Estudo da UFSCar em parceria com Universidade do Minho associou prevalência de cepa resistente a medicamento à necessidade de ampliação da genotipagem no Brasil
SÃO CARLOS/SP - A elevada taxa de mutação é característica conhecida do vírus HIV-1, e mutações que causam resistência a medicamentos significam ameaça ao sucesso dos tratamentos antirretrovirais. No entanto, a ocorrência dessas mutações vem caindo em todo o mundo, diante de tratamentos mais eficazes e com menos efeitos adversos, o que permite reduzir a replicação viral e, assim, a probabilidade de mutação.
Estudo realizado em parceria entre Brasil e Portugal e publicado recentemente no "International Journal of Molecular Sciences" [https://www.mdpi.com/1422-
A pesquisa, coordenada Nuno Miguel Sampaio Osório, da Universidade do Minho, em Portugal, contou com a participação de Bernardino Geraldo Alves Souto, docente do Departamento de Medicina (DMed) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no âmbito de acordo de cooperação com o Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Escola de Medicina da Universidade do Minho. Colaboraram também pesquisadores de outras instituições portuguesas e da Espanha. A equipe analisou 20.226 sequências genéticas de HIV-1 coletadas em pacientes em tratamento antirretroviral, no período entre 2008 e 2017, no Brasil.
Os resultados mostraram que a prevalência da K65R passou de 2,23% em 2008 para 12,11% em 2017, seguindo alteração no protocolo de tratamento adotado no Brasil, que, em determinado momento, substituiu o AZT (Zidovudina) pelo TDF (Tenofovir). A pesquisa também identificou maior carga viral nas pessoas em que a mutação foi detectada, reforçando a observação do aumento da prevalência de resistência ao TDF.
Além das análises genéticas e estatísticas, o grupo usou ferramentas de imunoinformática (baseadas em redes neurais artificiais) para investigar possíveis fatores envolvidos na falha terapêutica e na transmissão de cepas resistentes. Esses estudos sugeriram possível impacto de fatores genéticos na prevalência de K65R, derivados dos perfis HLA - relacionados à resposta imunológica - mais ou menos prevalentes na população brasileira. Isto porque a pesquisa indicou que o perfil HLA-B27 teria maior propensão ao reconhecimento do HIV-1, sendo que este perfil genético tem prevalência relativamente baixa na população brasileira.
"Os estudos associando o perfil HLA a diferentes interações com o vírus HIV ainda estão avançando. O que a nossa pesquisa traz é a hipótese de que, além de fatores tradicionais como diferenças sociodemográficas e nos protocolos adotados e a adesão ao tratamento, o perfil genético étnico da população brasileira também pode estar influenciando o padrão de prevalência da resistência a medicamentos, e que pode ser necessário levar isso em consideração na definição dos protocolos de tratamento", explica o pesquisador da UFSCar.
Ou seja, associada à pressão seletiva exercida pelo uso do Tenofovir, o perfil imunológico prevalente na população brasileira também pode estar favorecendo o desenvolvimento da mutação K65R.
Uma das estratégias adotadas em vários países para monitorar e combater as cepas resistentes é a chamada genotipagem universal, em que todos os pacientes são testados no momento do diagnóstico para identificação de cepas resistentes e, assim, adoção de regimes terapêuticos individualizados, ou seja, escolha dos medicamentos que comporão o coquetel antirretroviral informada pela genotipagem. No Brasil, em geral a genotipagem só é feita após verificação de falha terapêutica por seis meses, exceto para alguns grupos que, a partir de 2013, começaram a ser testados no momento do diagnóstico: gestantes, crianças, pacientes com tuberculose e pessoas infectadas por parceiros em tratamento antirretroviral adequado.
A partir dos resultados encontrados no estudo, os pesquisadores supõem que a mudança nos protocolos antirretrovirais sem garantia de genotipagem pré-tratamento tenha colaborado para o crescimento gradual da prevalência de cepas resistentes ao Tenofovir, bem como para o elevado nível de outras mutações de resistência. Essa prevalência elevada, por sua vez, pode estar por trás da maior proporção de casos de falência terapêutica no Brasil, o que ganha especial relevância em um cenário de crescimento nos números de novas infecções e mortes relacionadas ao HIV no País, na contramão de um declínio global. Em 2019, foram 48 mil novas infecções e 14 mil mortes registradas no Brasil.
Assim, os pesquisadores registram que alguns dos medicamentos frequentemente usados no País podem estar comprometidos pela alta prevalência de cepas resistentes e que a genotipagem universal e obrigatória seria a melhor estratégia a ser adotada, para seleção personalizada de um regime antirretroviral otimizado. As evidências produzidas na pesquisa apontam, inclusive, a necessidade de atenção à eficácia dos protocolos adotados na profilaxia pré e pós-exposição no Brasil, já que o aumento da prevalência de cepas resistentes aos medicamentos integrantes desses protocolos também pode comprometer sua eficácia.
"A genotipagem pré-tratamento, com repetição sistemática, permite a definição de protocolos terapêuticos individualizados e ajustes adequados. Com isso, reduzimos o risco de iniciar o tratamento e só descobrir seis meses depois que o protocolo não é adequado ou só substituir um esquema que falhou depois de vários meses de falha, o que é ruim não apenas para o indivíduo, mas também predispõe ao desenvolvimento de cepas resistentes que podem ser transmitidas e ter um efeito populacional", reitera o pesquisador da UFSCar. "Do ponto de vista da prevenção, a abordagem é coletiva, mas estamos propondo estratégia mais individualizada para o tratamento. E essa estratégia individual, por sua vez, tem impacto coletivo, já que a eficácia do tratamento reduz a transmissão e a circulação de cepas resistentes", complementa.
Estudo da UFSCar está aberto à participação de pessoas de qualquer região do país
SÃO CARLOS/SP - A pesquisa "Atitudes e percepções sobre a vacinação para Covid-19" está sendo realizada no Departamento de Medicina (DMed) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com o objetivo de compreender as concepções que a população brasileira possui sobre a adoção da vacinação para a Covid-19. O estudo é realizado por Henrique Pott Junior, docente do DMed da UFSCar, e convida pessoas de todas as regiões do Brasil para participarem do trabalho por meio de um formulário eletrônico.
De acordo com o docente, as vacinas são uma das contribuições mais importantes para a saúde pública no século XX, sendo responsáveis pelo declínio das doenças evitáveis por vacinas em todo o mundo. No entanto, Henrique Pott aponta que nos últimos anos tem-se observado um aumento constante na recusa de vacinas, resultando em vários surtos de doenças evitáveis por esses imunizantes. "Esse problema tem sido atribuído a uma série de fatores, incluindo a relativa raridade de muitas doenças evitáveis por vacinas aliada à percepção pública de que a gravidade e suscetibilidade da doença é muito baixa, além de preocupações relacionadas à eficácia e segurança da vacina", reflete o docente. Somado a isso, o professor acrescenta que o medo das vacinas tem sido fomentado também por informações incorretas ou tendenciosas, não amparadas por evidências científicas, veiculadas pela internet, televisão, jornais e revistas.
Nesse cenário, Pott citou um estudo - Wellcome Global Monitor 2018 - que mostrou que 97% dos brasileiros concordam ou concordam totalmente que é importante vacinar crianças. No entanto, há uma queda para 80% dos brasileiros que se expressaram positivamente quando questionados se as vacinas são eficazes e seguras.
"Nesse sentido, apesar de reconhecerem a importância das vacinas, a desinformação persiste como fator chave para a falta de confiança nas vacinas e hesitação vacinal", avalia o pesquisador. Resultados semelhantes na aceitação da vacina de Covid-19 foram relatados em todo o mundo, incluindo Inglaterra, Austrália, Polônia, Malásia, Jordânia, Hong Kong, Nepal, entre outros, mas Pott aponta que, atualmente, não há conhecimento da atitude da população brasileira em relação à vacinação contra o novo coronavírus.
Expectativa dos resultados
O docente expõe que a ideia da sua pesquisa é identificar quais fatores estão associados à hesitação vacinal e à falta de confiança nas vacinas a fim de subsidiar estratégias individuais ou coletivas para as vacinas, acolhimento e orientação. "Espera-se que esse levantamento de dados possa ser relevante para auxiliar os gestores e profissionais de saúde a entender as percepções da população acerca da importância das vacinas e os riscos da recusa vacinal, especialmente no contexto da pandemia de Covid-19", relata. Pott também explica que o delineamento amostral da pesquisa foi pensado para oferecer subsídios direcionados tanto à comunidade acadêmica quanto para a população brasileira em geral. "Acredita-se que o levantamento dessas informações poderá ser útil para o cuidado em saúde durante e após essa pandemia, podendo fornecer subsídios para estabelecimento de um plano de nacional de imunização mais resolutivo", complementa.
Pott destaca que os resultados do estudo poderão ser importantes tanto para o desenvolvimento de futuros protocolos de pesquisas quanto para o direcionamento de intervenções clínicas ou ações públicas abrindo a possibilidade de um cuidado mais integral e abrangente dos indivíduos, o que certamente enriquecerá o processo de tomada de decisão, podendo também melhorar a adesão do indivíduo ao programa nacional de imunização e sua conscientização em relação à sua saúde. "A realização do estudo poderá ser um ponto de partida para iniciar uma reflexão sustentada no entendimento de que o controle de doenças transmissíveis por meio da vacinação transpassa a fronteira de áreas de conhecimento e é de fundamental importância, principalmente, quando voltamos o olhar para a relevância social dos dados a serem coletados e das reflexões que poderão ser suscitadas a partir dos mesmos", reforça o docente da UFSCar.
Voluntários
Para o desenvolvimento da pesquisa estão sendo convidadas pessoas de qualquer região do Brasil, a partir de 18 anos de idade, para responderem um questionário online, disponível no link https://bit.ly/3wKrzlh. O tempo de resposta é de, no máximo, 10 minutos, e o questionário ficará disponível até o ano que vem. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 45530521.2.0000.5504).
Levantamento foi feito pela UFSCar, em parceria com universidade inglesa, e acompanhou mais de dois mil idosos
SÃO CARLOS/SP - Pesquisa realizada no Departamento de Gerontologia (DGero) e no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da UFSCar, em parceria com o Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública da University College London (UCL), verificou que o acúmulo de gordura na região abdominal combinado à perda de força muscular reduz a velocidade de caminhada em idosos. Essa condição pode trazer riscos à segurança da mobilidade dessa população em diversas situações e à independência em suas atividades diárias.
O estudo acompanhou, por oito anos, 2.294 indivíduos participantes do English Longitudinal Study of Aging (ELSA), com 60 anos ou mais, que não tinham limitação da mobilidade quando o trabalho começou. A pesquisa foi conduzida pela doutoranda da UFSCar Roberta de Oliveira Máximo, sob orientação de Tiago da Silva Alexandre, docente do DGero, como parte de um projeto Jovem Pesquisador e outro de Doutorado, ambos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Tiago Alexandre compartilha que, com o passar dos anos, um cenário comum começa a ser notado pelos idosos: "seu corpo passa por diversas mudanças, a gordura começa a se acumular na região abdominal, seus músculos ficam mais fracos e os passos cada vez mais lentos". O professor explica que, de fato, a gordura segue um padrão de distribuição diferente em idosos. Com o envelhecimento, ocorre uma perda da gordura subcutânea (localizada embaixo da pele) e um acúmulo maior na região abdominal. "Essa região central é mais metabolicamente ativa e tem maior potencial inflamatório, agravando uma situação já em curso, a perda de força muscular relacionada à idade conhecida como dinapenia. Assim, quando a obesidade abdominal e a dinapenia estão presentes ao mesmo tempo, a condição é denominada clinicamente de obesidade abdominal dinapênica, mais prejudicial aos idosos, o que, por sua vez, acelera o declínio da velocidade de caminhada", complementa o orientador do estudo.
Os resultados da pesquisa indicaram que os idosos com obesidade abdominal dinapênica tiveram um declínio na velocidade de caminhada de 15 centímetros por segundo nos oito anos de acompanhamento, enquanto aqueles não obesos abdominais e não dinapênicos tiveram um declínio inferior, no mesmo período, de 4,8 centímetros por segundo. "Os 15 centímetros por segundo parecem pouco, mas podem ser capazes, por exemplo, de dificultar o cruzamento de uma rua no tempo determinado por um semáforo, uma vez que a velocidade normal de marcha de um idoso deve ser superior a 80 centímetros por segundo", destaca Tiago Alexandre. "É comum que idosos com lentidão apresentem mais limitações para realizar suas atividades rotineiras e fiquem cada vez mais confinados em casa, devido à insegurança ao transitar por diversos espaços sob o risco de atropelamentos ou quedas", pontua Roberta Máximo.
Outro ponto importante levantado pelo estudo foi que os idosos apenas dinapênicos ou apenas obesos abdominais não apresentaram um declínio da velocidade de caminhada superior àqueles nem obesos abdominais e nem dinapênicos. "Isso reforça a importância de se identificar idosos obesos abdominais dinapênicos como um grupo que precisa de rápida intervenção dado seu maior risco de ter limitação da mobilidade", reforça Alexandre. No estudo, o diagnóstico de obesidade abdominal dinapênica foi considerado pela circunferência de cintura >102 cm para homens e >88 cm para mulheres e pelo teste de força de preensão manual <26 kg para homens e <16 kg para mulheres.
"Os resultados deixam uma importante recomendação, já que a obesidade abdominal dinapênica é uma condição modificável e que pode ser tratada por meio do treinamento aeróbio e de força muscular para prevenir a limitação da mobilidade em idosos", ressalta Roberta Máximo. A doutoranda também chama atenção para a importância de uma abordagem interdisciplinar no sentido de atuar na prevenção, orientação e supervisão da assistência a esses idosos.
Publicação
Os levantamentos da pesquisa foram publicados na revista Age and Ageing, uma das principais revistas internacionais na área de Geriatria e Gerontologia, no artigo "Dynapenia, abdominal obesity or both: which accelerates the gait speed decline most?", que pode ser acessado no link https://bit.ly/3gy4NYb.
A realização da pesquisa foi aprovada pelo Serviço Nacional de Ética em Pesquisa, do London Multicentre Research Ethics Committee (MREC/01/2/91).
Revista Guia apresenta temas de interesse de toda a comunidade como vacinas, resíduos sólidos, Cerrado e água
SÃO CARLOS/SP - Já está disponível para acesso livre e gratuito a segunda edição da revista GUIA - Guia Universitário de Informações Ambientais, um projeto de extensão do Departamento de Ciências Ambientais (DCam) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Na segunda edição, a revista apresenta uma diversidade de temas, incluindo Cerrado, meio ambiente do trabalho, vacina, resíduos sólidos e água, com entrevistas e participações especiais. Com periodicidade quadrimensal (a cada quatro meses), a publicação é composta por três áreas de discussões: UFSCar; Ambiente, Sociedade e Desenvolvimento; e Gestão e Análise Ambiental.
Na seção UFSCar, o segundo volume da publicação aborda as ações extensionistas da Universidade, entre elas, o projeto Trilha da Natureza, além de temas como ecossocialismo e progresso industrial, meio ambiente e meio ambiente do trabalho, até a nova gestão da UFSCar.
Na seção Ambiente, Sociedade e Desenvolvimento, são abordadas a guerra das vacinas bem como a importância delas; o reaparecimento de doenças erradicadas; resíduos sólidos, consumo e pandemia; zoológicos e parques ecológicos; relações simbólicas e culturais na relação dos seres humanos com a água; na estreia da coluna "Que bicho é esse?", o foco são os gambás.
Na área de Gestão e Análise Ambiental, a revista GUIA apresenta discussões sobre corredores ecológicos, licenciamento ambiental no Brasil, pagamento por serviços ambientais e a lei de Áreas de Proteção e Recuperação dos Mananciais do Município (Aprem) em São Carlos, além do artigo "Para onde vai o resíduo que você gera?".
A revista GUIA é elaborada por uma equipe diversa e transdisciplinar, composta por pessoas que estão na graduação, na pós-graduação e egressas da Universidade. O objetivo é compartilhar informações de qualidade e possibilitar que o conteúdo científico seja acessível para a comunidade em geral.
As duas edições da GUIA podem ser acessadas em www.revistaguia.ufscar.br. Mais informações podem ser acessadas pelo Instagram (@revistaguiaufscar) ou solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Atividade é gratuita e voltada para profissionais, pesquisadores e estudantes da área da Saúde
SÃO CARLOS/SP - A unidade de e-Saúde da Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) do Hospital Universitário da UFSCar (HU-UFSCar/Ebserh) promove, desde maio, eventos online semanais com o tema central "Aprendizagem e novos desafios após um ano de Covid-19". As lives são transmitidas ao vivo, pelo YouTube, abertas ao público, especialmente para profissionais, pesquisadores, estudantes e docentes da área da Saúde. As atividades são gratuitas e não há necessidade de inscrição.
A próxima live será no dia 25 de junho, sexta-feira, das 15 às 16h30, com o tema "Cuidado multiprofissional pós-Covid-19". A abertura será conduzida por Daniela Brassolatti, chefe da Unidade e-Saúde do HU, com mediação de Elaine Gomes da Silva, nutricionista do Hospital. A temática será apresentada por Sigrid de Souza dos Santos, docente do Departamento de Medicina da UFSCar, e Valéria Amorim Di Lorenzo, professora do Departamento de Fisioterapia da Universidade.
As lives são sempre mediadas de forma a garantir as perspectivas multiprofissionais e interdisciplinares dos temas abordados. Os encontros se configuram como um momento importante para compartilhamento de conhecimentos entre envolvidos no cuidado das pessoas com Covid-19.
As próximas apresentações abordarão os seguintes temas: "Saúde Mental", no dia 2/7, e "Vacinas e desafios para o futuro", no dia 16/7. As atividades serão sempre às sextas-feiras, à tarde, com transmissão pelo canal do HU no YouTube (youtube.com/huufscar). As lives já realizadas dentro dessa série relacionada à Covid-19 estão disponíveis no mesmo canal.
Requerimento de matrícula deve ser realizado entre os dias 22 e 23 de junho
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulgou, nesta segunda-feira, dia 21 de junho, a lista dos candidatos convocados na terceira chamada do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), para o requerimento de matrícula nos cursos de graduação presenciais. A lista pode ser conferida em www.ufscar.br.
Os convocados deverão requerer a matrícula e enviar a documentação para as comissões, de acordo com a modalidade escolhida no momento da inscrição no SiSU, impreterivelmente no período de 22 a 23 de junho. Para efetuar o requerimento de matrícula no formato remoto, é preciso se atentar às orientações presentes na folha de rosto da publicação da convocação. Os requerimentos devem ser realizados somente pelo portal do candidato (em https://sistemas.ufscar.br/
No momento do requerimento, os candidatos de reservas de vagas também devem enviar a documentação para as bancas de heteroidentificação de raça/cor, de Pessoas com Deficiência e de análise socioeconômica, dependendo de sua modalidade. Para facilitar o processo, somente estarão disponíveis na página do candidato os formulários correspondentes à sua modalidade. Sendo assim, é obrigatório o preenchimento de todos os formulários que aparecem na página.
A não realização do requerimento de matrícula dentro do prazo previsto acarreta a exclusão do candidato do processo seletivo.
Outras informações podem ser obtidas por meio de contato com a Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad) da UFSCar (em http://www.prograd.ufscar.br/
Levantamento da Pró-Reitoria de Pesquisa evidencia engajamento da comunidade universitária no enfrentamento à pandemia
SOROCABA/SP - A Pró-Reitoria de Pesquisa (ProPq) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) publicou recentemente levantamento das pesquisas relacionadas à Covid-19 desenvolvidas pela comunidade universitária no primeiro ano de pandemia (entre março de 2020 e março de 2021), que somam 249 projetos, nas diferentes áreas de conhecimento atuantes nos quatro campi da Instituição. O documento, entendido como piloto para a constituição de um Observatório de Acompanhamento das Pesquisas sobre Covid-19 conduzidas na UFSCar, foi produzido pela Coordenadoria de Informação em Pesquisa da ProPq, dirigida por Andrea Rodrigues Ferro, docente do Departamento de Economia (DEco-So), do Campus Sorocaba da UFSCar.
Para o levantamento, a equipe envolvida buscou informações em três fontes: por meio de consulta aos centros acadêmicos e departamentos da UFSCar; nos projetos encaminhados ao Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP); e, também, com um recorte específico para as pesquisas realizadas no Hospital Universitário (HU-UFSCar/Ebserh).
O Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), como esperado, concentrou o maior número de pesquisas (137 registros identificados), seguido pelo Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET, com 54) e pelo Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH, com 38). No entanto, dos oito centros da UFSCar, em sete foram identificados projetos, evidenciando como a Universidade respondeu a uma crise que tem múltiplos aspectos, além do sanitário. No próprio CCBS, chama a atenção a diversidade de áreas de conhecimento engajadas, com projetos coordenados por docentes dos departamentos de Ciências Ambientais; Educação Física e Motricidade Humana; Enfermagem; Fisioterapia; Gerontologia; Medicina; Morfologia e Patologia; e Terapia Ocupacional. Além disso, muitos projetos envolvem pesquisadores de áreas distintas, evidenciando a abordagem interdisciplinar.
Outro aspecto evidenciado pelo levantamento foi a participação de integrantes das diferentes categorias que compõem a comunidade universitária: estudantes de graduação e pós-graduação, servidores docentes e técnico-administrativos e pesquisadores de pós-doutorado, em trabalhos de iniciação científica, conclusão de curso de graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado e pesquisas de fluxo contínuo em diferentes modalidades. Destes, cerca da metade aconteceu sem financiamento específico, o que mostra ainda mais o engajamento e o compromisso da comunidade da UFSCar. Daqueles com recursos, as fontes foram o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), majoritariamente.
Especificamente no Hospital Universitário, foram 35 os projetos identificados pelo levantamento, a maior parte conduzida por docentes da UFSCar (22), além de projetos propostos por estudantes de pós-graduação da própria UFSCar e, também, por pesquisadores de outras instituições.
O objetivo do levantamento feito pela ProPq, segundo a equipe responsável, foi apresentar às comunidades interna e externa à Universidade de que maneira a Instituição tem respondido às demandas impostas pela crise multidimensional da pandemia, e a meta é que atualizações sejam divulgadas periodicamente. No futuro, com o Observatório, a ideia é que, além do acesso às pesquisas realizadas, seja possível à comunidade universitária constituir fórum de discussões permanente sobre as saídas possíveis para a crise em suas múltiplas esferas e, à sociedade como um todo, conhecer e se beneficiar do trabalho realizado. A íntegra do relatório produzido a partir do levantamento está no site da ProPq, acessível via https://bit.ly/3wAWTmr.
"Esta primeira etapa foi um aprendizado para nós, por exemplo de como chegar a pesquisadores e pesquisadoras. Está claro que não conseguimos identificar todas as pesquisas e, na segunda etapa, a primeira atualização, já fizemos mudanças nesse sentido e, também, solicitando mais informações sobre os projetos, o que facilitará a sua divulgação", compartilha Andrea Ferro. A coleta de dados dessa segunda etapa segue até 30 de julho.
No dia 22 de junho, às 19 horas, especialistas se reúnem para falar sobre Agricultura 4.0
SÃO CARLOS/SP - No dia 22 de junho, a Especialização MBI Agro da UFSCar promove mais um TALKS de lançamento do curso. Desta vez, o tema do bate papo é "Agricultura 4.0, inovando com tecnologias no campo". A professora Marta Marjotta, do Departamento de Tecnologia Agroindustrial e Socioeconomia Rural da UFSCar, recebe como convidado Bruno Kawano, docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR), do qual é Chefe da Seção de Inovação e Empreendedorismo, no Campus Palmas.
Kawano, que é engenheiro agrônomo com doutorado em Engenharia da Computação e pesquisador da área de Tecnologias Inovadoras, irá abordar o papel das tecnologias e sua relevância em aplicações na agricultura e pecuária, além de falar sobre o desafio de propriedades agrícolas em digitalizar dados e transformar estas informações em tomadas de decisão que gerem economia de custo e aumento de rentabilidade.
"O setor agropecuário brasileiro tem se destacado no cenário nacional e internacional, em várias frentes, principalmente na produção de alimentos e geração de empregos. Nesse sentido, os profissionais da área estão, cada vez mais, buscando eficiência nas suas ações", lembra a professora Marta Marjotta. O evento online acontece às 19 horas. Os interessados podem se inscrever pelo link bit.ly/AGRO2206.
Curso de Especialização MBI Agro da UFSCar
Com previsão de lançamento para o final de agosto, o novo curso de pós-graduação da UFSCar apresenta possibilidades de desenvolvimento de soluções inovadoras para o mundo dos negócios aplicadas ao agro. São abordadas as transformações no setor, promovendo estratégias por meio da inovação. Mais informações em www.mbiufscar.com/agro.
Segunda turma da pós-graduação online tem início das aulas marcado para agosto
SÃO CARLOS/SP - Os remédios fitoterápicos, aqueles produzidos a partir de plantas medicinais ou de seus derivados, têm ganhado cada vez mais espaço como uma alternativa, tanto na prevenção quanto no tratamento de problemas de saúde dos brasileiros. Tradicionais, esse tipo de medicamento tem segurança e eficácia comprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e uso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em cápsulas, comprimidos, pomadas, xaropes ou óleos essenciais, hoje em dia, pelo menos, 12 medicações fitoterápicas já estão incluídas na Relação Nacional de Medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para atender a uma demanda crescente por conhecimento por parte dos profissionais da saúde desse tipo de medicamento, estão abertas as inscrições para a segunda turma do curso online de especialização em Fitoterapia Clínica da UFSCar. Com início das aulas em agosto de 2021, a pós-graduação aborda desde os princípios básicos em fitoterapia clínica e farmacologia até a fisiopatologia - que analisa os fenômenos que provocam alterações no corpo humano doente.
A grade curricular trata de múltiplos e inovadores mecanismos de ação dos princípios ativos naturais para tratar distúrbios em diferentes sistemas do organismo, como o Nervoso Central, Respiratório, Cardiovascular, Digestivo, Renal e Reprodutivo. Ainda são apresentados conceitos relacionados ao controle de inflamações crônicas, tratamento de feridas, dores e estresse. A formação também tem disciplinas relativas a nutrição esportiva, estética e medicina tradicional chinesa.
Promovido pelo Departamento de Ciências Fisiológicas da UFSCar, o curso tem aulas em um final de semana por mês, nas manhãs e tardes de um sábado e um domingo, além de outras atividades e fóruns de discussão. O formulário de inscrição, valores de investimento e mais informações podem ser encontradas no link bit.ly/cursofitoterapiaclinica
Estudo na área da Psicologia convida voluntários para entrevista online
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa na área de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está buscando identificar quais variáveis estão envolvidas em um contexto de interação social em um ambiente profissional. Para isso, o estudo busca voluntários - profissionais ou estagiários - das áreas de Direito e Tecnologia da Informação (TI). O intuito é compreender quais elementos podem ser importantes, ou não, para a avaliação do desempenho profissional de uma pessoa por seus pares.
A pesquisa, intitulada "Percepções do Desempenho Profissional", enfoca os comportamentos interpessoais, que são "comportamentos, ações, atitudes que realizamos em um contexto de contato com outras pessoas, ou seja, em qualquer situação social", explica a aluna Maria Clara Nasser, que é orientada pela professora Elizabeth Joan Barham, do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar.
Para participar do estudo são convidados profissionais ou estagiários das áreas de Direito e TI, com 18 anos ou mais. A participação ocorrerá por meio de entrevista online (plataforma Google Meet) com duração média de 30 a 45 minutos. Ao final da entrevista, os participantes receberão uma cartilha para explicar conceitos da área de habilidades interpessoais testados em pesquisa. A participação é voluntária e gratuita. Os interessados podem acessar o link do formulário online (https://forms.gle/
Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 40821520.3.0000.5504).
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