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“É viver pensando que você pode ajudar as pessoas”

 

SÃO CARLOS/SP - O programa “Vem Saber”, da Universidade de São Paulo e desenvolvido no Campus USP de São Carlos (Área-2) é uma iniciativa onde ocorrem atividades de ciência e tecnologia que têm o intuito de transformar as pessoas, principalmente os jovens, por meio da educação, um projeto que, segundo o seu criador e atual coordenador, o docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Antonio Carlos Hernandes, tem os seus primórdios no ano 2000.

Tudo começou no laboratório de pesquisa em física dos materiais do IFSC/USP com uma ação focada nos alunos das escolas da cidade de São Carlos, cujo objetivo foi incentivá-los a visitar o campus da USP de São Carlos e sentirem o verdadeiro ambiente que se vive na Universidade de São Paulo. E, de fato, ao longo destes anos foram criados vários programas, até se chegar no que é hoje o programa “Vem Saber”, onde se busca focar o trabalho nos alunos do Ensino Médio das 1ª, 2ª e 3ª séries, sempre tendo em vistas duas motivações principais: a primeira, para que esses jovens não parem de estudar, porque é isso que vai fazer uma transformação social neles, em suas famílias e em todos quantos orbitam em seu redor. A segunda motivação é propiciar ferramentas para que eles possam conquistar o ensino superior público, ou seja, serem estudantes da USP, UFSCAR, UNESP, UNICAMP, ou de qualquer universidade federal. O Prof. Antonio Carlos Hernandes explica qual foi o motivo desses dois focos principais. “O motivo tem a ver com um processo relativo à questão social dos alunos das escolas públicas. Então, o trabalho é focado nos alunos do ensino médio das escolas públicas, mas sempre pensando que esses jovens, que na grande maioria das vezes desconhecem o que é uma universidade e o que ela faz, passem a ter a chance de se voluntariarem a um processo de transformação - transformação social -, que é o que aconteceu comigo mesmo e aconteceu com muitos dos que estão hoje na universidade e que também foram os primeiros de suas famílias a fazer um curso no ensino superior. E não estamos falando de um curso específico; estamos falando de todos os cursos, de qualquer curso que o aluno tenha interesse em fazer. Então, o resultado desses nossos objetivos foi ver alunos que, sem quaisquer projetos de vida, passaram a ter interesse em estudar numa universidade, em passar por um processo seletivo do vestibular, a entrar numa universidade, se formando e se transformando em um exemplo para toda a família”, sublinha o pesquisador.

Um processo amplificador

Essa “corrente” acaba por se amplificar, influenciando outros jovens dentro da mesma família. “Aconteceu recentemente, que um jovem que está fazendo agora a universidade, disse assim: ‘Ah! Você foi a pessoa que ajudou meu irmão a entrar na universidade! Ele já se formou, sabe? Aí, eu vim aqui para este projeto e foi pelo meu irmão que estudei’. Então, esse é o grande mote deste programa e isso é o que eu chamo de transformação social.  Inclusive, temos um aluno aqui, de São Carlos, que está trabalhando comigo agora, sendo que o irmão dele, mais velho, fez um dos projetos”, pontua o Prof. Hernandes, recordando um  projeto mais antigo, consubstanciado em uma visita ao campus e que ainda está em curso, que acontece na designada “Sala do Conhecimento” - igualmente localizada na Área-2 do Campus USP de São Carlos -, chamado “Universitário por um Dia”. O início desse projeto começou exclusivamente com alunos de São Carlos, só que esse cenário mudou com o passar do tempo, já que hoje o citado projeto recebe alunos de todo o Estado de São Paulo. E o “Universitário ´por um Dia” não se caracteriza por ser uma simples visita, ou seja, não é um processo qualquer. Os alunos vão na Área-2 do campus USP de São Carlos para sentirem e verem o que é a vida de um universitário durante um dia inteiro. Eles ficam sete horas no campus e a equipe do “Universitário por um Dia”, explica o que é uma universidade, o que é que se faz no Campus da USP de São Carlos, bem como todas as particularidades que existem na UFSCar, na UNICAMP, na UNESP... “Além disso, explicamos quem pode ajudá-los, como podem ganhar uma bolsa de estudo, onde podem morar,  etc.. E, esses alunos vão almoçar no restaurante da USP junto com os universitários, vão dialogar com eles e vão sentir que podem, sim, ser os próximos alunos da universidade. É um projeto onde damos sustentação para que tudo isso aconteça, para que os alunos se sintam motivados em se transformar”, sublinha o pesquisador.

O futuro do “Vem Saber”

Atualmente, abrangendo todo o Estado de São Paulo, o programa “Vem Saber” tem todas as condições para se expandir para todo o país, bem como outros projetos que se encontram em execução. “Temos um outro projeto que acontece nos 645 municípios do Estado de São Paulo, que é a designada ‘Competição USP de Conhecimentos e Oportunidades’ e que, na verdade, está dentro dessa lógica de transformação social que eu falei. Você faz uma competição em cada escola e os ganhadores são só daquelas escolas. Então, você tem 3.900 escolas, você tem até 9 ganhadores por escola, equivalendo a dizer que quase 36 mil jovens se sagram vencedores porque eles competem apenas com os amigos, com os seus colegas. E, qual é a ideia? Que esses alunos treinem... Que eles treinem para abrir portas para o futuro. Então, por que nós não fazemos isso no Brasil todo? Vamos pensar muito sobre essa hipótese”, pontua o Prof. Hernandes.

Quanto ao programa “Vem Saber”, o Prof. Antonio Carlos Hernandes admite que ele pode também ficar focado nos professores em um futuro muito próximo, sendo que a ideia é trabalhar no processo de formação dos professores, de ajudá-los a desenvolver as atividades dentro da sala de aula. Da mesma forma  que é feita com os alunos, com o intuito de incentivá-los a ingressar no ensino superior, a intenção é prover instrumentos para esses professores possam desenvolver aulas de Física ou de Química de uma maneira muito mais tranquila para que os alunos se sintam entusiasmados, e para que possa haver, também, uma transformação na forma de ensinar.

Nestes 23 anos de trabalho ininterrupto em prol da Educação e dos mais jovens, o Prof. Antonio Carlos Hernandes não tem dúvidas em afirmar que: “É viver pensando que você pode ajudar as pessoas”.

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) recebe nos próximos dias 05 e 06 de dezembro dois fantásticos eventos acadêmico-científicos abordando a “Física Quântica com Átomos e Íons”, num momento em que se dá a largada para as comemorações do centenário da “Mecânica Quântica”, cujo marco será o ano de 2025.

Estes eventos, que ocorrerão em ambos os dias no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas” (IFSC/USP), a partir das 14h00, terão como palestrantes dois Prêmios Nobel da Física: os cientistas norte-americanos David Wineland (Prêmio Nobel - 2012) e William Philipps (Prêmio Nobel -1997).

No evento do dia 05/12, David Wineland destacará o tema “Ìons aprisionados: da metrologia à computação quântica”, enquanto que no dia 06 o destaque vai para a apresentação que William Philippe fará sobre o tema “Física quântica com átomos frios”.

 

Quem são os Prêmios Nobel convidados

David Jeffrey Wineland (24/02/1944) concluiu o seu bacharelado em física na Universidade da Califórnia Berkeley  (1965) e o seu doutorado na Universidade de Harvard em 1970 e fez Pós-doutorado na Universidade de Whashington. Em 1975, juntou-se ao National Bureau of Standards (NIST) onde iniciou o grupo de armazenamento de íons. Atualmente, o cientista é docente na Universidade do Colorado (EUA), em Boulder. David Wineland compartilhou o Prêmio Nobel- 2012 de Física com o francês Serge Haroche.

William Daniel Philipps (05/11/1948) concluiu seu bacharelado em 1970, no Juniata College, tendo terminado seu doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e ingressado no National Institute of Standards and Technology (NIST) em 1978. Em 1993, Philipps ganhou o Prêmio Nobel de Física juntamente com o cientista  francês Claude Cohen-Tannoudji e o seu compatriota Steven Chu. William Phillips leciona no Colégio de Computação, Matemática e Ciências Naturais da Universidade de Maryland (EUA).

Este evento, gratuito e aberto a todos os interessados, mas cujo destaque será para um público-alvo constituído por alunos de graduação, pós-graduação e pesquisadores de qualquer instituição de ensino superior, é promovido pelo Centro de Pesquisa de Óptica e Fotônica (CEPOF), contando com o patrocínio da FAPESP e com os apoios da USP, IFSC/USP e do INCT - Óptica Básica e Aplicada às Ciências da Vida.

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) apresenta no próximo dia 22 do corrente mês, às 19h00, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas, mais uma edição do programa “Ciência às 19h00”, com a participação do Prof. Tito Aureliano, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DINOlab - UFRN), que dissertará sobre o tema "Paleontologia em 60 minutos".

Tendo em consideração que a humanidade surgiu há pelo menos 300 mil anos e que já foi alvo de inúmeras doenças e desastres naturais, sobretudo com a crescente mudança climática, o certo é        que todos esses desafios também foram enfrentados por outros seres que dominaram este planeta no passado, incluindo dinossauros, que aqui resistem a todos os mesmos desafios há mais de 233 milhões de anos.

Nesta edição do “Ciência às 19 Horas”, palestra, o paleontólogo convidado apresentará um olhar para o passado para que se possa compreender como diferentes grupos de organismos sobreviveram a esses desafios e o que eles têm a ensinar sobre o nosso futuro.

SÃO CARLOS/SP - O "Floresta Virtual" é mais do que um jogo para PC, ele é um “Tur” associado a um “game”, por isso o denominamos GameTur. É uma ferramenta educativa que permite que os usuários se conectem com este bioma de forma lúdica iniciando uma aventura que agrega conhecimento e emoção.  O "Floresta Virtual" levará o usuário à exploração da Floresta Amazônica e esperamos que o sensibilize para que colabore na defesa e proteção deste tesouro natural inestimável.

A Floresta amazônica será explorada através da simulação em 3D realista, utilizando ferramentas digitais, onde o visitante conhecerá representantes da flora e fauna deste bioma, além do conhecimento dele extraído por diferentes etnias dos povos originários. Foi desenvolvido para ser acessado pela WEB, fica disponível para download gratuito e é destinado ao público infanto juvenil.

Este passeio em 3-D é “guiado” através de uma seta, localizada na parte superior da tela, que auxiliará o jogador a localizar diferentes plantas, animais e curiosidades desta floresta. Durante a navegação o visitante irá interagir com elementos que compõem a floresta, adquirindo conhecimentos gerais e específicos sobre plantas e animais que ali habitam. Ao longo do percurso o usuário poderá participar de “quizzes” e conquistar bonificações que o estimularão a interagir com os elementos da mídia e testarão os conhecimentos adquiridos.

O objetivo foi despertar, particularmente nos jovens, a importância da preservação da imensa biodiversidade existente nesta floresta, como do conhecimento dos povos que a habitam, utilizando a “linguagem computacional”, presente em seus cotidianos.

Foi desenvolvido pela equipe do Espaço Interativo de Ciências ((EIC), localizado em São Carlos, SP, ligado ao Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e

Fármacos (CIBFar), financiado pela FAPESP, coordenado pelo prof. Glaucius Oliva, prof. Sênior do IFSC. Envolveu uma equipe multidisciplinar de especialistas e estudantes de diferentes áreas tanto de TI como de ciências da natureza, sob a orientação geral da Profa. Leila Beltramini, profa. Sênior do IFSC-USP e pesquisadora do CIBFar. A mídia foi desenvolvida através da modelagem 3D de uma floresta, podendo ser acessada por computadores com diferentes graus de configurações, desde as mais modestas até as mais sofisticadas. Para isso os estudantes foram orientados a trabalhar em “lood Level of detail”, texturas do tipo “PBR” e otimização de scripts. As ferramentas computacionais mais utilizadas foram: Unity 3D, um motor de jogo que permite criar jogos interativos e aplicativos em 3D de alta qualidade, através de recursos como física, renderização, animações, gráficos e som; Blender, software de modelagem 3D, animação e renderização que permite criar cenas tridimensionais, desde objetos simples até cenas elaboradas, ele foi utilizado para criar toda a modelagem da floresta, dos animais e animações; Gimp, software de edição de imagens que foi usado para o desenvolvimento da edição de todas as imagens “Bilboards” (técnica que permite que uma determina imagem em um foco fique sempre virado para a câmera) e Figma, ferramenta de design online que foi usado para o desenvolvimento de interface do jogo e sua prototipação de “user interface” (UI) e “user experiences” (UX).

A mídia consiste de uma plataforma híbrida entre jogo e um passeio turístico, sendo o jogo um elemento que estimula e entusiasma a exploração da Floresta. Guiado pela seta, o navegante se aproxima de uma espécie ou curiosidade e aparecerá uma mensagem na tela para que ele explore o conteúdo didático, que será acessado clicando a tecla “H”. As teclas A, S, D e W permitem que o jogador se movimente pela floresta, e o mouse indicará a direção a seguir. A cada item ou curiosidade explorados o jogador será habilitado com um distintivo que aparecerá na parte inferior da tela. Clicando em “Q” e “E”; respectivamente, poderá avançar ou retroceder aos distintivos visíveis.

Ao final do passeio pela floresta o jogador será direcionado para o acampamento e, neste local, poderá revisar os conhecimentos adquiridos respondendo um “quiz”, sobre a fauna e a flora exploradas.

Acreditamos que este GameTur estimulará as funções executivas, como memória, planejamento e atenção dos jovens, ao mesmo tempo que os levará a conhecer o potencial desta floresta, a importância de sua preservação e do conhecimento dos povos ancestrais e ribeirinhos na exploração sustentável de sua flora e fauna. Ele é indicado tanto para ser usado nas escolas, como para entretenimento dos jovens e adultos.

https://eic.ifsc.usp.br/explorando-a-floresta-amazonica 

Créditos

Thiago N. C. Garcia1,2; William L. A. Ferreira2; Thiago L. Bandeira3

Karoline E. G. Fonseca4; Letícia V. Ferreira4; Gislaine C. Santos5, Leila M. Beltramini6

1-Modelagem 3D, Design de Interface UI/UX; 2-Programação completa da Mecânica, jogabilidade; 3-Retopologia 3D dos animais, animação, modelagem 3D; 4-Pesquisa Conteúdo flora e Fauna; 5-Aspectos didáticos/educacionais; 6-Correções conteúdo, supervisão geral e Coordenação EIC/CIBFar.

Agradecimentos: programa PUB/USP; programa Estagiários EIC/IFSC/CDCC,

Programa CEPID/FAPESP, EIC/CIBFar/Instituto Física de São Carlos/USP;

Thiago N.C. Garcia, Assessor TI/CIBFar, Criar Games, Ribeirão Prêto,SP.Br.

SÃO CARLOS/SP - Acompanhado por técnicos da Fundação Pró-Memória de São Carlos (FPMSC), com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, pesquisadores do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAU-USP) e da SAPIENZA (Università di Roma) realizaram o escaneamento 3D interno e externo do Palacete Conde do Pinhal, um dos mais importantes edifícios de valor histórico e cultural de São Carlos. 

O palacete, de arquitetura eclética, tombado em 1978 pelo Estado de São Paulo e em 2012 pelo Município, foi projetado em 1893 pelo engenheiro-arquiteto italiano Pietro David Cassinelli como residência urbana de Antonio Carlos de Arruda, o Conde do Pinhal, proprietário da Fazenda Pinhal.

O trabalho de documentação digital da edificação tem como objeto fornecer dados detalhados sobre o bem que serão disponibilizados à Fundação Pró-Memória, visando o desenvolvimento de projetos de educação patrimonial que valorizem e divulguem o patrimônio são-carlense junto à população.

A realização do escaneamento 3D está inserido no âmbito do acordo acadêmico firmado entre a Universidade de São Paulo e a Pró-Memória e faz parte de um projeto amplo de documentação do patrimônio edificado de São Carlos apoiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Coordenado pela professora Simone Vizioli do IAU-USP e pelo professor Alfonso Ippolito da SAPIENZA, o projeto conta com a consultoria do arquiteto Rodrigo Peronti, pós-doutorando e chefe da Divisão de Preservação do Patrimônio da FPMSC.

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) apresenta no próximo dia 17 de outubro, às 19h00, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”, mais uma edição do programa “Ciência às 19 Horas” com a participação do Prof. Marcelo Terra Cunha (Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica - UNICAMP), que dissertará sobre o tema “Surpresas da Teoria Quântica”.

Nos dias atuais, a palavra quântica aparece frequentemente. Mas o que ela significa? Quais as novidades que ela trouxe à nossa forma de entender o mundo?

Nesta palestra - que não supõe da audiência conhecimentos de quântica -, o palestrante irá propor um jogo que traz com ele a essência da teoria quântica.

A palestra convida a falar de algo simples de se imaginar, mas cuja compreensão exige que se abandonem alguns preconceitos que as explicações clássicas costumam imprimir às nossas mentes.

Quem quiser encarar essa viagem, é só acompanhar esta palestra.

Em prol de sua comunidade - Instituto de Física adere ao “Apoia USP”

 

SÃO CARLOS/SP - O grande destaque dentre os vários eventos que aconteceram no IFSC/USP nos dias 03 e 04 de outubro, foi certamente a realização da iniciativa “Atenção à Saúde Mental e Inclusão na Universidade”, que teve o foco de congregar ao seu redor toda a comunidade universitária do Campus USP de São Carlos - estudantes e servidores docentes e não docentes - e ainda a comunidade externa à Universidade.

Promovido pelas Comissões de Inclusão e Pertencimento (CIPs) das Unidades do Campus USP de São Carlos, em conjunto com o “Apoia USP” - Serviço de Apoio Psicossocial do Campus -, este evento contou com o apoio da Diretoria do IFSC/USP e do Grupo Coordenador de Cultura e Extensão do nosso Campus.

De fato, esta iniciativa abriu um espaço importante para uma reflexão sobre o modelo de cuidado em saúde mental na USP de São Carlos, bem como uma discussão sobre os vários desafios que se colocam, relacionados ao autismo na Universidade e as possibilidades que se apresentam no cuidado que deverá ser implementado em situações de crise. Em simultâneo, este evento assinalou o ingresso do IFSC/USP no “Apoia USP”, que abre portas para ampliar o atendimento psicossocial no Instituto, iniciado anteriormente com a iniciativa “IFSC e o bem estar de sua comunidade”.

Através de vários palestrantes, especialistas, o evento abordou temas que remeteram à necessidade de se pensar em um ambiente universitário mais saudável em termos de inclusão de pessoas com diferentes necessidades, especialmente aquelas que se inserem em quadros de neurodivergência, com destaque para o espectro autista no âmbito escolar. “Hoje, sabemos de casos de alunos do nosso Instituto diagnosticados com transtorno do espectro autista (TEA) e essa informação chegou até nós por mero acaso, ou seja, não de forma oficial. Já passou da hora de debatermos isso!. Nós temos que trabalhar para construir esse caminho no sentido de abrir um canal de informação e poder criar políticas - quer no IFSC, quer na própria USP - para apoiar essas pessoas, e todas as demais que apresentem qualquer necessidade, e ajudar a tornar o nosso ambiente mais inclusivo”, destaca o Prof. Fernando Paiva, presidente da Comissão de Inclusão e Pertencimento do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

No que diz respeito ao evento, o Presidente da CIP do IFSC/USP sublinha que ele superou todas as expectativas, quer em termos do número de participantes, quer ainda - e mais importante - no envolvimento e participação do público na reflexão e discussão dos temas. “Essa participação justificou todo o esforço”, comemora Fernando Paiva, acrescentando que “esta foi uma porta que se abriu para que eventos como este possam ser periódicos no Campus, em todas as Unidades. Tudo isso, associado às campanhas que a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP vem desenvolvendo, irá gerar uma comunidade mais atenta e receptiva a esse tipo de assunto. Estou muito feliz!”, conclui o docente.

“Apoia USP”

Para a assistente social da Prefeitura do Campus USP de São Carlos e integrante da equipe “Apoia USP”, Drª Emanuela Pap da Silva, a avaliação que faz sobre este evento é, de fato, bastante positiva. “Foram dois dias em que pudemos estar presencialmente conversando sobre temas tão importantes e atuais no contexto da nossa Universidade, e foi muito bom termos um público significativo de estudantes, funcionários e docentes do nosso Campus e também da comunidade externa, que participou e debateu ativamente conosco estes temas. Penso, também, que foi um evento inaugural e muito representativo para a entrada do IFSC no “Apoia USP”, que chega somando e colaborando com as demais unidades de ensino e da Prefeitura do Campus na consolidação e expansão do “Apoia USP” para a nossa comunidade universitária. É muito bom ver os esforços coletivos na construção de uma comunidade acadêmica mais acolhedora e mobilizada pelo bem-estar das pessoas que fazem parte dela”, sublinhou.

Testemunho

Mariana (nome fictício) veio com 17 anos para o IFSC/USP. Aluna brilhante, de excelência máxima em todo o seu percurso escolar, vencedora de prêmios em diversas olimpíadas do conhecimento, praticando natação, canto e piano, eis que após o período da pandemia entrou em depressão, com grandes dificuldades em fazer amigos, algo que nunca tinha acontecido anteriormente. A mãe, Arminda (nome fictício), sublinha o fato de a família ter dado todo o apoio quando da mudança da jovem para São Carlos. Contudo, o caminho de Mariana estava sendo cada vez mais penoso, já que além de não conseguir fazer amizades no IFSC/USP, a jovem começou a enfrentar dificuldades em terminar os exercícios, algo que para ela era impensável devido ao seu currículo escolar – de excelência. Em face a esse quadro, Arminda levou a filha a psicólogos e psiquiatras e o diagnóstico foi que a jovem estava inserida no espectro autista. “Neste momento está sendo acompanhada. Já perdeu um ano e meio no seu curso. Embora ela saiba perfeitamente as matérias, os seus conteúdos, o fato é que não consegue sentar e estudar. ‘Estou só, isolada’, desabafa ela comigo, ao que eu respondo que ela precisa interagir com seus colegas, criar vínculos, amizades, embora tenha havido situações em que foram os seus próprios colegas que se afastaram dela”, relata Arminda.

O caso de Mariana insere-se exatamente nos objetivos do evento “Atenção à Saúde Mental e Inclusão na Universidade” e nesse espaço que está sendo aberto no Campus USP de São Carlos para uma reflexão e ação sobre o modelo de cuidado em saúde mental. Arminda acompanhou todo o evento e, no final, afirmou que retirou dele todas as informações, dialogou com os demais participantes, colocou questões e estabeleceu contatos com os profissionais que poderão ajudar na resolução do problema de Mariana. “Essa ajuda vai ser determinante para a recuperação de minha filha”, conclui a mãe de Mariana.

Estão sendo oferecidas vagas nos cursos de mestrado, doutorado e doutorado direto

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para o processo seletivo de mestrado, doutorado e doutorado direto do Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística (PIPGEs), realização conjunta do Departamento de Estatística (DEs) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, campus de São Carlos.
São oferecidas, no total, 30 vagas para mestrado e 10 para o doutorado direto, destinadas a quem completar a graduação e realizar a colação de grau até a data de matrícula no Programa. Quanto ao doutorado, há 15 vagas, oportunidade que é voltada a candidatos que já possuem o título de mestre. Em todos os casos, há reservas de vagas para quem se autodeclarar preto ou pardo, para indígenas e para pessoas com deficiência. 
Para participar da seleção, basta acessar o site do Programa (www.icmc.usp.br/pos-graduacao/pipges/ingresso), onde estão disponíveis os editais e links para as inscrições. No caso do mestrado, quem deseja iniciar as atividades ainda neste segundo semestre de 2023 (fluxo 1 do cronograma do edital), deve se candidatar a uma das cinco vagas disponíveis até hoje, dia 29 de setembro. Já para ingressar no mestrado no primeiro semestre do próximo ano (fluxo 2 do cronograma do edital), as inscrições para as 25 vagas oferecidas estarão abertas de 2 de outubro a 11 de novembro. No caso do doutorado e do doutorado direto, é possível se inscrever até 30 de outubro, com o início das atividades previsto para o primeiro semestre do próximo ano.
Criado em 2013, o PIPGEs oferece várias linhas de pesquisa, entre elas aprendizado de máquina, probabilidade e processos estocásticos, modelos de regressão e inferência estatística. O principal objetivo é a formação de pesquisadores com atuação direta na modelagem, descrição e estimação de fenômenos aleatórios, assim como sua aplicação na indústria, na medicina e na biologia, entre outras áreas. Além disso, o Programa estimula o ambiente científico promovendo seminários regulares de pesquisa e, anualmente, realiza o Programa de Verão em Estatística e o Workshop de Métodos Probabilísticos e Estatísticos.
Editais e demais informações no site do Programa (www.icmc.usp.br/pos-graduacao/pipges/ingresso).

Inovações tecnológicas do IFSC/USP já beneficiaram cerca de cinco mil pacientes de todo o país

 

SÃO CARLOS/SP - A Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC), fruto de uma feliz parceria entre essa entidade e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está comemorando oito anos de sua criação, com uma atividade intensa dedicada à saúde e à qualidade de vida da sociedade.

As largas dezenas de pesquisadores que passaram por essa Unidade ao longo destes anos - pós-doutorandos, doutorandos, mestrandos e alunos de iniciação científica - contribuíram em larga escala para a formação de novos profissionais que viriam auxiliar no desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias à base de laser e protocolos para tratamento de pacientes com os mais variados quadros clínicos - câncer de pele, onicomicose (micose da unha), úlceras venosas diabéticas e arteriais, fibromialgia, artrose e sequelas de Covid, entre outros. É um vasto trabalho desenvolvido e executado no IFSC/USP, que culminou com a introdução de novas metodologias dedicadas aos mais diversos tratamentos e o lançamento de vários equipamentos que foram absorvidos pela indústria nacional e que hoje se encontram ao dispor de todos, tudo isso tendo como foco a sociedade.

Para o Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, coordenador da UTF, essa Unidade está se renovando a cada dia, sendo que, nos últimos anos, foram adicionados protocolos para a realização de novos tratamentos para doenças, como, por exemplo, tendinite, burcite, capsulite adesiva, sequelas pós-covid e, ainda estudos sobre o sono. A área de odontologia, coordenada pelo pesquisador e pós-doutorando do IFSC/USP, Dr. Vitor Hugo Panhóca, também tem estado em destaque, com o desenvolvimento de vários projetos de tratamentos relacionados, entre outros, com a recuperação de olfato e paladar (sequelas da Covid), mucosite, paralisia facial e, mais recentemente, minimizando as consequências da Doença de Parkinson, com resultados muito expressivos. Uma das mais recentes pesquisas na UTF, atualmente em curso, diz respeito às substanciais alterações tecnológicas que foram feitas visando potencializar a utilização do laser em processos de cicatrização, estando neste momento ocorrendo a fase experimental de tratamentos em fissuras mamárias, um projeto liderado pela pesquisadora Drª Sabrina Peviani, fisioterapeuta e especialista em saúde da mulher, em estreita colaboração com a médica pediatra Dra. Renata Bagnato, cuja missão é acompanhar de perto os processos. “De fato, estamos testando um novo dispositivo tecnológico diferenciado, à base de laser, cujo objetivo é facilitar o processo de cicatrização das fissuras mamárias, já que elas provocam bastantes dores nas lactantes, criando impactos negativos na amamentação. É uma visão diferenciada por parte do cientista do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, responsável por todas as pesquisas desenvolvidas na UTF”, pontua Antonio de Aquino Junior.

Com cerca de cinco mil atendimentos registrados ao longo destes oito anos, a UTF continua seu caminho na busca por inovações tecnológicas desenvolvidas no IFSC/USP, devidamente aprovadas e posteriormente disseminadas entre os profissionais de saúde, beneficiando, assim, todos quantos necessitam de atendimento e tratamentos para as mais diversas doenças.

USP de São Carlos faz chamada de pacientes                 

 

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e o Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF), alocado no mesmo Instituto uma nova pesquisa-piloto para tratamento de fissuras mamárias, um projeto que irá durar trinta dias com chamada de dez pacientes lactantes voluntárias, com idades iguais ou superiores a 18 anos.

O novo tratamento, com supervisão do Comité de Ética, é feito através de aplicação de laser nas fissuras mamárias, sendo que este projeto também abrirá um espaço para difundir orientações para futuras mães, tendo em vista prevenir o aparecimento de fissuras nos seios, resultado de diversos fatores como o posicionamento da mãe e do bebê na hora da amamentação.

A pesquisadora fisioterapeuta, Drª Sabrina Peviani*, será a responsável por este projeto, lembrando que essas fissuras geralmente ocorrem mais no início da amamentação e também através de um conjunto de fatores que levam a esse quadro. “Faremos uso de dois instrumentos importantes: o primeiro, passar as orientações às lactantes e o segundo, o tratamento com laser. Para o tratamento das fissuras, com o uso da nossa tecnologia, calculamos a realização de entre três e seis sessões em cada paciente e em dias alternados. Conforme forem sendo obtidos os resultados desta primeira fase do projeto, iremos ainda este ano fazer uma chamada de cem lactantes que tenham fissuras mamárias para consolidar a pesquisa e com ela publicar um artigo científico, sendo que já sabemos que o laser é uma indicação para esse tratamento”, pontua a pesquisadora, acrescentando que nesta chamada de dez lactantes, apenas não poderão se inscrever pacientes que tenham algum processo infeccioso, como, por exemplo, candidíase e histórico oncológico ativo. “Ainda, acreditamos que o uso da tecnologia e da metodologia proposta, seja um divisor de águas na qualidade de amamentação do bebê e sem dores para as mamães”, acrescenta a pesquisadora.

Os pesquisadores vêem benefícios muito grandes neste tratamento rápido, não-invasivo e indolor, atendendo a que a amamentação não é um processo fácil. Sabrina Peviani espera que com esse seu projeto possa auxiliar essas lactentes, principalmente minimizando as dores causadas pelas fissuras mamárias, que são o primeiro passo para o desmame precoce, podendo esse quadro levar a infecções mais complexas.

Com uma nova metodologia na aplicação do laser, este tratamento insere-se numa evolução dos equipamentos e protocolos desenvolvidos no IFSC/USP, em prol da sociedade, e que tem trazido vários benefícios aos mais diversos tipos de pacientes - tratando dores, doenças crônicas, etc.. Agora, com este tratamento, chegou a vez de se procurar uma melhora da qualidade de vida para as lactantes e para os bebês já no início de suas vidas. O projeto ocorre sob orientação do Prof. Vanderlei Bagnato e com a colaboração do Dr. Aquino Aquino, coordenador da Unidade de Terapia Fotodinâmica da Santa Casa, uma unidade clínica do IFSC/USP.

As lactantes interessadas em participar deste projeto-piloto deverão se inscrever, desde 18/09, na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC).

Contato - (16) 3509-1351 Secretária - Mônica

*Sabrina Peviani (44) é Fisioterapeuta, formada na UFSCar em 2003, com Doutorado e Pós-Doutorado na mesma Universidade. Atua na área de Fisioterapia de Saúde da Mulher, sendo autora deste projeto-piloto de Pós-Graduação no IFSC/USP.

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