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Vídeo também aborda fatos da criação da UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - A Unidade Multidisciplinar de Memória e Arquivo Histórico (UMMA), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), publicou em suas redes sociais e no YouTube um documentário sobre a criação da UFSCar, que também presta uma homenagem ao Professor Sérgio Mascarenhas, falecido no último dia 31 de maio.

"Mascarenhas foi fundamental no momento de criação da UFSCar e ajudou a trazer grandes pesquisadores na época da fundação, como ele mesmo relata", afirmam os organizadores do documentário. A produção "é também uma homenagem ao professor por toda a sua trajetória na Ciência e pelo importante e essencial papel junto à UFSCar. A ciência perdeu um cientista formidável muito à frente de seu tempo".

Mascarenhas fundou o Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Universidade de São Paulo (USP), e criou a Embrapa Instrumentação. Foi idealizador do primeiro curso de Engenharia de Materiais da América Latina e primeiro reitor da UFSCar (pro tempore). Após ser diagnosticado com hidrocefalia em 2006, Mascarenhas desenvolveu, em conjunto com médicos, um sensor que monitora a pressão intracraniana; a partir deste estudo nasceu a Braincare, uma startup existente hoje no Brasil, Estados Unidos, Portugal e Bélgica. Por ocasião de sua morte, Mascarenhas recebeu homenagens das principais agências de fomento, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

O documentário da UMMA tem 19 min, pode ser visto no YouTube (https://bit.ly/3y3F53x), Instagram (www.instagram.com/umma.ufscar/) e Facebook (https://bit.ly/365slxg) da UMMA.

Grupo da UFSCar trabalha há mais de 30 anos buscando meios filtrantes eficientes

 

Antes da pandemia, poucas pessoas pensavam na relevância de materiais capazes de reter partículas muito pequenas - como os vírus - na passagem de um fluxo gasoso, como no caso do ar que respiramos ao atravessar os diferentes tipos de máscaras. No Laboratório de Controle Ambiental (LCA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no entanto, o desenvolvimento dos chamados meios filtrantes e a filtração gás-sólido estão no foco desde 1992, o que faz do grupo, vinculado ao Departamento de Engenharia Química (DEQ) da Universidade, referência nacional e internacional em uma área que está se expandindo rapidamente diante dos desafios impostos pelo Sars-Cov-2, vírus causador da Covid-19.

Em 2021, o grupo divulgou trabalho com fibras produzidas a partir da reciclagem de garrafas PET, capazes de reter até 100% das nanopartículas presentes em um fluxo de ar, incluindo aquelas com as dimensões do Sars-Cov-2 (cerca de 100 nanômetros). Agora, está trabalhando na busca de outros materiais, inclusive biodegradáveis, e, também, impregnados com aditivos biocidas e virucidas como nanopartículas metálicas e outros mais sustentáveis e com menos risco à saúde humana, como óleos essenciais, a partir de financiamento aprovado já no contexto da pandemia.

Além de ajudar a prevenir a Covid-19 e outras doenças respiratórias e infecciosas causadas também por bactérias e fungos, os meios filtrantes são essenciais no enfrentamento de outro problema importante da atualidade, a poluição do ar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar mata cerca de sete milhões de pessoas por ano em todo o mundo e, no Brasil, a estimativa é de 50 mil mortes por ano. Para tanto, os materiais podem ser aplicados em equipamentos de proteção individual (EPIs) - máscaras, jalecos e outros - e em sistemas para filtração e condicionamento do ar em ambientes como hospitais, escolas e outros edifícios.

"Quando começamos, em 1992, éramos o único laboratório trabalhando com filtração de gases no Brasil, sob a coordenação do professor José Renato Coury. Desde 2000 nossa atenção está voltada a partículas em uma faixa de tamanho pouco estudada, na qual estão os microrganismos. Agora, temos um boom, por causa da pandemia, inclusive com laboratórios mudando de área", situa Mônica Lopes Aguiar, que hoje coordena o Laboratório junto com Vádila Guerra, ambas docentes do DEQ. "Eu já tinha há bastante tempo uma preocupação específica com as infecções hospitalares, com o desenvolvimento de sistemas de ventilação mais eficientes para evitar a proliferação de bactérias e fungos, e sem saber estávamos nos adiantando para uma situação em que é preciso evitar que uma pessoa contaminada em um ambiente fechado cause outras infecções", complementa.

 

PET

No caso da pesquisa com micro e nanofibras obtidas a partir de PET reciclado - cujos resultados foram publicados nos periódicos Polymers (disponível em www.mdpi.com/2073-4360/13/7/1166) e Membranes (www.mdpi.com/2077-0375/11/4/293) -, a preocupação com a poluição do ar foi aliada à questão da redução da poluição plástica, através da reciclagem. A investigação aconteceu no âmbito do doutorado de Daniela Patrícia Freire Bonfim no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química (PPGEQ) da UFSCar, sob orientação de Aguiar, iniciado em 2017 e ainda em andamento, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Além delas e de Vádila Guerra, os artigos têm a participação de Rosário Bretas, do Departamento de Engenharia de Materiais da UFSCar, cuja experiência com a técnica de eletrofiação, aplicada na produção das micro e nanofibras, foi essencial. Também participou Fabiana G. S. Cruz, então estudante de graduação.

Um dos principais desafios enfrentados diz respeito à combinação de diferentes parâmetros no processo de eletrofiação, em que um campo elétrico é aplicado a uma gota de solução do polímero (o PET dissolvido em um solvente) na ponta da agulha de uma seringa, resultando na evaporação do solvente e produção da fibra, depositada sobre um coletor fixo ou giratório. A concentração da solução, o diâmetro da agulha, a intensidade do campo aplicado e a distância entre a ponta da agulha e do coletor são só alguns dos parâmetros a serem definidos, combinados e, depois, associados às diferentes características encontradas no material resultante.

"Esses parâmetros interferem, cada um de um jeito, no resultado final. A concentração da solução, por exemplo, interfere no diâmetro da fibra. Outros parâmetros interferem em como a fibra se deposita no coletor, o que interfere na permeabilidade que, por sua vez, estabelece como o fluxo de ar passa pelo material e, assim, determina a queda de pressão", exemplifica Bonfim. "Ou seja, esses parâmetros vão determinar a morfologia das fibras que, por sua vez, interfere na eficiência de coleta e na queda de pressão. E você precisa monitorar todos em conjunto. Então, o desafio inicial foi, a partir da filtração almejada, ir combinando os vários parâmetros para chegar na fibra como a gente queria", acrescenta.

A partir dos testes, os pesquisadores chegaram a uma trama de nanofibras que dispensa um substrato - ou seja, não precisa ser aplicada sobre outro material mais resistente ou estruturado, sendo ela mesma o filtro e o suporte - e alcança até 100% de eficiência na coleta de partículas entre 7 e 300 nanômetros, com queda de pressão muito baixa. "As partículas vão grudando nas fibras e, com isso, o espaço para o ar passar diminui, e é essa obstrução que chamamos de queda de pressão. Se ela é alta, significa que a obstrução acontece rapidamente e você precisa gastar mais energia para o ar passar", explica Bonfim. Em um aparelho de ar condicionado, valores altos de queda de pressão significam gasto maior de energia elétrica; nas máscaras, um esforço muito grande para conseguirmos respirar.

Mais recentemente, em julho de 2020, o grupo de pesquisadores teve projeto incluído entre os 38 selecionados por edital da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) voltado à prevenção e ao combate de epidemias. Com duração de três anos, o projeto visa justamente a continuidade do desenvolvimento de tecidos inteligentes para meios filtrantes com caráter biocida e virucida, e tem a participação, além do grupo vinculado ao Departamento de Engenharia Química - incluindo também o docente André Bernardo e outros estudantes de pós-graduação e pesquisadores de pós-doutorado (Daniela Sanches e Bruno Lima) -, de pesquisadores vinculados aos departamentos de Engenharia de Materiais (Rosário Bretas e Alessandra Lucas) e de Morfologia e Patologia da UFSCar (Clovis de Souza), bem como parceiros da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (Wanderley Oliveira).
Além deste, o grupo conta também com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A experiência e os equipamentos existentes no Laboratório, que são raros, fizeram com que, desde o início da pandemia, fosse muito procurado por hospitais para testar a eficiência de máscaras e outros EPIs. "Infelizmente, muitos produtos, como máscaras e jalecos, que nós testamos, não tinham a eficiência anunciada para a venda. Os equipamentos mais comuns testam a eficiência apenas para partículas a partir de 300 nanômetros, não para as nanopartículas na faixa em que trabalhamos, e por isso a legislação não exige esses testes", compartilha Aguiar. "Essa também é uma preocupação nossa, e tenho alunos investigando a questão da regulação. Nós estamos falando de pessoas, de profissionais de Saúde, por exemplo, que acreditam estar protegidos e não estão", alerta.

Exames são agendados pela rede municipal de saúde e agilizam o atendimento dos pacientes em lista de espera

 

SÃO CARLOS/SP - Desde o início do mês de junho, o Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh) retomou a realização do exame de endoscopia digestiva, que foi interrompida por conta da pandemia de Covid-19. Além disso, um novo exame - a broncoscocpia - passa a ser ofertado aos pacientes, sendo o HU a única instituição que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer o exame em São Carlos (SP).

Conforme explica Francisca Erilene Rodrigues de França, Chefe da Unidade de Diagnóstico por Imagem do HU, "a endoscopia do sistema respiratório, conhecida como broncoscopia, é um exame que permite a visualização das vias aéreas (fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia e brônquios) com uso de um instrumento chamado broncoscópio. Esse exame auxilia no diagnóstico preciso de eventuais alterações na anatomia e diversas doenças (tumores, infecções, estenoses, corpos estranhos e outras)". De acordo com França, a realização desse exame também vai colaborar com o sistema público de saúde do município que tem demanda para realização desse procedimento. O exame será realizado por um médico especialista acompanhado da equipe de Enfermagem e médico anestesista. Para a oferta da broncoscopia, o Hospital promoveu uma reorganização interna e a capacitação da equipe.

Em relação à endoscopia, além de retomar sua realização, o HU ampliará a oferta do número de exames. O exame é capaz de analisar a mucosa do esôfago, estômago e duodeno (primeira parte do intestino delgado), sendo feito através de um tubo flexível (endoscópio) que captura as imagens do sistema digestivo por meio de uma câmera.

Todos os agendamentos e encaminhamentos dos pacientes para os exames são feitos apenas pela rede municipal de saúde de São Carlos e pelos ambulatórios de especialidades do HU-UFSCar.

Aulas serão remotas; inscrições estão abertas

 

SÃO CARLOS/SP - O Centro Avançado de Análise de Dados (CeAAD), da UFSCar-Sorocaba, está com inscrições abertas para quatro cursos de extensão em Lean Manufacturing e Seis Sigma, que serão oferecidos de maneira remota.

Os cursos Intensivo de Desenvolvimento de Soluções Lean I e o Regular de Desenvolvimento de Soluções Lean II buscam capacitar os participantes na aplicação de técnicas do Lean para melhoria de processos. O curso Intensivo de Design of Experiments (DOE) tem o objetivo de capacitar os participantes no uso do Design of Experiments (DOE) para que possam otimizar o desempenho de processos e o curso Regular de Inspeção por Amostragem (IA) foca o desenvolvimento e uso de planos de amostragem visando ao controle da qualidade. 

As inscrições estão abertas até o dia 31 de julho e as aulas serão realizadas de forma online (ao vivo) via Google Meet. A realização de cada curso garante um certificado de 20 horas emitido pela UFSCar. 

As inscrições e todas as informações sobre conteúdo, cronograma e estratégias de ensino estão disponíveis no site www.ceaadsor.ufscar.br. Mais informações podem ser solicitadas pelo telefone (15) 99657-3017 (WhatsApp) ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Inscrições estão abertas e devem ser feitas até o dia 7 de julho

 

SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está promovendo a segunda oferta do curso de extensão intitulado "Ciência e Cidadania: desmistificando fake news". A iniciativa é de Karina Paes Delgado, estudante de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGEdCM-Ar), e de sua orientadora Tathiane Milaré, docente do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME-Ar), do Campus Araras da UFSCar.

O curso - online e gratuito - pretende discutir conhecimentos científicos relacionados às informações divulgadas diariamente na Internet, via redes sociais. O pressuposto é que esses conhecimentos ajudem na reflexão sobre as informações disseminadas indiscriminadamente e na identificação de conteúdos enganosos, as chamadas fake news.

A intenção é que os participantes se tornem capazes de diferenciar notícias falsas daquelas verídicas e tomem decisões diárias pautadas em conhecimentos científicos e em informações confiáveis. A proposta é voltada a pessoas que estejam cursando ou já tenham concluído o Ensino Médio, além de estudantes de graduação.

As atividades serão realizadas entre os dias 2 de agosto e 8 de outubro, com encontros síncronos (às quintas-feiras, sempre das 16 às 18 horas, via Google Meet) e tarefas assíncronas, no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) - Moodle da UFSCar. A carga horária total é de 60 horas.

As inscrições estão abertas até o dia 7 de julho e devem ser feitas neste formulário online (https://bit.ly/35Xm7iX), em que são dadas mais informações sobre a iniciativa. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail desmistificandofakenews.Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Voluntários devem atuar no SUS de São Carlos e serão acompanhados por um ano

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida pela parceria entre os departamentos de Fisioterapia (DFisio) e de Enfermagem (DEnf) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pretende levantar as condições de trabalho dos profissionais de saúde que atuam na rede pública de São Carlos (SP), incluindo as atenções primária, secundária e terciária do município. Os participantes responderão breves questionários online e receberão acompanhamento da equipe de pesquisadores durante um ano. 

O estudo "Associação entre aspectos psicossociais e características do sono com sintomas musculoesqueléticos e depressão em trabalhadores de saúde - estudo longitudinal" é coordenado pelas professoras Tatiana de Oliveira Sato, do DFisio, e Vivian Aline Mininel, do DEnf, e tem a participação do Laboratório de Fisioterapia Preventiva e Ergonomia (Lafipe) e do Grupo de Pesquisa Gestão, Formação, Saúde e Trabalho, que são coordenados respectivamente pelas docentes. A pesquisa, nomeada de Heroes - acrônimo para a expressão "Health conditions of healthcare workers" -;  também conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

De acordo com Tatiana Sato, os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) vivenciam situações de trabalho que podem predispor à ocorrência de problemas relacionados a depressão, sintomas musculoesqueléticos e qualidade do sono, tais como: longas jornadas de trabalho; necessidade de possuir mais de um vínculo de trabalho para complementação de renda; o fato de as mulheres, maior parte desse grupo de trabalhadores, possuírem duplas jornadas de trabalho; o trabalho em turnos; a exposição a situações de ameaças, violência e bullying; a necessidade de manusear pacientes para realizar os procedimentos; dentre outros. "Todos esses fatores, agora adicionados os agravos da pandemia, podem predispor estes trabalhadores à depressão e aos sintomas musculoesqueléticos. A qualidade do sono também é relevante, pois pode potencializar esses problemas de saúde", acrescenta Sato. A ideia da pesquisa foi concebida antes da pandemia de Covid-19, mas a docente explica que o contexto atual dificulta ainda mais o trabalho desses profissionais, incluindo riscos adicionais e sofrimento mental intenso.

Segundo Sato, do ponto de vista científico, o estudo é importante por propor uma avaliação prospectiva (ao longo do tempo) dos fatores que podem predispor os profissionais aos problemas de saúde analisados. "Nossa ideia de fazer um estudo longitudinal é superar a dificuldade metodológica para futuramente propor intervenções que auxiliem os trabalhadores no enfrentamento desses problemas", expõe. Além desse desenho longitudinal, outro diferencial do estudo é incluir todas as categorias profissionais que podem estar vivenciando de forma distinta os efeitos da pandemia, englobando, portanto, trabalhadores da atenção básica, ambulatorial, urgência, emergência e hospitalar do município de São Carlos.

A expectativa da pesquisa é obter ampla participação dos profissionais de saúde que atuam no SUS do município e oferecer, futuramente, a possibilidade de atuação para o controle dos problemas levantados. Além disso, Tatiana Sato reforça que os resultados do estudo poderão ser divulgados internacionalmente, ampliando a publicação do levantamento.

Para participar da pesquisa os profissionais devem responder este questionário (https://bit.ly/3qwWteu) até o mês de setembro deste ano. Os participantes receberão acompanhamento online (e-mail ou WhatsApp) durante doze meses. Mais informações sobre o estudo podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 39705320.9.0000.5504).

Nova edição de Ciência UFSCar acontece nesta segunda (5/7), às 17 horas

 

SÃO CARLOS/SP - O Brasil vive em 2021 uma crise hídrica em que os reservatórios de água para produção de energia elétrica encontram-se, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), nos menores níveis dos últimos 91 anos. Com estados que abrigam os principais desses reservatórios em alerta de emergência hídrica e a chegada da estação mais seca na maior parte do País, a partir deste mês a tarifa de energia sofre reajuste de 52% e não está afastado o risco de racionamento ou, até mesmo, interrupção no fornecimento de energia.

Como chegamos a essa situação? Qual é o impacto das mudanças climáticas? Esta era uma situação previsível que poderia ter sido evitada? Como o desmatamento na Amazônia se relaciona com as chuvas no Sul e Sudeste e, consequentemente, com o aumento no custo da energia elétrica? Como diversificar a matriz energética brasileira pode evitar a situação no futuro, e que alternativas existem? Estas são algumas das questões que serão abordadas na quarta edição de Ciência UFSCar, série de eventos promovida pela Assessoria de Comunicação Científica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Participam do debate Frederico Yuri Hanai, docente do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm) da UFSCar, com atuação em pesquisas e projetos de extensão em gestão da água e de bacias hidrográficas; e Frederico Fábio Mauad, docente do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), vinculado ao Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada (CRHEA). Também integrará a conversa Homel Pedroso Marques, mestrando no PPGCAm, que atua no momento como especialista em políticas públicas de meio ambiente no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A mediação é da jornalista Mariana Pezzo.

Intitulado "Crise hídrica e matriz energética - Brasil em 2001, 2014, 2021, 2022...", o evento acontece na segunda-feira (5/7), a partir das 17 horas, com transmissão nos canais UFSCar Oficial no Facebook (www.facebook.com/ufscaroficial) e YouTube (www.youtube.com/UFSCarOficial) e cobertura ao vivo no Twitter @ciencia_ufscar. Está prevista interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras), uma parceria com o Serviço de Tradução e Interpretação de Libras/Língua Portuguesa (SeTILS) da UFSCar.

Procedimentos foram alinhados ontem durante assinatura de termo aditivo entre Hospital e Prefeitura

 

SÃO CARLOS/SP - Foi assinado na quinta-feira (1/7) o 3º Termo Aditivo entre o Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Edbserh) e a Prefeitura Municipal de São Carlos. No documento, foram incorporadas 105 cirurgias eletivas por mês, de pequeno e médio portes, que serão realizadas no Centro Cirúrgico do HU até o final deste ano. O repasse adicional será de R$ 141 mil mensais.

Os procedimentos tiveram início em maio e as cirurgias são realizadas em diferentes especialidades: ginecologia, cirurgias dos aparelhos geniturinário, digestivo e circulatório, das vias aéreas superiores, da face, da cabeça e pescoço, e de pele.

O documento assinado prevê, além das cirurgias eletivas, a prestação de serviços de média complexidade ambulatorial e hospitalar e exames de alta complexidade. "Os novos serviços contemplam as cirurgias eletivas (105 cirurgias por mês), até dezembro deste ano. Vamos fazer cirurgias de pequeno e médio portes: hérnia, de varizes, vesícula, cirurgias ginecológicas, urológicas. São cirurgias em que o paciente opera e vai embora no mesmo dia, ou no máximo, passa um dia no Hospital. São cirurgias pequenas, mas que hoje é a maior necessidade, é onde tem o maior número de pessoas aguardando na fila", afirma Fábio Neves, Superintendente do HU-UFSCar.

A regulação da fila de espera das cirurgias é realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Assinaram o Termo Aditivo Fábio Neves, Superintendente do HU, Airton Garcia, Prefeito de São Carlos, e Marcos Palermo, Secretário de Saúde do município. O documento também será assinado por Valeria Gabassa, gerente de Atenção à Saúde do HU, e seguirá para Brasília, onde será assinado por Oswaldo Ferreira e Giuseppe Gatto, o presidente e o diretor de Atenção à Saúde da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o HU.

Evento reúne pesquisadores de diversas instituições

 

SÃO CARLOS/SP - A terceira live da série "Lives de Dissenso de Lançamento de Livro", a LDLL3, produzida pelo Laboratório de Estudos Epistemológicos e de Discursividades Multimodais (LEEDiM) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e acessível em Libras, acontecerá neste sábado, 3 de julho. 

O material a ser abordado é o livro recém-publicado pela Editora Pontes, "Linguística popular/Folk linguistics: práticas, proposições e polêmicas - Homenagem a Amadeu Amaral", que reúne as conferências apresentadas no I Seminário Internacional de Estudos em Linguística Popular (SIELiPop), ocorrido em março de 2020, em São Carlos. 

Além dos organizadores da publicação, os pesquisadores Roberto Leiser Baronas, da UFSCar, e Maria Inês Pagliarini Cox, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), participam como debatedoras Amanda Scherer, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Lívia Maria Falconi Pires, da UFSCar, e o debatedor José Borges Neto, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). 

Haverá sorteio de exemplares do livro a quem preencher o formulário de presença durante o encontro. A live tem início às 10 horas e pode ser acompanhada pelo canal do YouTube "Linguística Popular/Folk Linguistics" (https://bit.ly/3gZgkQe). Mais informações no cartaz do evento (https://bit.ly/3hdH2DQ).

Paradigmas educacionais que incluam o empoderamento e o olhar humanizado dos profissionais auxiliam no aprimoramento do sistema público de saúde

 

Oferecer a futuros profissionais de Saúde uma formação voltada ao mundo real, que considere o contexto brasileiro e, também, seja multidisciplinar e compromissada com o olhar para o paciente como um todo - em oposição à formação fragmentada, excessivamente especializada e pautada na lógica de mercado - é fundamental ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta é a síntese de reflexões e estudos realizados por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Gestão da Clínica (PPGGC).

As inquietações relacionadas à defesa do SUS surgiram quando Antonio Flavio Archangelo Junior e Enderson Carvalho, à época estudantes no curso de mestrado profissional do PPGGC, tentavam entender como a Educação em Saúde pode ser utilizada como ferramenta de fortalecimento do Sistema, no período em que ocupavam também o papel de gestores da Fundação Municipal de Saúde da cidade de Rio Claro (SP). Os debates ocorreram no escopo da atividade curricular "Processos Educacionais em Saúde", com foco em discussões teóricas da obra de autores que trabalham com as chamadas metodologias ativas - processo de ensino-aprendizagem que incentiva a autonomia e a participação dos estudantes buscando favorecer sua capacidade crítica e reflexiva.

Uma das obras estudadas foi a de David Ausubel, com a Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS). O psicólogo da Educação estadunidense defende o conhecimento prévio de uma pessoa como principal fator que influencia em seu aprendizado. Nesse sentido, é importante os educadores desenvolverem estratégias pedagógicas que levem em consideração esse conhecimento já existente.

Ao refletirem sobre a teoria com foco na área da Saúde, os pesquisadores enfatizam a importância do ensino voltado para as necessidades de aprendizagem dos estudantes e que aborde problemas e desafios relacionados diretamente ao contexto brasileiro, auxiliando, portanto, na formação voltada ao mundo real.

Em contraposição, Archangelo afirma que, atualmente, os profissionais da Saúde são ensinados para um atendimento descontextualizado da realidade brasileira, com formação fragmentada e especializada, voltada à lógica mercadológica - ou seja, segundo o pesquisador, em um sistema que restringe os serviços de saúde ao comercializá-los, por planos particulares, elitizando o acesso à saúde, além de atrair os médicos para o setor privado.
Desse modo, defendem a necessidade de criação de novos paradigmas na Educação em Saúde, com foco em metodologias ativas, visão multidisciplinar e pautados no atendimento humanizado e no olhar para o paciente como um todo. Assim, um médico no SUS poderá ir além do tratamento a uma doença específica, conforme exemplifica Archangelo. "É um olhar integral, para entender, junto com uma equipe multidisciplinar, os fatores e condicionantes que afetam aquele paciente. O foco no meio, na sociedade e no contexto familiar nos quais o indivíduo está inserido e a prioridade no cuidado com o outro são ações que suscitam o empoderamento, que traz, por sua vez, um sentimento de competência e de liberdade ao profissional."

Para Archangelo, ao entender e refletir, criticamente, sobre onde se opera, como se opera e para quem se opera sua prática, o profissional enxerga a equidade em uma sociedade tão desigual quanto a brasileira. "Ao contrário disso, quando o acesso à saúde é dado de acordo com o poder monetário, uma grande parcela da população é automaticamente condenada à desassistência. Se apoderar do conhecimento e do atendimento integral ao paciente é uma forma de resistência e de valorizar o sistema público de saúde", reforça o pesquisador.

No entanto, a mudança envolve desafios. "É uma luta diária, que envolve reflexão e formação desses profissionais do SUS que operam o sistema, mas quando alcançarmos esses novos paradigmas, nos fortaleceremos para enfrentar os constantes ataques e a lógica perversa de desmonte e privatização em detrimento ao sistema público, universal e gratuito. E esse deve ser o compromisso de todas as pessoas", defende Archangelo.

Os debates deram origem ao artigo "Transcendence in the Formation of the Healthcare Professional for Changing Practice" (disponível em https://bit.ly/3A9Mb8D), publicado no Journal of Modern Education Review.

Além de Archangelo e Carvalho, mestres em Gestão da Clínica pela UFSCar, assinam a publicação Aline Guerra Aquilante e Jair Borges Barbosa Neto, docentes do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar; Eucinete Ferreira de Lima, profissional do SUS de Rio Branco (AC); e Ángela Maria Velasquez Lainez, docente da Universidade de Honduras.

Regionalização

Com o aprofundamento dos estudos em sua dissertação de mestrado, intitulada "Regionalização como garantia de acesso aos serviços de saúde: revisão integrativa de literatura" (https://bit.ly/3x4xd1I), sob orientação de Roberto de Queiroz Padilha, docente do PPGGC, Archangelo detectou que esse empoderamento dos profissionais da Saúde também é importante para aprimorar o processo de regionalização do SUS, diretriz que se caracteriza por atribuir, a órgãos locais, atribuições e poder político, administrativo e fiscal.

Instrumento que visa o acesso adequado e integral do cidadão aos serviços de saúde, a regionalização enfrenta vários entraves, como, por exemplo, a dificuldade na interação entre União, estados e municípios. Por isso, o empoderamento das pessoas que trabalham no SUS pode auxiliar na mudança da prática. "A partir desse viés, é possível olhar para as demandas específicas de uma região geográfica e de sua população e entender suas características e peculiaridades; isso é uma gota de esperança no combate às históricas desigualdades que assolam o Brasil", finaliza o pesquisador.

Sua dissertação deu origem ao livro "Regionalização e acesso", cujas versões em diferentes idiomas podem ser acessadas em https://bit.ly/3qv5ept.

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