Projeto Muda8 conta com parceria do Enactus UFSCar
SÃO CARLOS/SP - Aliar a produção e o acesso de alimentos saudáveis à geração de renda: essa é a proposta do projeto Muda8, do programa Enactus da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que implantou uma horta no bairro São Carlos VIII, a fim de comercializar hortaliças de qualidade, sem uso de nenhum tipo de produto industrial ou agrotóxico, a preço muito abaixo do mercado. Com a ampliação do projeto, os produtos agora também estão disponíveis para venda a toda a população.
São comercializados aproximadamente 15 tipos de hortaliças, que variam conforme as estações do ano. Entre elas, alface crespa, lisa e mimosa, couve, salsinha, cebolinha, rúcula, coentro, brócolis, couve-flor e repolho. Todas são vendidas a R$ 2, diretamente na horta, que fica na Av. Comendador Oscar Freire, s/n, e funciona no período da manhã. O contato direto com os produtores pode ser feito pelo WhatsApp (16) 99342-3861 ou (16) 99756-9767.
O manejo da horta é feito pelos integrantes da família Almeida - José Carlos, Eliana Gomes, Talia Gabriela, Jéssica Ieda e Maicon -, residentes no bairro. Eles obtêm renda por meio da venda dos produtos. "Com a produção e venda de hortaliças, a família tem a chance de ter seu próprio negócio, não precisando depender de subempregos, como a maioria da população local. Dessa forma, a renda obtida com a horta proporciona melhorias significativas na qualidade de vida de Carlos e sua família", explica Gabriel Saba de Almeida Cunha, estudante do curso de Engenharia de Produção e integrante do Enactus UFSCar.
O projeto, que tem parceria das empresas Semeia Compostagem, Francisco Esterco e Viveiro Ranzini, surgiu a partir de duas problemáticas encontradas no bairro São Carlos VIII: o descarte irregular de lixo e, principalmente, o acesso limitado a alimentos saudáveis pela comunidade. "No caso, existia um terreno com descarte irregular de lixo (lixão) e foi encontrada uma oportunidade de limpeza deste terreno com a transformação do local em uma horta", conta o integrante do Enactus UFSCar.
Implantado em 2014, o projeto enfrentou um desafio: expandir a produção da horta, tanto em relação ao número de canteiros quanto à diversidade de hortaliças. "Atualmente, após uma expansão da produção contínua, estamos prevendo nos próximos meses maior oferta do que procura. Dessa forma, queremos divulgar os grupos de vendas e os canais possíveis para que mais gente possa conhecer a horta", afirma Gabriel Cunha. Além disso, o projeto já está estruturando um serviço de entregas, uma vez por semana, a ser implantado nos próximos meses.
Outro objetivo do projeto é garantir o acesso a alimentos saudáveis: "A comunidade do projeto reside em um bairro mais afastado do centro da cidade, o que resulta em uma oferta menor de opções de alimentos, além do baixo poder econômico dessa população, já que produtos orgânicos podem custar até 257% a mais", avalia o estudante da UFSCar.
Para saber mais sobre o Muda8 e acompanhar a oferta de produtos disponíveis, acesse as páginas do projeto no Instagram (instagram.com/muda8), Facebook (facebook.com/projetomuda8) ou entre em contato diretamente com os produtores pelo WhatsApp (16) 99342-3861 ou (16) 99756-9767.
Atividade é gratuita e pode ser acompanhada pelo YouTube por todo o público
SÃO CARLOS/SP - No dia 11 de junho, o Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh) realiza nova edição da série de eventos online que aborda a aprendizagem e novos desafios após um ano de Covid-19. Na apresentação desta semana, o tema será "Saúde materno-infantil em tempos de Covid-19". A live será transmitida ao vivo, a partir das 14h20, pelo canal do HU no YouTube (encurtador.com.br/aJMTW). A atividade é aberta ao público, especialmente a profissionais, pesquisadores, estudantes e docentes da área da Saúde, é gratuita e não há necessidade de inscrição.
A abertura do evento será feita por Daniela Brassolatti, Chefe da Unidade de e-Saúde do HU-UFSCar, com mediação de Letícia Pancieri, enfermeira do HU-UFSCar. A mesa-redonda abordará os seguintes temas: morbidade e mortalidade em gestantes; Projeto Nascer e Covid-19; aleitamento humano; manifestações da Covid-19 em crianças; e repercussões de isolamento para crianças. Participam da atividade as professoras da UFSCar Carla Andreucci Polido e Flávia Pileggi Gonçalves, do Departamento de Medicina; Monika Wernet e Natália Stofel, do Departamento de Enfermagem; e Maria Fernanda Barboza Cid, do Departamento Terapia Ocupacional.
Os encontros online são realizados no formato de mesa-redonda, com espaço para perguntas dos participantes e mediados de forma a garantir as perspectivas multiprofissionais e interdisciplinares dos temas tratados. A atividade, promovida pela Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) do HU, é um momento importante para compartilhamento de conhecimentos entre os envolvidos no cuidado das pessoas com Covid-19.
Outros temas
O cronograma das lives tem mais quatro temáticas: "Comprometimentos Cardiovasculares, Renais e Neurológicos", no dia 18/6; "Cuidado Integral Pós-Covid-19", em 25/06; "Saúde Mental", em 2/7; e "Vacinas e desafios para o futuro", no dia 16/7. As atividades serão sempre às sextas-feiras, à tarde, com transmissão pelo canal do HU no Youtube. Os eventos também ficarão disponíveis no canal para acesso posterior.
Primeiro encontro, nesta quinta, fala de coleções e acervos históricos e biológicos
SÃO CARLOS/SP - Estreia nesta quinta-feira, dia 10 de junho, às 17 horas, a série de eventos "Convergências", iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa (ProPq) em parceria com a Assessoria para Comunicação Científica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O primeiro encontro, intitulado "Acervos e coleções: do passado na memória a futuros diversos pela pesquisa e formação", partirá da apresentação e de reflexões sobre as coleções biológicas do Laboratório de Estudos Subterrâneos (LES, www.lesbio.ufscar.br) e o acervo da Unidade Especial de Informação e Memória (UEIM, www.ueim.ufscar.br) para identificar as convergências, conceitos, categorias, problemas e soluções comuns aos esforços e objetivos das duas iniciativas e, também, outras de mesma natureza.
"No contexto da gestão participativa da ProPq, algo que queremos concretizar é a integração dos diferentes saberes que existem na Universidade, tão rica em suas linhas de pesquisa. 'Convergências' vem para iniciar esse diálogo", situa o Pró-Reitor de Pesquisa da UFSCar, Ernesto Chaves Pereira. "Queremos, a partir de diferentes pontos de partida, alcançar o lugar de discussão construtiva e integrativa desses saberes, bem como dar visibilidade a essa possível convergência de formas de pensar, de diferentes abordagens para um determinado problema, a partir do cuidado com uma linguagem que possa ser compreendida por não especialistas", complementa.
Para tanto, participam do primeiro encontro Maria Elina Bichuette, docente do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE), e João Roberto Martins Filho, professor aposentado junto ao Departamento de Ciências Sociais (DCSo).
Bichuette coordena o LES, voltado a estudos de Espeleobiologia ou Biologia Subterrânea. Neste contexto, mantém, desde 2006, coleção importante de exemplares da biota subterrânea, coletados na pesquisa de campo em cavernas e outros ambientes subterrâneos. O acervo do Laboratório inclui aquários com peixes cavernícolas e invertebrados, fundamentais ao conhecimento e conservação da biodiversidade subterrânea.
Já Martins Filho foi o fundador do Arquivo Ana Lagôa de política militar, em 1996. Hoje, o Arquivo integra a UEIM, criada em 1998, da qual o docente foi Diretor entre 2007 e 2013. A UEIM, vinculada ao Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) da UFSCar, é voltada à conservação da memória histórica e cultural regional e nacional, abrigando documentos privados e públicos, mapas e plantas históricas, cartazes, folhetos, almanaques, fotografias, obras de arte e de artesanato, filmes, microfilmes, discos de vinil, partituras e coleções de periódicos, além de cerca de 40 mil livros.
O encontro será transmitido nos canais UFSCar Oficial no Facebook (www.facebook.com/
"Em um belo poema, Drummond faz referência a um tempo de homens partidos. Ainda guardam grandes verdades esses versos. Vivemos um tempo de seres partidos e apartados uns dos outros. Mas também a Ciência parece enfrentar um tempo de saberes partidos. Reflexo de um modelo de ultraespecialização, cada campo do conhecimento foi ficando mais restrito a suas especificidades, a sua literatura, de tal sorte que as grandes questões ou perguntas que a Ciência poderia resolver ou, no mínimo, buscar resolver, nem sempre encontram o diálogo necessário entre cientistas de formações distintas mas que juntos poderiam construir soluções e, sem dúvida, um mundo mais dialógico em que a inteligência coletiva, o bem comum e a ética do pensamento fossem os alicerces", reflete Junkes.
"É nesse sentido que nasce 'Convergências'" com o objetivo de em primeiro lugar valorizar e arejar os debates na e a partir da diferença, em busca de caminhos para o pensamento, acessos aos sentidos e promoção de uma sociedade mais justa, digna e democrática, cuja construção precisa começar pela democratização das ciências e da participação dos vários conhecimentos nas discussões e debates. Comecei com Drummond e termino a partir dele: temos todos nós, cientistas, duas mãos e um sentimento de mundo; que este seja significativo o bastante para melhorarmos e tornarmos mais vivível a nossa jornada no Antropoceno", conclui a Pró-Reitora.
Evento, aberto ao público, terá transmissão online e celebra plantio de 155 mudas no Loteamento São Carlos I
SÃO CARLOS/SP - No dia 11 de junho, sexta-feira, a partir das 17 horas, será inaugurado o projeto Praça dos Professores em São Carlos. Localizada no Loteamento Habitacional São Carlos I, próximo ao Campus II da Universidade de São Paulo (USP), a praça marca mais uma edição do projeto de arborização urbana conduzido pelo Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pelo Rotary Club de São Carlos - Pinhal.
O evento presencial ocorre na Praça dos Professores, localizada na Rua Afonso Botelho de Abreu Sampaio, 1.045, em São Carlos e será transmitido pelo canal do YouTube do Rotary São Carlos Pinhal (https://bit.ly/3fUPSHa). Durante a inauguração, será feito o descerramento da placa com os nomes dos 155 professores homenageados e a entrega de um certificado a cada um dos professores. Após o evento, os certificados poderão ser retirados na SS Veículos (Av. São Carlos, 2.050, Centro).
Nesta quarta edição, o projeto conta com o apoio do Centro do Professorado Paulista (CPP) de São Carlos e de pessoas que, por meio de doações, prestam uma homenagem a professores que foram especiais em suas vidas. A iniciativa também conta com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação de São Carlos e participação especial da construtora RPS Engenharia.
O projeto "Valorização de espaços verdes públicos urbanos: integração universidade e sociedade", implantado junto ao Rotary - Pinhal em 2017 e coordenado, na UFSCar, pela professora Andréa Lúcia Teixeira de Souza, do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm), já soma um total de 700 mudas plantadas, incluindo manutenção posterior, em cinco locais de São Carlos. Saiba mais sobre a iniciativa no Portal da UFSCar (https://bit.ly/2QydeZ4). Dúvidas podem ser esclarecidas pelo WhatsApp (16) 99101-2384 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Pesquisas serão apresentadas em quatro mesas temáticas
SÃO CARLOS/SP - Anualmente, os discentes do Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som (PPGIS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizam o Colóquio de Imagem e Som. O evento conta com uma programação que se divide entre mesas de apresentação das pesquisas desenvolvidas no PPGIS, debates, palestra de encerramento e sessões de mostra audiovisual.
Em 2021, as atividades da nona edição acontecem de forma virtual, entre 8 e 10 de junho, e serão abertas ao público. As apresentações das pesquisas desenvolvidas no PPGIS serão distribuídas em quatro mesas temáticas e podem ser acompanhadas via Google Meet. Para acompanhar as atividades e receber o link de acesso às salas virtuais no Google Meet, é necessário se inscrever através do formulário, disponível nas redes sociais do evento.
O bate-papo com egressos do PPGIS e a palestra "Metodologias de Pesquisa em Audiovisual" serão transmitidos ao vivo pelo canal do YouTube do Programa. Já as sessões da Mostra Audiovisual, que acontecem em parceria com o Cine UFSCar, serão transmitidas pelo canal do YouTube do projeto nos dias 8 e 9 de junho.
Mais informações, incluindo a programação completa, estão disponíveis nas redes sociais do evento, @coloquioppgis no Facebook e Instagram. Dúvidas e sugestões podem ser encaminhadas para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Com passagens pelo Chile e Estados Unidos ainda durante a graduação, Taruhim Quadros é prova de como a universidade pública transforma vidas
SOROCABA/SP - Das salas de aula da UFSCar-Sorocaba ao Chile; mais tarde, disciplinas cursadas em duas universidades diferentes dos Estados Unidos; muitos projetos de pesquisa ainda durante a graduação; estágio na área de Biotecnologia e melhoramento genético; mestrado; e atuação profissional destacada em uma das maiores organizações de preservação da natureza no mundo, o WWF-Brasil. Esse é apenas o resumo da trajetória de Taruhim Miranda Cardoso Quadros, engenheira florestal formada em 2017 pela UFSCar, em Sorocaba. Taruhim é exemplo de dedicação e também de como a universidade pública - gratuita e de qualidade - pode transformar a vida das pessoas.
Sua conexão com a natureza desde a infância foi decisiva no momento de escolher em qual curso ingressar no Ensino Superior. A dúvida entre Engenharia Florestal e Engenharia Ambiental foi desfeita quando pôde conhecer, antes mesmo de ser aprovada no SiSU (Sistema de Seleção Unificada, do Governo Federal, utilizado para a seleção de candidatos na UFSCar e em outras instituições de ensino do País), a sala de uma das professoras da Universidade, no campus de Sorocaba. "Tive a chance de conversar com a professora Fátima Piña Rodrigues. Lembro-me de entrar na sala dela e ver diversos artesanatos de sementes nativas, muitos livros e a grande persona que a Fátima é no meio daquilo tudo. E ali percebi o diferencial da Engenharia Florestal da UFSCar: o curso proporciona infinitas oportunidades, incluindo uma visão de conservação, sustentabilidade e produtividade a partir de nossas matas nativas, se destacando dentre outras universidade que têm um enfoque em plantios de florestas exóticas comerciais. Saí certa de que queria ser engenheira florestal", relembra ela.
A partir da aprovação e do ingresso no curso de Engenharia Florestal da UFSCar-Sorocaba, Taruhim não se limitou aos estudos teóricos dentro das salas de aula e logo se envolveu em projetos de Iniciação Científica. Foi justamente o envolvimento precoce com atividades de pesquisa que permitiu que ela fizesse um estágio de férias no Chile. "Esse foi um intercâmbio inesperado, que só apareceu porque já estava engajada com pesquisa. Meu orientador da época, o professor Fábio Yamaji, tinha contatos no Chile e incentivava muito que seus alunos agarrassem a oportunidade. E lá fui eu, sem saber falar uma palavra em Espanhol. Levei mais duas colegas de sala comigo e juntas fizemos um estágio na Corporação Nacional Florestal do Chile (Conaf), em uma Reserva Nacional chamada Pampa del Tamarugal", conta.
A Reserva Pampa del Tamarugal é uma região desértica, completamente diferente dos ecossistemas brasileiros, o que tornou a experiência ainda mais rica. "Trabalhei em um projeto específico que visava auxiliar pequenos agricultores que viviam nas proximidades da Reserva e sofriam muito com os intensos ventos. Minha responsabilidade era escutá-los e idealizar um reflorestamento no entorno de suas propriedades para funcionar como cortinas corta-vento", detalha. Para ela, "foi um aprendizado prático entender outras culturas, se comunicar sem nem compartilhar a mesma língua, ter empatia e saber escutar a necessidade dos atores locais. Foi também uma primeira visão da importância da natureza para pessoas e do meu papel como profissional da área".
Mais tarde, Taruhim passou quase dois anos nos Estados Unidos, participando do programa Ciências sem Fronteiras, hoje extinto. Primeiro, esteve na University of Montana, em Missoula, no estado de Montana. "Nos seis primeiros meses, fiz um curso intensivo de Inglês, com apenas duas matérias na universidade", pontua. Em seguida, cursou quatro semestres do curso de Forestry (Silvicultura) na mesma universidade e fez um estágio de verão em outro estado, na Colorado State University.
"Nesse período, aprendi muito em termos profissionais, mas também pessoais. Me encantei com a estrutura e a maneira que os americanos se engajam com a natureza, como o governo apoia as áreas protegidas e parques nacionais, com o respeito da população aos ecossistemas. Além disso, vi tópicos comuns à Engenharia Florestal no Brasil, mas de uma forma completamente diferente - colheita com neve e bacias hidrográficas onde a principal fonte de recarga é o degelo pós inverno. Foi um aprendizado único", garante.
Na volta à UFSCar-Sorocaba, seu envolvimento com projetos de pesquisa continuou. "Foram ao menos quatro Iniciações Científicas", destaca com orgulho. Em uma delas, sob a orientação da professora Karina Martins, buscou entender padrões de genética populacional de uma espécie amazônica - a virola. "Essa espécie nativa tem um valor econômico associado e, por isso, vem sendo explorada há décadas. Isso cria uma preocupação em termos de diversidade genética e de padrões de reprodução.
Em linhas gerais, existe um risco dessa espécie ter poucas árvores reprodutivas, devido à redução de sua população com a exploração, o que faz com que árvores que são parentes se reproduzam, levando a cada vez menos diversidade genética", detalha.
De acordo com ela, a pesquisa desde a graduação lhe deu um importante senso de direção, favoreceu sua habilidade de elaborar ideias, interpretar resultados, entender contextos, estruturar relatórios e muito mais: "Foi graças à pesquisa que trilhei o caminho do meu desenvolvimento", atesta. Aliás, foi o seu engajamento com a pesquisa científica que garantiu uma importante vaga de estágio profissional na área de Biotecnologia e melhoramento genético, no centro de tecnologia da antiga Fibria Celulose (hoje, Suzano S/A). "Essa oportunidade só me apareceu por estudar na UFSCar-Sorocaba. Toda minha experiência em Iniciação Científica foi essencial, pois pude não só executar tarefas, mas colaborar com o pensamento dos pesquisadores, sugerir inovações para os procedimentos e as pesquisas. Um aprendizado prático muito importante", afirma.
Depois de formada, Taruhim ingressou no mestrado na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em Ilhéus na Bahia, trabalhando com a compreensão da contribuição da restauração florestal da Mata Atlântica a partir de uma perspectiva genética. Sua pesquisa contou com apoio financeiro da Fundação Rufford, um fundo com sede no Reino Unido que financia projetos de conservação da natureza em países em desenvolvimento. "Foi um apoio financeiro essencial para a execução do meu projeto, especialmente considerando as reduzidas oportunidades de apoio à pós-graduação no Brasil. Sem esse recurso, não teríamos dinheiro para as idas a campo, para material de laboratório, nem para a infraestrutura necessária. Isso me deu flexibilidade para realmente executar o melhor trabalho possível, sem restrições por dificuldades financeiras", diz Taruhim.
Quando terminou o mestrado, candidatou-se para trabalhar no WWF-Brasil, como analista na área de conservação com foco em restauração. O WWF-Brasil é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que trabalha para mudar a atual trajetória de degradação ambiental e promover um futuro onde sociedade e natureza vivam em harmonia. "Com muita felicidade, realizo trabalhos voltados à restauração da Mata Atlântica, a partir de valores e princípios que prezo na minha vida pessoal, e contribuo para a conservação do nosso Brasil. Hoje, executo as mais diversas atividades relacionadas à restauração de paisagens florestais da Mata Atlântica, mas com o papel de trazer um olhar técnico-cientifico, conectando as ações de campo a uma visão estratégica de longo prazo", descreve com satisfação.
Aliás, esse sentimento de satisfação predomina, quando, em retrospecto, analisa toda a sua trajetória até aqui. Satisfação que se mistura com gratidão ao falar do papel da UFSCar-Sorocaba em sua vida pessoal, acadêmica e profissional. "Não há uma coisa sequer que tenha acontecido na minha trajetória que não esteja interligada à UFSCar. Sem dúvidas, tive uma formação diferenciada. A junção do todo - professores, infraestrutura, oportunidades de pesquisa - me fez chegar onde estou agora, me impulsionando sempre para experiências profissionais marcantes!", destaca. O percurso de Taruhim só confirma a importância de se ter o acesso ao ensino público e de qualidade, como é na UFSCar, na sua própria cidade. "Sigo com sentimento de gratidão e orgulho de ter feito parte da história da UFSCar, mas mais ainda de ter a UFSCar como parte da minha história", conclui com emoção.
Atividade aberta ao público acontece no dia 8 de junho, às 19 horas
SÃO CARLOS/SP - Amanhã, dia 8 de junho, a equipe do MBI Agro, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realiza webinar com o tema "Como a inovação inspirada na natureza pode contribuir para o agro".
A conversa online terá a participação de Adriana Montebello, professora do Departamento de Tecnologia Agroindustrial e Socioeconomia Rural (DTAiSeR-Ar), do Campus Araras da UFSCar, e coordenadora do MBI; e de Ricardo Mastroti, especialista em biomimética e fundador da Bemtevi Investimento Social, que vai compartilhar sua visão para o futuro do agronegócio.
O debate, que enfocará a inovação no setor do agronegócio, é aberto ao público. A transmissão será pela plataforma Zoom, a partir das 19 horas. As inscrições são gratuitas e estão disponíveis neste link http://bit.ly/AGRO0806.
Sobre o MBI Agro
O MBI Agro será realizado integralmente online e visa capacitar e instrumentalizar os participantes nos temas referentes à gestão estratégica e gestão da inovação, com foco no agronegócio; além de identificar e discutir os principais desafios para a gestão estratégica da inovação nas organizações do agronegócio; conhecer o sistema de inovação e as políticas públicas relacionadas ao tema; e preparar o profissional para atuar em projetos inter e multidisciplinares, assim como desenvolver sua capacidade de liderança em ações de inovação com foco no agronegócio. As informações completas sobre conteúdo programático, cronograma, aulas e inscrições podem ser conferidas neste documento (https://bit.ly/3aMv4i8). A coordenação do curso está no Campus Araras da UFSCar.
Lançamento terá a exibição do documentário "A História do Plástico" e debate abertos ao público
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), por meio da sua Secretaria de Gestão Ambiental e Sustentabilidade (SGAS), em colaboração com o Programa de Educação Tutorial da Biologia (PET-Bio) e o Grupo de Incentivo à Redução Reutilização e Reciclagem (GIRe3), está lançando o Movimento Plástico Zero UFSCar (PlaZU). O propósito é promover a sensibilização da comunidade para a necessidade de banir o consumo de descartáveis plásticos na Universidade (e além dela) e assim contribuir de forma efetiva para a redução da poluição plástica no mundo. O Movimento está articulado e conta com apoio da organização internacional "Break Free from Plastic" (BFFP), com sede nas Filipinas, através do Programa "Plastic Free Campus" (PFC).
Para o lançamento do PlaZU, será realizada a exibição do documentário "A História do Plástico", seguida de debate, no dia 9 de junho, às 19 horas, pelo canal da SGAS no YouTube (https://bit.ly/3wHYyWX). Dirigido por Deia Schlosberg, o documentário foi produzido em 2019 e apresenta as origens da poluição plástica no mundo e atitudes que têm feito a diferença no combate ao problema.
Na ocasião, os debatedores serão Felipe Torres, representante da BFFP na América Latina e que desenvolve projeto correlato na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo (USP); Amadeu Logarezzi, professor aposentado da UFSCar e coordenador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Ambiental (Gepea); Maria Vitória Baptista, representante da Associação de Proteção Ambiental de São Carlos (Apasc) e formanda em Gestão e Análise Ambiental pela UFSCar; e Liane Biehl Printes, bióloga do Departamento de Apoio à Educação Ambiental (DeAEA) da SGAS.
O documentário será disponibilizado por meio de um link específico para as pessoas que se inscreverem, que ficará aberto entre os dias 2 e 9 de junho. No dia 9/6, às 19 horas, o debate acontece no canal da SGAS no YouTube (https://bit.ly/3wHYyWX). Podem participar membros da comunidade da UFSCar e do público externo. As pessoas interessadas devem fazer inscrição neste link (https://bit.ly/3bZZMER).
O evento marca a Semana do Meio Ambiente de 2021 e conta com a coparticipação da Apasc. Mais informações pelo Facebook (https://bit.ly/3wETkew) ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Evento com pesquisadores da UFSCar acontece dia 8 de junho
SÃO CARLOS/SP - Como a infraestrutura pode ser escolhida, planejada, projetada, implementada, mantida, aprimorada e usada para melhorar o bem estar humano em áreas urbanas formais e informais e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)? Quais são os novos desafios e recomendações aos gestores públicos? Questões como essas serão debatidas no Workshop INFRA+ Infrastructure for Fragmented Cities, uma série de seminários online realizados até julho pela Universidade de Manchester, Reino Unido.
As sessões abarcam aspectos econômicos, institucionais, ambientais, políticos e culturais e diferentes realidades ao redor do globo. Em duas sessões, o webinário do dia 8 de junho enfoca a América do Sul e conta com a participação de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e de outras instituições internacionais para falar sobre como a infraestrutura pode melhorar a vida em cidades fragmentadas, agora e no futuro. A primeira parte tem a coordenação do professor Juliano Costa Gonçalves, do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm), e palestra da doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm), Cristine Diniz Santiago, sobre o tema "Gestão de resíduos na pandemia: obstáculos, aprendizados e lições".
Na segunda parte, a professora Norma Valencio, do PPGCam e fundadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres da UFSCar, aborda o tema "Cruzando questões de infrassistemas como pontos de gatilho de crises multifacetadas". Na ocasião, ela explicará como a crise, gerada pela multiplicação de desastres no Brasil, inclusive os de proporções catastróficas, tem exposto os nexos problemáticos entre diferentes infrassistemas - tais como sanitário, rodoviário, energético e de comunicação -, apontando para a complexidade dos desafios setoriais à medida em que também emergem subcrises.
O webinário é online, gratuito e começa às 6h30 (horário de Brasília, 10h30 no horário de Londres). As inscrições podem ser feitas pelo site do evento (https://bit.ly/3hoR9XR), onde constam a programação completa, com temas e nome de todos os pesquisadores participantes.
Grupo da UFSCar desenvolveu também teste eletroquímico portátil, ambos a partir de amostras de saliva
SÃO CARLOS/SP - O Laboratório de Bioanalítica e Eletroanalítica (LaBiE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) acaba de depositar pedidos de patentes para dois novos testes para detecção do Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19, na saliva. O primeiro, eletroquímico, tem como alvo a proteína spike (espícula) e alia à portabilidade e à rapidez do resultado maior precisão no diagnóstico em relação a outros já existentes. O outro representa potencial significativo de realizar grande quantidade de testes moleculares - equivalentes ao RT-PCR, considerado o padrão ouro - usando o método Elisa, disponível em quaisquer laboratórios de análises clínicas espalhados pelo Brasil.
Os testes rápidos disponíveis atualmente em geral entregam um resultado em termos binários - sim ou não -, de modo similar aos testes de gravidez encontrados em farmácias, o que aumenta a chance de falsos positivos ou negativos. O dispositivo eletroquímico desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Química (DQ) e do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ) da UFSCar tem o diferencial de fazer uma análise quantitativa (ou seja, medindo a quantidade da substância alvo, no caso a proteína espícula, na amostra), o que aumenta a sensibilidade e a especificidade do teste e, assim, também a exatidão no diagnóstico.
Outras vantagens são que a portabilidade do dispositivo - que poderá, por exemplo, ser acoplado a um telefone celular - permite seu uso nos lugares mais remotos, bem como o fato do resultado sair em cerca de uma hora.
Para obter o resultado, o grupo precisou desenvolver materiais que, ao mesmo tempo que permitem a detecção da presença do vírus, emitem, ao fazê-lo, sinal capaz de ser registrado pelo dispositivo eletroquímico. Assim, foram elaborados os chamados bioconjugados, combinação de materiais inorgânicos - partículas magnéticas e nanopartículas de ouro - e orgânicos - peptídeo análogo à proteína ECA2 (ACE2 em Inglês), que se liga à espícula - que, em contato com uma amostra de saliva tão pequena quanto uma gota (e até menor), emite sinal elétrico captado pelo dispositivo.
O desenvolvimento deste primeiro teste contou com a parceria de pesquisadores dos departamentos de Medicina (DMed) e de Genética e Evolução (DGE) e do Hospital Universitário (HU-UFSCar/Ebserh) da própria UFSCar, bem como da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).
Testagem em massa
Já a segunda patente depositada diz respeito a teste molecular capaz de detectar material genético do Sars-Cov-2 (RNA do vírus), da mesma forma que o RT-PCR. No entanto, além de não depender da coleta de material com o swab nasal, que exige material próprio e pessoal treinado, o teste não precisa da sofisticada instrumentação de processamento exigida pelo RT-PCR, disponível apenas em alguns centros, para os quais as amostras precisam ser encaminhadas.
O que os pesquisadores fizeram foi justamente adaptar o teste molecular ao método Elisa de análise, disponível mesmo nos menores e não tão bem equipados laboratórios de análises clínicas espalhados pelo País. Assim, quando os novos testes foram produzidos, os laboratórios poderão adquirir kits para a realização da análise de até 384 amostras em um único procedimento, sem a necessidade de nenhuma instrumentação adicional em relação àquela já usada em outros exames que empregam o Elisa.
É importante destacar que se trata da detecção do próprio vírus, na fase inicial da infecção, e não de teste de anticorpos. Além disso, outra aplicação possível - além do uso das microplacas de Elisa com 96 ou até 384 recipientes - é a realização de teste individual colorimétrico, ou seja, em um tubo com solução que muda de cor na presença de amostra com o vírus.
Neste caso, o desenvolvimento contou com a parceria do grupo de Ester Sabino, docente da Faculdade de Medicina e do Instituto de Medicina Tropical da USP, além de Matias Eliseo Melendez, hoje pesquisador no Hospital Infantil Pequeno Príncipe, em Curitiba.
As pesquisas foram desenvolvidas com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
"Esses testes partiram de novos desenvolvimentos e aprimoramentos de biossensores para biomarcadores de outras doenças que vimos buscando no nosso grupo, em parcerias com pesquisadores da área da Saúde, como nos dispositivos para detecção de Alzheimer, câncer e zika. Agora, além do potencial no enfrentamento da pandemia, também poderão ser adaptados para outras doenças", relata Ronaldo Censi Faria, docente do DQ que coordena o Laboratório. "Eles estão prontos para a produção em escala, e esperamos conseguir atrair a atenção de empresas que possam torná-los amplamente disponíveis", avisa o pesquisador.
Empresas interessadas podem entrar em contato com a Agência de Inovação da UFSCar, pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., ou diretamente com o pesquisador em Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
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