Entidade protocolou pedido na Prefeitura com sugestões para aprimorar mobilidade, segurança e infraestrutura em um dos corredores mais movimentados da cidade
RIBEIRÃO PRETO/SP - A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) apresentou à Prefeitura Municipal uma série de sugestões para requalificações na Avenida do Café, corredor que concentra grande fluxo de moradores e estudantes.
Conhecida como importante polo gastronômico e comercial da cidade, a avenida passou por obras na gestão passada e ainda enfrenta desafios para a completa retomada. O trabalho tomou como base uma análise da percepção dos usuários e comerciantes da via, conduzida pela arquiteta Nathalia Balzuweit Lopes, do ACI Requalifica, departamento especializado em melhorias urbanas da entidade.
O estudo destaca pontos de melhoria relacionados ao transporte coletivo, sinalização de retornos, iluminação noturna, segurança, manutenção e visibilidade da ciclovia.
O superintendente da Distrital Sudoeste, Tarcísio Corrêa Melo, que provocou a elaboração do estudo, destacou a importância do material para orientar melhorias na região. “Acompanhamos há anos as dificuldades enfrentadas na Avenida do Café e sabíamos que era necessário reunir dados técnicos e a percepção de quem vive a rotina da via”, afirma Melo.
A presidente da Acirp, Sandra Brandani, reforça que os temas impactam diretamente o funcionamento e a vitalidade econômica da via, que liga a cidade a uma região importante de ensino e saúde, bem como a bairros tradicionais. “O diagnóstico da Acirp nos dá uma base sólida para avançar em soluções efetivas junto ao poder público”, pontua Brandani.
Corredores e Ciclovias
A pesquisa da Acirp identificou que o corredor de ônibus na Avenida do Café possui infraestrutura adequada, mas segue pouco aproveitado devido à baixa frequência das linhas 904, 499 e 399, especialmente à noite.
A circulação reduzida após as 19h afeta trabalhadores e moradores da região, com relatos de espera de até duas horas em determinados períodos. A entidade sugere ampliação da oferta de horários e integração mais eficiente entre as linhas.
Sinalização de retornos
Outro ponto levantado é a necessidade de melhorar a orientação dos motoristas. Com menos retornos ao longo da via após reformas recentes, a via enfrenta dificuldade de locomoção de veículos e pedestres, com aumento do percurso e um desestímulo ao fluxo econômico local.
“A recomendação é melhorar a sinalização dos retornos de forma clara e aprimorar as orientações para trajetos alternativos.’’ afirma Balzuweit.
Segurança
A avenida apresenta grande fluxo no período noturno de pedestres e veículos devido a proximidade com a USP e o circuito de bares e restaurantes. A iluminação insuficiente, porém, gera relatos de sensação de insegurança. O relatório da Acirp reforça a importância do uso de luzes mais potentes e de avanço ligeiro na substituição por lâmpadas LED, bem como manutenção contínua.
Comerciantes de estabelecimentos da avenida também informaram que têm investido em câmeras próprias para segurança. Diante disso, a associação propõe que o poder público avalie formas de integrar esse monitoramento às ações de segurança, além de intensificar a presença da Guarda Municipal e da Polícia Militar nos horários de maior movimento para aumentar a supervisão da região. “A união de esforços públicos e privados pode contribuir para diminuir atos de vandalismo e também para valorizar o espaço urbano da avenida, trazendo uma sensação de segurança maior para todos”, aponta Larissa Eiras, gerente institucional da Acirp.
A Avenida do Café apresentou ainda visibilidade e segurança prejudicadas pela falta de manutenção das árvores do canteiro central. Em vários pontos, galhos e folhagens avançam sobre a pista, reduzindo o espaço de circulação e até encobrindo a sinalização, especialmente em cruzamentos, aumentando o risco de acidentes.
O pedido é para que a poda e remoção de obstáculos seja mais frequente, com monitoramento contínuo dos trechos mais críticos. A expectativa é de que, com essas ações, a ciclovia torne-se mais segura, confortável e integrada à mobilidade urbana da região.































