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Radio Sanca Web TV - Segunda, 29 Dezembro 2025

SÃO CARLOS/SP - A Embrapa desenvolveu três protocolos para reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE) e aumentar o sequestro de carbono na produção de leite. Denominados Boas práticas para a mitigação da emissão de metano dos bovinos; Boas práticas para a redução da emissão de amônia e óxido nitroso no solo; e Boas práticas de manejo de solos para acúmulo de carbono, eles são resultado de anos de pesquisa e incidem sobre os principais processos geradores de GEE da pecuária de carne e leite, como a aplicação de fertilizantes nos solos e o uso de insumos na produção de alimentos para os animais. A iniciativa representa uma contribuição concreta para a mitigação dos impactos climáticos na agropecuária.

Os protocolos, que fazem parte de um livro publicado pela Embrapa Pecuária Sudeste (veja mais detalhes no último quadro desta matéria), vão contribuir para os objetivos de descarbonização da cadeia leiteira do País e para o atendimento da meta 13 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), de combate às mudanças climáticas.

De acordo com a pesquisadora Patrícia Perondi Anchão Oliveira, da Embrapa Pecuária Sudeste (SP), a atividade leiteira é desafiadora para o produtor. A redução das emissões é mais um fator de preocupação que pecuaristas devem considerar na tomada de decisões nas propriedades para garantir a segurança alimentar das gerações futuras, com menor impacto ambiental, e atendendo ao mercado consumidor, cada vez mais exigente.

Segundo estimativas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), de 2024, ano base 2022, o setor agropecuário é responsável por 30,5% das emissões de GEE do Brasil. Dessas, 19% são de metano. Das emissões de metano, 97% são provenientes dos bovinos e, desse montante, 86% do rebanho de corte e 11% do rebanho leiteiro.

Os três protocolos desenvolvidos pela Embrapa estabelecem métodos e tecnologias que podem ser adotados nos sistemas de produção de leite para diminuir as emissões e aumentar o sequestro de carbono. Técnicos e produtores têm à disposição soluções para cooperar na garantia da sustentabilidade do Planeta. “A adoção de tecnologias adequadas para cada tipo de sistema é crucial para desenvolver uma pecuária mais resiliente, sustentável e responsável", destaca o chefe-geral da Embrapa Pecuária Sudeste, Alexandre Berndt.

Saiba mais detalhes sobre os três novos protocolos:

 

Boas práticas para mitigação da emissão de metano pelos animais

A demanda por produtos de origem animal tem aumentado significativamente e supera a produção. Dessa forma, é necessário aprimorar os sistemas pecuários para atender a crescente necessidade por alimentos, sem deixar de lado a sustentabilidade e o bem-estar animal.

A pesquisadora lembra que os bovinos são capazes de transformar pasto em carne e leite, produtos de elevado valor nutricional. No entanto, liberam metano pela eructação (arroto), mais de 95%, e, uma pequena parcela, na forma de flatulência.

Cientistas têm se debruçado em busca de soluções para reduzir os impactos negativos do metano. No caso da produção leiteira, as estratégias incluem melhoria dos índices produtivos e reprodutivos; diminuição de animais de reposição; seleção de animais superiores; otimização de dietas, uso de aditivos; oferta de água de qualidade; avanço no manejo dos bovinos e das pastagens; aprimoramento da sanidade animal; e, busca do bem-estar.

A pesquisadora explica que qualquer animal que, por questões sanitárias ou de estresse, paralise a produção, agrava as emissões por litro de leite, uma vez que a vaca continua emitindo metano mesmo sem produzir, por ser um processo natural dos ruminantes. A exposição às doenças aumenta a quantidade de energia e nutrientes despendidos para combatê-las, diminuindo a disponibilidade deles para produção. Assim, manter bovinos saudáveis reduz a quantidade de metano produzido por quilo de leite.

Outro fator é a especialização genética. Em pastagens de alta qualidade, verificou-se diferença na produção de metano em função das raças, de 18,4 e 25,3 gramas por litro (g/L) de leite em holandesas puras e girolandas, respectivamente. Ou seja, as vacas holandesas, com maior produção, distribuem melhor a carga de metano pelo leite produzido.

Melhores índices zootécnicos também influenciam na emissão, e podem ser alcançados com práticas nutricionais, sanitárias e reprodutivas. Segundo o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste, André Novo, animais saudáveis de alta produtividade colaboram para a redução do impacto do setor sobre as mudanças climáticas. Ele afirma que um rebanho equilibrado é composto por 70% de vacas e 30% de fêmeas jovens. Do total de vacas adultas, em média, 83% devem estar em lactação. Quanto mais bovinos lactantes, maior a produtividade total em litros de leite por ano, resultando em maior eficiência e menor emissão.

Para mostrar a importância dos índices zootécnicos nas emissões por quilo de leite corrigido para gordura e proteína, os pesquisadores realizaram simulações usando uma calculadora em desenvolvimento pela Embrapa. Na primeira, foi avaliado um rebanho com 12 meses de intervalo entre partos, idade ao primeiro parto de 24 meses, 10 meses de lactação e dois de descanso no pré-parto. Na segunda, o foco foi um rebanho com 18 meses de intervalo entre partos, idade ao primeiro parto de 30 meses, 15 meses de lactação e três de descanso no pré-parto. Observou-se que a emissão de metano aumentou de 0,906 para 1,108 quilos de gás carbônico (CO2) equivalente por quilo de leite corrigido, quando se passou do primeiro para o segundo cenário. A adoção de índices inapropriados levou a um aumento na emissão de 22%, ressaltando a necessidade da observação desses indicadores.

Melhorar os sistemas pecuários em equilíbrio com o meio ambiente e com foco em bem-estar, manejos na dieta, promoção da saúde e melhoramento genético é o caminho para uma agropecuária mais sustentável.

 

Foto: Juliana Sussai

 

Boas práticas para a redução da emissão de amônia e óxido nitroso no solo

O segundo protocolo refere-se a medidas para diminuição de dois gases poluentes. O óxido nitroso (N2O) tem potencial de aquecimento global 298 vezes superior ao dióxido de carbono (CO2), permanecendo na atmosfera por até 114 anos. A emissão de N2O ocorre pela aplicação de fertilizantes nitrogenados, dejetos animais e queima de combustíveis fósseis. O outro gás, a amônia (NH3), é um composto volátil que se forma no solo após a aplicação da ureia, provocando emissão indireta de GEE, uma vez que parte da amônia é transformada em N2O na atmosfera. As emissões de óxido nitroso e amônia ainda representam desperdício desses fertilizantes, gerando prejuízos econômicos e baixa eficiência agronômica.

O produtor pode empregar ações para diminuir as emissões e as perdas. Leguminosas consorciadas com gramíneas fixam nitrogênio no solo e contribuem para reduzir a emissão de GEE porque diminuem o uso de fertilizantes nitrogenados. Conforme o estudo, com a eficácia dessa redução, evita-se a emissão de 5,42 quilos de CO₂ do processo de fabricação para cada quilo de fertilizante produzido.

A distribuição mais uniforme dos dejetos animais também reduz a emissão desses gases. Para isso, o pecuarista deve organizar os bovinos na área ao longo do tempo para não ter altas concentrações em locais específicos, sendo a lotação rotativa uma alternativa. Ainda, os fertilizantes de eficiência aumentada disponibilizam o nitrogênio gradualmente, fazendo com que a planta aproveite melhor os seus benefícios, amenizando as perdas.

Há práticas capazes de reduzir a volatilização de amônia decorrente da utilização de ureia, como aplicação incorporada no solo, parcelamento da aplicação, irrigação ou chuva após emprego do fertilizante.

A correção e a fertilização dos solos da mesma forma melhoram a sustentabilidade pela eficiência de uso e diminuição das perdas de nutrientes. A lista é composta de análise de solo, uso de corretivos, agricultura de precisão, uso de fertilizantes de eficiência aumentada e de leguminosas.

As medidas, se adotadas, vão representar redução do impacto no clima e economia de dinheiro na redução do uso de fertilizantes e eficiência.

Foto: Gisele Rosso (leguminosa)

 

Boas práticas de manejo de solos para acúmulo de carbono

O carbono (C) presente na atmosfera na forma de CO2 é o principal GEE, e um dos gases mais diretamente relacionados às mudanças climáticas. Por outro lado, pode ser retirado da atmosfera (sequestro de C) e incorporado no solo, por longos períodos, para mitigar a emissão. Isso ocorre, principalmente, quando resíduos vegetais são depositados no solo e transformados em matéria orgânica (MOS).

As práticas de conservação como plantio direto, adubação verde, sistemas integrados, recuperação de pastagens e intensificação do manejo da pastagem, irrigação e bioinsumos são primordiais para aumentar e preservar o carbono sequestrado no solo. 

Em sistemas integrados com árvores ainda é possível abater as emissões dos animais. São necessários a taxa de crescimento de 52 eucaliptos para compensar a emissão de uma vaca produzindo 26 quilos de leite por dia, durante um ano .

Pastagens tropicais têm alto potencial de sequestro de carbono, quando bem manejadas. Áreas com forrageiras bem manejadas são capazes de sequestrar carbono em mais de um metro de profundidade. Além das mudanças climáticas, animais criados no pasto são menos suscetíveis a doenças e estresse, por estarem em seu habitat natural.

Técnicas como calagem, fertilização, manejo intensivo de pastagens, consorciação, plantio direto, plantas de cobertura e adubação verde podem aumentar a produção das culturas e pastagens e contribuírem para elevar a quantidade imobilizada de carbono.

Segundo Berndt, o principal desafio para ampliar a adoção de práticas sustentáveis é o custo, principalmente do investimento inicial. “Migrar para uma produção mais eficiente e sustentável exige que o pecuarista adote tecnologias, o que implica em um custo inicial para o produtor, que muitas vezes encontra-se descapitalizado. Contudo, após a adoção, passa-se a produzir mais e de forma mais eficiente. A rentabilidade da atividade subsequente vai permitir a realização de novos investimentos", explica.

Políticas públicas, como o Plano ABC+, são essenciais. Além disso, arranjos locais envolvendo cooperativas, associações ou indústrias (como laticínios) podem ajudar nessa transição.

Foto: Gisele Rosso (plantio direto)

 

EMBRAPA

RIO DE JANEIRO/RJ - O cantor João Gomes negou que tenha havido um clima de constrangimento com Roberto Carlos durante a gravação do “Especial Roberto Carlos – Noite Feliz”, exibido pela TV Globo na última terça-feira. Um trecho da apresentação viralizou nas redes sociais e gerou especulações entre espectadores sobre uma suposta reação negativa do anfitrião ao repertório escolhido pelo artista pernambucano.

No especial, João Gomes subiu ao palco para cantar ao lado de Roberto Carlos as músicas “Eu Tenho a Senha” e “Fé”. Em seguida, interpretou um trecho de “A Volta”. Logo após a performance, João se despediu dizendo “não vou lhe atrapalhar não” e deixou o palco. A sequência foi suficiente para provocar comentários nas redes sociais, com internautas apontando um possível desconforto entre os dois cantores.

Alguns espectadores afirmaram ter percebido sinais de tensão na postura de Roberto Carlos e avaliaram que João Gomes teria ficado sem graça após a reação do anfitrião. Entre os comentários, usuários mencionaram gestos do cantor veterano e sugeriram que a situação teria gerado um “climão” no palco do especial de fim de ano.

Diante da repercussão, João Gomes se manifestou e rebateu as interpretações. Segundo ele, não houve qualquer desconforto durante o encontro. O cantor explicou que Roberto Carlos estava emocionado no momento em que ouviu a música. “O Roberto estava cheio de água nos olhos”, afirmou. Para João, a emoção estaria relacionada à lembrança de Erasmo Carlos, parceiro musical de Roberto, frequentemente associado às canções interpretadas no especial.

A declaração de João Gomes foi publicada em resposta a conteúdos que afirmavam que Roberto Carlos não teria gostado da apresentação de “A Volta”. O cantor reforçou que a reação do anfitrião não teve relação com incômodo ou reprovação, mas com emoção.

O “Especial Roberto Carlos – Noite Feliz” é tradicional na programação da Globo e reúne convidados de diferentes gerações da música brasileira. A participação de João Gomes chamou atenção justamente pela interação com o repertório clássico do cantor, o que acabou gerando interpretações diversas entre o público nas redes sociais.

 

 

por Notícias ao Minuto Brasil

Publicado em Celebridades

BROTAS/SP - Durante o feriado prolongado de Natal, a Guarda Civil Municipal (GCM) de Brotas realizou uma série de atendimentos em diferentes pontos do município, incluindo áreas urbanas e a zona rural. As ações envolveram ocorrências de natureza diversa e reforçaram a atuação permanente da corporação na proteção da população.

Entre os registros, a GCM atendeu casos de violência doméstica nos dias 24 e 25 de dezembro. As ocorrências resultaram na condução dos suspeitos à Delegacia de Polícia de Rio Claro. As vítimas receberam encaminhamento para atendimento médico e, em uma das situações, houve a adoção de medidas de proteção a uma criança que se encontrava em situação de maus-tratos.

Além disso, a Guarda Municipal prestou apoio em uma ocorrência de roubo de caminhão, após receber informações de uma empresa de monitoramento sediada em Campinas. Com base nos dados repassados, a equipe conseguiu localizar o veículo na zona rural de Brotas. O motorista e representantes da transportadora foram levados à Delegacia de Polícia de Rio Claro, onde foram adotados os procedimentos legais cabíveis.

As ocorrências atendidas ao longo do feriado demonstram a atuação contínua da Guarda Civil Municipal em todo o território brotense, em integração com outras forças de segurança e órgãos responsáveis, garantindo resposta rápida e apoio às demandas da comunidade.

Publicado em Brotas

ITIRAPINA/SP - A virada do ano em Itirapina será marcada por uma programação especial e aberta ao público na Praça da Matriz, no dia 31 de dezembro. O evento, com entrada gratuita, promete reunir moradores e visitantes para celebrar a chegada de 2026 em um clima de confraternização e alegria.

A comemoração é organizada pela Prefeitura Municipal de Itirapina, por meio da Secretaria de Turismo e Meio Ambiente, e contará com atrações musicais ao longo da noite. A programação terá início com apresentação do cantor Guinex e, em seguida, o grupo Quarta Essência assume o palco para embalar o público na contagem regressiva para o Ano-Novo.

Segundo a administração municipal, a proposta é oferecer uma opção de lazer segura, acessível e voltada para toda a família, fortalecendo o espírito de união e celebração coletiva. A população está convidada a participar da festa e brindar a chegada de 2026 em um dos pontos mais tradicionais da cidade, a Praça da Matriz.

Publicado em Itirapina

TAMBAÚ/SP - A Prefeitura de Tambaú anunciou que, a partir de janeiro de 2026, o caixa do Paço Municipal não realizará mais o recebimento direto de valores referentes a contas de água, IPTU, tributos municipais, taxas, multas, serviços diversos e demais cobranças efetuadas pelos setores da administração.

Segundo a administração municipal, a medida faz parte de um processo de modernização dos serviços públicos e tem como principais objetivos ampliar a segurança, melhorar a organização interna e oferecer mais agilidade e comodidade no atendimento à população. Com a mudança, o município busca reduzir o manuseio de dinheiro em espécie e otimizar os procedimentos administrativos.

Os contribuintes poderão efetuar os pagamentos por diferentes canais. Entre as opções disponíveis estão o pagamento via Pix, utilizando o QR Code impresso na própria guia, além de bancos conveniados e correspondentes bancários, como Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e casas lotéricas.

A Prefeitura informa ainda que a atualização de guias poderá ser feita de forma online, por meio do site oficial www.tambau.sp.gov.br, ou presencialmente na Lançadoria Municipal, garantindo que os cidadãos tenham acesso facilitado aos documentos necessários para a quitação de débitos.

A administração municipal reforça que a iniciativa visa aprimorar a qualidade dos serviços prestados, aumentar a segurança das operações e proporcionar mais praticidade aos moradores de Tambaú, contando com a compreensão e colaboração de toda a população durante o período de adaptação.

Publicado em Tambaú

SÃO CARLOS/SP - Na manhã de domingo, 28 de dezembro, o futebol são-carlense viveu um momento de emoção e memória. O São Carlos Futebol Clube promoveu um jogo comemorativo em celebração aos 20 anos do primeiro título profissional, reunindo quase todos os jogadores que fizeram parte da campanha histórica e marcaram época no esporte local.

Durante o evento, o vereador Edson Ferraz realizou a entrega oficial da Moção de Congratulações, aprovada pela Câmara Municipal de São Carlos, em reconhecimento à trajetória do clube e à sua contribuição para a história esportiva da cidade.

A homenagem foi entregue a Julinho Bianchini, primeiro presidente do São Carlos Futebol Clube e um dos responsáveis pela fundação e consolidação do time, e a Adilson Ferreira Brito, atual presidente do clube, que segue à frente do projeto mantendo viva a identidade e a tradição do futebol profissional no município.

O evento contou com a presença de nomes de destaque do futebol brasileiro, como Rodrigo Ramos, gerente executivo de futebol do Cruzeiro, Guilherme Dala Déa, técnico da Seleção Brasileira Sub-15, Dagner Bianchini, Dagner Bianchini, empresário e sempre apoiador do futebol são-carlense, além de diversos profissionais do esporte, ex-atletas, amigos do clube e familiares.

A comemoração também foi marcada pela presença da torcida organizada Sanca Loucos, que, mais uma vez, demonstrou sua fidelidade e paixão, reforçando o vínculo histórico entre o clube e a cidade.

Para o vereador Edson Ferraz, a entrega da moção representa mais do que um ato simbólico. “Essa homenagem é um reconhecimento à história, às pessoas que acreditaram no projeto desde o início e à importância do São Carlos Futebol Clube para o esporte, para a identidade da cidade e para as novas gerações”, destacou.

O jogo comemorativo reforçou o legado do clube, celebrando conquistas passadas e renovando o sentimento de orgulho do futebol são-carlense

Publicado em Política

Entidade solicitou ao poder público seguir modelo não punitivo e de caráter educativo já utilizado em outras cidades brasileiras; medida daria prazo de 48 horas para moto

 

RIBEIRÃO PRETO/SP - A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) solicitou à Prefeitura e à Casa Civil o fim da “autuação imediata” na Área Azul e a criação de um mecanismo de regularização do estacionamento mediante pagamento, no prazo de até 48 horas após o aviso de infração.
A proposta propõe uma tarifa de regularização de R$20,00, mantendo o caráter educativo do sistema. O pedido é assinado pela presidente Sandra Brandani Picinato e pelo superintendente Paulo Laimgruber com organização do Departamento Institucional da entidade. 
“É importante destacar que essa medida já é adotada em diversas cidades brasileiras, com resultados positivos tanto para o poder público quanto para os munícipes”, afirma Larissa Eiras, gerente Institucional da Acirp. 
O pedido foi protocolado inicialmente em agosto e não obteve resposta. No último dia 19, o Departamento Institucional oficializou novamente a solicitação, devido a relevância do tema e diante das crescentes queixas de comerciantes e usuários.
Entre os relatos recebidos, há problemas como falhas no aplicativo, dificuldade para registro quando há instabilidade de rede e inviabilidade de paradas rápidas para entregas. 
Hoje, o Siga Pay, utilizado pela RP Mobi, não prevê tolerância para quem extrapola o tempo, nem cancelamentos de registros errados, resultando em penalidades diretas, como redução de pontos na carteira e multas.
Laimgruber reforça que a medida apoia o comércio local ao tornar o estacionamento menos punitivo. “O objetivo é melhorar a percepção de justiça do sistema e incentivar a regularização voluntária”, destaca o superintendente.
Outro ponto é a redução de custos para gestão pública. “Quando não há necessidade de processamento de autos de infração, notificações e recursos, ocorre economia administrativa e previsibilidade de arrecadação”, afirma a Eiras.
Brandani reforça que a Acirp deseja uma solução equilibrada. “É importante preservar a rotatividade, mas o município precisa oferecer uma alternativa justa aos imprevistos do dia a dia”, ressalta a presidente. 

Publicado em Ribeirão Preto

BRASÍLIA/DF - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vetou integralmente o Projeto de Lei (PL) nº 1.791/2019, que previa o aproveitamento de empregados de empresas públicas do setor elétrico privatizadas pelo Programa Nacional de Desestatização (PND). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União hoje, segunda-feira (29), nos despachos presidenciais divulgados pelo governo federal.

O veto consta no Despacho nº 1.910, de 26 de dezembro de 2025, encaminhado ao Congresso Nacional. No texto, o presidente informa ao Senado Federal que decidiu barrar a proposta “por inconstitucionalidade e por contrariedade ao interesse público”, nos termos do artigo 66 da Constituição.

De acordo com a justificativa publicada no DOU, a decisão foi tomada após consultas aos ministérios da Fazenda, do Planejamento e Orçamento, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e à Advocacia-Geral da União (AGU). Segundo o governo, embora reconheça a intenção do legislador, o projeto criaria aumento de despesa com pessoal sem a devida estimativa de impacto orçamentário e financeiro.

“Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa incorre em vício de inconstitucionalidade e contraria o interesse público ao estabelecer aumento de despesa com pessoal sem apresentação da estimativa de impacto orçamentário e financeiro”, diz o despacho presidencial.

O texto também aponta que o projeto não apresentava adequação à Lei Orçamentária Anual de 2025 nem compatibilidade com o Plano Plurianual 2024–2027, em descumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal e à Lei de Diretrizes Orçamentárias. Além disso, o governo argumenta que a medida poderia afetar os limites de despesa primária do Poder Executivo federal e a meta de resultado primário.

Outro ponto destacado pelo presidente é a incompatibilidade constitucional relacionada às carreiras. Segundo a justificativa, ao permitir o aproveitamento de empregados públicos em outras empresas públicas ou sociedades de economia mista, em cargos que não integram a carreira de origem, o projeto violaria dispositivos da Constituição e o entendimento consolidado do Supremo Tribunal Federal.

O PL nº 1.791/2019 havia sido aprovado pelo Congresso no início de dezembro e tratava do aproveitamento de empregados de empresas do setor elétrico responsáveis pela produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia. A proposta ganhou força no contexto do processo de privatização da Eletrobras, concluído em 2022.

Pelo texto aprovado, trabalhadores dessas empresas poderiam ser realocados em outras estatais ou sociedades de economia mista, com atribuições e salários compatíveis, caso não optassem por permanecer nos quadros das companhias privatizadas.

Com o veto integral, o projeto retorna agora ao Congresso Nacional, que poderá manter ou derrubar a decisão presidencial em sessão conjunta de deputados e senadores.

 

 

Anna Karina de Carvalho - Repórter da Agência Brasil

Publicado em Política

BRASÍLIA/DF - A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) publicou uma nota manifestando “profunda preocupação” com os cortes no orçamento das Universidades Federais feitos pelo Congresso Nacional durante a tramitação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026. A entidade pede a recomposição imediata dos valores, “sob pena de comprometer o funcionamento regular das universidades e limitar o papel estratégico dessas instituições no desenvolvimento científico, social e econômico do país.”

De acordo com cálculos feitos pela própria Andifes, o orçamento originalmente previsto no PLOA 2026 para as 69 universidades federais acabou sendo cortado em 7,05%, o que significa uma redução de R$ 488 milhões. 

“Esses cortes incidiram de forma desigual entre as universidades e atingiram todas as ações orçamentárias essenciais ao funcionamento da rede federal de ensino superior”, diz a nota publicada pela associação.

A Andifes argumenta ainda que os cortes, de aproximadamente R$ 100 milhões, na área de assistência estudantil, comprometem diretamente a implementação da nova Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), instituída pela Lei nº 14.914/2024, “colocando em risco avanços recentes na democratização do acesso e da permanência no ensino superior público”.

“Os cortes aprovados agravam um quadro já crítico. Caso não haja recomposição, o orçamento das Universidades Federais em 2026 ficará nominalmente inferior ao orçamento executado em 2025, desconsiderando os impactos inflacionários e os reajustes obrigatórios de contratos, especialmente aqueles relacionados à mão de obra”, complementa o texto.

De acordo com a Andifes, cortes semelhantes também vão impactar o orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). 

“Estamos em um cenário de comprometimento do pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas Universidades Federais, de ameaça à sustentabilidade administrativa dessas instituições e à permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica”, diz a entidade. 

 

AGÊNCIA BRASIL

Publicado em Educação

SÃO PAULO/SP - Em parceria com a Universidade de Glasgow, no Reino Unido, três universidades brasileiras vão conduzir uma pesquisa para propor formas de reduzir o impacto das mudanças climáticas nas favelas brasileiras. O grupo de pesquisa vai se debruçar até 2027 sobre comunidades de Natal (RN), Curitiba (PR) e Niterói (RJ), e está prevista, para a partir de janeiro de 2026, a publicação de um edital com bolsas de pesquisa destinadas a integrar moradores ao trabalho.

O projeto Pacha (sigla em inglês para Análise Participativa para Adaptação Climática e Saúde em Comunidades Urbanas Desfavorecidas no Brasil) tem como coordenador-geral o cientista brasileiro João Porto de Albuquerque, diretor do Urban Big Data Centre, da Universidade de Glasgow. O financiamento, superior a R$ 14 milhões, é proveniente da fundação britânica Wellcome Trust, uma entidade sem fins lucrativos que financia pesquisas na área de saúde e mudanças climáticas.

São parceiras da universidade britânica no Brasil a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), por meio do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana (PPGTU); a Fundação Getulio Vargas, por meio do Departamento de Tecnologia e Ciência de Dados da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP); e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana (PPGTU) da PUC-PR, Paulo Nascimento, lembra que todos os municípios brasileiros devem elaborar planos de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. O projeto Pacha, entretanto, parte da premissa de que os dados que são gerados refletem muito mais a cidade formal do que as favelas. 

“Por isso, todo o nosso esforço é construir uma base de dados produzida coletivamente com os moradores dessas comunidades e, a partir disso, gerar evidências que vão ajudar a revisar ou a olhar de outra forma esses planos de ação climática”, disse. 

Com a escolha das três cidades brasileiras que serão estudadas, o projeto vai poder abordar contextos climáticos muito diferentes, destaca Nascimento. O estudo vai investigar como as comunidades urbanas estão trabalhando essa questão e quais desafios enfrentam, dentro de uma perspectiva de criar indicadores com a participação dos moradores. A ideia é verificar quais as capacidades que essas comunidades já estão desenvolvendo e como os pesquisadores podem aprender com elas. 

Pesquisadores comunitários

O professor da PUC-PR chamou a atenção que as favelas são vistas, em geral, pelo olhar da precariedade, da ausência. “E o que a gente está tentando trazer é, através dos moradores, aprender e ver quais os problemas que eles consideram mais relevantes. Então, a ideia toda é a perspectiva de cocriação”.

Dentro dessa ótica, o projeto vai conceder bolsas de doutorado e pós-doutorado e também bolsas vinculadas, obrigatoriamente, a moradores dessas comunidades. “A gente vai ter pesquisadores comunitários, vinculados ao projeto, mas que são dessas comunidades envolvidas e que vão ser financiados por esse agente britânico, com a perspectiva de o projeto ser construído coletivamente”.

Entre o final de janeiro e o início de fevereiro de 2026, deverá ser lançado edital para pesquisadores oriundos das favelas que desejem participar do projeto em Curitiba, Natal e Niterói. 

A proposta é que esses pesquisadores tenham capacidade de engajar as comunidades. “E que sejam replicadores do que for produzido para depois do projeto. Ou seja, que o projeto vai terminar em algum momento, mas a capacidade local fica com conhecimento do contexto”, afirmou Paulo Nascimento.

Desigualdade

Em 2022, de acordo com dados do Censo produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existiam no Brasil mais de 12 mil favelas, com um total de 16,39 milhões de pessoas ─ 8,1% dos 203 milhões de habitantes do país. 

Essas populações estão entre as mais afetadas pelos impactos das mudanças climáticas, como chuvas intensas, deslizamentos de terra, enchentes e ondas de calor, uma vez que convivem com moradias precárias e ausência de infraestrutura adequada.

O projeto conta ainda com parceria de outras instituições científicas, entre as quais a Fundação Oswaldo Cruz, pelo Centro de Integração de Dados em Saúde (CIDACS/Fiocruz), que trabalha com a base de dados do CadÚnico com recortes de raça, renda, gênero e idade. Isso vai permitir entender como esses diferentes grupos, dentro das comunidades urbanas, estão expostos aos diferentes tipos de riscos climáticos”, salientou Nascimento. 

A ideia é de uma perspectiva para o trabalho que seja feita de baixo para cima, construindo capacidades comunitárias e, a partir disso, construir resultados que sejam relevantes para cada comunidade e para o conjunto de favelas. 

O Pacha atuará na produção de dados para subsidiar políticas públicas a considerar melhor as desigualdades sociais e ambientais, criando junto com as comunidades um diagnóstico e indicadores que sejam relevantes para eles. O resultado conclusivo do projeto deverá ser divulgado no final de 2027.

Lançamento

Na primeira semana de dezembro, pesquisadores das universidades brasileiras se reuniram em Natal com membros da Universidade de Glascow, com representantes da Secretaria Nacional de Periferias, do Ministério das Cidades, e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), também ligado ao governo federal, além de representantes das comunidades potiguares que estão envolvidas na pesquisa.

“A gente passou a semana inteira discutindo o desenho da pesquisa. Fizemos o lançamento oficial no Rio Grande do Norte”.

Segundo o pesquisador, a cada seis meses será feito um evento em alguma das três cidades participantes, envolvendo as comunidades locais, para apresentar resultados parciais.

 

 

Alana Gandra - repórter da Agência Brasil

Publicado em Natureza

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