LOS ANGELES - Um deslizamento de terras atingiu o bairro de Sherman Oaks, em Los Angeles, na manhã de quarta-feira (14), causando estragos em várias casas e obrigando a evacuações.
O incidente aconteceu por volta das 3h da manhã (horário local) e foi alertado pelos residentes, que relataram a queda de linhas elétricas e de uma árvore de grande porte no quintal de uma propriedade, segundo o jornal The Los Angeles Times.
Ao chegarem ao local, os bombeiros constataram que grande parte da encosta havia começado a desmoronar, ameaçando pelo menos três casas e danificando gravemente outra em construção.
Testemunhas relataram à rede de televisão NBC que, durante o deslizamento, era possível ouvir barulhos parecidos a estalos.
Até o momento, pelo menos uma casa foi evacuada e não há registro de feridos. A causa do deslizamento ainda está sendo investigada pelas autoridades.
MARROCOS - Criatura pré-histórica: Paleontólogos da Universidade de Bath, no Reino Unido, desenterraram os fósseis de um lagarto marinho nunca antes visto, que viveu próximo ao fim da era dos dinossauros. Batizado de "Khinjaria acuta", o animal media entre 7 e 8 metros - similar a uma orca - e pertencia à família dos mosassauros.
O "Khinjaria acuta" era um predador feroz, equipado com "mandíbulas poderosas e dentes longos em forma de adaga", perfeitos para capturar suas presas. Segundo o comunicado da Universidade de Bath, a criatura era parte de "uma fauna extraordinariamente diversificada de predadores" que habitava o Oceano Atlântico, na costa do Marrocos, pouco antes da extinção dos dinossauros.
O líder da pesquisa, Nick Longrich, descreveu o "Khinjaria acuta" como tendo "uma cara demoníaca" e um aspecto "bizarro". A criatura representa um dos vários predadores que habitavam a região na época.
Tanto os mosassauros quanto os dinossauros desapareceram há cerca de 66 milhões de anos, abrindo espaço nos oceanos para a proliferação de baleias, focas e peixes como o peixe-espada e o atum. Longrich observa que "parece ter havido uma mudança enorme na estrutura do ecossistema nos últimos 66 milhões de anos", e que a "incrível diversidade" de "grandes predadores" no fim do Cretáceo é "invulgar" e não se encontra nas comunidades marinhas modernas.
EUA - Uma arraia que está grávida no Aquarium & Shark Lab Team ECCO na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, está gerando discussões na comunidade científica com relação à paternidade dos quatro filhotes. Isso porque a nova mãe não tem contato com machos da mesma espécie há oito anos. Charlotte, como é chamada pelos funcionários do aquário, divide o tanque com tubarões, o que iniciou as especulações sobre híbridos das duas espécies.
Maristela Peres Rangel, bióloga professora e mentora do Colégio Mackenzie, explica que o cruzamento e fecundação entre animais distintos é possível, mas a tendência é que este não seja o caso dos animais do aquário americano. "Só conseguimos filhotes híbridos com espécies muito próximas como leões e tigres, mas o que sai dessa reprodução é infértil, a espécie não se perpetua. Não é o que aconteceu entre a arraia e o tubarão."
No caso de Charlotte, nos Estados Unidos, Maristela acredita se tratar de um caso de reprodução por partenogênese. "É um processo de reprodução assexuada em que algumas fêmeas, em função do ambiente em que estão, acabam gerando descendentes sozinhas", explica.
Ronaldo Christofoletti, professor do Instituto Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), acrescenta que em casos de partenogênese "apenas o óvulo da fêmea é capaz de, nas suas divisões, acabar gerando um novo indivíduo. É raro para espécies que se reproduzem com machos e fêmeas, mas nessa raridade é possível acontecer", afirma.
Os animais tendem a preterir este tipo de reprodução pela baixa chance de manutenção da vida dos filhotes. "Os animais que vão ser gerados à partir da partenogênese não tem variabilidade genética, se tiver é uma variação mínima, a falta dessa variabilidade é um problema de sobrevivência com a passagem dos anos", segundo Maristela.
O anúncio da gravidez foi feito no início do mês nas redes sociais do aquário que realizou transmissões ao vivo para compartilhar o ultrassom do animal. Os biólogos responsáveis atualizam as redes com informações de Charlotte que ainda não deu à luz aos filhotes, evento que é aguardado para realização de testes genéticos.
POR ESTADAO CONTEUDO
NIGÉRIA - Um tratador de animais que trabalhava para o zoológico de uma universidade nigeriana foi morto por um dos leões ao qual cuidava há quase uma década.
Olabode Olawuyi, chefe do zoológico da Universidade Obafemi Awolowo (OUA), foi atacado enquanto alimentava os leões, informou a universidade em um comunicado publicado na segunda-feira (19) nas redes sociais.
Seus colegas não conseguiram salvá-lo porque um dos animais já o havia ferido mortalmente, acrescentou a universidade. O leão foi sacrificado logo após o ataque.
Olawuyi, que era técnico veterinário, cuidava dos leões desde que nasceram no campus, há cerca de nove anos. "Mas, tragicamente, o leão macho matou o homem que os alimentava", disse o porta-voz da universidade, Abiodun Olarewaju, à BBC. "Não sabemos o que provocou essa reação do leão, em atacá-lo", acrescentou.
Os nigerianos têm compartilhado nas redes sociais imagens do ataque na universidade no estado de Osun, no sudoeste do país. A comunidade universitária está de luto e uma delegação dirigiu-se à residência de Olawuyi para prestar suas condolências à famlia.
O vice-reitor da universidade, Adebayo Simeon Bamire, disse ter ficado triste com o que aconteceu e ordenou uma investigação completa do incidente.
Líder do sindicato estudantil, Abbas Akinremi, disse que o ataque foi causado por um "erro humano". O tratador teria esquecido de trancar a porta do viveiro após alimentar os leões.
Abba Gandu, que alimenta leões há mais de 50 anos num zoológico em Kano, no norte da Nigéria, descreveu o incidente de segunda-feira como lamentável e disse serem necessárias mais medidas de segurança nos zoológicos.
POR FOLHAPRESS
ALEMANHA - O observatório europeu Copernicus divulgou nesta quinta-feira (8) dados alarmantes: Janeiro de 2024 foi o oitavo mês consecutivo com recordes de temperatura, confirmando uma tendência preocupante de aquecimento global.
Desde junho de 2023, cada mês tem sido o mais quente já registrado para o período. Como consequência, 2023 foi oficialmente o ano mais quente da história, e 2024 segue um ritmo igualmente preocupante.
Em janeiro de 2024, a temperatura média do ar de superfície atingiu 13,14°C, 0,70°C acima da média de janeiro entre 1991 e 2020. Esse valor supera em 0,12°C o recorde anterior, estabelecido em janeiro de 2020.
A temperatura média global nos últimos doze meses (fevereiro de 2023 a janeiro de 2024) também é a mais alta já registrada, 0,64°C acima da média de 1991-2020 e 1,52°C acima da média pré-industrial de 1850-1900.
Os oceanos também não escaparam da onda de calor. A temperatura média da superfície do mar global para janeiro de 2024 atingiu 20,97°C, um novo recorde para o mês. Este valor é 0,26°C mais quente do que o janeiro mais quente anterior (2016) e o segundo valor mais alto para qualquer mês no conjunto de dados do Copernicus, empatado com agosto de 2023 (20,98°C).
A sequência de recordes de temperatura e a confirmação de 2023 como o ano mais quente da história servem como um alerta urgente sobre a necessidade de medidas contundentes para combater o aquecimento global. A comunidade científica reforça que a mitigação dos impactos da crise climática é um desafio que exige uma resposta global e imediata.
EUA - Pela primeira vez desde o século 19, duas grandes ninhadas de cigarras estão prestes a emergir simultaneamente do solo nos Estados Unidos, prometendo uma visita peculiar. Estima-se que triliões desses insetos andarão pelo país durante aproximadamente seis semanas, marcando o início da primavera no hemisfério norte, antes de colocarem ovos e morrer.
De acordo com o Daily Mail, isto acontece 12 vezes a cada 221 anos, mas esta é a primeira vez desde 1803 que estas diferentes ninhadas de insetos surgirão em simultâneo.
Os dois grupos de cigarras são conhecidos por Brood XIX e Brood XIII, o primeiro surge a cada 17 anos, e o segundo a cada 13 anos.
De acordo com o alerta do professor da Tennessee Tech Univesity, a invasão de cigarras está prevista para atingir 16 estados e poderá fazer com que árvores sejam "danificadas sem possibilidade de recuperação".
As espécies da Brood XIX começarão a surgir no sul do país em maio, enquanto as espécies da Brood XIII começarão a vida adulta no norte desde abril até à segunda semana de maio.
O evento raro já está a ser apelidado nas redes sociais de "apocalipse das cigarras".
INGLATERRA - Cinco pessoas morreram no Reino Unido e na Irlanda devido à tempestade Isha, que ainda provoca distúrbios nessas regiões. Ventos ultrapassaram os 160 quilômetros por hora em alguns locais, levando o Met Office a emitir vários alertas meteorológicos na segunda-feira.
Uma das vítimas fatalmente caiu em uma vala exposta em Bradford, Inglaterra, conforme relatado pela ITV News.
Na Escócia, a polícia informou que um idoso de 84 anos faleceu no domingo após o carro em que estava colidir com uma árvore caída em Falkirk. O óbito foi declarado no local, enquanto os outros ocupantes do veículo saíram ilesos.
Outra vítima da tempestade Isha foi um homem de 60 anos que perdeu a vida em uma colisão entre duas vans em Londonderry, na Irlanda, causada por uma árvore caída. No país, mais duas mortes ocorreram em acidentes de trânsito: um homem de 40 anos em um acidente de carro e uma jovem de 20 anos em uma colisão envolvendo duas vans.
Milhares de pessoas ainda estão sem eletricidade devido à tempestade que atingiu o Reino Unido e a Irlanda no domingo, levando os meteorologistas a emitirem vários alertas.
A tempestade também resultou no fechamento de diversas estradas e restrições na circulação ferroviária.
Na Inglaterra, diversos voos foram cancelados ou desviados.
EUA - Uma parte dos Estados Unidos está enfrentando condições meteorológicas extremas de inverno, com avisos à população sobre neve, vento e frio extremo.
O Serviço Nacional de Meteorologia já alertou que as temperaturas podem chegar a -45ºC em estados como Montana, Dakota do Norte e Dakota do Sul.
Segundo a NBC News, na segunda-feira, o estado de Montana foi o mais frio, com temperaturas chegando a -41ºC.
As condições meteorológicas severas também forçaram o cancelamento de 3.071 voos. De acordo com a imprensa americana, o aeroporto com o maior número de cancelamentos foi o Aeroporto Intercontinental George Bush, em Houston, no Texas, com 509 voos cancelados.
A NBC também informou que, além dos cancelamentos de voos e das pessoas que ficaram em casa por causa da neve ou do perigo, pelo menos três pessoas morreram. Em Milwaukee, no estado de Wisconsin, três pessoas em situação de sem-abrigo foram encontradas mortas, com a hipotermia como principal suspeita. Os casos estão sendo investigados.
No Iowa, onde Donald Trump venceu as primárias republicanas na segunda-feira, também houve alguns efeitos das condições meteorológicas. Alguns eventos da campanha tiveram de ser cancelados.
PARIS - O ano de 2023 foi confirmado como o mais quente há registrado, de acordo com relatório divulgado na terça-feira, 9, pelo observatório europeu Copernicus. A temperatura média no ano passado foi 1,48 ºC mais quente do que na era pré-industrial, de acordo com a agência.
Este valor é um pouco inferior aos 1,5°C que o mundo havia proposto como limite, no âmbito do Acordo Climático de Paris em 2015, a fim de evitar os efeitos mais graves do aquecimento global. E janeiro de 2024 está a caminho de ser tão quente que, pela primeira vez, um período de 12 meses excederá o limite de 1,5°C, disse Samantha Burgess, vice-diretora do Serviço de Mudança Climática do Copernicus.
Os cientistas sustentam que o planeta precisaria de um aquecimento médio de 1,5°C ao longo de duas a três décadas para violar tecnicamente o limite. "A meta de aquecimento de 1,5°C tem de ser mantida porque vidas estão em risco e há decisões que terão de ser tomadas e essas decisões não afetarão você ou a mim, mas afetarão nosso povo. Filhos e netos", disse Samantha.
O calor recorde causou estragos e até mortes na Europa, América do Norte, China e muitos outros lugares no ano passado. Mas os cientistas também alertam que o aquecimento atmosférico está causando fenômenos climáticos extremos, como a seca prolongada no chifre da África, as chuvas torrenciais que destruíram barragens e mataram milhares de pessoas na Líbia e os incêndios florestais no Canadá que poluíram o ar da América do Norte até a Europa.
Pela primeira vez, os países reunidos na conferência anual das Nações Unidas sobre o clima, em dezembro do ano passado, concordaram em abandonar os hidrocarbonetos responsáveis pelas alterações climáticas, mas não estabeleceram requisitos concretos para o fazer.
O Copernicus estima que a temperatura global média em 2023 foi cerca de um sexto de 1°C superior ao recorde anterior estabelecido em 2016.
Embora isto pareça um valor minúsculo no contexto dos registros globais, é uma margem excepcionalmente grande para um recorde, disse a vice-diretora do Copernicus. A temperatura global média em 2023 foi de 14,98°C, calcula o Copernicus.
"Os recordes foram quebrados durante sete meses. Tivemos junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro mais quentes", disse Samantha.
"Não foi apenas uma temporada ou apenas um mês que foi excepcional. Foi excepcional por mais de metade do ano. Existem vários fatores que contribuíram para que 2023 fosse o ano mais quente já registrado, mas de longe o maior foram os gases com efeito de estufa que retêm o calor na atmosfera", disse ela. Esses gases provêm da queima de carvão, petróleo e gás natural.
POR ESTADAO CONTEUDO
ANTÁRTIDA - A rápida diminuição das áreas de gelo marinho na Antártida, principalmente na porção ocidental do continente, colocam em risco ao menos duas espécies de pinguins, cujo ciclo de vida depende das plataformas congeladas da região.
Uma série de estudos recentes mostra que a situação não está nada auspiciosa para a maior e mais famosa ave do grupo, o pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri), e traz sinais preocupantes também para o pinguim-de-adélia (Pygoscelis adeliae). A primeira espécie costuma criar seus filhotes justamente em cima do gelo marinho antártico. Já a segunda usa os trechos congelados para a fase anual de troca de penas, essencial para manter sua capacidade de suportar os piores meses do inverno.
Apesar da associação quase imediata entre a Antártida e os pinguins no imaginário das pessoas, o fato é que a maioria das cerca de 20 espécies do grupo não vive em território antártico. Além do pinguim-imperador e do pinguim-de-adélia, que estão presentes na região continental da Antártida propriamente dita, mais três espécies têm colônias na extremidade norte da península Antártica, a língua de terra que se estende rumo à América do Sul.
Os pinguins da península costumam fazer seus ninhos no solo, e não no gelo.
No caso dos pinguins-imperadores, um estudo coordenado por Peter Fretwell, do Serviço Antártico Britânico, revelou que 2022 foi catastrófico para as colônias da espécie que vivem na região do mar de Bellingshausen, no lado ocidental da península. Com base em imagens de satélite de alta resolução, que permitem ver manchas amarronzadas (basicamente, fezes de pinguim) em contraste com a brancura do gelo e da neve, Fretwell e seus colegas estimam que, das cinco colônias da área, quatro perderam todos os seus filhotes por conta da diminuição acelerada do gelo marinho.
O risco é tão grande porque a fase de criação dos bebês pinguins se dá no gelo marinho que está "ancorado" em terra firme (em tese, não são pedaços de gelo que flutuam soltos no oceano, portanto). Segundo o estudo, publicado na revista especializada Communications Earth & Environment, os casais da espécie costumam ocupar essas extensões de gelo de abril a janeiro. As fêmeas botam seus ovos entre maio e junho e os filhotes nascem após 65 dias de incubação.
O problema é que os bebês só ganham suas penas de adulto, impermeáveis e essenciais para que eles consigam não afundar n'água, entre dezembro e janeiro. No entanto, em 2022, nas colônias que sumiram, as extensões de gelo marinho onde ficavam os ninhos já tinham derretido em novembro -muito provavelmente, portanto, os filhotes acabaram afundando e seus pais tiveram de abandonar a área.
"Jamais tínhamos visto pinguins-imperadores perderem a estação reprodutiva nessa escala num único ano. A perda de gelo marinho nessa região durante o verão antártico fez com que a sobrevivência dos filhotes que perderam seus ninhos seja muito improvável", declarou Fretwell. "As evidências atuais sugerem que eventos de perda extrema de gelo marinho como esse vão se tornar mais frequentes e afetarão áreas mais amplas no futuro."
De fato, segundo comunicado do Serviço Antártico Britânico, a região foi palco, desde 2016, das quatro menores extensões de gelo marinho ao longo dos últimos 45 anos de registros por satélite.
Em outro estudo, coordenado por Annie Schmidt, da ONG americana Point Blue Conservation Science, cientistas monitoraram cerca de 200 pinguins-de-adélia que vivem na região do mar de Ross, na Antártida continental, além de usar dados de satélite sobre o gelo marinho na região.
Os resultados, que saíram no periódico especializado PNAS, indicam que os trechos de gelo marinho usados pelas aves para sua troca de penas têm diminuído no mar de Ross desde os anos 1980, com uma aceleração desse processo nos últimos cinco anos.
Além disso, existe uma correlação clara entre a concentração do gelo e a capacidade de retorno das aves para suas colônias após a troca de penas. A cada redução de 10% nas áreas de gelo marinho, há uma queda entre 2,4% e 4,8% no número de pinguins que conseguem voltar às colônias reprodutivas.
Como se não bastassem essas ameaças, há ainda os efeitos indiretos ligados ao krill, pequeno crustáceo semelhante a um camarão que é um dos principais pratos do cardápio dos pinguins. O krill também usa o gelo marinho para se alimentar e se proteger, o que significa que o derretimento pode tornar a dieta dos pinguins bem menos farta. Impactos sobre o crustáceo podem afetar até as espécies da península Antártica que não dependem diretamente do gelo marinho para sua reprodução ou troca de penas.
POR FOLHAPRESS
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