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SÃO CARLOS/SP - O Teatro Virtual de Imersão, com inauguração marcada para o dia 10 de outubro, com a presença do Reitor da USP, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior e da Vice-Reitora, Profª Maria Arminda do Nascimento Arruda, dentre diversas outras autoridades, corresponde a um anseio de mais de uma década do Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP (CDCC) que ora se concretiza e que contou com o apoio de todas as unidades do campus e, em especial, com o valioso auxílio do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP).

O Teatro Virtual de Imersão é uma sala de projeção especial, cujo conteúdo a ser exibido não é projetado numa tela plana - como em uma sala de cinema comum -, mas em uma superfície semiesférica - um domo - que proporciona à plateia uma sensação de imersão no conteúdo mostrado. 

Quando o Teatro Virtual é usado com conteúdo astronômico, ele é mais conhecido como planetário, equipamento de divulgação científica utilizado em todo o mundo e que completou cem anos em 2025. Os planetários inicialmente exibiam apenas o céu noturno, com os movimentos característicos da Esfera Celeste, com a inserção de planetas com seus movimentos e brilhos característicos. Com a tecnologia associada à era digital, o planetário foi além da Astronomia e pode exibir conteúdos das mais diversas áreas do conhecimento.

Sendo um anexo do Observatório Dietrich Schiel, do setor de Astronomia do CDCC, na Área-1 do Campus USP de São Carlos, a ênfase será, claro, na Astronomia. 

No entanto, desde o projeto inicial, esse equipamento foi pensado como "multiusuário", o que significa que se pode pensá-lo como um instrumento do Campus ou mesmo de outros campi e até de universidades parceiras, para ser usado das mais diversas formas: desde o auxílio pedagógico em uma aula que necessite de visualização em três dimensões, passando por uma simulação de um resultado de pesquisa avançada, ou mesmo fazer uma apresentação artística tendo como fundo um céu estrelado ou com temática "espacial".

O Teatro Virtual de Imersão conta com um projetor cuja luminosidade atinge 10 mil lumens e tem resolução de 4k. A projeção se dá em uma tela inflável de forma côncava e semiesférica com 10 metros de diâmetro. Possui 44 poltronas com reclinações variadas, dispostas em arcos com fileiras: as que ficam à frente reclinam mais do que aquelas que se localizam nas fileiras de trás. A disposição das poltronas segue o modelo moderno, ou seja, não ficam voltadas para o centro da sala. O patamar onde ficam as poltronas é elevado, de forma a termos o horizonte da projeção próximo do público, o que proporciona maior sensação de imersão. A plateia dispõe de uma poltrona para pessoas obesas e pode receber até dois cadeirantes por sessão. O equipamento de projeção se alia a um sistema de som 5.1 para permitir que a imersão seja, também, sonora. 

O Observatório Dietrich Schiel aguarda, a partir do próximo dia 10 de outubro, o início das atividades do Teatro Virtual, quando passará a oferecer sessões de cúpula para o público escolar durante a semana e para o público espontâneo aos finais de semana. Será uma continuidade e uma ampliação das atividades que o Observatório vem conduzindo nesses quase quarenta anos de existência. 

Em 2026, serão comemorados os 40 anos da fundação do Observatório, pelo que o Teatro Virtual/Planetário vem como um presente de aniversário e uma oportunidade para que o CDCC/Observatório continue a oferecer uma opção de lazer e de divulgação científica de qualidade à comunidade local.

SÃO CARLOS/SP - Você já parou para pensar de onde vem a energia que acende a luz da sua casa, carrega o celular ou movimenta o motor de um carro? Tudo isso é possível graças a um fenômeno descoberto no século XIX por Michael Faraday: a chamada Lei de Faraday, que explica como o movimento de campos magnéticos pode gerar eletricidade.

Embora seja a base de tecnologias essenciais, como geradores, motores, transformadores, carregadores sem fio e até fogões de indução, essa lei costuma ser difícil de entender em sala de aula. Afinal, como visualizar algo que não podemos ver a olho nu, como o campo magnético ou a corrente elétrica?

Foi pensando nisso que pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) desenvolveram uma solução criativa e acessível: um aparelho simples, baseado em um pequeno chip chamado ESP32, capaz de mostrar em tempo real como a eletricidade nasce a partir da variação de um campo magnético.

A ciência na tela do computador

No experimento, os alunos acompanham os dados diretamente no Excel, um programa usado no dia a dia de muitas escolas e até mesmo em casa. À medida que o teste acontece, surgem gráficos que mostram como uma bobina (um enrolado de fio condutor) influencia a outra. Assim, fica claro: quando a corrente elétrica de uma bobina muda, o campo magnético também muda — e isso faz com que apareça eletricidade na segunda bobina.

De forma simples, os estudantes podem “ver a lei de Faraday em ação”, algo que antes ficava restrito a fórmulas no quadro e explicações abstratas.

Para os alunos mais novos, essa proposta tem um efeito imediato: desperta curiosidade e motivação. Ao verem a ciência acontecendo diante dos olhos, muitos passam a se interessar mais por física e tecnologia. Isso ajuda a combater a ideia de que essas matérias são difíceis ou inacessíveis.

Além disso, a experiência incentiva a aprendizagem ativa. Em vez de apenas decorar fórmulas, os jovens participam do processo, testam hipóteses, analisam resultados e entendem como a teoria se conecta ao mundo real. Esse tipo de aprendizado fortalece o raciocínio lógico, a criatividade e até a capacidade de resolver problemas no dia a dia.

Benefícios também para as escolas

Para as escolas, o experimento traz vantagens práticas. O sistema é barato, portátil e fácil de implementar, não exige laboratórios sofisticados nem equipamentos caros. Assim, instituições com menos recursos também podem oferecer aos alunos atividades experimentais de qualidade.

Outro ponto positivo é a integração com diferentes disciplinas. Professores de física, matemática e até tecnologia da informação podem usar o mesmo recurso para trabalhar conceitos de forma conjunta, dentro da proposta de ensino conhecida como STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).

Com isso, as escolas conseguem enriquecer suas aulas, modernizar o ensino e preparar melhor os estudantes para os desafios do futuro, incentivando vocações científicas e tecnológicas desde cedo.

Para os professores, a maior conquista está em transformar um conteúdo considerado complicado em algo palpável e intuitivo. Ao invés de apenas decorar conceitos, os alunos interagem com o fenômeno, enxergam os resultados na tela e entendem, de maneira prática, por que a eletricidade funciona daquele jeito.

O projeto, apoiado por agências como CAPES, FAPESP e CNPq, mostra que não é preciso equipamentos caros ou complexos para despertar o interesse dos jovens pela ciência. Com criatividade e ferramentas acessíveis, é possível transformar a forma de ensinar, aproximando a física do cotidiano e ajudando a formar uma nova geração de alunos mais curiosos, críticos e preparados para o mundo.

Assinam este artigo, publicado na revista científica internacional “Physics Education”: Bruno Trebbi, Jéssica F. M. dos Santos, Antenor Petrilli e Luiz Antonio de Oliveira Nunes.

 

Confira o artigo científico relativo a este estudo no link a seguir - https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1361-6552/ae03fe

SÃO CARLOS/SP - Um grupo internacional de cientistas, liderado pela Universidade de São Paulo (USP), descobriu uma nova forma de dar valor às folhas de café, um resíduo abundante da agricultura. Em vez de serem descartadas, essas folhas foram utilizadas para produzir nanopartículas de óxido de zinco — estruturas microscópicas com propriedades que podem transformar áreas como saúde, meio ambiente e tecnologia.

Nanopartículas são partículas tão pequenas que não podem ser vistas nem com os microscópios comuns. Apesar do tamanho invisível, elas têm um enorme potencial porque apresentam características diferentes daquelas que os mesmos materiais exibem em escala maior. No caso do óxido de zinco, quando reduzido ao tamanho nanométrico, ele ganha habilidades especiais: combate bactérias, acelera reações químicas e até pode ser usado em dispositivos eletrônicos mais sustentáveis.

Uma “química verde” feita com café

Tradicionalmente, a produção de nanopartículas envolve o uso de produtos químicos tóxicos e processos caros. O diferencial deste estudo foi usar as próprias moléculas presentes nas folhas de café para fabricar as partículas. Essa técnica é chamada de “síntese verde”, por ser mais econômica, limpa e alinhada aos objetivos globais de sustentabilidade.

As folhas de café foram escolhidas porque, além de abundantes, contêm compostos antioxidantes e bioativos, que facilitam a formação das nanopartículas. O Brasil, maior produtor mundial de café, pode se beneficiar diretamente dessa descoberta, aproveitando resíduos que hoje não têm valor comercial.

Nos testes de laboratório, as nanopartículas de café mostraram eficiência contra bactérias como Staphylococcus aureus e Escherichia coli, que estão entre os principais agentes de infecções hospitalares. Isso abre a possibilidade de desenvolver novos antimicrobianos em um momento em que o mundo enfrenta o avanço da resistência bacteriana, um dos maiores desafios da saúde pública.

Outro ponto promissor foi a capacidade das nanopartículas de quebrar moléculas de poluentes quando expostas à luz ultravioleta. Em um experimento, elas degradaram corantes usados pela indústria têxtil, que costumam contaminar rios e mananciais. Isso mostra que a tecnologia pode ser usada em estações de tratamento de água ou em processos de descontaminação ambiental.

Além da saúde e do meio ambiente, os pesquisadores avançaram também na área da tecnologia. Ao combinar as nanopartículas com quitosana (um polímero obtido de cascas de crustáceos), eles criaram um dispositivo eletrônico chamado bioReRAM — uma memória de computador que armazena dados usando materiais biodegradáveis. Essa inovação abre caminho para a chamada “computação verde”, em que a fabricação de componentes eletrônicos gera menos impacto ambiental.

De acordo com o Prof. Igor Polikarpov, pesquisador do IFSC/USP e autor correspondente da pesquisa, este estudo mostra que é possível unir sustentabilidade e inovação tecnológica: “Estamos diante de uma inovação que aproveita um resíduo agrícola e o transforma em soluções para áreas vitais como saúde, meio ambiente e tecnologia”, salienta.

Se aplicada em escala industrial, a descoberta pode gerar novas fontes de renda para agricultores, reduzir o desperdício e colocar o Brasil em posição de destaque na produção de materiais avançados a partir de recursos naturais.

Em outras palavras, o café pode não apenas energizar nossas manhãs, mas também impulsionar uma nova revolução científica e tecnológica.

Assinam este estudo os pesquisadores: Vanessa de Oliveira Arnoldi Pellegrini; Aparecido de Jesus Bernardo; Bruno Roberto Rossi; Ramon Resende Leite; João Fernando Possatto; Andrei Nicoli Gebieluca Dabul; Carla Raquel Fontana; Zolile Wiseman Dlamini; Tebogo Sfiso Mahule; Belda Q. Mosepele; Force Tefo Thema; Bhekie B. Mamba; Maria Ines Basso Bernardi; Sreedevi Vallabhapurapu; Vijaya Srinivasu Vallabhapurapu; e Igor Polikarpov.

Confira no link a seguir o estudo publicado na revista científica internacional “Scientific Reports” - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/09/s41598-025-01260-3-IGOR.pdf

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo internacional envolvendo pesquisadores da Texas A&M University (EUA) e do Instituto de Física de São Carlos IFSC/USP apresentou uma nova estratégia para acompanhar e prever como bactérias desenvolvem resistência a antibióticos ao longo do tempo.

A pesquisa, publicada na revista Antibiotics, mostra que a resistência bacteriana — problema crescente de saúde pública mundial — não deve ser vista apenas como um estado fixo, em que a bactéria é “resistente” ou “não resistente”. Pelo contrário, trata-se de um processo dinâmico e progressivo, que pode ser monitorado desde os primeiros sinais de adaptação das células.

Como funciona a técnica

Os cientistas utilizaram a espectroscopia no infravermelho (FTIR), um método capaz de identificar as “impressões digitais químicas” de biomoléculas presentes nas bactérias. Essas informações foram combinadas com algoritmos de inteligência artificial, que analisaram padrões e permitiram prever como os microrganismos reagem à exposição contínua a diferentes antibióticos.

No experimento, amostras da bactéria Staphylococcus aureus foram tratadas com três medicamentos comuns — azitromicina, oxacilina e trimetoprima/sulfametoxazol. Os pesquisadores coletaram dados em diferentes intervalos de tempo (24, 72 e 120 horas) e observaram mudanças graduais nos perfis bioquímicos das bactérias. Com a ajuda da inteligência artificial, foi possível identificar sinais precoces de resistência já nas primeiras 24 horas de contato com os fármacos, com índices de acerto que chegaram a 96%.

A resistência bacteriana acontece quando bactérias sofrem mutações genéticas ou adquirem genes de outras bactérias que as tornam capazes de sobreviver mesmo na presença de antibióticos. Isso significa que medicamentos antes eficazes passam a não funcionar mais.

Esse processo é favorecido pelo uso excessivo ou inadequado de antibióticos, como em tratamentos interrompidos antes do tempo recomendado ou no consumo de remédios sem prescrição médica. Outro fator de preocupação é o uso indiscriminado de antibióticos em animais de criação, que pode contribuir para a disseminação de bactérias resistentes no meio ambiente e nos alimentos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as chamadas “superbactérias” já causam mais de 1,2 milhão de mortes por ano no mundo. Infecções comuns — como as urinárias, respiratórias ou de pele — estão se tornando mais difíceis de tratar, e até mesmo procedimentos médicos de rotina, como cirurgias ou quimioterapia, podem se tornar arriscados se os antibióticos perderem eficácia.

Impacto da nova descoberta

Segundo os autores, o estudo aponta para uma mudança de paradigma no combate às infecções. Hoje, médicos muitas vezes só conseguem identificar a resistência quando ela já está plenamente estabelecida, limitando as opções de tratamento. A nova abordagem permitiria detectar precocemente os primeiros sinais de adaptação bacteriana, ajudando a escolher terapias mais eficazes e personalizadas antes que a resistência se consolide.

O avanço apresentado pelo grupo de pesquisa pode abrir caminho para sistemas de diagnóstico rápido em hospitais, capazes de guiar o tratamento em tempo real e reduzir o uso indiscriminado de antibióticos. Embora ainda precise ser testada em larga escala, a técnica se mostra promissora para o futuro da medicina personalizada, que busca oferecer a cada paciente um tratamento sob medida, com mais eficácia e menos riscos.

O uso consciente dos antibióticos é fundamental para que esses medicamentos continuem eficazes no futuro. Especialistas recomendam alguns cuidados simples:

Nunca use antibióticos sem prescrição médica. A automedicação aumenta o risco de selecionar bactérias resistentes.

Siga corretamente o tratamento prescrito. Interromper antes da hora ou tomar doses fora do horário enfraquece o efeito do remédio.

Não compartilhe antibióticos. Cada tratamento é indicado para um caso específico.

Não insista em antibióticos para gripes ou resfriados. Essas doenças são causadas por vírus, contra os quais os antibióticos não funcionam.

Mantenha boas práticas de higiene. Lavar as mãos, preparar bem os alimentos e manter a vacinação em dia ajudam a reduzir o risco de infecções e a necessidade de antibióticos.

Assinam este estudo os pesquisadores: Mitchell Bonner, Claudia Barrera Patino, Andrew Ramos Borsatto, Jennifer Soares,

Kate Blanco e Vanderlei Salvador Bagnato.

Confira o artigo científico sobre este assunto, publicado na revista internacional “Antibiotics” no link - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/09/antibiotics-14-00831-v2.pdf

SÃO CARLOS/SP - Um grupo de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) apresentou uma inovação que pode tornar a energia solar mais eficiente, acessível e duradoura. O estudo, publicado na revista científica ACS Omega, mostra como a aplicação de nanopartículas de prata em camadas ultrafinas nas chamadas células solares orgânicas aumenta o desempenho e a estabilidade desses dispositivos.

As células solares orgânicas se diferenciam das tradicionais, feitas de silício, por utilizarem materiais plásticos especiais. Elas são mais leves, flexíveis e podem ser produzidas a custos menores. Porém, ainda enfrentam desafios - sua eficiência costuma ser mais baixa e a durabilidade limitada.

Tentando amenizar essas barreiras, os cientistas modificaram uma das camadas responsáveis pela extração da energia de dentro da célula solar, adicionando nanopartículas de prata. Essas partículas, submicroscópicas (10 mil vezes menores que o diâmetro de um fio de cabelo), reorganizam o fluxo de energia, reduzem perdas e aumentam a captura da luz.

Para o pesquisador do IFSC/USP e um dos autores do estudo, Prof. Paulo Barbeitas Miranda “Embora nanopartículas de prata já tenham sido utilizadas anteriormente por outros grupos de pesquisa e para essa finalidade, a novidade aqui é que, ao contrário das nanopartículas utilizadas anteriormente e que tinham uma camada isolante em volta delas, as nossas nanopartículas estão ‘nuas’ e apresentam melhor interação elétrica com o material orgânico da célula solar. Isso aumentou consideravelmente o ganho de desempenho dos dispositivos, e com um processo de fabricação mais simples dessas nanopartículas”, sublinha o cientista.

Os resultados mostraram que os painéis solares construídos com essa técnica apresentaram maior eficiência, maior estabilidade e menor variação entre os dispositivos testados. Além disso, as nanopartículas formam uma espécie de barreira contra a umidade e o calor, dois fatores que aceleram a degradação das células solares tradicionais.

Para o Prof. Gregório Couto Faria, pesquisador do IFSC/USP e também autor do artigo “O tempo de vida das células solares é um fator crucial para sua aplicação tecnológica. De pouco adianta alcançar altas eficiências nas primeiras medições se o dispositivo não mantém seu desempenho fotovoltaico por um período prolongado. Nesse contexto, as nanopartículas têm se mostrado promissoras, pois não apenas aumentam a eficiência das células, mas também prolongam sua durabilidade — um ganho duplo”, enfatiza..

O que isso significa para o consumidor?

Na prática, essa tecnologia pode trazer benefícios diretos para quem utiliza ou pretende investir em energia solar:

*Conta de luz mais baixa: ao gerar mais energia a partir da mesma quantidade de luz solar, o consumidor economiza mais na fatura mensal;

*Equipamentos mais duradouros: a proteção contra calor e umidade aumenta a vida útil dos painéis, reduzindo custos de manutenção e troca.

*Novas aplicações no dia a dia: por serem leves e flexíveis, essas células podem ser usadas em janelas que produzem energia, mochilas e roupas que recarregam celulares, ou mesmo em pequenos aparelhos portáteis.

*Acesso facilitado: como a fabricação é mais barata que a do silício, a expectativa é que os preços caiam e a energia solar se torne uma opção mais acessível para diferentes faixas de renda.

Segundo os autores, a estratégia é simples, versátil e pode ser aplicada em diversos tipos de células solares orgânicas, o que ajuda a abrir caminho para que a tecnologia chegue ao mercado em alguns anos.

O trabalho contou com financiamento do CNPq, FAPESP e Fundação Araucária, mostrando a força da pesquisa brasileira em um campo estratégico para o futuro da energia limpa.

Assinam o artigo científico deste estudo os pesquisadores - Anderson Gavim, Yosthyn Florez, Patrick Zilz, Arandi Bezerra, Jr., Rafael E. de Goes, Paula Rodrigues, Wilson da Silva, Gregorio Couto Faria, Paulo Barbeitas Miranda, Andreia Macedo, e Roberto Mendonça Faria.

Para conferir o artigo, acesse - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/09/gavim-et-al-2025-ag-nanoparticle-layer-on-pedot-pss-with-optimized-energy-levels-for-improving-pm6-y6-based-organic.pdf

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está realizando, a partir de hoje, uma chamada de pacientes portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) para o início de um tratamento inovador. O projeto é focado em um tratamento que utiliza laser e outras novas tecnologias através de uma parceria entre pesquisadores do IFSC/USP e da UNICEP.

A DPOC é uma doença pulmonar obstrutiva crônica, caracterizada por uma diminuição no fluxo aéreo, passagem de ar, tendo como consequência inúmeras alterações respiratórias, funcionais e de qualidade de vida. Dentre os sintomas, os mais comuns são a falta de ar, presença de tosse crônica, chiado no peito, produção excessiva de muco e dificuldades para a realização de esforços.

Segundo a pesquisadora responsável por este tratamento - Luciana Kawakami Jamami, docente do Departamento de Fisioterapia Respiratória na UNICEP e pesquisadora doutoranda do IFSC/USP - “Com o passar do tempo, os pacientes podem até apresentar limitações na realização das atividades do dia a dia, atividades rotineiras. Na maioria das vezes, os pacientes adquirem esta enfermidade devido à inalação de partículas tóxicas, sendo que o principal motivo é o cigarro. Então, pessoas que tenham fumado por muitos anos começam a ter a DPOC como diagnóstico médico”, salienta a docente, que enfatiza, também, problemas causados por inalação de partículas químicas relacionadas com a poluição ambiental ou em espaços industriais.

Sendo o primeiro modelo de abordagem no mundo para essa enfermidade, o tratamento será feito do Departamento de Fisioterapia da UNICEP (São Carlos), utilizando laser e ultrassom, bem como exercícios físicos e respiratórios duas vezes na semana, ao longo de cinco semanas, num total de dez sessões, sendo que cada sessão durará entre 50 a 60 minutos. “Os pacientes deverão ter um diagnóstico médico comprovado de DPOC e os tratamentos serão um misto de aplicação sistêmica – laser e ultrassom associados a exercícios respiratórios. Pacientes com histórico de câncer, trombose venosa profunda, acidentes vasculares cerebrais (AVC), declínio cognitivo, ou portadores de próteses metálicas, do tipo marca-passo, estarão impedidos de participar desta pesquisa.

Este é o segundo projeto que se realiza na UNICEP no âmbito da parceria com o IFSC/USP, sendo que o primeiro - já finalizado – foi sobre fibrose pulmonar, sendo que o mesmo está sendo preparado para a parte escrita, com a informação dos resultados.

Para o pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, responsável pelas pesquisas feitas no Instituto e que envolvem tratamentos similares “Esta é a segunda pesquisa que realizamos em parceria com a UNICEP, que deriva do sucesso obtido no primeiro projeto-piloto que congregou um total de 14 pacientes com resultados realmente expressivos e que em breve iremos informar os detalhes. Foram dois meses de intervenção com a participação de docentes e fisioterapeutas da UNICEP, que são, simultaneamente, alunos de mestrado e doutorado do IFSC/USP, algo que se repete agora com o tratamento da DPOC”, enfatiza o pesquisador.

Os interessados em fazer parte desta pesquisa relativa ao tratamento de DPOC deverão obter mais informações e fazer a inscrição na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) pelo telefone (16) 3509-1351.

SÃO CARLOS/SP - O E=mc² – Estúdio de Mídia, Cultura e Ciência, sediado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP), realiza sua primeira grande ação pública com a prévia da exposição “Quantum Universe: 100 Anos da Mecânica Quântica”, durante o The Developer’s Conference (TDC) São Paulo, nos dias 17 a 19 de setembro. O dia 19 será dedicado ao Fórum de Computação Quântica.

Na mostra, os visitantes poderão vivenciar jogos em realidade virtual desenvolvidos pelo estúdio, como Quantum Universe – que explora o conceito da função de onda – e Double Slit, um escape room inspirado no famoso experimento da dupla fenda. A experiência será complementada por uma tabela periódica musical e um painel interativo que percorre os 100 anos da mecânica quântica até os desafios da chamada Revolução Quântica 2.0. A versão completa da exposição será inaugurada em 10 de outubro de 2025, no IFSC-USP, e depois circulará por diferentes cidades do Estado de São Paulo. “Nosso objetivo é democratizar o acesso à ciência por meio de experiências que unem arte, tecnologia e educação, aproximando a pesquisa universitária do dia a dia das pessoas e explorando novas

fronteiras como a computação quântica”, destaca o coordenador geral do projeto, Prof. Dr. Guilherme Matos Sipahi.

Um núcleo inovador de ciência, arte e tecnologia

O E=mc² é um núcleo de educação não formal e divulgação científica que integra realidade virtual, aumentada e mista, metaverso, inteligência artificial, blockchain e computação quântica. Idealizado pelos cientistas: Prof. Dr. Guilherme Sipahi que é Físico Computacional no IFSC e Coordenador Geral e Científico, Dr. Herbet João possui doutorado em jogos e atua como Coordenador de Educação e Operações, Dra. Nathalia Locks (natydometaverso) pós doutouranda em Tecnologias imersivas e Coordenadora de Tecnologia e Inovação. O estúdio desenvolve jogos, exposições interativas, experiências audiovisuais imersivas e conteúdos digitais voltados a escolas e ao público em geral. O Estúdio hoje conta com uma equipe de pesquisadores e artistas de alto nível como Dr. Gustavo Arruda responsável em desenvolver o OPEN3LAB que foca em computação quântica e Blockchain.

Entre seus espaços de criação estão:

EXPOLAB: desenvolvimento de exposições itinerantes e museus de rua.

GAMELAB: jogos e experiências no metaverso.

IMMERSIVELAB: produções audiovisuais imersivas.

OPEN3LAB: projetos de IA, blockchain, computação quântica e ciência descentralizada.

THINKLAB: acessibilidade e design inclusivo.

KRAFTLAB: prototipagem e kits de ciência.

Impacto e próximos passos:

O projeto já captou R$ 1,8 milhão em fases anteriores e prevê R$ 25,5 milhões em investimentos para os próximos 10 anos, com a meta de impactar mais de 1,5 milhão de pessoas por meio de experiências físicas e digitais.

O núcleo já desenvolve projetos em parceria com a Prefeitura Municipal de São Carlos, o Observatório do CDCC-USP e grupos específicos da UFSCar, Unicamp e UNESP de Rio Claro, e segue em busca de novas colaborações. A cidade, que abriga instituições como o Museu Mário Tolentino, o Onovolab e o InovaUSP, consolida-se como um polo estratégico de inovação e cultura. Nesse ecossistema, o E=mc² procura reinventar a forma de compartilhar o conhecimento científico, aproximando escolas e público em geral da pesquisa universitária.

 

Vídeo de divulgação sobre o projeto “Transistores Eletrolíticos para o Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos”.

 

SÃO CARLOS/SP - Pesquisadores do Grupo de Polímeros Prof. Bernhard Gross, do (IFSC/USP), conquistaram bolsas de pesquisa voltadas ao desenvolvimento de sensores portáteis e baratos, capazes de auxiliar no controle do uso de agrotóxicos de forma segura e eficiente.

O projeto, “Transistores Eletrolíticos para o Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos”, contemplado na Chamada de Bolsas Conjunta USP-CNPEM, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, irá desenvolver pequenos sensores que poderão ser utilizados em campo, trazendo um maior controle do uso de agrotóxicos, potencialmente aumentando a seguridade dos trabalhadores rurais, com potencial de impactar na segurança alimentar no dia-a-dia da aduana, ou até nos supermercados.

A ideia é ampliar e facilitar o monitoramento de resíduos de agrotóxicos em diversas etapas da produção agrícola, do campo até o consumidor final.

A tecnologia por trás desse projeto é baseada em transistores eletrolíticos funcionalizados com polímeros impressos molecularmente. Esses polímeros atuam como “fechaduras” específicas para as “chaves”, que são as moléculas de agrotóxico, garantindo uma detecção seletiva e confiável diretamente em amostras de água e alimentos.

A miniaturização dos transistores será realizada utilizando processos de micro e nanofabricação, permitindo integrar múltiplos sensores em um único chip. Além disso, técnicas de inteligência artificial auxiliarão na interpretação e validação dos resultados.

A relevância do projeto se dá pois o agronegócio é o maior setor da economia brasileira. Contudo, a consolidação do Brasil como economia agroexportadora traz desafios à questão ambiental e sanitária.

Em 2023, segundo o “Boletim anual de produção, importação, exportação e vendas de agrotóxicos no Brasil” produzido pelo IBAMA, foram comercializadas cerca de 755.489 toneladas de agrotóxicos (classificados como Químicos e Bioquímicos). Deste total, cerca de 80% são produtos classificados como perigosos ou muito perigosos pela mesma instituição, sendo que a exposição aguda ou crônica a esses compostos e seus derivados está associada a quadros de distúrbios respiratórios, imunológicos, endócrinos, infertilidade, câncer, diabetes e doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer. Tais impactos afetam não apenas os trabalhadores rurais, mas também os consumidores de produtos agrícolas e as espécies dos ecossistemas onde essas substâncias são aplicadas.

O projeto é uma parceria do Grupo de Polímeros Prof. Bernhard Gross (IFSC/USP) e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), parte do pátio tecnológico do CNPEM, e conta com uma equipe multidisciplinar liderada pelo Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Jr. (IFSC) e o Dr. Rafael Furlan de Oliveira (LNNano), que atualmente lidera a divisão de dispositivos.

Além dos pesquisadores responsáveis pelo projeto, a equipe é formada por jovens doutores do Grupo de Polímeros.

No IFSC/USP, o Dr. Bruno B. M. Torres, especialista em dispositivos eletrônicos orgânicos, e o Dr. Paulo A. R. Pereira, especialista no desenvolvimento de técnicas eletroanalíticas e sensores, darão suporte técnico-científico aos alunos que usufruirão das bolsas deste projeto.

No LNNano, o projeto terá o suporte do Dr. Marcelo R. Piton, especialista em microfabricação de dispositivos semicondutores e a Dra. Maria Luisa B. Fier, especialista em dispositivos e sensores.

Além do desenvolvimento científico intencionado pelo projeto, outro objetivo dentro do âmbito da cooperação entre o CNPEM e a USP é de intensificar as relações entre as instituições, promovendo novas pesquisas e colaborações, contribuindo para o fortalecimento do ecossistema de pesquisa do país.

Clique no link para assistir o vídeo - https://www.youtube.com/watch?v=uCkEANkmpcM

SÃO CARLOS/SP - Estudantes de escolas públicas que participam de atividades nos campi da Universidade de São Paulo (USP) contam a partir de agora com uma garantia extra de segurança. A partir da publicação da Portaria GR nº 8970, em 28 de agosto, esses jovens passam a ser incluídos no Fundo de Cobertura de Acidentes Pessoais da Universidade de São Paulo (USP). Tal proteção estará assegurada para quem utilizar transporte disponibilizados pela instituição para participação nos projetos oferecidos.

A medida, que altera a Portaria GR nº 5721/2012, contempla também os deslocamentos realizados em veículos da frota universitária, como os ônibus da USP. Segundo especialistas da instituição, a iniciativa deve facilitar o acesso de alunos do ensino fundamental e médio a ações de extensão, fortalecendo a aproximação entre a universidade e a comunidade.

Segundo o Prof. José Marcos Alves, coordenador do Grupo de Estudos de Ações Sociais (GEAS-USP SC), responsável por levar essa demanda à Reitoria da USP, “a decisão possibilita uma presença expressivamente maior de estudantes de escolas públicas nos campi da USP para participar de ações de extensão educacionais”.

O GEAS, sediado no Instituto de Estudos Avançados da USP, em São Carlos, atua há anos em projetos sociais e criou o Portal das Ações Sociais – USP São Carlos, ampliando a visibilidade das iniciativas de extensão. Foi o grupo quem argumentou junto ao reitor, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior, sobre a relevância da medida para a formação educacional de jovens de escolas públicas.

A solicitação teve apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, que reconheceu o impacto da curricularização da extensão no aumento das atividades.

A solicitação inicial incluía todos os campi da Universidade e a portaria foi estendida exatamente para todos os campi, ampliando ainda mais os benefícios.

Para a própria Universidade, a mudança reforça o papel da instituição como agente transformador e abre espaço para uma maior diversidade no convívio acadêmico.

SÃO CARLOS/SP - São Carlos, reconhecida como um dos maiores polos de ciência, tecnologia e inovação do Brasil, vive um momento de consolidação internacional. Universidades como a USP e a UFSCar, além de centros de excelência como a Embrapa, vêm atraindo um número crescente de estudantes e pesquisadores estrangeiros que buscam formação de qualidade e oportunidades em pesquisa de ponta.

Se antes predominava a chegada de estudantes predominantemente da América Latina, hoje a cidade recebe jovens da América do Norte, Europa, Ásia, África e até da Oceania. Essa diversidade internacional reforça a vocação científica de São Carlos e projeta sua imagem para além das fronteiras brasileiras, transformando-a em uma referência mundial de educação e inovação.

Para o cientista são-carlense, pesquisador e docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, receber estudantes e pesquisadores internacionais representa uma oportunidade estratégica para o Brasil em múltiplas dimensões. “No campo acadêmico e científico, a presença deles fortalece a diversidade de ideias, fomenta a produção de conhecimento inovador e impulsiona a internacionalização das universidades brasileiras, ampliando redes de cooperação e parcerias com instituições de todo o mundo. Além disso, a convivência multicultural enriquece o ambiente universitário, promovendo integração social, respeito às diferenças e troca de experiências culturais, favorecendo a difusão da língua portuguesa e da cultura brasileira, ampliando sua projeção no cenário internacional”, pontua o pesquisador.

A visita recente do prefeito de São Carlos, Antônio Donato Netto, aos Estados Unidos, acompanhado pelo Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, foi um marco nessa estratégia. “Em reuniões com universidades americanas, foi firmado um memorando de intenções com a Universidade do Texas A&M, garantindo intercâmbio acadêmico e científico, sendo que esse acordo prevê que São Carlos continue sendo destino de estudantes estrangeiros e, ao mesmo tempo, fortaleça a presença de jovens brasileiros em instituições internacionais de excelência”, sublinha o Prof. Bagnato.

A este acordo se somam muitas outras colaborações, parcerias e intercâmbios que foram consolidados no IFSC/USP ao longo dos anos, como, por exemplo, em 2015, com a University of Munster (Alemanha), em 2023, com o Russian Quantum Center - RQC (Federação Russa) e a Universidade de Tecnologia de Guangdong (República Popular da China), ou, ainda, em 2024, com Universidade de Ghent (Bélgica), só para destacar algumas.

Parcerias como a estabelecida com a Texas A&M University já estão em andamento no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), e a expectativa é expandir o intercâmbio para todas as unidades da USP, além da UFSCar e da Embrapa. Trata-se de uma ação que reafirma e consolida a posição de São Carlos na vanguarda da internacionalização universitária, promovendo não apenas a troca de conhecimento, mas também a cooperação diplomática e científica entre países.

“Os benefícios para a cidade são múltiplos: além de movimentar a economia local com moradia, alimentação, transporte e serviços, a presença de estudantes e cientistas estrangeiros estimula a produção científica, amplia as redes de cooperação e fortalece a difusão da cultura brasileira. Muitos desses jovens acabam permanecendo no nosso país, contribuindo em áreas estratégicas como ciência, tecnologia, inovação e saúde”, salienta o cientista.

Para o Prof. Vanderlei Bagnato, com esse movimento São Carlos se projeta como cidade universitária global, capaz de atrair talentos de diferentes continentes e de estabelecer parcerias de alto nível com instituições do mundo inteiro. “Mais do que um polo de educação, ciência e tecnologia, São Carlos se reafirma como referência internacional, mostrando que sua vocação acadêmica é também a chave para seu desenvolvimento sustentável e para sua inserção definitiva no cenário mundial.

 

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