Roberto Antonio Martins é Professor Titular do Departamento de Engenharia de Produção
SÃO CARLOS/SP - Roberto Antonio Martins, Professor Titular do Departamento de Engenharia de Produção (DEP), do campus sede da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), recebeu o prêmio "IEOM Teaching Excellence Award", outogardo pelo Industrial Engineering and Operations Management Society (IEOM). O anúncio foi feito na cerimônia de encerramento da 2nd South American International Conference on Industrial Engineering and Operations Management, realizada de 5 a 8 de abril, de forma remota.
A indicação do nome para recebimento do prêmio é um critério da IEOM que utiliza fatores como dedicação do docente às atividades de graduação e aos esforços para a formação de chapters de estudantes de graduação da IEOM. A escolha é feita pelo board da IEOM.
A IEOM é uma sociedade sem fins lucrativos cuja missão é promover globalmente o pensamento crítico e sua utilização efetiva no campo da Engenharia de Produção e Gestão de Operações, proporcionando meios de comunicação e networking entre pessoas diversificadas, especialmente em países emergentes, motivadas por interesses semelhantes. É formada por profissionais de empresas privadas, docentes, pesquisadores, estudantes de pós-graduação e de graduação de áreas afins da Engenharia de Produção e Gestão de Operações.
"O prêmio representa um reconhecimento dos esforços feitos durante os meus 27 anos como professor da UFSCar, principalmente nos últimos dez anos com envolvimento nas atividades de graduação, inclusive como coordenador do curso de Engenharia de Produção. Para a Universidade, o prêmio representa visibilidade internacional", afirma o professor premiado.
Martins possui graduação em Engenharia de Produção-Mecânica, mestrado e doutorado em Engenharia de Produção, todos pela Universidade de São Paulo (USP). É membro do corpo editorial de vários periódicos, com destaque para Gestão & Produção e Production. É, atualmente, editor-in-chief da Gestão & Produção. Seu interesse principal de pesquisa recai sobre sistemas de medição de desempenho. O enfoque está nos sistemas de medição de desempenho para gestão da cadeia de suprimentos sustentáveis e economia circular; sistemas de medição de desempenho para sustentabilidade; uso de big data analytics em sistemas de medição de desempenho; e digitalização dos sistemas de medição de desempenho (em especial na indústria 4.0 e agricultura 4.0).
Materiais dão dicas para preparar melhores currículos e sobre comportamento em seleções
SOROCABA/SP - A transformação digital e a nova realidade instaurada pela pandemia de Covid-19 trouxeram muitas mudanças ao mercado de trabalho, desde os processos seletivos online até as reuniões virtuais e o trabalho em regime de home office. Diante deste cenário e do entendimento das necessidades impostas aos futuros e atuais profissionais das mais diferentes áreas, o Grupo de Estudos: Gestão Estratégica de Pessoas, da UFSCar-Sorocaba, sob coordenação da professora Cristina Lourenço Ubeda, do Departamento de Administração (DAdm-So), desenvolveu dois guias para auxiliar as pessoas na elaboração de currículos mais eficientes e na vivência de processos seletivos online.
As cartilhas "Como preparar currículo e vídeo currículo" (https://bit.ly/3wUO3jI) e "Como se preparar para processos seletivos na transformação digital" (https://bit.ly/32aTbSS) partem do conceito de "fit cultural" - o alinhamento entre expectativas profissionais e empresariais, para envolvimento no trabalho e busca por resultados significativos - com o objetivo de ajudar universitários e profissionais a encontrarem as oportunidades mais adequadas a cada perfil e a conquistar as vagas pretendidas, a partir de uma apresentação curricular atrativa e de um bom desempenho nos processos seletivos.
De acordo com a coordenadora do projeto, atualmente, estar preparado para participar de processos seletivos online é fundamental para os universitários, diante dos imperativos de segurança e saúde neste cenário de pandemia. "Para a comunidade da UFSCar, vale ressaltar também a não recomendação de estágios presenciais, exceto em áreas essenciais e da Saúde, conforme Resolução do Conselho de Graduação [nº 363, de 31 de março de 2021]. Nesse sentido, os materiais são ferramentas que oferecem orientações importantes para atuação no mercado de trabalho", destaca ela.
Os guias têm linguagem objetiva e clara, com dicas práticas e rápidas tanto para a criação de currículo, inclusive no formato de vídeos, como sobre a melhor forma de se comportar em processos seletivos online. Os materiais apresentam desde que tipo de informação deve conter no currículo; o que e como destacar; e também o que não fazer; até dicas para um melhor desempenho nas dinâmicas e entrevistas de seleção.
"Com os materiais, procuramos evidenciar que estar preparado para as etapas dos processos seletivos possibilita ao profissional destacar suas competências e experiências profissionais, inclusive após uma possível contratação. Considerando ainda que muitas empresas já determinaram que continuarão com o home office, mesmo após o enfrentamento do coronavírus", conclui Ubeda.
A elaboração dos guias contou com a participação dos estudantes e egressos do curso de Administração da UFSCar-Sorocaba André Augusto Santos, Gabriela Rodrigues da Mota, Jennifer Rhayra Pires de Campos, Luiza Trabachini, Thiago Sansana de Sousa, Sérgio Everton Ferraz e Victor Gabriel Pedroso Lima, integrantes do Grupo de Estudos: Gestão Estratégica de Pessoas.
As cartilhas estão disponíveis para acesso gratuito no Repositório Institucional (RI) da UFSCar, no endereços https://bit.ly/3wUO3jI e https://bit.ly/32aTbSS.
"Sério, Sapiens?" aborda Ciência e Educação buscando promover o pensamento crítico, em episódios mensais
SÃO CARLOS/SP - "Sério, Sapiens?" A questão, que dá nome a podcast criado e mantido por estudantes e profissionais já formados pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), exprime muito da motivação para o projeto, com episódios mensais que estão entrando em seu segundo ano de produção. "É uma crítica, na forma de sátira, em relação à espécie Homo sapiens, da qual fazemos parte, no sentido de estarmos falhando como sociedade. Muitas vezes nos pegamos pensando 'Sério, Sapiens?', 'isto é real', como, por exemplo, diante da desvalorização do ensino e da pesquisa, dos crescentes cortes na área da Educação, das questões ambientais, ao longo dos últimos anos", explica o grupo, formado por oito pessoas, sendo sete graduadas em Ciências Biológicas e um estudante de graduação em Educação Musical na UFSCar, parte delas mestres ou ainda estudantes de pós-graduação na Universidade.
Do questionamento, o grupo partiu para a ação. Os episódios, mensais, buscam aproximar a Universidade e o conhecimento nela produzido da sociedade como um todo, pela divulgação científica associada ao debate de temas como desigualdade, gênero, racismo, inclusão no universo científico, dentre outros. Dentre os 12 episódios já publicados - sempre na última sexta-feira do mês -, alguns dos tópicos escolhidos foram pandemias e epidemias; florestas urbanas; polinização; privatização da água; e mulheres na Ciência.
"Além dos debates sobre temas atuais do universo das Ciências Biológicas à luz de informações confiáveis, buscamos estimular o pensamento crítico, compartilhando ferramentas que apoiem os ouvintes na construção de suas próprias ideias. Para isso, mostramos as etapas de nosso raciocínio, o caminho feito para chegar na conclusão apresentada, e fazemos indagações e reflexões sobre o tema trabalhado. Não queremos simplesmente fornecer informações prontas para nossos ouvintes, pois seria mais do mesmo", relata a o grupo responsável pela produção.
Além da produção em áudio, o projeto também tem um perfil no Instagram (@seriosapiens), com conteúdos adicionais e séries especiais. "Com o conhecimento que adquirimos na Universidade, vemos que a Biologia está em tudo! Está nos lugares mais óbvios, como nas florestas e mares, mas também está em filmes, desenhos, jogos, programas de TV e outros passatempos. Buscamos usar diferentes elementos para despertar o interesse das pessoas", explica a equipe. "Buscamos fugir da fama da Biologia, de ser 'decoreba'. Sim, é preciso guardar muitas coisas, mas é mais fácil relacionar uma espécie de animal a um Pokémon que você adorava e fez parte da sua infância, não é?", ponderam, exemplificando com uma das séries criadas no Instagram, que justamente relaciona os personagens de Pokémon a diferentes animais.
"Sério, Sapiens?" tem perfis, além do Instagram e no Spotify, no Facebook (www.facebook.com/seriosapiens
Estudo vai avaliar a eficácia da telessimulação para abordar o tema
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está buscando voluntárias para participarem de orientação sobre prevenção e manejo do engasgo em bebês menores de 1 ano, por meio da telessimulação. O estudo é realizado pela mestranda Beatriz Naddaf Camilo, sob orientação de Aline Okido, docente do Departamento de Enfermagem (DEnf) da UFSCar.
O objetivo é analisar as contribuições de uma atividade educativa no conhecimento, manejo e autoeficácia de mães de crianças menores de 1 ano diante de uma situação de engasgo. "A pesquisa é importante pois há necessidade de ampliar o conhecimento relacionado ao engasgo para pessoas leigas, ou seja, que não são estudantes ou profissionais da Saúde. Tal tema é pouco discutido e abordá-lo por meio da simulação, enfatizando o processo de aprendizagem diante de uma situação apresentada, torna o processo mais significativo", afirma a mestranda.
De acordo com Beatriz Camilo, a literatura mostra que, entre os tipos mais comuns de acidentes na infância, destacam-se os domésticos, como o engasgo, que são responsáveis por altos índices de hospitalização, invalidez e mortalidade. "Dados do Ministério da Saúde mostram que os acidentes domésticos estão entre as principais causas de morte de crianças de 1 a 9 anos; são situações que, muitas vezes, podem ser evitadas por meio do conhecimento sobre ações preventivas e condutas apropriadas", aponta a pesquisadora. Ela também alerta que bebês menores de 1 ano são expostos a um risco elevado de engasgo, uma vez que é nesse período que ocorre a introdução alimentar e a exposição a novos objetos, já que eles começam a desenvolver suas atividades motoras, sendo capazes de pegar objetos e levá-los à boca.
Diante disso, a pesquisadora reforça a importância de promover a orientação às mães sobre o tema e defende que isso deve ser amplamente discutido durante as consultas de puericultura (com médicos e enfermeiros) e nas mídias. "Quando o bebê está engasgado, muitas mães se desesperam e não sabem o que fazer. O manejo rápido e eficaz da situação é fundamental para a sobrevida do bebê, evitando sequelas e mortalidade. Para que as mães saibam agir e prevenir situações que possam favorecer o engasgo, a orientação torna-se fundamental", reforça ela.
Pesquisa
Para desenvolver o estudo, estão sendo convidadas mães de bebês com até um ano de idade. As participantes responderão questionários online, receberão material educativo sobre a temática e assistirão a uma telessimulação sobre manejo de engasgo em um bebê. Todas as atividades serão virtuais, por causa da pandemia de Covid-19, ampliando a oportunidade de participação de muitas mães.
As interessadas em participar devem responder este questionário online (encurtador.com.br/dyAJ5). Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 42738621.5.0000.5504).
Evento da UFSCar recebe submissão de trabalhos até 30 de abril
SÃO CARLOS/SP - A educação de surdos tem ganhado novos contornos desde às conquistas legais que garantem uma prática de ensino com foco na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Inúmeras ações e reivindicações têm sido feitas pelas comunidades surdas a fim de se alcançar práticas bilíngues (Libras/Língua Portuguesa) que valorizem as diferenças linguístico-culturais.
Nesse contexto, será realizado, de 23 a 25 de junho, o 1° Encontro de Pesquisas do Grupo de Pesquisa em Educação de Surdos, Subjetividades e Diferenças (GPESDi) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O objetivo é oportunizar a troca de conhecimentos entre pesquisadores envolvidos com estudos surdos, abordagem conceitual que tematiza as diferenças, subjetividades e práticas educacionais bilíngues em diálogo com as filosofias da diferença.
O evento virtual tem como tema "Educação e diferenças em diálogo na pandemia do Covid-19" e conta com a participação de integrantes do GPESDi. As inscrições podem ser feitas até 15 de junho. O prazo para submissão de trabalhos vai até o dia 30 de abril. Os procedimentos devem ser conferidos no site do encontro (https://gpesdi2021.faiufscar.
Programação
A programação tem início no dia 23 de junho, com abertura sobre ações do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEs) da UFSCar na pandemia, com mediação de Vanessa Martins, professora do Departamento de Psicologia (DPsi) da Universidade e coordenadora do evento. Na sequência, serão realizadas três mesas-redondas.
No dia 24 de junho, o evento dá continuidade às mesas e, no dia 25/6, abre espaço para comunicações orais. A conferência de encerramento fica por conta da professora Lucyenne Matos, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que aborda o tema "Aprendendo com a história: encontros de pesquisa como potência para a educação bilíngue de surdos".
Mais informações, incluindo a programação completa com horários e participantes, estão no site https://gpesdi2021.faiufscar.
SÃO CARLOS/SP - Em tempos de pandemia da Covid-19, os números de óbitos divulgados diariamente alertam para a gravidade do cenário e reforçam a importância da adoção das medidas sanitárias. A luta contra a pandemia é de pacientes e seus familiares e de tantos profissionais de saúde que se esforçam nesse combate há mais de um ano. Recentemente, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) divulgou a taxa de mortalidade em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), públicas e privadas, um espaço que tem sido um campo importante na batalha contra a doença. Os dados nacionais mostram que o índice de óbitos no Sistema Único de Saúde (SUS) é de 52,9% e, na saúde privada, é de 29,7%. No Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh), essa taxa, em março, foi de 30%, aproximando-se das taxas mais baixas do país.
Os dez leitos de UTI do HU foram inaugurados em 2020 e já direcionados para o atendimento exclusivo a pacientes adultos do SUS com casos de Covid-19. A equipe da UTI-Covid conta com cerca de 60 profissionais, entre equipe de enfermagem, médicos, fisioterapeutas e limpeza, além da equipe de apoio do Hospital, composta por nutricionista, assistente social, psicólogo, fonoaudiólogo e farmacêutico. A infraestrutura conta com todo o suporte necessário para atendimento aos pacientes com Covid.
Gerhard da Paz Lauterbach, clínico geral e médico da UTI do HU-UFSCar, relata que os pacientes que têm chegado até a UTI do Hospital, em sua maioria, já vêm em ventilação mecânica ou prestes a serem entubados e conectados a um respirador. "Pela gravidade da patologia pulmonar e de tantos outros problemas que têm acompanhado a Covid, como risco de infecções bacterianas, insuficiência renal e descontrole glicêmico, a chance de evolução desfavorável nesse perfil de pacientes é grande", expõe o médico.
Para Lauterbach, no entanto, o índice de mortalidade da UTI do HU se aproxima das taxas mais baixas apontadas pela Amib por um conjunto de fatores que influencia a qualidade do cuidado ofertado aos pacientes. "Certamente nossa equipe multidisciplinar extremamente capacitada, aliada aos nossos plantonistas e residentes, tem papel crucial nesses resultados positivos. E, também, nada disso seria possível sem um adequado planejamento de insumos", garante.
Atendimento na pandemia
Desde o início da pandemia, o HU passou por reestruturações para conseguir atender à comunidade, contribuindo com o sistema de saúde público de São Carlos e região. Além da contratação de 118 profissionais, por meio de seleção emergencial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o Hospital promoveu a capacitação da sua equipe. Foram 15 ações de capacitação com cerca de 850 participações. Além disso, o Hospital readequou o fluxo de atendimento dos pacientes para garantir a separação necessária entre aqueles com sintomas de Covid e os com outras doenças, e reestruturou os leitos para ofertar espaço suficiente para os casos de coronavírus. Atualmente, são 24 leitos de enfermaria adulto, quatro leitos de suporte ventilatório e 10 leitos de UTI.
Desde o início da pandemia, foram atendidas no Hospital 932 pessoas positivadas para Covid-19, destas, 526 precisaram de internação. Nesta sexta, dia 16/4, o HU tem 29 pacientes internados no espaço Covid, sendo 11 em internação clínica, oito em suporte ventilatório e 10 na terapia intensiva.
Para Fábio Neves, superintendente do HU-UFSCar, o Hospital tem desempenhado um importante papel no enfrentamento à pandemia de Covid-19 na região. "O HU-UFSCar é um hospital público, que atende exclusivamente pacientes do SUS e que fez grandes investimentos em infraestrutura, equipamentos e capacitação. Isso tem gerado bons resultados assistenciais, como exemplo, as taxas de mortalidade pela Covid-19, que se assemelham às dos melhores hospitais do Brasil".
"Espero que possamos continuar aprendendo juntos e melhorando a qualidade do cuidado de nossos pacientes a cada dia, impulsionados pelas palavras de conforto e orações diárias de tantos familiares que, angustiados, anseiam pelo fim dessa pandemia tanto quanto nós", conclui o médico Gerhard da Paz Lauterbach.
Obra, de autoria de Richard Eloin Liebano, docente do Departamento de Fisioterapia da Universidade, reúne material atualizado e baseado em evidências científicas sobre a área
SÃO CARLOS/SP - Comumente utilizada como um recurso da Fisioterapia, a eletroterapia consiste na aplicação de correntes elétricas e tem variadas finalidades terapêuticas, em pacientes com disfunções como dores, fraqueza muscular, lesões neurológicas, lesões cutâneas (como feridas) ou em tecidos como músculos, ligamentos e tendões, além de casos de incontinência urinária. Também é usada na estética, para melhora da flacidez muscular.
As correntes são transmitidas ao corpo humano por meio de eletrodos de superfície, fixados diretamente sobre a pele do paciente, que podem ser de vários tipos - em forma de caneta, de borracha condutora, de metal, dentre outros -, dependendo de seu objetivo. Apesar de diferentes finalidades, o objetivo da eletroterapia é sempre o de induzir reações do corpo frente ao estímulo elétrico.
"Para cada objetivo, a eletroterapia age de uma forma. Para o alívio da dor, por exemplo, a corrente elétrica, em contato com o corpo, irá estimular fibras nervosas participantes do processo de percepção e modulação dessa dor, que irão enviar estímulos para o sistema nervoso central, promovendo a liberação de opioides endógenos, que são substâncias analgésicas. Já para pacientes com músculos fracos e atrofiados, comumente observados no pós-operatório de cirurgias de joelho ou após imobilizações, são utilizadas correntes que promovem contrações musculares, no intuito de fortalecer determinada região. Esses estímulos favorecem o ganho de força muscular, além de acelerar a reabilitação", exemplifica Richard Eloin Liebano, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que acaba de publicar livro sobre a temática.
No caso de feridas, as correntes propiciam o aumento do fluxo sanguíneo e a atração de células para o local da lesão, o que acelera o processo de cicatrização. Para incontinência urinária, o recurso terapêutico é utilizado por meio da estimulação em músculos responsáveis pela oclusão da uretra - responsável por segurar a urina na bexiga - ou nos nervos que controlam a bexiga. "Para cada uso são utilizados parâmetros específicos para obtermos melhores resultados, que incluem frequência, intensidade e posicionamento de eletrodos", sintetiza o pesquisador.
No intuito de esmiuçar, de forma didática, o uso e a peculiaridade dessas aplicações clínicas, Liebano preparou o livro "Eletroterapia aplicada à reabilitação: dos fundamentos às evidências", publicado pela Livraria e Editora Thieme Revinter. Com prefácio escrito por Tim Watson, docente da University of Hertfordshire, do Reino Unido, e umas das maiores autoridades no assunto, a obra visa preencher uma lacuna acadêmica na área da eletroterapia, especialmente em Português, reunindo textos provenientes de pesquisas e experiências de profissionais da área. O intuito é auxiliar estudantes e profissionais da área da Saúde, especialmente a Fisioterapia, a aperfeiçoarem seus conhecimentos sobre a temática.
"Para cada um dos conceitos abordados, há ilustrações que enriquecem e facilitam a compreensão, além do conhecimento científico para que a prática dos profissionais seja baseada em evidências, o que permite uma atuação mais segura e eficaz ", conta Liebano. Com mais de 20 anos de experiência docente em eletroterapia, o pesquisador contou com a participação de renomados colaboradores do Brasil e dos Estados Unidos, que compartilham suas experiências na publicação.
Ao longo de 190 páginas, o livro foi estruturado em 10 capítulos, que contemplam a história, os princípios básicos da eletroterapia e as bases físicas de diferentes tipos de correntes elétricas - como correntes diadinâmicas de Bernard; corrente interferencial; estimulação elétrica nervosa transcutânea; corrente russa; e corrente aussie -, trazendo considerações sobre as formas seguras e eficazes do uso dessas estimulações elétricas.
Segundo Liebano, cada corrente elétrica abordada no livro é utilizada para uma demanda específica e tem um efeito preponderante. "Por exemplo, as diadinâmicas são bastante indicadas em casos de edemas, como inchaços, e para lesões teciduais, estimulando o reparo. Já a interferencial e a estimulação elétrica nervosa transcutânea são comprovadamente melhores para analgesia e relaxamento muscular. Por outro lado, as correntes russa e aussie são mais usadas para contração e fortalecimento muscular", relata. A escolha pelo uso de cada corrente dependerá, portanto, do objetivo terapêutico.
O livro "Eletroterapia aplicada à reabilitação: dos fundamentos às evidências" pode ser adquirido no site do grupo Thieve Revinter (https://bit.ly/3a8r6jy).
Matrículas devem ser feitas entre 19 e 23 de abril
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) publicou a lista (https://bit.ly/3acpLrV) dos candidatos convocados na primeira chamada para ingresso nos cursos de graduação presenciais, por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU).
Os convocados deverão requerer a matrícula, impreterivelmente, no prazo de 19 a 23 de abril, e enviar a documentação para as comissões, de acordo com a modalidade escolhida no momento da inscrição pelo SiSU.
Para efetuar o requerimento de matrícula no formato remoto, o candidato deve atentar-se às orientações presentes na folha de rosto da publicação de convocação. Os requerimentos devem ser feitos neste sistema da UFSCar (https://sistemas.
No momento do requerimento, os candidatos de reservas de vagas devem enviar a documentação para as bancas de heteroidentificação de raça/cor, de Pessoas com Deficiência e de análise socioeconômica. Para facilitar o processo, somente estarão disponíveis na página de acesso do candidato os formulários correspondentes à sua modalidade. Sendo assim, é obrigatório o preenchimento de todos os formulários que aparecem na área do candidato, após o primeiro acesso.
A não realização do requerimento de matrícula dentro do prazo previsto (de 19 a 23/4) resulta na exclusão do candidato do processo seletivo.
Ao todo, a UFSCar está ofertando 2.893 vagas, distribuídas nos quatro campi: Araras, Lagoa do Sino, São Carlos e Sorocaba. Para o total de vagas ofertadas, foram convocados 2.878 candidatos nesta primeira chamada.
Outras informações podem ser obtidas por meio de contato com a Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad) da UFSCar, em http://www.prograd.ufscar.br/
Foram apresentados o "Guia de Cuidados para a Pessoa Idosa" e uma ferramenta on-line de apoio a cuidadores de pessoas que vivem com demência
SÃO CARLOS/SP - O TED 065/2018 é um projeto multicêntrico e multidisciplinar que reúne pesquisadores de diversas universidades brasileiras e recebe apoio do Ministério da Saúde para ações que têm foco nos cuidadores familiares de pessoas que vivem com demência. Em reunião realizada no final de março, a equipe do projeto apresentou dois produtos, o "Guia de Cuidados para a Pessoa Idosa" e o iSupport-Brasil (BR), ferramenta online que está em processo de avaliação em outros países e que apoia os cuidadores nesse contexto. O retorno do Ministério foi positivo e indicou o início da utilização dos produtos ainda neste ano.
O projeto é coordenado pela professora Aline Gratão, do Departamento de Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e conta com a participação de docentes de outras instituições, como a Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
iSupport-BR
Essa plataforma integra as ações realizadas no TED 065/2018. Trata-se de uma ferramenta on-line de apoio a cuidadores familiares de pessoas que vivem com demência, desenvolvida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em processo de adaptação e implementação em países como Índia, China, Japão, Portugal, Austrália e Holanda, o iSupport-BR acaba de passar por tradução, adaptação cultural e testes acerca da usabilidade - etapas realizadas pelo TED 065/2018 e apresentadas na reunião - e agora seus efeitos serão testados, de forma que se possa comprovar que essa ferramenta é acessível, prática em relação ao contexto da atenção primária e secundária à saúde, e eficaz para a saúde mental desses cuidadores.
Aline Gratão, coordenadora do projeto, aponta que o conteúdo do iSupport é baseado em um modelo no qual a personalidade de alguém com demência é central e o cuidado é pensado como interação, de acordo com as necessidades e habilidades individuais. As técnicas que embasaram o desenvolvimento do programa incluem elementos da terapia cognitivo-comportamental, psicoeducação, relaxamento, ativação comportamental, reenquadramento cognitivo e resolução de problemas, estando integradas aos exercícios da plataforma.
De acordo com Gratão, em países com diferentes níveis de desenvolvimento, exercer o cuidado pode afetar a saúde física e mental e, por isso, o apoio a cuidadores familiares e outros cuidadores não remunerados está incluso como uma das áreas do Plano de Ação Global (2017-2025) da OMS sobre a resposta da saúde pública à demência. Nesse contexto, o iSupport atua como forma de apoiar esse público que se dedica ao cuidado do familiar. Aline Gratão cita que, de forma geral, pesquisas com intervenções em diferentes contextos demonstram que programas educacionais e de treinamento das habilidades de cuidado possuem impacto positivo sobre o conhecimento e bem-estar psicológico de cuidadores de pessoas que vivem com demência. Sobre o iSupport, complementa que, "com o uso da Internet cada vez maior, pode ter vantagens sobre os desafios associados à realização de intervenções de suporte em formato presencial para cuidadores em países de baixa e média renda, ajudando a alcançar mais pessoas e aumentar a cobertura do serviço e prestação de suporte".
Guia
Outro produto que integra o projeto TED 065/2018 é o "Guia de Cuidados para a Pessoa Idosa". O material é uma atualização do "Guia do Cuidador", desenvolvido em parceria com o Ministério da Saúde. Trata-se de um novo manual com informações sobre o processo de envelhecimento, o autocuidado da pessoa idosa saudável, o cuidado com pessoas idosas e redes de apoio. O Guia destina-se a idoso, cuidadores, profissionais da saúde que trabalham com esse público, estudantes e pesquisadores da área do envelhecimento humano.
Reunião
O encontro para apresentar as ações do projeto ao Ministério da Saúde foi realizado no dia 31 de março e contou com a presença de representantes das Coordenadorias da Saúde da Pessoa Idosa (COSAPI)/Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), Saúde Mental, Saúde do Homem, Saúde da Infância, Datasus e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Além disso, teve a participação da regional São Carlos (SP) da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). Docentes da UFSCar, UnB e Unifesp que integram a equipe de pesquisadores do iSupport-BR também participaram.
"O objetivo dessa reunião foi apresentar a versão final desses dois produtos para aprovação e conhecimento da equipe do Ministério, que ficou muito satisfeita. Ainda não há uma data precisa para divulgação desses produtos, mas foi delimitado que acontecerá ainda neste ano. As datas serão definidas em reunião interna do Ministério", conclui Aline Gratão.
Projeto busca voluntários para exames e avaliações gratuitos
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), busca voluntários para caracterizar curvas de normalidade da pressão intracraniana (PIC) não invasiva em adultos e idosos. O estudo é realizado pela doutoranda Gabriela Nagai Ocamoto, sob orientação de Thiago Luiz Russo, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar.
De acordo com a pesquisadora, a partir da tecnologia chamada de brain4care, muitos avanços para monitorização não invasiva de PIC foram identificados, com impacto na complementação do monitoramento de pacientes internados em ambiente hospitalar. "As informações que vamos levantar permitirão auxiliar no desenvolvimento de uma referência clara de padrão de normalidade da PIC para a comparação com diferentes condições de saúde, como AVC, traumatismo craniano e tumores", diz Ocamoto. "A partir das informações que teremos com esse estudo, os médicos de uma UTI, por exemplo, poderão realizar a monitorização não invasiva da saúde cerebral dos pacientes e identificar, por meio de padrões de normalidade, o estado clínico deles e um parâmetro seguro para indicar melhora ou piora, além de uma indicação mais pertinente e segura de tratamento", complementa.
Para desenvolver a pesquisa, estão sendo recrutados voluntários saudáveis, homens ou mulheres, entre 46 a 80 anos, e praticantes de atividade física regular. As pessoas não podem ter doença prévia como diabetes, pressão alta, colesterol alto, nem ter sofrido infarto; também não podem fumar ou ingerir bebidas alcoólicas em grande quantidade. Os participantes farão exame de sangue, avaliação dos vasos sanguíneos, da atividade cardíaca e da saúde cerebral, gratuitamente. A coleta do exame de sangue será feita em clínica laboratorial de São Carlos e as demais avaliações serão no Laboratório de Pesquisa em Fisioterapia Neurológica (LaFiN), do DFisio, na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar.
Em virtude da pandemia de Covid-19, todas as atividades presenciais serão realizadas a partir de rigorosos padrões de biossegurança, incluindo o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) para voluntários e pesquisadores. Além disso, as pessoas serão orientadas previamente sobre os cuidados necessários nas avaliações. Haverá, também, aferição de temperatura de todos os participantes.
Os interessados devem entrar em contato com a equipe pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones/WhatsApp (16) 98813-9855 (Camila) e (16) 99781-5042 (Gabriela). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 32338920.5.0000.5504).
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.