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SÃO CARLOS/SP - Neste início de 2023 o Grupo de Óptica “Prof. Dr. Milton Ferreira de Souza” do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP), celebra sua vigésima patente concedida dentre as quase cem depositadas, algumas ainda aguardando julgamento do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI.

Para o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, que coordena esses projetos, a patente é uma forma de avaliar e legitimar algo que tem utilidade para a sociedade. “O fato de nós termos um excelente lote de patentes concedidas e um número elevado de patentes que aguardam a decisão final mostra que a equipe técnico-científica do Grupo, como um todo, vem desenvolvendo com muita seriedade e competência uma de suas missões, que é a transformação do conhecimento em benefícios para a sociedade, com soluções inéditas e inovadoras que ajudam a resolver diversos problemas. Essas patentes estão em temas relevantes, que impactam a sociedade”, complementa o pesquisador.

O processo de submissão, concessão e licenciamento de patentes é um processo árduo, que conta com o apoio da Agência USP de Inovação, órgão que muito tem auxiliado para que o conhecimento gerado seja repassado para a sociedade.

O Grupo de Óptica “Prof. Dr. Milton Ferreira de Souza” do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) é sede do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica – CePOF (um CePID - Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP), do Instituto Nacional de Óptica Básica e Aplicada às Ciências da Vida (programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia - INCT do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), intermediado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq).

O Grupo de Óptica também é sede do Laboratório de Apoio à Inovação e ao Empreendedorismo em Tecnologias Fotônicas (USP Fóton), do Sistema Nacional de Laboratórios de Fotônica (SISFOTON), parte da Iniciativa Brasileira Fotônica (IBFOTON) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), sendo igualmente uma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), atuando em  Biofotônica e Instrumentação.

 

Para conferir a listagem e as patentes, basta acessar -

 

https://www.ifsc.usp.br/cepof/cepof-publicacao-patentes/

 

https://drive.google.com/drive/folders/1Lzz1aQM_Hfp34aSbs2HUQCJvHYv6SCh5

A pesquisa traz como Inovação o tipo de material utilizado na camada de reconhecimento do biossensor

 

SÃO CARLOS/SP - Embora a pandemia tenha cessado, o certo é que os pesquisadores continuam preocupados e vigilantes com as mais diversas variantes da COVID-19 que, entretanto, vão surgindo, principalmente em relação ao SARS-CoV-2, o vírus que causa a doença.

Tendo isso em consideração, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Departamento de Química da FFCLRP/USP, desenvolveram um biossensor especialmente dedicado à detecção do SARS-CoV-2 com base no reconhecimento da proteína Spike do vírus por receptores de membranas celulares. Além deste biossensor se apresentar de baixo custo (menos de um dólar) devido a camada de biorreconhecimento, ele tem a particularidade de descartar a detecção de outros vírus, como, por exemplo, Dengue e Zika, sendo, por isso, uma ferramenta exclusiva para SARS-CoV-2.

A pesquisadora colaboradora do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano) do IFSC/USP e primeira autora do artigo científico (ver em - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2023/02/Memb-Covid-Biosensor-Talanta-full-paper.pdf ) que aborda este desenvolvimento, Profª Drª Juliana Cancino-Bernardi, sublinha que este tipo de biossensor foi desenvolvido utilizando membranas celulares com receptores capazes de reconhecer o vírus exatamente como ocorre dentro do corpo do paciente. Essas membranas foram imobilizadas na superfície de um dispositivo eletroquímico capaz de transformar um reconhecimento biológico específico em sinal físico. “Ao contrário do que tem sido feito até aqui, que é a utilização de anticorpos ou DNA que passam por um processo de purificação, o que fizemos foi utilizar membranas das células Vero e Calu, que superexpressam receptores responsáveis pelo reconhecimento da proteína Spike, como camada seletiva para sua detecção. Esta ideia surgiu pelo fato de nós conhecermos bem a tecnologia de extração de membranas celulares e suas potencialidades como sistema de entrega em nanomedicina teranóstica”, pontua a pesquisadora. Para ter a certeza de que essa membrana teria a capacidade de reconhecer única e especificamente as proteínas Spike de SARS-CoV-2, os pesquisadores realizaram estudos de seletividade introduzindo proteínas de Zika e Dengue, cujos resultados revelaram que esta plataforma apenas detecta, com exclusividade, as relacionadas com SARS-CoV-2.

A Dra. Juliana Cancino-Bernardi afirma ainda que “Essa tecnologia pode diminuir os custos de produção destes dispositivos, pois o processo de extração de membranas celulares é no geral mais acessível que muitos processos de purificação.

De acordo com o Prof. Zucolotto, coordenador do GNano/USP, e responsável pelo trabalho, “O grupo foi pioneiro na manipulação de membranas celulares para terapia ou diagnóstico, incluindo o desenvolvimento de sensores baseados em membrana celulares, no Brasil, o que abre caminhos para a construção de dispositivos diagnóstico para outras doenças, desde que o biorreconhecimento seja realizado por moléculas superexpressas nessas membranas”, conclui.

Ação coincidiu com as comemorações do “Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências”

 

SÃO CARLOS/SP - Três alunas e um aluno da EE Profª Maria Ramos (São Carlos) foram selecionados pela própria escola para fazerem parte do Programa de Pré-Iniciação Científica (USP) no Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

Com os apoios da Universidade de São Paulo (USP) e da FAPESP, os jovens irão receber uma bolsa do CNPq para que desenvolvam projetos científicos com o auxílio de alunos de pós-graduação e com supervisão de docentes e pesquisadores do Grupo de Óptica.

Com duas alunas da escola já presentes no IFSC/USP desde janeiro passado, a elas se juntaram, no dia 10 do corrente mês, mais dois estudantes - Miguel Assis e Luana Moura - acompanhados pelo Prof. Denis Jacomassi, Coordenador de Gestão Pedagógica da EE Profª Maria Ramos e que fez sua formação neste Instituto, lecionando há já quinze anos. “A grande aposta é motivar os jovens para a ciência, trazer alunas e alunos do ensino médio das escolas de nossa cidade, não só para vivenciarem os ambientes universitário e científico aqui do IFSC/USP, mas para que possam desenvolver suas habilidades que já foram detectadas na nossa escola. Estes quatro jovens já mostraram enorme potencial para a ciência e este projeto serve exatamente para eles exibirem suas capacidades, e, quem sabe, poderem ingressar na USP e optarem por trabalhar nesta área do conhecimento - Física”, sublinha o professor.

Miguel Assis foi um dos estudantes que ingressou no nosso Instituto no passado dia 10. Ainda um pouco nervoso para conversar, Miguel afirmou que em primeiro lugar queria conhecer bem a infraestrutura para, depois, começar a estudar e se integrar. Embora vá desenvolver um projeto relacionado com Física, ele pretende se formar em imagem e som.

Luana Santos e Stefani Larissa são as duas estudantes da EE Profª Maria Ramos que chegaram em janeiro último e, por isso, se mostram mais descontraídas. “Nós estamos trabalhando juntas em um projeto muito legal e esperamos poder completá-lo em curto tempo”, afirma entusiasmada Stefani. “Estamos fazendo um projeto muito interessante, que envolve três segmentos: a aplicação de luz, luminescência e eletromagnetismo. Estamos muito entusiasmadas e queremos avançar rápido”, complementa Luana.

A chegada desta segunda equipe da EE Profª Maria Ramos e a reunião de todos os intervenientes, cuja maioria é feminina,  coincidiu com o “Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências”, comemoração que aconteceu no dia 11.

Desde 2016, o “Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências” é comemorado em 11 de fevereiro, data aprovada e celebrada pelas Nações Unidas e UNESCO. A criação da data visa buscar um maior destaque para a pauta, visto que ainda são necessários esforços para a participação igualitária das mulheres nas ciências.

Dados da ONU e da UNESCO apontam que as mulheres representam menos de 30% dos pesquisadores no mundo todo e demonstram como ainda persistem as barreiras e a baixa representatividade para mulheres e meninas, sobretudo em áreas como ciências, tecnologia, engenharia e matemáticas.

Nesse contexto, o IFSC/USP está fazendo sua parte, com muito prazer.

O evento reúne o setor produtivo, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação em ciências matemáticas em estudos cruciais para o avanço da indústria

 

SÃO CARLOS/SP - A Tecumseh, uma das maiores fabricantes de compressores herméticos do mundo e empresa líder no aprimoramento de produtos e serviços de refrigeração, participa do 9º Workshop de Soluções Matemáticas para Problemas Industriais do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI), que acontece entre 6 e 10 de fevereiro no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos, São Paulo.

O workshop é voltado para profissionais do setor produtivo e de outras áreas do conhecimento, bem como pesquisadores e alunos de matemática, estatística, computação e áreas correlatas que procuram conciliar a carreira acadêmica com situações práticas propostas pela Tecumseh.

No evento, a Tecumseh apresentará cinco desafios para que os participantes possam buscar possíveis soluções para problemas reais da indústria, como otimização de configuração de corte de bobinas de aço, utilização da otimização topológica no desenvolvimento de motores elétricos, entre outros.  

Para o diretor presidente da Tecumseh do Brasil, Ricardo Ferreira, essa experiência é de suma importância para a expansão das fronteiras do conhecimento no país. “A Tecumseh tem muito orgulho de participar do 9º Workshop de Soluções Matemáticas para Problemas Industriais, pois concretiza a aproximação das empresas com a academia, tão importante para o desenvolvimento da indústria e da sociedade brasileira”, explica Ferreira.

 

“Os workshops do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CEPID-CeMEAI) têm se mostrado um modelo eficiente na aproximação universidade-indústria. que foi inicialmente desenvolvido na Universidade de Oxford na década de 60. Com o enorme sucesso dos resultados obtidos, foram sendo difundidos como uma atividade regular em diversos países, como o Brasil”, comentou o diretor do Centro, José Alberto Cuminato.

 

Portanto, todos os envolvidos na iniciativa – a Tecumseh, os participantes, a indústria em geral e a academia – serão os grandes beneficiários das inovações geradas no workshop, cujos resultados poderão ser implementados na empresa por meio de convênio ou contratação, com potencial de geração de patentes tecnológicas e capital intelectual na região de São Carlos.

A Tecumseh tem a tradição de realizar investimentos significativos em P&D. Cerca de 4% de seu faturamento anual é direcionado para o setor de desenvolvimento, criando empregos de qualidade e gerando inovação e patentes locais de nível nacional e internacional.   

Além disso, a Tecumseh é um importante ativo para o estado de São Paulo e para o Brasil, tendo investido cerca de US$ 330 milhões em suas operações no país. Suas instalações em São Carlos têm a capacidade de produzir 9 milhões de compressores por ano, os quais são também exportados para mais de 40 países. Sua produção é verticalmente integrada em duas plantas e uma unidade de P&D e testes na cidade de São Carlos.

SÃO CARLOS/SP - Através de uma leitura técnica especialmente dedicada aos profissionais de saúde, foi lançado recentemente (em formato digital) o livro intitulado “Reabilitação com Terapias Combinadas: Uma nova visão de otimização terapêutica”, assinado pelos pesquisadores da USP de São Carlos - Karen Cristina Laurenti, Elissandra Moreira Zanchin, Vitor Hugo Panhoca e Vanderlei Salvador Bagnato.

Esta publicação é um verdadeiro compêndio sobre laserterapia e seu entendimento nas aplicações em reabilitação realizado de maneira conjugada a outras terapias, como ultrassom, pressão negativa e pressão positiva, onde os profissionais de saúde têm à sua disposição protocolos desenvolvidos por pesquisadores clínicos experientes, tendo como principal objetivo levar a saúde aos diversos pacientes, associando ciência e tecnologia com a prática terapêutica, de forma adequada.

Este livro contém, ainda, os artigos científicos que foram publicados ao logo do tempo sobre a conjugação do laser com outras técnicas e que derivaram em novas terapias conjugadas, bem como os protocolos relativos aos tratamentos que entretanto se iniciaram.

Para baixar esta publicação, acesse - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2023/02/Livro-completo-Reabilitacao-com-terapias-combinadas_compressed-1.pdf

SÃO CARLOS/SP - Uma representação do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) - CEPID da FAPESP alocado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) - deslocou-se nos dias 29, 30 e 31 de janeiro último ao Complexo Hospitalar de Salvador, ligado a Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde promoveu um treinamento para médicos e enfermeiros daquele centro, no sentido de ser implementado o tratamento de feridas falciformes com técnicas fotônicas desenvolvidas no Instituto.

A doença falciforme é uma anomalia genética hereditária e bastante frequente em todo mundo, sendo caracterizada por alteração da forma e função dos glóbulos vermelhos existentes no sangue (hemácias). Esta alteração de forma, que transforma a configuração das células, dificulta a circulação e a chegada do oxigênio aos tecidos, desencadeando uma série de sinais e sintomas como, dores crônicas, infecções e, principalmente, feridas difíceis de cicatrizar. No Brasil, mas de vinte mil novos casos são detectados todos os anos (fração semelhante segue em todo o planeta). A doença não tem cura e, portanto, é considerada crônica, persistindo por toda a vida, sendo que Bahia é o estado do Brasil com a maior incidência, ocorrendo em 1 a cada 600 nascimentos, motivo pelo qual a UFBA recebeu do governo estadual a verba necessária para o treinamento acima citado.

A delegação do IFSC/USP foi constituída pelo coordenador do CEPOF, Prof. Vanderlei Bagnato e pela enfermeira parceira do centro, especialista no tratamento de feridas, Elissandra Moreira, que, com os equipamentos desenvolvidos pelo IFSC/USP e por  empresas parceiras, explicaram e demonstraram aos profissionais de saúde como aplicar o procedimento, tendo toda a equipe, na ocasião, iniciado o tratamento em seis pacientes com a doença falciforme.

O procedimento, que tem se mostrado muito bom para outros tipos de úlceras, consiste em uma descontaminação com ação fotodinâmica da ferida, seguindo-se a foto-bioestimulação, que promove vascularização, uma melhor oxigenação e a regeneração tecidual, dentre outros efeitos benéficos.

A maioria dos pacientes tem este tipo de feridas há mais de cinco anos e este tratamento agora implementado na Bahia é bastante esperado por todos.  Segundo o Prof. Vanderlei Bagnato, “Este tipo de cooperação torna todo nosso trabalho ainda mais útil de de grande abrangência, demonstrando o valor social de nossas pesquisas. Já somos referência em pesquisa e isto deve vir acompanhado  de uma determinação em sermos parceiros de toda sociedade brasileira - e mesmo mundial -  na disponibilização do conhecimento para virar tecnologia inovadora“.

O tratamento tem a duração de entre seis a dez semanas no sentido de promover a cicatrização das úlceras falciformes, devendo abranger milhares de pessoas que necessitam deste atendimento. Os equipamentos transportados pela delegação do CEPOF ficaram no Complexo Hospitalar de Salvador, como forma de garantir o início do tratamento junto da população local.

Na Bahia, o projeto é coordenado pelos Drs.  José Valber Menezes e Vitor Fortuna, ambos da UFBA.

Projeto “Além Fronteiras das Atividades”

O CEPOF vem promovendo o chamado “Projeto Além Fronteiras das Atividades”, com iniciativas que ocorrem nos Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra, Moçambique, Chile, Equador, Colômbia, Mexico e Cuba, entre outros, procurando ter uma atuação realmente internacional, além de sua componente nacional. “Esperamos ser úteis e continuar a ter colaborações em todo Brasil, mas também com diversas instituições em diversas partes do mundo, como já acontece em alguns países. Queremos que nossas atividades e seus respectivos financiamentos tenham em consideração esta aposta internacional, já que é desta forma que se promove a internacionalização de projetos”, finaliza Bagnato.

SÃO CARLOS/SP - Um grupo de pesquisadores pertencentes ao Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP) e Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade do Vale da Paraíba (UNIVAP/São José dos Campos), desenvolveu recentemente uma pesquisa que resultou no desenvolvimento de uma nova abordagem que ajuda a estimar a taxa de sobrevida dos pacientes sujeitos a transplantes do fígado.

A técnica, chamada de “espectroscopia de fluorescência óptica”, utiliza um sistema composto por fibras ópticas que emite luz laser de cor violeta. Bastando apenas um contato com o local especifico do corpo do paciente, o novo sistema consegue excitar as moléculas que se encontram presentes no órgão e coletar a fluorescência produzida na forma de um conjunto de padrões que fornecem uma espécie de “impressão digital” do que está acontecendo no órgão, em tempo real.

A pesquisa foi desenvolvida com procedimentos de transplante realizados na Unidade Especial de Transplante de Fígado (UETF), do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP), sendo que a análise dos dados coletados ficou a cargo do Laboratório de Biofotônica do Departamento de Física e Ciência dos Materiais, Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), financiado pelo Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica – CEPOF (programa CePID/FAPESP) e o INCT de Óptica Básica e Aplicada às Ciências da Vida (CNPq/FAPESP).

A coleta de dados abrangeu 15 enxertos provenientes exclusivamente de doadores falecidos, após morte encefálica oficializada e informada de acordo com os protocolos vigentes. O monitoramento dos enxertos deu-se durante as etapas do transplante que envolveram a perfusão fria - fase em que o sangue do órgão é substituído no doador por uma solução de preservação resfriada, e a reperfusão quente, quando a solução de perfusão, perfundindo o órgão, é substituída novamente por sangue, já no paciente receptor.

O que acontece com um órgão transplantado ou sujeito a cirurgia

Quando um órgão é transplantado, ou sujeito a uma cirurgia, acontece uma alteração metabólica bastante acentuada, já que um número expressivo de biomoléculas são alteradas. No caso de um transplante - e aqui nos reportamos ao fígado –, o órgão deve ter suas condições metabólicas preservadas de modo a permanecer viável para o transplante. Isto significa que há um padrão de “normalidade” para a emissão de fluorescência que a técnica usa como referência. Quando a resposta de fluorescência se mostra diferente desse “normal”, é possível correlacionar tal mudança com alterações indesejadas no órgão transplantado, que podem indicar que este não é mais viável para o procedimento. Assim, a nova técnica está correlacionada com a sobrevida do paciente.

O pesquisador José Dirceu Vollet Filho, pós-doutorando do Departamento de Física e Ciência dos Materiais (IFSC/USP), que é o primeiro autor do trabalho que foi publicado em meados do ano passado sobre este tema, comenta: “Este estudo vem sendo desenvolvido desde 2006, quando foram elaboradas as primeiras investigações clínicas. Até a etapa presente, viemos aprendendo o passo-a-passo, a reconhecer os padrões do que é esperado, ou não, em termos da resposta óptica para o tecido transplantado, pois ela reflete as condições desse tecido. Com isso, espera-se obter parâmetros ópticos que sirvam como referência para desenvolver instrumentos de monitoramento em tempo real da qualidade e viabilidade do órgão transplantado. Por um lado, monitorar a qualidade das perfusões fria e quente por meio da luz deverá auxiliar a prever problemas de isquemia e má perfusão, que podem comprometer o órgão transplantado. Por outro, associar a fluorescência do tecido a parâmetros bioquímicos mensuráveis por análises clínicas bem estabelecidas deverá acelerar e aumentar a segurança de procedimentos de transplante, já que essa fluorescência reflete as moléculas presentes, e pode indicar desequilíbrios bioquímicos indesejados. Normalmente, as informações bioquímicas usadas para determinar a viabilidade do órgão dependem de análises laboratoriais mais invasivas e demoradas. Por isso, a correlação dessas informações com a luz, obtidas em tempo real por meio de uma fibra óptica, poderá vir a tornar as decisões dos cirurgiões mais rápidas e seguras, oferecendo mais elementos de análise do procedimento de transplante enquanto ele ocorre e, com isso, reduzindo riscos ao paciente receptor.”

Apoiando os profissionais de saúde

Técnicas ópticas para diagnósticos em geral têm-se mostrado excelentes, porque são rápidas, e o desenvolvimento das técnicas de análise espectral, como neste caso concreto de transplantes de fígado, têm demonstrado uma grande segurança. “É uma técnica muito boa e eficaz não só para o acompanhamento de todo o processo de remoção do órgão do doador, como também no acompanhamento do desenrolar dos procedimentos do transplante para o paciente receptor”, sublinha o Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, coordenador do Grupo de Óptica do IFSC/USP e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no mesmo Instituto, acrescentando que este processo é uma técnica de biópsia óptica não-invasiva e que, entre outras funções, serve para identificar muitas anomalias em diversos órgãos do corpo humano, sendo uma ferramenta de apoio aos profissionais de saúde.

Sendo uma técnica relativamente nova para este tipo de procedimentos, Bagnato afirma sua convicção do grupo estar contribuindo para que os transplantes ocorram cada vez com mais sucesso. “O processo utiliza uma fibra óptica que transmite uma luz, coletando seguidamente uma resposta do fígado transplantado através de fluorescência. Para obter essa resposta basta encostar a fibra óptica no local exato do corpo do paciente e obter os dados, fornecendo ao corpo médico as oportunidades de desenvolver as ações necessárias”, finaliza Bagnato.

Assinam este artigo científico os pesquisadores: José Dirceu Vollet-Filho (IFSC/USP, Juliana Ferreira-Strixino (IFSC/USP e UNIVAP/São José dos Campos), Rodrigo Borges Correa (FMRP/USP), Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP), Orlando de Castro e Silva Júnior (FMRP/USP) e Cristina Kurachi (IFSC/USP).

SÃO PAULO/SP - A Universidade de São Paulo (USP) é classificada como a melhor universidade latino-americana do World University Rankings, de acordo com um ranking elaborado pela consultoria britânica Times Higher Education. Considerando seu prestígio mundial, é uma das instituições públicas de ensino superior mais concorridas do Brasil. 

A partir deste ano, para ingresso em 2023, a universidade conta com um novo sistema de ingresso de estudantes, denominado de Enem-USP, que funciona como um Sistema de Seleção Unificada (Sisu) independente, medida aprovada pelo Conselho Universitário no final do ano passado. Com isso, os candidatos serão convocados diretamente pela Fuvest a partir das notas que obtiverem nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Mas o que de fato muda com esse novo modelo? A expectativa gira em torno do motivo que de fato levou a criação de um SISU independente, que é ter maior agilidade e mais abrangência no processo de matrícula dos estudantes, diminuindo alguns problemas relacionados à entrada no ensino superior, como matrícula tardia e vagas públicas ociosas.

O número de vagas destinadas ao vestibular da Fuvest é maior do que o número de vagas destinadas ao Enem-USP. Logo, são sistemas de seleção independentes. Portanto, uma mesma vaga não será disputada, ao mesmo tempo, por uma nota no Enem e uma nota na Fuvest. 

A USP e outras universidades estaduais paulistas são protagonistas na diversificação das formas de ingresso e seleção de alunos. Atualmente, os alunos possuem diferentes possibilidades de ingresso, como vestibular próprio, nota do Enem, ou até medalhas em olimpíadas.

É importante frisar que a modificação do sistema de seleção da USP não altera a elaboração de questões para o Enem, apesar da prova vir se modificando ao longo dos anos e se tornando mais madura e desafiadora. Além disso, o Sisu continua sendo o principal sistema de seleção para universidades públicas no Brasil e, em 2023, terá a participação de mais de 120 instituições.

A decisão da USP é uma novidade e, como toda novidade, causa uma certa estranheza no início, principalmente por parte dos candidatos que neste momento de ansiedade, qualquer mudança não é bem-vinda. Entretanto, tudo saindo conforme o previsto, é de se esperar que o resultado seja positivo, podendo levar outras instituições a tomarem o mesmo caminho posteriormente, democratizando e diversificando o acesso às universidades públicas brasileiras. 

Lorenzo Tessari é Chief Operating Officer (COO) da Gama Ensino, startup de tecnologia desenvolvedora de um algoritmo proprietário que identifica os gaps de aprendizado dos alunos para o direcionamento dos seus estudos.

“Inovação e Empreendedorismo com ênfase em Patentes”

 

SÃO CARLOS/SP - A realização da disciplina optativa “Inovação e Empreendedorismo com ênfase em Patentes”, iniciativa levada a efeito no segundo semestre de 2022 (agosto/novembro) e organizada pelo IFSC/USP, com a participação do Escritório de Ações para Imersão no Mercado de Trabalho (EAIMT), resultou na aprovação de cerca de 85 alunos, dentre os 150 que se inscreveram.

Totalmente online e aberta a todos os alunos que frequentam cursos no ensino superior  - seja qual for a área do conhecimento -, esta disciplina optativa tem o objetivo de complementar o conhecimento que os alunos estão adquirindo em seus respectivos cursos, transmitindo-lhes a importância de cultivar algo que já é tradicional em nosso Instituto - a inovação e o empreendedorismo -, neste caso com foco na produção de patentes.

Esta disciplina optativa, ministrada pelos Profs. Daniel Magalhães e Vanderlei Salvador Bagnato tem como principais fundamentos:

  • - Apresentar o papel das instituições de ensino e pesquisa no contexto da inovação e empreendedorismo;
  • - Apresentar aos alunos de graduação quais são os conhecimentos, as habilidades e as atitude que necessitam ser desenvolvidas para possibilitar, a partir da concepção da ideia, a obtenção de uma marca e patente;
  • - Estimular a criatividade do aluno na geração de ideias e sistemas inovadores, que possam se tornar marcos com seu domínio institucional garantido.

Ênfase na produção de patentes - propriedade intelectual

“Muitas disciplinas falam de algo que já constitui uma longa cultura aqui no IFSC/USP, que é a inovação e o empreendedorismo, e algumas delas têm mais foco em aspectos gerais de empreendedorismo e empreendedorismo para “startups” - como criar uma “startup”, etc. O foco desta disciplina optativa é a ênfase que ela dá na produção de patentes, que é, de fato um objetivo muito interessante. Quando alguém decide empreender, e se tem uma ideia ou um produto novo, inovador, essa pessoa tem a necessidade de se proteger, de proteger sua ideia ou produto, até porque isso facilitará muito a captação de investimentos no futuro para que a entrada dela no mercado seja uma realidade”, relata o Prof. Daniel Magalhães, que, além de ministrar a disciplina, é um dos coordenadores de inovação do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP alocado no IFSC/USP.

Empreendedorismo em São Carlos - Startups

A questão da produção de patentes está intimamente ligada ao empreendedorismo, algo que ainda não faz parte do cotidiano de nossa cidade, necessitando de ações mais robustas, como explica o Prof. Magalhães. “Muitas vezes, empreender pode acontecer na sua sala, no seu ambiente de trabalho. Fala-se muito em “intra-empreendedorismo”, algo que é apenas desenvolvido dentro de uma empresa graças a ideias e projetos de seus colaboradores no sentido de implementar algo novo. Tem grandes empresas que estimulam os funcionários e colaboradores a proporem inovações, mesmo patenteáveis. Por exemplo, temos ex-alunos que têm patentes junto com grandes empresas, recebendo royalties só por isso”, pontua Magalhães.

A propriedade em São Carlos já deu origem à criação de cerca de duzentas “startups” e elas continuam florescendo em nossa cidade, embora em um ritmo lento. “Muitas dessas “startups” estão diretamente focadas na ideia ou no produto proposto na patente, com a intenção de virarem um negócio, ou serem absorvidas por uma empresa de grande expressão, consoante a inovação que for apresentada. A “startup” tem a agilidade de ser criada e de repente sumir caso não dê certo, com pouco ônus.

Regresso da disciplina no segundo semestre de 2023

A disciplina optativa “Inovação e Empreendedorismo com ênfase em Patentes” vai regressar no segundo semestre de 2023 (data a anunciar), mantendo os dias e os horários que foram instituídos no ano passado - quartas-feiras entre as 19h00 e as 20h00 -, ao longo de três meses, no formato online.

Quanto ao conteúdo da disciplina, ela estará organizada da seguinte forma:

  • -  Considerações gerais, histórico e definição;
  • - Principais tratados;
  • - Sistema de Propriedade Intelectual;
  • Legislação de propriedade intelectual (internacional e brasileira);
  • - Formas legais de proteção/exemplos;
  • - Patentes (definição e requisitos legais exigidos);
  • - Informação tecnológica a partir dos documentos de patente / Busca de anterioridade;
  • - Elaboração de relatórios de patente;
  • - Depósito e gestão de patente;
  • - Fases do patenteamento;
  • - PCT (Tratado de Coo´peração em Matéria de Patentes);
  • - - Exemplos de patentes;
  • - Da ideia ao produto;
  • - Como escolher a proteção adequada;
  • - Marcas;
  • - Procedimenmtosd para registro e gestão da marca;
  • - Atividades.

Fique atento às noticias veiculadas no portal e nas mídias sociais do IFSC/USP em relação ao anúncio relativo ao início desta disciplina.

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), através de seu Grupo de Óptica e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), está promovendo uma chamada de pesquisa para trinta mulheres voluntárias com idades entre 30 e 50 anos, que tenham distúrbios no sono.

Esta chamada visa desenvolver e avaliar um tratamento para distúrbios do sono com base na aplicação de laser e ultrassom, visando restabelecer os padrões de qualidade nas pessoas que sofrem com esse problema.

As trinta mulheres voluntárias serão divididas em dois grupos de quinze: o primeiro grupo será constituído por voluntárias que tomam medicamentos controlados, enquanto o segundo grupo será composto por voluntárias que não fazem uso de medicamentos controlados.

Não poderão se candidatar grávidas, pessoas com marca-passo e com histórico oncológico.

Esta pesquisa estará sob a responsabilidade do pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Aquino, com supervisão do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, sendo que as inscrições para esta chamada poderão ser feitas através do telefone da Unidade de Terapia Fotodinâmica / Santa Casa da Misericórdia de São Carlos, pelo telefone (16) 3509-1351.

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