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ANTÁRTIDA - O gelo marinho que contorna a Antártida atingiu neste inverno os níveis mais baixos já registrados, informou o Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, em inglês), elevando temores dos cientistas de que o impacto das mudanças climáticas no Polo Sul esteja se intensificando.

Pesquisadores afirmam que as mudanças podem ter grandes consequências para animais como os pinguins, que se reproduzem e criam seus filhotes no gelo marinho, além de acelerar o aquecimento global, por reduzir a quantidade de luz refletida pelo gelo branco para o espaço.

As placas de gelo da Antártida atingiram seu pico neste ano em 10 de setembro, quando cobria 16,96 milhões de quilômetros quadrados, menor máxima para um inverno desde o início da medição por satélite, em 1979, informou o NSIDC. Trata-se de aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados a menos do que o recorde anterior, de 1986.

"Não é apenas um ano de recorde, é um ano de quebra extrema de recorde", afirmou Walt Meier, cientista sênior do NSIDC. Embora as mudanças climáticas estejam contribuindo para o derretimento dos glaciares da Antártida, há pouca certeza sobre o impacto das temperaturas mais elevadas no gelo marinho perto do Polo Sul. A extensão do gelo na área cresceu entre 2007 e 2016.

A mudança nos últimos anos para condições de baixas recordes tem deixado cientistas preocupados com a possibilidade das mudanças climáticas estarem finalmente mostrando as consequências no gelo marinho da Antártida.

Um artigo acadêmico publicado neste mês pelo jornal Communications Earth and Environment descobriu que as maiores temperaturas dos oceanos, provocadas principalmente pelos gases causadores do efeito estufa, estão contribuindo para baixar os níveis de gelo marinho desde 2016.

"A mensagem-chave aqui é a de que precisamos proteger essas partes congeladas do mundo que são muito importantes por uma série de fatores", afirmou Ariaan Purich, da Universidade Monash, na Austrália. Ele é um dos co-autores do estudo.

"Nós realmente precisamos reduzir nossas emissões de gases do efeito estufa."

 

 

Por Jake Spring – repórter da Reuters

BRASÍLIA/DF - O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo de Agostinho Mendonça, disse que o Planejamento Espacial Marinho voltado à chamada Amazônia Azul – região atlântica entre o litoral e a plataforma continental brasileira – ajudará o país a lidar de forma ambientalmente responsável com a exploração das riquezas naturais da região.

A afirmação foi feita na segunda-feira (25) durante o Seminário de Desenvolvimento das Definições Estratégicas para o Planejamento Espacial Marinho da Amazônia Azul, na sede do Ibama em Brasília.

Agostinho se disse preocupado com o transporte de óleo no país e que o Ibama está se preparando para licitar 60 descomissionamentos de plataformas.

“São plataformas que não produzem mais. Elas serão desmontadas e, obviamente, licenciadas do ponto de vista de descomissionamento”, disse ele referindo-se ao processo de desmontagem dessas plataformas, por meio de procedimentos que evitem danos ao meio ambiente.

O presidente do instituto disse que o licenciamento de 78 complexos eólicos offshore (que vão gerar energia a partir do vento em instalações construídas em alto mar) já foi iniciado, mas que esse isso precisa ser feito de forma planejada, uma vez que trata-se de “um setor que não tem marco regulatório”.

Riscos

Segundo Agostinho, tudo isso deve ser feito levando em conta que há, nas águas brasileiras, “cerca de 200 espécies marinhas ameaçadas”, e que, além disso, “estamos perdendo em uma velocidade assustadora os corais”.

Também presente no seminário, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, lembrou que os oceanos são responsáveis por absorver 25% das emissões CO2; que os oceanos produzem cerca de 50% do oxigênio; e que, “além disso, é um grande provedor de outros serviços ecossistêmicos e provedor de inúmeros benefícios sociais, culturais, éticos, estéticos e, também, econômico”.

“Não estamos falando de uma área que seja desprezível. Todo nosso esforço será não só para preservar, mas para dar o uso correto para essas imensas riquezas naturais”, disse ministra.

 

 

Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil

BERLIM - A mudança climática está tendo um impacto mensurável sobre a qualidade do ar e, portanto, sobre a saúde humana, o que significa que os dois temas devem ser enfrentados em conjunto e não isoladamente, segundo um relatório divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) na quarta-feira.

"As ondas de calor pioram a qualidade do ar, com efeitos indiretos sobre a saúde humana, os ecossistemas, a agricultura e, de fato, nossa vida cotidiana", disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, em comunicado.

"As mudanças climáticas e a qualidade do ar não podem ser tratadas separadamente. Elas andam de mãos dadas e devem ser abordadas em conjunto para quebrar esse ciclo vicioso", acrescentou.

De acordo com o relatório, os efeitos da poluição resultantes das altas temperaturas são frequentemente ignorados, mas igualmente perniciosos.

Os exemplos citados no relatório incluem o noroeste dos Estados Unidos, onde as ondas de calor provocaram incêndios florestais, e as ondas de calor acompanhadas de intrusões de poeira do deserto em toda a Europa.

Estudos de caso brasileiros citados no relatório mostraram como os parques e as áreas cobertas por árvores nas cidades podem melhorar a qualidade do ar, absorver o dióxido de carbono e reduzir as temperaturas, beneficiando assim os moradores.

 

 

por Reuters

LÍBIA - O número de mortos nas inundações na Líbia é de mais de 1,5 mil somente em uma cidade, disse à BBC um ministro que visitou o porto oriental de Derna.

“Fiquei chocado com o que vi, é como um tsunami”, disse Hisham Chkiouat, do governo que controla o leste da Líbia.

Grande parte de Derna, que abriga cerca de 100 mil pessoas, está submersa depois que duas barragens e quatro pontes ruíram.

Há registros de que até 10 mil pessoas estão desaparecidas após as enchentes causadas pela tempestade Daniel, segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelha (IFRC, na sigla em inglês).

As cidades de Benghazi, Soussa e Al-Marj também foram afetadas pela tempestade, que atingiu o país no domingo (10/9).

Chkiouat, ministro da Aviação e membro do comité de resposta a emergências do governo local, disse à BBC que o colapso de uma das barragens a sul de Derna arrastou grande parte da cidade para o mar.

“Um enorme bairro foi destruído – há um grande número de vítimas, que aumenta a cada hora.”

"Atualmente 1.500 mortos. Mais de 2.000 desaparecidos. Não temos números precisos, mas é uma calamidade", disse ele, acrescentando que “a barragem que rompeu não tem manutenção há algum tempo”.

Antes da tempestade, as autoridades de Derna impuseram um toque de recolher durante a noite de domingo, determinando que as pessoas que não saíssem de casa como parte de medidas de precaução.

Especialistas em engenharia hídrica disseram à BBC que é provável que a barragem superior, a cerca de 12 km da cidade, tenha falhado primeiro – a sua água desceu pelo vale do rio em direcção à segunda barragem, que se estima estar a cerca de um quilómetro do local, na parte baixa de Derna, onde bairros foram inundados.

Raja Sassi, que sobreviveu junto com sua esposa e filha pequena, disse à agência de notícias Reuters: “No início pensamos que era uma chuva forte, mas à meia-noite ouvimos uma enorme explosão e era o rompimento da barragem”.

A jornalista líbia Noura Eljerbi, radicada na Tunísia, disse à BBC que só descobriu que cerca de 35 dos seus familiares, que viviam no mesmo bloco de apartamentos em Derna, ainda estavam vivos depois de chamar uma equipe de resgate local.

“A casa foi destruída, mas minha família conseguiu sair antes que as coisas piorassem. Eles estão seguros agora”, diz ela, que ainda espera para falar diretamente com os parentes.

Chkiouat havia dito à Reuters anteriormente que um quarto da cidade havia desaparecido.

Tamer Ramadan, chefe da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho na Líbia, disse aos repórteres que o número de mortos provavelmente será “enorme”.

Por meio de videochamada da vizinha Tunísia, ele disse: "Nossas equipes no terreno ainda estão fazendo a sua avaliação... não temos um número definido neste momento. O número de pessoas desaparecidas está atingindo 10 mil até agora."

A BBC Clima aponta que Bayda, uma cidade a cerca de 165 km a oeste de Derna, registrou 414 mm de chuva em 24 horas durante a tempestade Daniel. De acordo com o Climate-data.org, Setembro é normalmente um mês seco no nordeste da Líbia e as recentes chuvas são responsáveis ​​por 77% do total médio anual de Bayda.

Juntamente com as áreas do leste, Misrata, no oeste, foi uma das cidades atingidas pelas inundações.

A Líbia tem enfrentado um caos político desde que o governante de longa data, coronel Muammar Gaddafi, foi deposto e morto em 2011 – deixando a nação rica em petróleo dividida com um governo interino, internacionalmente reconhecido, que opera a partir da capital, Trípoli, e outro no leste.

Segundo o jornalista líbio Abdulkader Assad, essa situação dificulta os esforços de resgate, porque as diversas autoridades não conseguem responder com agilidade a uma catástrofe natural.

“Não há equipes de resgate, não há equipes de resgate treinadas na Líbia. Tudo nos últimos 12 anos foi sobre guerra”, disse ele à BBC.

"Existem dois governos na Líbia... e isso está, na verdade, atrasando a ajuda que chega à Líbia porque é um pouco confuso. Há pessoas que prometem ajuda, mas a ajuda não chega."

Chkiouat disse que a ajuda está a caminho e que a administração oriental aceitaria a ajuda do governo de Trípoli, que enviou um avião com 14 toneladas de suprimentos médicos, sacos para cadáveres e mais de 80 médicos e paramédicos.

O enviado especial dos EUA para a Líbia, Richard Norland, disse que Washington enviará ajuda ao leste da Líbia em coordenação com os parceiros da ONU e as autoridades locais.

Egito, Alemanha, Irã, Itália, Qatar e Turquia estão entre os países que afirmaram ter enviado ou estarem prontos para enviar ajuda.

Derna, a cerca de 250 km a leste de Benghazi ao longo da costa, é cercada pelas colinas próximas da fértil região de Jabal Akhdar.

A cidade foi o local em que militantes do grupo Estado Islâmico construíram presença na Líbia, após a queda de Gaddafi. Foram expulsos alguns anos mais tarde pelo Exército Nacional Líbio (LNA), forças leais ao Gen Khalifa Haftar, aliado da administração oriental.

O poderoso general disse que as autoridades orientais avaliam os danos causados ​​pelas inundações para que as estradas possam ser reconstruídas e a eletricidade restaurada para ajudar nos esforços de resgate.

"Todos os órgãos oficiais, especialmente o banco central da Líbia, deveriam fornecer o apoio financeiro urgente necessário para que os executores possam fazer o seu trabalho e prosseguir com a reconstrução", disse ele, segundo a Reuters, em um discurso na televisão.

O principal site de notícias da Líbia, Al-Wasat, sugeriu que as falhas na reconstrução e manutenção adequadas da infraestrutura em Derna, após anos de conflito, são parcialmente responsáveis ​​pelo elevado número de mortos.

“O caos na segurança e a negligência das autoridades líbias em monitorar de perto as medidas de segurança [das barragens] levaram à catástrofe”, afirmou o especialista econômico Mohammed Ahmed.

 

 

por Lucy Fleming - BBC News

BRASÍLIA/DF - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, disse, na segunda-feira (11), que as licenças ambientais no Matopiba são, muitas vezes, usadas para especulação de venda das terras.  A região é formada por áreas de Cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia e grande produtora de grãos, como soja e milho.

“Foram identificadas, no passado, as licenças dadas com um período muito estendido, de três até quatro anos. Essas licenças não eram imediatamente usadas, mas estavam sendo usadas para especulação de venda dessas terras. Quando você tem uma área com uma licença já concedida, eleva muito o valor daquela propriedade, então, eram licenças especulativas.” 

Diante do uso das licenças de forma especulativa, Marina Silva informou que a pasta avalia o prazo das licenças concedidas. 

“Estamos trabalhando um caminho para evitar essas licenças [ambientais] por um período muito longo. E o esforço de disputar outros usos para essas áreas, que não seja o de converter o Cerrado com atividades que façam a sua remoção”, diz a ministra.

Marina Silva destacou ainda que a Secretaria Extraordinária de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA, em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), tem dialogado com os secretários de meio ambiente estaduais e municipais, da região. “Eles já estão nos passando todas as informações do que é desmatamento legal e do que é ilegal”, adiantou a ministra. 

A declaração da ministra Marina Silva foi dada durante a celebração do Dia Nacional do Cerrado, comemorado hoje, no Parque Nacional (Parna) de Brasília.

Na ocasião, a ministra Marina Silva plantou uma muda de ipê na unidade de conservação, juntamente com o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, e com a secretária Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do MMA, Rita de Cássia Mesquita. 

“Todos os biomas são importantes e, nós sabemos disso. Mas, sem o Cerrado nós vamos perder a principal fonte de alimentação hídrica do nosso país”, declarou a ministra Marina Silva. 

Redução do desmatamento

A ministra recordou que o governo tem trabalhado, desde janeiro deste ano, para reduzir os níveis de desmatamento do bioma, que vêm aumentando, impactado, sobretudo, pelo agronegócio. “Nós tivemos um crescimento no início do ano. A partir de julho e agosto, nós notamos uma diferença. Tivemos em julho, um aumento muito significativo e, em seguida, uma série de medidas foram tomadas junto com os governos dos estados, as secretarias de meio ambiente e já conseguimos dar uma estabilizada. A partir de agora é fazer [o desmatamento] cair também [no cerrado], como já aconteceu na mata atlântica e na Amazônia,” planeja a ministra Marina Silva. 

Marina Silva defendeu o uso sustentável do Cerrado, a partir do aumento da produtividade do agronegócio sem a necessidade de exploração de novas áreas do bioma, como forma de frear o desmatamento e degradação. 

“O que nós podemos fazer é aumentar a produção, por ganho de produtividade. O bom é que nós já temos tecnologia suficiente para dobrar a produção e até triplicar, sem precisar abrir novas áreas.” 

Dia do Cerrado

Como parte da comemoração do Dia Nacional do Cerrado, o MMA planeja lançar, nesta quarta-feira (13), na Câmara dos Deputados, a consulta pública do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado, o PP Cerrado. Após a avaliação do MMA sobre as sugestões apresentadas na consulta pública, o ministério prevê o lançamento do PP Cerrado, ainda, em outubro.  

O cerrado é um dos seis biomas do Brasil e cobre cerca de 25% do território nacional. O bioma perfaz uma área de aproximadamente 2 milhões de km², em 11 estados: Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso, oeste de Minas Gerais, Distrito Federal, oeste da Bahia, sul do Maranhão, oeste do Piauí e pequenas porções de São Paulo e do Paraná. 

O cerrado é a segunda maior formação vegetal do país, atrás somente da floresta amazônica. Hoje, 7,5% das terras do bioma estão protegidas em unidades de conservação coordenadas pelo ICMBio, porém, o órgão estuda ampliar essa cobertura de proteção em todos os biomas, inclusive o cerrado. 

O cerrado se concentra, principalmente, no Planalto Central brasileiro, o bioma é importante na questão hídrica brasileira. 

A área abriga, também, as nascentes de grandes bacias hidrográficas do continente, com as dos rios São Francisco, na Serra da Canastra (MG); e Araguaia, na Serra de Caiapó, na divisa do Mato Grosso e Goiás. 

A secretária Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do MMA, Rita Mesquita, defendeu a preservação do bioma. “O cerrado tem importantes repositórios da biodiversidade e, também, são o que chamamos de berços das águas. É importante ter essas áreas protegidas e ter a conexão com a sociedade, com os usuários para que todos compreendam a importância da conservação da natureza para o nosso próprio bem-estar”, afirmou Rita. 

Plano de Manejo 

Ainda como celebração do cerrado, o ICMBio aprovou, nesta segunda-feira, o novo Plano de Manejo do Parque Nacional de Brasília, situado no Distrito Federal, no centro do bioma.  

A unidade de conservação, apelidada de Água Mineral, foi criada em 1961, inicialmente com 30 mil hectares. Em 2006, na primeira gestão de Marina Silva como ministra do Meio Ambiente, os limites do parque nacional foram ampliados em 12 mil hectares e, atualmente, ocupa a área total de 42.355 hectares.  

Agora, o novo plano de manejo da unidade vai permitir, também na área incorporada, além da realização de pesquisas científicas, o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, bem como o turismo ecológico do público em geral, em atrações como as piscinas de águas correntes naturais e as trilhas para prática de caminhada e de mountain bike

“Com o novo plano de manejo do parque, nós vamos poder ampliar os usos, as bases sustentáveis. Quando mais a população tiver contato, de forma respeitosa com o parque, mais ele se torna importante para a comunidade e mais será preservado”, destacou a ministra 

O presidente do ICMBio, Mauro Pires, vê vantagens no contato do público com a natureza. “Quem conhece, conserva” A importância de o parque estar aberto para receber a visitação é exatamente aproximar a população da região. O Parque Nacional de Brasília está no coração da cidade. Portanto, é um parque urbano. É importante que as pessoas conheçam as belezas do cerrado, tenham contato com a natureza, com a paisagem, com as árvores, com os animais.” 

"A nossa expectativa é que com a educação ambiental, as pessoas estejam mais engajadas na conservação do próprio parque, mas na verdade, com a conservação do próprio bioma”, diz o presidente do ICMBio, Mauro Pires. 

 

Brasília (DF), 11/09/2023, Andrey Silva (PPI-Casa Civil), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o presidente do ICMBio, Mauro Pires, durante assinatura do Plano de Manejo do Parque Nacional de Brasília.  Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Brasília (DF), 11/09/2023, Andrey Silva (PPI-Casa Civil), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o presidente do ICMBio, Mauro Pires, durante assinatura do Plano de Manejo do Parque Nacional de Brasília. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil - Antônio Cruz/Agência Brasil

Cartilha 

No mesmo evento de celebração do Dia Nacional do Cerrado, o Instituto Semeia, com a colaboração do ICMBio, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal, lançou a cartilha “Parques naturais e parcerias: perguntas e respostas para a sociedade”.   

A publicação explica o que são os parques naturais, como funciona a gestão desses espaços, esclarece dúvidas sobre as parcerias privadas, principalmente as concessões de parques naturais. 

No formato de perguntas e respostas para a sociedade, a cartilha ainda apresenta um breve histórico das áreas protegidas e aponta a importância de conservá-las. A gerente de projetos do Instituto Semeia, Bárbara Matos, menciona como surgiu a necessidade de produzir o documento. “A gente foi vendo algumas perguntas recorrentes da sociedade e de gestores públicos sobre o que é a concessão. Nós entendemos ser interessante e pontual fazer um documento que esclarecesse essas perguntas, com uma linguagem de fácil acesso ao usuário do parque, ao gestor e a quem mais se interessar na sociedade”. 

 

 

Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - O presente de aniversário do Parque Ecológico de São Carlos chegou mais cedo. Às vésperas de completar 47 anos de fundação, comemorado no próximo sábado, dia 9 de setembro, o local celebra o nascimento de mais um filhote, e desta vez é do maior e mais famoso felino selvagem das Américas: a Onça Pintada. 
Este filhote, que tem pouco tempo de vida, já nasce com uma grande responsabilidade, explica o diretor do Parque Ecológico, Fernando Magnani. “As onças pintadas são felinos ameaçados no Brasil e nos países próximos onde ela ainda ocorre, é vítima da caça ilegal e do desmatamento, também vem sendo impactada por atropelamentos nas rodovias, mas sob cuidados humanos podemos ter uma população viável para futuros projetos de soltura ou reintrodução, e este pequeno faz parte deste processo”.
A população de onças pintadas em cativeiro é orientada pelo Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Grandes Felinos – PAN, coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros – CENAP, e o Parque Ecológico de São Carlos participa deste Plano Nacional, assim como outros Zoológicos que possuem a espécie e são membros da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil – AZAB.
Maior felino das Américas e o terceiro do mundo, depois do leão e do tigre. O seu corpo é mais robusto, musculoso e compacto com comprimento variando entre 1,10 a 2,40 metros, fora a cauda que pode chegar a 0,80 metros. O peso oscila entre 40 a 130kg, podendo um macho chegar a 150Kg.
A gestação dura em média 90 a 115 dias. Nasce de um a quatro filhotes, porém o mais comum são dois. Os filhotes nascem completamente cegos e totalmente dependentes da mãe. Com duas semanas de vida eles abrem os olhos.
“Este nascimento indica que o investimento que a Prefeitura Municipal vem fazendo no Parque Ecológico está avançando para resultados positivos. Assim como a conservação de espécies de nossa fauna, o local desempenha um importante papel na educação ambiental e assim contribui ainda mais para um ambiente mais equilibrado para todos”, observa o secretário de Agricultura e Abastecimento, Paraná Filho.
Fundado em 9 de setembro de 1976, o Parque Ecológico de São Carlos se dedica as espécies sul-americanas - em especial as brasileiras - e possui um reconhecido trabalho de participação em programas multi-institucionais de preservação de espécies, além de realizar um extenso trabalho de educação ambiental, um dos pioneiros na cidade e que dura décadas.
O filhote de onça pintada ainda não pode ser visto diretamente, devido aos cuidados visando sua sobrevivência, mas a equipe do Parque Ecológico, preparou uma apresentação áudio visual na frente do recinto das onças para que as pessoas possam conhecer este “presentinho”. 
No último mês de agosto outros 12 animais de espécies diferentes nasceram no Parque Ecológico. Mico Leão Dourado, Emas, Sauim de Coleira, Anta, Alpaca e Cisnes já estão cuidando de seus filhotes, algumas destas espécies também são ameaçadas de extinção, como os sauins e os micos.

EUA - No final do mês de agosto, caçadores capturaram o maior aligátor já registrado no estado do Mississippi, nos Estados Unidos. O animal media 4,34 metros e pesava 364 kg, o recorde anterior foi registrado em 2017, quando foi capturado um aligátor de 4,29 metros e 347,5 kg.

Os caçadores levaram 7 horas para matar o animal, que conseguiu se soltar pelo menos 8 vezes. Só quando conseguiram trazer o animal a bordo do barco é que tiveram uma noção real do seu tamanho. Ao final da caça, um oficial foi chamado e o recorde foi registrado em uma instalação de vida animal na cidade de Yazoo.

O maior aligátor americano já registrado media 4,80 metros e pesava 459 kg. De acordo com o site do Departamento de Vida Selvagem e Caça do estado do Mississippi (MDWFP) a caça é permitida no estado durante 10 dias. Somente caçadores registrados e com a licença em dia podem participar da caça, no período eles podem dois animais com mais de 1,2 metros e um com mais de 2,1 metros.

 

Aligátor, jacaré ou crocodilo?

O termo inglês “alligator” muitas vezes é traduzido como jacaré ou crocodilo, gerando algumas confusões, já que eles definem animais de duas famílias diferentes, os crocodilos (família Crocodylidae) e os aligatores e caimões (ambos da família Alligatoridae). Todas estas famílias, porém, fazem parte da ordem Crocodilia (ou Crocodylia), popularmente crocodilianos ou crocodilos, répteis semi aquáticos predadores.

Nos Estados Unidos o único réptil similar existente é o jacaré-americano (Alligator mississippiensis), cujo termo correto para a tradução é jacaré. Por lá, estes animais se concentram em pântanos e rios e ocorrem comumente em estados como a Flórida e o Mississippi. Em média, os jacarés-americanos alcançam três metros de comprimento, por isso o capturado recentemente chamou a atenção da mídia.

Juntamente com o Alligator sinensis (jacará-da-china), o Alligator mississippiensis são duas últimas espécies do gênero alligator (aligátores) existentes. A família Alligatoridae, que engloba os aligátores, contém outros gêneros e subfamílias de animais. No Brasil, os mais comuns são jacaré-anão ou jacaré-paguá (Paleosuchus palpebrosus), o jacaré-açu (Melanosuchus niger), o jacaré-do-pantanal (Caiman yacare), a jacaretinga (Caiman crocodilus), o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) e o jacaré-coroa (Paleosuchus trigonatus).

Jacaré é a palavra portuguesa popular para descrever os aligatores e outros animais do gênero caimão. A palavra deriva do Tupi "îakaré" ou "jaeça-karé" que significa "aquele que olha de lado". Estes animais fazem parte da categoria da família Alligatoridae, que se distingue de crocodilos pela cabeça mais curta, focinho mais largo, presença de membranas interdigitais e detalhes na dentição e na mandíbula.

Os crocodilos são animais da família Crocodylidae, que contém 14 espécies espalhadas pelas Américas, África, Ásia e Austrália. Entre estas espécies está o Crocodilo-de-água-salgada (Crocodylus porosus) que é o maior réptil atual da Terra. Eles podem ultrapassar os 7 metros de comprimento e pesar mais de 1.500 kg e são encontrados na Austrália e Sudeste da Ásia.

 

 

THIAGO FABRÍCIO DE MELLO ELIAS / MEGA CURIOSO

 Autoridades da Flórida, nos EUA, anunciaram nesta quarta-feira, 30 duas mortes decorrentes do furacão Idalia, que atingiu o estado norte-americano. Após os óbitos e outros acidentes na região, o Centro Nacional de Furacões dos EUA afirmou que o furacão reduziu a intensidade de ventos – antes a 200 km/h – e está no estágio 1. O nível máximo de força é categoria 5.

Entre as vítimas, estava um homem de 40 anos, cujo veículo perdeu controle nas chuvas e atingiu uma árvore. Em Alachua, a um homem de 59 anos também sofreu acidente em meio ao furacão e perdeu a vida. A Divisão de Gestão de Emergências da Flórida criou uma linha especial para atender vítimas do furacão.

Mais de 1 milhão de pessoas receberam ordem de retirada imediata da Flórida. Um pronunciamento oficial do governador do estado, Ron DeSantis, foi publicado nas rede sociais. “À medida que o furacão Idalia atinge a costa, não saia de casa se estiver no caminho da tempestade. (…) As condições podem piorar rapidamente”, reforçou.

DeSantis afirmou que Idalia será provavelmente o furacão mais forte a atingir a região em mais de um século.

Antes de tocar o solo na Flórida, Idalia era classificado como furacão de categoria 4 ao avançar pelo Golfo do México, antes de ser rebaixado para magnitude 3 na escala Saffir-Simpson (que vai até 5), como geralmente acontece quando os fenômenos ciclônicos avançam por terra firme.

 

 

Com informações da AFP

por Edda / ISTOÉ

ANTÁRTICA - Um grupo de biólogos marinhos a bordo de um navio de pesquisa fez uma descoberta fascinante, nas profundezas das águas geladas da Antártica.

Trata-se de um animal de aparência "alienígena", com 20 braços. A descoberta foi publicada, recentemente, no Invertebrate Systematics Journal, e fez parte de uma expedição de nove anos, entre 2008 a 2017.

Tal expedição teve como objetivo estudar criaturas marinhas pertencentes à espécie Promachocrinus fragarius, comumente conhecidas como estrelas antárticas de penas de morango. Até que foi surpreendida por novos tipos delas.

“Embora semelhantes a outros animais invertebrados oceânicos, como estrelas do mar e pepinos do mar, as estrelas de penas são distintas tanto em seu grande tamanho quanto em sua aparência sobrenatural quando nadam”, disseram os pesquisadores no artigo.

Estrelas de penas podem habitar uma profundidade de 100 a 1000 metros abaixo do nível do mar.

Além das 20 estrelas de penas antárticas armadas, a equipe identificou sete outras espécies pertencentes à Promachocrinus fragarius, que nunca haviam sido descritas ou nomeadas, anteriormente, pela comunidade científica.

Durante anos, suspeitou-se que os espécimes recuperados de expedições anteriores, embora não confirmados, pertencessem ao grupo de Promachocrinus (estrelas de penas da Antártida) até agora, disse um autor do estudo ao Insider.

O que tornou a classificação possível foi um exame do DNA e da morfologia física dos organismos descobertos.

As descobertas mostram como ainda existem milhares de criaturas marinhas potencialmente desconhecidas, nos vastos oceanos do nosso planeta.

“A exploração abrangente será indispensável para obter até mesmo uma compreensão básica da profusão de vida nas águas antárticas”, conclui o artigo científico.

 

 

por Zeleb.es / The Daily Digest

BARÃO DE COCAIS/MG - O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública de Minas Gerais firmaram um acordo com a mineradora Vale definindo medidas para reparação dos danos causados em Barão de Cocais. No município, mais de 400 moradores precisaram deixar suas casas devido aos riscos de rompimento da barragem Sul Superior, localizada na Mina de Gongo Soco.

A prefeitura também assinou o acordo. Conforme pactuado entre as partes, a Vale desembolsará ao todo R$ 527,5 milhões. Este valor já inclui cerca de R$ 44,5 milhões indicados pela mineradora como despesas já realizadas em ações reparatórias, em antecipações das indenizações e em auxílios emergenciais.

Os riscos na Mina de Gongo Soco foram identificados no pente-fino realizado após a tragédia ocorrida em Brumadinho (MG) no início de 2019, quando 270 pessoas perderam suas vidas na avalanche de rejeitos liberada no colapso de outra barragem da Vale. Diante do episódio, a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o MPMG adotaram medidas para cobrar reavaliações das condições de segurança de diversas estruturas.

Nos casos considerados mais críticos, foi determinada a evacuação de áreas que seriam atingidas em uma eventual tragédia. Ao todo, quase mil pessoas precisaram deixar suas casas em todo o estado de Minas Gerais. Em Barão de Cocais, as evacuações tiveram início em fevereiro de 2019 e envolveram as comunidades de Socorro, Vila do Gongo, Tabuleiro e Piteiras.

A barragem Sul Superior é uma das três que se encontram no nível 3, o último na escala de classificação da ANM, reservado para estruturas que registram risco iminente de ruptura. A barragem foi construída pelo método de alteamento a montante, o mesmo associado à tragédia em Brumadinho. Anos antes, em 2015, outra estrutura similar se rompeu em Mariana (MG), causando 19 mortes e impactando dezenas de municípios na Bacia do Rio Doce. De acordo com a Vale, a barragem Sul Superior foi construída em 1982 e foi desativada em 2008. A mineradora afirma que ela vem sendo monitorada permanentemente e está em processo de descaraterização.

Programas

O acordo para reparação dos danos em Barão de Cocais foi assinado na última sexta-feira (18), em audiência conduzida pela desembargadora Ana Paula Nannetti Caixeta, coordenadora do Centro Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de 2º Grau do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Ele encerra uma ação civil pública onde o MPMG cobrava diversas medidas em benefício das comunidades. Os atingidos, no entanto, não participaram das reuniões de negociação.

Em nota, o MPMG sustenta que o acordo foi elaborado em interlocução com as famílias. Também aponta que um dos destaques é a destinação de recursos para ações de estruturação das políticas públicas de saúde no município. Foram previstos seis programas em torno dos seguintes assuntos: compensação e desenvolvimento de Barão de Cocais; transferência de renda; requalificação do turismo e cultura; segurança; fortalecimento do serviço público municipal; e demandas das comunidades atingidas.

A celebração do acordo contou ainda com a interveniência da Arquidiocese de Mariana, que é responsável pela Igreja Mãe Augusta do Socorro, a mais antiga de Barão de Cocais. Construída em 1737, ela deverá ser restaurada pela Vale.

A mineradora divulgou nota afirmando que o acordo reforça seu compromisso com a reparação das comunidades impactadas. "Uma auditoria técnica independente será contratada para acompanhamento dos resultados do acordo, assim como assessoria técnica independente para auxiliar as comunidades atingidas a selecionar, formatar e apresentar projetos", acrescenta o texto.

Boa parte das famílias que deixaram suas casas em 2019 ainda vive em imóveis alugados pela mineradora Vale, sem previsão para retorno, o que depende da conclusão do processe de descaracterização da barragem. Em algumas localidades, os moradores puderam retornar. A situação, no entanto, não é confortável, segundo depoimento da moradora Cleonice Martins Gomes em audiência pública sobre o tema realizada há três meses pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

"Vivemos com medo. Quando passa uma ambulância, já pensamos que é a sirene da barragem. Tomamos remédios controlados que não usávamos antes, remédios de pressão. Estamos pagando com dinheiro dos nossos próprios bolsos", contou. Na ocasião, Cleonice lamentou a falta de suporte aos atingidos e cobrou da Vale indenização pela desvalorização dos imóveis. Ela avaliou que as famílias não eram ouvidas pela mineradora e que direitos previstos em lei foram descumpridos.

Jucidialmente, os atingidos conquistaram em junho de 2019, o direito a um auxílio emergencial mensal a ser pago pela Vale. A mineradora chegou a pedir à Justiça a descontinuidade do benefício em 2020, alegando que mantê-lo seria assistencialismo, o que seria atribuição do poder público. O argumento, no entanto, foi rejeitado e os repasses foram prorrogados.

Descaracterização

Após a tragédia de Brumadinho, a ANM editou resolução estabelecendo datas para a eliminação de todas as barragens erguidas pelo método de alteamento a montante. Em Minas Gerais, o assunto ganhou tratamento específico pela Lei Mar de Lama Nunca Mais. Ela estabeleceu a obrigatoriedade de concluir todo o processo em três anos.

O prazo se encerrou em fevereiro do ano passado, quando apenas sete das 54 barragens desse tipo existentes no estado estavam completamente descaracterizadas. Diante do cenário, o MPMG procurou diversas mineradoras para estabelecer novos compromissos, entre eles, o pagamento de indenizações. A Vale concordou em pagar uma quantia de R$ 236 milhões.

Em agosto do ano passado, a mineradora apresentou novo cronograma indicando que a eliminação de todas as suas estruturas construídas pelo método de alteamento a montante será concluída até 2035. De acordo com a Vale, a conclusão da descaracterização da barragem Sul Superior, em Barão de Cocais, está prevista para 2029.

 

 

Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil

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