta aderência também ao programa na modalidade de telerreabilitação, melhorando capacidade funcional, saúde mental e qualidade de vida de idosos e seus cuidadores", sintetiza a pesquisadora.
Além disso, caso os resultados do protocolo de intervenção comprovem seus benefícios, a perspectiva futura é disponibilizá-lo aos profissionais de Saúde pelo Brasil, para que também possam utilizar a ferramenta online e, assim, auxiliar idosos com demência e seus cuidadores.
Mais informações sobre o projeto podem ser acompanhadas em seu perfil no Instagram (https://www.instagram.com/
Espaço foi inaugurado pela Prefeitura de Araras durante a Festa da Árvore
ARARAS/SP - No último dia 7 de junho, foi realizada a Festa das Árvores. O evento foi promovido pela Prefeitura de Araras, que contou com a parceria da Diretoria do Centro de Ciências Agrárias (CCA) do Campus Araras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para a revitalização do Espaço Eco-Cultural João Pedro Cardoso, entregue durante o evento. A revitalização incluiu a recuperação de área verde e plantio de diversas árvores. O local deve receber outras reformas para ser utilizado pela população ararense.
"Estamos muito contentes com essa parceria, juntamente com a Secretaria de Cultura. É a primeira de muitas ações que nós pretendemos realizar no município. Consideramos muito importante estreitar laços e fazer com que a Universidade se torne integrada à nossa comunidade de Araras", declarou o professor Ricardo Toshio Fujihara, diretor do CCA, que participou da festividade.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Agricultura, Rodolfo Bergamin, a parceria reflete alguns dos maiores objetivos da pasta: a recuperação de áreas verdes na cidade e a educação da população sobre a importância da preservação do meio ambiente.
Conhecida como "Cidades das Árvores", Araras foi pioneira em comemorar o "Dia da Árvore", em 7 de junho de 1902. A Festa das Árvores, que tem como principal objetivo o resgate histórico-cultural da cidade, marcou a retomada da festividade, que há muito tempo não acontecia. De acordo com a Prefeitura, a Festa das Árvores de 1902 aconteceu nos moldes do "Arbor Day", realizado nos Estados Unidos, onde já se discutia o desenvolvimento da consciência ecológica nas pessoas, principalmente por meio da educação dos mais jovens. Na época, Araras foi a primeira cidade do Brasil a sediar evento ecológico.
A festa foi transmitida ao vivo e está registrada no Facebook (https://fb.watch/60x5s1qnqg). Saiba mais na matéria do site da Prefeitura de Araras (https://araras.sp.gov.br/
Título homenageia a trajetória do escritor e seu compromisso com a educação pública e a transformação do País
BURI/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realiza no dia 2/7, às 9 horas, a cerimônia de entrega do título de Doutor Honoris Causa a Raduan Nassar por sua trajetória na Literatura e, também, considerando sua participação na história da Universidade, a partir da doação, em 2012, da fazenda Lagoa do Sino, onde hoje está o Campus Lagoa do Sino da UFSCar.
A cerimônia será realizada de forma remota e transmitida ao vivo nos canais oficiais da UFSCar (@UFSCar oficial) no Facebook (https://www.facebook.com/
RADUAN NASSAR - Raduan Nassar (Pindorama, 27 de novembro de 1935) é um escritor brasileiro galardoado com o Prêmio Camões em 2016. Na adolescência foi para São Paulo com a família, onde cursou Letras, Direito e Filosofia na Universidade de São Paulo (USP). Estreou na Literatura no ano de 1975, com o romance Lavoura Arcaica. Em 1978, foi publicada a novela Um Copo de Cólera, escrita em 1970. Em 1997, foi publicada a obra Menina a caminho, reunindo seus contos dos anos 1960 e 1970.
Com apenas três livros publicados, é considerado pela crítica como um grande escritor e comparado a nomes consagrados da Literatura Brasileira, como Clarice Lispector e Guimarães Rosa. Deixou de escrever em 1984 e passou a dedicar-se à atividade rural na Fazenda Lagoa do Sino. Atualmente mora na cidade de São Paulo.
Captação de Recursos para Investimento em Equidade (CRIE) configura projeto emergencial para fomento à permanência estudantil
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem como princípios de atuação a oferta de Educação Superior pública, gratuita e de qualidade e a promoção da inclusão e da diversidade. Esses princípios se concretizam em seu Programa de Ações Afirmativas articulado ao Programa de Assistência Estudantil, que visam à democratização do acesso e à garantia de permanência com qualidade na Universidade a toda a população de estudantes. No entanto, as ações voltadas à permanência estudantil, entendidas como direito dos estudantes, estão sob risco de serem inviabilizadas diante da redução de recursos destinados à Universidade nos últimos anos e, muito especialmente, no orçamento para 2021
Nesse contexto sistêmico e crítico de cortes orçamentários, os recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) destinados à UFSCar foram, neste ano, da ordem de R$ 8 milhões, diante de uma necessidade de R$ 10 milhões, mesmo déficit observado em 2020. Assim, como medida emergencial, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Universidade (FAI-UFSCar) estruturou, em parceria com a Instituição, o CRIE - sigla para Captação de Recursos para Investimento em Equidade.
A iniciativa permite que qualquer pessoa ou empresa faça doações a partir de R$ 10,00, para ajuda no custeio a moradia, alimentação, transporte e outras necessidades de estudantes em situação de vulnerabilidade. Para doações em valores de até R$ 500,00, é possível usar o PIX Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Para colaborações acima desse valor, basta acessar bit.ly/crieufscar. É possível contribuir por débito automático, transferência bancária ou boleto.
"A UFSCar pretende contar com o apoio de seus estudantes egressos, que hoje ocupam lugares de destaque no mercado de trabalho e podem retribuir o que conquistaram a partir da sua formação na Universidade e, mais importante, contribuir para que outros jovens tenham as mesmas oportunidades neste momento difícil. Queremos contar com a sensibilidade de empresários e o maior número de pessoas possível de todos os outros setores da comunidade que podem nos ajudar nesta importante tarefa", afirma a Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira.
Atualmente, dois mil estudantes dos cursos de graduação da UFSCar recebem bolsas ou outros tipos de auxílio à permanência. Outros 300 graduandos moram em edifícios próprios da UFSCar ou casas alugadas pela Instituição. Esses números representam cerca de 14% do total de estudantes dos quatro campi da Universidade. Além das bolsas, a UFSCar também oferece suporte socioassistencial, de saúde física e mental, e acompanhamento pedagógico para estudantes que enfrentam diferentes tipos de situação que podem impactar negativamente seu desempenho e conclusão de curso.
"Hoje em dia, a UFSCar investe por mês cerca de R$ 900 mil em bolsas, outros auxílios e pagamento de aluguéis e gás de cozinha para as moradias. Porém, desde janeiro de 2021, tem recebido cerca de R$ 700 mil mensais de recursos do PNAES do Governo Federal. Nosso investimento em assistência estudantil chegou a ser na ordem de R$10 milhões por ano e, nos últimos anos, tem recebido cortes sistemáticos. Os recursos atuais são iguais ao que a UFSCar recebia em 2014, sem corrigir a inflação", explica Djalma Ribeiro Junior, Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis da Universidade. Recursos de outras fontes do orçamento têm sido usados para quitar esse déficit.
O Pró-Reitor ressalta que os estudantes que passam pela universidade pública têm o direito de se graduar em condições adequadas, e que esse direito está em risco.
"Não estamos abrindo mão da luta para recomposição do orçamento pelo Governo Federal, mas o CRIE é uma possibilidade de conseguirmos, neste momento, por meio das doações, garantir a permanência estudantil. O dinheiro doado vai complementar as ações de assistência da UFSCar, que é uma referência já há muitos anos", lembra o dirigente. Targino de Araújo Filho, Diretor Executivo da FAI-UFSCar, classifica a situação financeira da Universidade como dramática. "Nós temos uma redução em relação aos recursos que nós recebemos que vai inviabilizar a assistência estudantil na Universidade. Quase 20% dos nossos estudantes de graduação são de famílias que têm uma renda menor do que um salário mínimo e meio por pessoa. Para permanecerem na Universidade, milhares de alunos dependem de bolsas", alerta.
A distribuição dos investimentos arrecadados pelo CRIE será feita no âmbito das ações coordenadas pela Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE). "Todo o dinheiro doado será repartido por meio de editais, com critérios e procedimentos de análise socioeconômica já existentes na Universidade", explica Djalma Ribeiro Junior. Na avaliação dele, o número de estudantes que precisam de ajuda para se formar deve aumentar por conta do empobrecimento das famílias brasileiras neste momento de pandemia.
"A redução de investimentos e o empobrecimento da sociedade provocado pela pandemia de Covid 19 reflete em um número maior de pessoas em situação de vulnerabilidade e mais estudantes precisando de apoio. Estamos passando por um momento de crise. O Brasil começa a entrar de novo no mapa da fome e o número de famílias em situação de miséria aumenta. Precisamos buscar investimentos", defende o Pró-Reitor. Targino de Araújo Filho lembra também que a pandemia colocou em evidência a importância da Ciência para toda a população. "São as universidades que fazem a Ciência no Brasil, e são esses estudantes que constroem o desenvolvimento socioeconômico do País. Assim, quando os apoiamos, estamos apoiando o País", ressalta.
"A UFSCar tem de ser um espaço cada vez mais democrático, e isso passa pela permanência estudantil. Esse também é um pilar da Educação Superior pública, para além do ensino, da pesquisa e da extensão. O CRIE pode ajudar muito, sem dúvidas, a passar por essa fase que a gente está vivendo. Peço a empatia de todos para somarmos forças", convoca a Reitora da UFSCar.
Edital já está disponível, com oferta de 12 vagas
SOROCABA/SP - O Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA-So) da UFSCar-Sorocaba divulgou o edital do processo seletivo de alunos regulares para o curso de mestrado, com ingresso no primeiro semestre de 2022.
O PPGA tem o objetivo de formar pesquisadores capazes de atuar no aperfeiçoamento dos sistemas de gestão, considerando as relações entre as organizações, no contexto das diversas perspectivas de desenvolvimento. Nessa seleção, são ofertadas 12 vagas, distribuídas em duas linhas de pesquisa: "Gestão na Cadeia de Suprimentos" e "Gestão Financeira e Desempenho Organizacional".
O processo seletivo terá duas etapas, ambas eliminatórias e classificatórias: Teste da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Anpad) - cuja próxima prova é dia 27 de junho - e análise do projeto de pesquisa.
As inscrições podem ser feitas de 30 de junho a 31 de outubro. Todas as informações devem ser conferidas no edital do processo seletivo para aluno regular 2021 (ingresso 2022), disponível no site do PPGA-So (www.ppga.ufscar.br).
Ingresso está previsto para o mês de setembro
SÃO CARLOS/SP - Estão abertas, até 14 de julho, as inscrições para o processo seletivo do Doutorado em Engenharia Urbana (PPGEU) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com ingresso em setembro de 2021. O edital completo pode ser conferido neste link (https://bit.ly/3uHQ8gz).
O Programa está ofertando um total de 17 vagas, distribuídas nas três áreas de pesquisa: Urbanismo (quatro vagas), Geotecnia e Geoprocessamento (nove vagas) e Saneamento (quatro vagas).
Ficha de inscrição, documentos e demais informações podem ser obtidos no site do Programa (www.ppgeu.ufscar.br), no link Ingresso.
Sobre o Programa
O PPGEU da UFSCar teve seu Mestrado criado em 1994, sendo um dos primeiros do país com a abordagem de pesquisa em sistemas de engenharia aplicáveis no território urbanizado. Trabalhados como eixos estruturantes, o planejamento urbano, o saneamento, o transporte e a geotecnia são vistos de forma integrada às áreas de meio ambiente, habitação social e geoprocessamento. A crescente taxa de urbanização das cidades brasileiras é uma das principais questões atuais que desafia a comunidade acadêmica, requerendo respostas abrangentes sobre os diversos problemas urbanos para o desenvolvimento de um conhecimento sólido e sistêmico. Além de buscar atender à demanda de um mercado de trabalho cada vez mais aberto a profissionais com conhecimentos integrados, o PPGEU resgata o papel social do engenheiro e de outros profissionais que estejam comprometidos com a qualidade de vida nas cidades.
Estudo internacional, em parceria com a Itália, evidencia desafios do cotidiano na Educação Infantil durante a pandemia de Covid-19
SÃO CARLOS/SP - Junto à crise sanitária, a crise educacional é uma das principais implicações da pandemia de Covid-19, com impactos na atual geração de crianças e grandes desafios para oferta de ensino significativo e com qualidade. Na permanência do atendimento não presencial e de ensino remoto, a problemática se aprofunda no caso das instituições de Educação Infantil, que atendem crianças de 0 a 5 anos.
Justamente para mapear, analisar e compreender a organização da prática educativa na Educação Infantil em contexto não presencial durante a pandemia, o Centro de Pesquisa da Criança e de Formação de Educadores da Infância (Cfei) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveu pesquisa em parceria com a Università degli Studi Roma Tre (UniRoma Tre), no âmbito de convênio internacional, coordenado na UFSCar por Aline Sommerhalder, docente no Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTTP) e no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e uma das diretoras do Cfei.
O estudo investigou o tema junto a cerca de 450 profissionais atuantes nos dois países, sendo 150 no Brasil, entre professoras e outras educadoras de instituições municipais de Educação Infantil, coordenadoras pedagógicas e diretoras. A coleta de dados incluiu a aplicação de questionários online, no período de abril a junho de 2020.
No Brasil, a maior parte do grupo participante foi de profissionais mulheres (92,6%), na faixa etária de 31 a 60 anos (84,2%), atuantes principalmente no setor municipal de ensino (78,4%). Muitas são pedagogas (72%) com pós-graduação (69,6%), sendo, portanto, profissionais com alto nível de formação (especialização, mestrado ou doutorado) e experiência, com 5 a 25 anos de atuação profissional (68,2%).
Os resultados brasileiros evidenciaram, dentre outros pontos, a transferência de responsabilidades às famílias e, de outro lado, a inexistência de condições para exercício adequado das atividades escolares no ambiente doméstico.
Dados já sistematizados no estudo mostram que a maior preocupação das profissionais brasileiras (91%) dizia respeito, no momento inicial da pandemia, à condição emocional das crianças e à expressão de uma mensagem tranquilizadora às famílias. Além disso, grande parte das educadoras (89%) almejava a continuidade do trabalho educativo - antes feito nas escolas - no contexto doméstico, com foco no brincar e nas aprendizagens. As participantes (86%) também consideram que a memória da escola é um elemento de grande relevância nas intenções educacionais no cenário de distanciamento. Ou seja, que as famílias se tornam responsáveis, no trabalho escolar remoto, por manter a memória da escola viva nas crianças, desenvolvendo atividades do cotidiano da Educação Infantil, como contação de histórias, cantigas, uso de brinquedos como massinha de modelar e materiais como papéis, lápis de cor ou giz de cera, bem como experiências de recorte e colagem.
Assim, os resultados da investigação anunciam uma demanda às famílias, de modo que as crianças consigam manter o vínculo com as profissionais e a memória de viver a infância no cotidiano da Educação Infantil, além das novas aprendizagens. Das respostas, 93% indicam que os familiares precisam criar e sustentar um espaço lúdico nos espaços domésticos, considerando o brincar como um eixo organizador das práticas de cuidar e de educar.
Na perspectiva das educadoras brasileiras, as demandas para as atividades não presenciais que se voltam às famílias são diversas, e a pesquisa também busca compreender em quais condições as escolas e as profissionais conseguem dar suporte às crianças e às famílias para a manutenção dessas atividades, e se os familiares conseguiram promover as adequações necessárias nos contextos domésticos.
Didattica a Distanza
Na caracterização da realidade dos países estudados, o estudo apontou grandes diferenças, envolvendo especialmente três fatores: densidade demográfica, desigualdade social e características estruturais. Na Itália, o número de filhos por família é menor que no Brasil e, além disso, uma parcela importante das crianças nas escolas públicas de Educação Infantil vem de famílias com melhores condições socioeconômicas, com menores índices de desigualdade social, em relação ao Brasil.
"A Itália teve estrutura e investimento, com ação política no nível nacional, para reagir de forma emergencial ao cenário da pandemia. O País criou uma política educacional específica, inclusive com a implementação de estrutura chamada de 'Didattica a Distanza'", informa Sommerhalder.
Já no Brasil, os dados são discrepantes. As crianças que estudam em escolas públicas na Educação Infantil geralmente não têm boas condições socioeconômicas, e indicadores apontam que, quanto menor a escolarização das famílias, maior a quantidade de filhos. Essas crianças não têm acesso a computadores, tablets ou celulares com conexão à Internet de qualidade razoável.
"Na época da coleta de dados, as ferramentas utilizadas pelas educadoras para se comunicarem com as famílias não se constituem como recursos pedagógicos ou didáticos, são redes sociais como Facebook e WhatsApp, com ações diretas somente uma vez por semana, com duração de 15 a 20 minutos. E muitos materiais foram disponibilizados apenas impressos, segundo os resultados preliminares do estudo, justamente para atender às famílias e crianças sem acesso à Internet. É uma diferença gigantesca de realidades entre os dois países", detecta a pesquisadora.
Assim, a transferência de responsabilidade pelas atividades, em alguma medida, da escola para a família evidenciada na pesquisa é um cenário muito difícil de se concretizar com qualidade no caso brasileiro. "Além de todas as necessidades impostas pela pandemia, como gestões doméstica, de trabalho e do orçamento, precisar aproximar ou tentar reproduzir uma rotina de educação infantil em contextos domésticos com as crianças (muitas vezes, várias) se torna algo inviável ou de muito difícil realização. Além disso, a família não tem o papel de exercício da docência, com formação, condições estruturais e uma rede de suporte para tanto, ao que se soma o fato de que as aprendizagens, na educação infantil, ocorrem na convivência, no brincar coletivo e nas relações afetivas com a professora e com as outras crianças", enfatiza Sommerhalder.
O Cfei e a UniRoma Tre estão realizando outro estudo que investiga a percepção das famílias, atualmente na etapa de análise de dados.
Desafios
Diante desses resultados, Sommerhalder reflete sobre a inadequação de um sistema de ensino a distância (ou atividades remotas ou não presenciais) na Educação Infantil, sinalizando que o problema se acentua diante de um calendário estendido desse tipo de trabalho ou possibilidade de anúncio como solução definitiva, muito especialmente no Brasil. "Além de não ser responsabilidade das famílias fazer o papel da escola e das professoras, as crianças da Educação Infantil precisam estar em convívio presencial com as demais crianças e as profissionais. É no espaço da escola e do coletivo escolar que as práticas educativas e de cuidados acontecem", enfatiza a pesquisadora da UFSCar.
Sommerhalder indica a necessidade de formulação, no Brasil, de políticas públicas que reconheçam a função social da escola. Defende, também, a urgência de pensar na volta do atendimento presencial de forma segura e articulada, entendimento que implica a caracterização de três ações como fundamentais: vacinação de todos os profissionais que atuam no ambiente escolar; ampliação de recursos humanos, com a contratação de mais educadores e, consequentemente, formação de turmas menores para evitar a aglomeração; e investimento em infraestrutura e materiais nas unidades escolares.
"Dentro desse investimento, entram os recursos financeiros para mudanças estruturais, como a valorização de ambientes abertos, ventilação ampla em salas, ampliação dessas salas ou criação de outras, além de compra de materiais básicos, o que inclui kits de higienização, para atendimento ao protocolo de uso de máscara e higiene de mãos. São, portanto, desafios complexos diante das políticas educacionais atuais na realidade brasileira", avalia.
As pesquisas estão sendo realizadas por Sommerhalder em parceria com Fernando Donizete Alves, docente do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) e do PPGE, ambos da UFSCar, e também diretor do Cfei, com a participação de pesquisadora de pós-doutorado do Cfei e os parceiros da UniRoma Tre.
Projeto Muda8 conta com parceria do Enactus UFSCar
SÃO CARLOS/SP - Aliar a produção e o acesso de alimentos saudáveis à geração de renda: essa é a proposta do projeto Muda8, do programa Enactus da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que implantou uma horta no bairro São Carlos VIII, a fim de comercializar hortaliças de qualidade, sem uso de nenhum tipo de produto industrial ou agrotóxico, a preço muito abaixo do mercado. Com a ampliação do projeto, os produtos agora também estão disponíveis para venda a toda a população.
São comercializados aproximadamente 15 tipos de hortaliças, que variam conforme as estações do ano. Entre elas, alface crespa, lisa e mimosa, couve, salsinha, cebolinha, rúcula, coentro, brócolis, couve-flor e repolho. Todas são vendidas a R$ 2, diretamente na horta, que fica na Av. Comendador Oscar Freire, s/n, e funciona no período da manhã. O contato direto com os produtores pode ser feito pelo WhatsApp (16) 99342-3861 ou (16) 99756-9767.
O manejo da horta é feito pelos integrantes da família Almeida - José Carlos, Eliana Gomes, Talia Gabriela, Jéssica Ieda e Maicon -, residentes no bairro. Eles obtêm renda por meio da venda dos produtos. "Com a produção e venda de hortaliças, a família tem a chance de ter seu próprio negócio, não precisando depender de subempregos, como a maioria da população local. Dessa forma, a renda obtida com a horta proporciona melhorias significativas na qualidade de vida de Carlos e sua família", explica Gabriel Saba de Almeida Cunha, estudante do curso de Engenharia de Produção e integrante do Enactus UFSCar.
O projeto, que tem parceria das empresas Semeia Compostagem, Francisco Esterco e Viveiro Ranzini, surgiu a partir de duas problemáticas encontradas no bairro São Carlos VIII: o descarte irregular de lixo e, principalmente, o acesso limitado a alimentos saudáveis pela comunidade. "No caso, existia um terreno com descarte irregular de lixo (lixão) e foi encontrada uma oportunidade de limpeza deste terreno com a transformação do local em uma horta", conta o integrante do Enactus UFSCar.
Implantado em 2014, o projeto enfrentou um desafio: expandir a produção da horta, tanto em relação ao número de canteiros quanto à diversidade de hortaliças. "Atualmente, após uma expansão da produção contínua, estamos prevendo nos próximos meses maior oferta do que procura. Dessa forma, queremos divulgar os grupos de vendas e os canais possíveis para que mais gente possa conhecer a horta", afirma Gabriel Cunha. Além disso, o projeto já está estruturando um serviço de entregas, uma vez por semana, a ser implantado nos próximos meses.
Outro objetivo do projeto é garantir o acesso a alimentos saudáveis: "A comunidade do projeto reside em um bairro mais afastado do centro da cidade, o que resulta em uma oferta menor de opções de alimentos, além do baixo poder econômico dessa população, já que produtos orgânicos podem custar até 257% a mais", avalia o estudante da UFSCar.
Para saber mais sobre o Muda8 e acompanhar a oferta de produtos disponíveis, acesse as páginas do projeto no Instagram (instagram.com/muda8), Facebook (facebook.com/projetomuda8) ou entre em contato diretamente com os produtores pelo WhatsApp (16) 99342-3861 ou (16) 99756-9767.
Atividade é gratuita e pode ser acompanhada pelo YouTube por todo o público
SÃO CARLOS/SP - No dia 11 de junho, o Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh) realiza nova edição da série de eventos online que aborda a aprendizagem e novos desafios após um ano de Covid-19. Na apresentação desta semana, o tema será "Saúde materno-infantil em tempos de Covid-19". A live será transmitida ao vivo, a partir das 14h20, pelo canal do HU no YouTube (encurtador.com.br/aJMTW). A atividade é aberta ao público, especialmente a profissionais, pesquisadores, estudantes e docentes da área da Saúde, é gratuita e não há necessidade de inscrição.
A abertura do evento será feita por Daniela Brassolatti, Chefe da Unidade de e-Saúde do HU-UFSCar, com mediação de Letícia Pancieri, enfermeira do HU-UFSCar. A mesa-redonda abordará os seguintes temas: morbidade e mortalidade em gestantes; Projeto Nascer e Covid-19; aleitamento humano; manifestações da Covid-19 em crianças; e repercussões de isolamento para crianças. Participam da atividade as professoras da UFSCar Carla Andreucci Polido e Flávia Pileggi Gonçalves, do Departamento de Medicina; Monika Wernet e Natália Stofel, do Departamento de Enfermagem; e Maria Fernanda Barboza Cid, do Departamento Terapia Ocupacional.
Os encontros online são realizados no formato de mesa-redonda, com espaço para perguntas dos participantes e mediados de forma a garantir as perspectivas multiprofissionais e interdisciplinares dos temas tratados. A atividade, promovida pela Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) do HU, é um momento importante para compartilhamento de conhecimentos entre os envolvidos no cuidado das pessoas com Covid-19.
Outros temas
O cronograma das lives tem mais quatro temáticas: "Comprometimentos Cardiovasculares, Renais e Neurológicos", no dia 18/6; "Cuidado Integral Pós-Covid-19", em 25/06; "Saúde Mental", em 2/7; e "Vacinas e desafios para o futuro", no dia 16/7. As atividades serão sempre às sextas-feiras, à tarde, com transmissão pelo canal do HU no Youtube. Os eventos também ficarão disponíveis no canal para acesso posterior.
Primeiro encontro, nesta quinta, fala de coleções e acervos históricos e biológicos
SÃO CARLOS/SP - Estreia nesta quinta-feira, dia 10 de junho, às 17 horas, a série de eventos "Convergências", iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa (ProPq) em parceria com a Assessoria para Comunicação Científica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O primeiro encontro, intitulado "Acervos e coleções: do passado na memória a futuros diversos pela pesquisa e formação", partirá da apresentação e de reflexões sobre as coleções biológicas do Laboratório de Estudos Subterrâneos (LES, www.lesbio.ufscar.br) e o acervo da Unidade Especial de Informação e Memória (UEIM, www.ueim.ufscar.br) para identificar as convergências, conceitos, categorias, problemas e soluções comuns aos esforços e objetivos das duas iniciativas e, também, outras de mesma natureza.
"No contexto da gestão participativa da ProPq, algo que queremos concretizar é a integração dos diferentes saberes que existem na Universidade, tão rica em suas linhas de pesquisa. 'Convergências' vem para iniciar esse diálogo", situa o Pró-Reitor de Pesquisa da UFSCar, Ernesto Chaves Pereira. "Queremos, a partir de diferentes pontos de partida, alcançar o lugar de discussão construtiva e integrativa desses saberes, bem como dar visibilidade a essa possível convergência de formas de pensar, de diferentes abordagens para um determinado problema, a partir do cuidado com uma linguagem que possa ser compreendida por não especialistas", complementa.
Para tanto, participam do primeiro encontro Maria Elina Bichuette, docente do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE), e João Roberto Martins Filho, professor aposentado junto ao Departamento de Ciências Sociais (DCSo).
Bichuette coordena o LES, voltado a estudos de Espeleobiologia ou Biologia Subterrânea. Neste contexto, mantém, desde 2006, coleção importante de exemplares da biota subterrânea, coletados na pesquisa de campo em cavernas e outros ambientes subterrâneos. O acervo do Laboratório inclui aquários com peixes cavernícolas e invertebrados, fundamentais ao conhecimento e conservação da biodiversidade subterrânea.
Já Martins Filho foi o fundador do Arquivo Ana Lagôa de política militar, em 1996. Hoje, o Arquivo integra a UEIM, criada em 1998, da qual o docente foi Diretor entre 2007 e 2013. A UEIM, vinculada ao Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) da UFSCar, é voltada à conservação da memória histórica e cultural regional e nacional, abrigando documentos privados e públicos, mapas e plantas históricas, cartazes, folhetos, almanaques, fotografias, obras de arte e de artesanato, filmes, microfilmes, discos de vinil, partituras e coleções de periódicos, além de cerca de 40 mil livros.
O encontro será transmitido nos canais UFSCar Oficial no Facebook (www.facebook.com/
"Em um belo poema, Drummond faz referência a um tempo de homens partidos. Ainda guardam grandes verdades esses versos. Vivemos um tempo de seres partidos e apartados uns dos outros. Mas também a Ciência parece enfrentar um tempo de saberes partidos. Reflexo de um modelo de ultraespecialização, cada campo do conhecimento foi ficando mais restrito a suas especificidades, a sua literatura, de tal sorte que as grandes questões ou perguntas que a Ciência poderia resolver ou, no mínimo, buscar resolver, nem sempre encontram o diálogo necessário entre cientistas de formações distintas mas que juntos poderiam construir soluções e, sem dúvida, um mundo mais dialógico em que a inteligência coletiva, o bem comum e a ética do pensamento fossem os alicerces", reflete Junkes.
"É nesse sentido que nasce 'Convergências'" com o objetivo de em primeiro lugar valorizar e arejar os debates na e a partir da diferença, em busca de caminhos para o pensamento, acessos aos sentidos e promoção de uma sociedade mais justa, digna e democrática, cuja construção precisa começar pela democratização das ciências e da participação dos vários conhecimentos nas discussões e debates. Comecei com Drummond e termino a partir dele: temos todos nós, cientistas, duas mãos e um sentimento de mundo; que este seja significativo o bastante para melhorarmos e tornarmos mais vivível a nossa jornada no Antropoceno", conclui a Pró-Reitora.
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