fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

Da semeadura à colheita

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa em desenvolvimento no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), utilizando um sistema hidropônico artificial dentro de uma estufa “in-door” e iluminada artificialmente de forma controlada ao longo de trinta dias,  teve como resultado a obtenção de um crescimento exponencial em alfaces prontas para consumo.

Os pesquisadores Rafael Ferro, com seu mestrado em andamento na área de biotecnologia, e Shirley Lara, no 3º ano de doutorado no mesmo curso, ambos com trabalhos em curso nesta temática, são os responsáveis por esta pesquisa que esteve sob a coordenação do docente e pesquisador do Grupo de Óptica do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, com a participação da pesquisadora do mesmo Instituto, Drª Kate Blanco.

A pesquisa utilizou uma tradicional estufa “in-door”, ou seja, um ambiente fechado, protegido e controlado, onde foram colocadas sementes de alface exatamente no mesmo estilo que se utiliza na hidroponia de campo, com a introdução de soluções já preparadas. Nessa estufa, os pesquisadores instalaram placas de LED’s com três cores, compondo as luzes vermelha, azul e branca, que se mantiveram ligadas 24 horas ininterruptas ao longo de trinta dias, tendo resultado, no final desse período, o ciclo completo da produção desse vegetal, pronto para consumo ou comercialização.

Sobre a pesquisa, Rafael Ferro comenta que “O sistema hidropônico, por si só, é um sistema fechado que já traz uma economia no consumo de água em cerca de 70% quando comparado com o cultivo convencional. Com este sistema de estufa “in-door” a economia de água pode chegar a 90% no ciclo completo”.

Os resultados desta pesquisa e deste experimento foram alcançados após os pesquisadores terem testado três formas de incidência da luz, a saber: um foto-período de 12 horas com o sistema ligado, seguindo-se 12 horas desligado; 18 horas com o sistema ligado, e 6 horas com ele desligado; e, finalmente, o sistema ligado ininterruptamente durante 24 horas. “Fizemos uma adubação química, colocamos todos os nutrientes necessários e trabalhamos com um aumento de conectividade elétrica. Ao fim de trinta dias, esta alface atingiu o crescimento máximo em função do espaço disponível na estufa “on-door”, explica Shirley, destacando que através deste processo a planta consegue fazer mais fotossíntese do que o habitual, com a particularidade dele poder ser adotado em qualquer espécie vegetal. Em situação normal, o mesmo crescimento só seria atingido no dobro do tempo.

Em simultâneo, os pesquisadores fizeram um outro experimento, que foi a produção de mudas, tendo conseguido produzi-las em  metade do tempo convencional. “Comparamos com a muda convencional e a produção foi a mesma, sendo que neste momento estamos analisando a parte qualitativa. A parte quantitativa foi muito superior, já para não falar que a produção no campo obriga sempre a uma aplicação de fungicida ou inseticida por semana, e aqui não houve qualquer aplicação de defensivos. No campo teríamos que contar com 35 dias de muda e mais 30 ou 35 dias para a produção final. Aqui, em 30 dias já estamos colhendo o máximo que se consegue neste espaço da estufa”, ressalta Rafael.

Segundo o coordenador do projeto, esta linha de trabalho em biofotônica dá início à chamada “agro-fotônica”, onde controlando a forma de iluminação é possível  manter toda a qualidade  a qualidade e otimizar a produção vegetal.

O IFSC/USP, através do seu Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT), está já desenvolvendo o protótipo de uma nova estufa “in-door”, com cinco andares, o que viabilizará uma produção bem mais ampla. Quem sabe se em um futuro próximo os vegetais começarão a ser produzidos diretamente nos locais de venda.

Este projeto conta com o apoio da EMBRAPII.

 

Rui Sintra - Jornalista 

Um conjunto de ferramentas educativas e didáticas

 

SÃO CARLOS/SP - Foram entregues formalmente no dia 29 de agosto, na Biblioteca do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), os primeiros doze kits temáticos educacionais criados pelo Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), um CEPID da FAPESP que se encontra alocado no Instituto. Com temas variados, estes kits  destinam-se aos alunos do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP, que, no final de sua licenciatura, terão a oportunidade de ingressar como professores de ciências nos ensinos fundamental e médio. Considerados como um conjunto de ferramentas educativas e didáticas de extrema importância para serem utilizados pelos professores nas salas de aula, estes kits passam a estar disponíveis na Biblioteca do IFSC/USP, por empréstimo ou requisição.

Na cerimônia de entrega dos kits, o coordenador do CEPOF e, simultaneamente, docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato, considerou que a história dos kits para ensinar experimentação não é um projeto novo, já que ele foi idealizado há alguns anos a esta parte por intermédio de vários professores e pesquisadores da USP. “Este projeto tem o objetivo de cobrir várias áreas do conhecimento para que os alunos possam praticar ciência, sendo que a USP sempre esteve preocupada com esse aspecto, principalmente durante e após a pandemia. Então, a ciência se aprende fazendo e observando resultados que a Natureza nos dá. Obviamente, o IFSC/USP sente essa responsabilidade de contribuir para a formação dos estudantes, sendo que esta iniciativa que está acontecendo aqui, com a entrega de doze tipos de kits, irá ser muito mais abrangente, atendendo a que ela será implementada em todos os vinte e dois cursos de licenciatura que existem na Universidade de São Paulo. Vai ser um marco e uma referência para que se possa adotar no Brasil o hábito de deixar o aluno praticar ciência. Mais uma vez, a USP entende a sua responsabilidade no cenário nacional, sendo referência para a determinação de alguns rumos que se devem seguir para a disseminação da ciência, tal como ela vem fazendo ao longo dos anos”, pontuou o pesquisador.

Vanderlei Salvador Bagnato aproveitou o momento para salientar o apoio recebido da USP, na pessoa de seu dirigente máximo, Prof. Carlos Gilberto Carlotti Junior. “Nosso reitor compreende muito bem a importância deste e de outros projetos, fato que muito agradecemos e enaltecemos”, concluiu.

O Prof. Marcelo Barros, docente do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas do IFSC/USP, classificou como muito importante a utilização destes kits, atendendo a que eles permitem que os alunos reforcem seus conhecimentos através de exemplos práticos. “Os futuros professores poderão levar estes kits para suas casas e treinar os conceitos experimentais que são apresentados, para, mais tarde, serem integrados em sala de aula para debate com seus alunos. Estes kits são, de fato, peças muito importantes para o aprendizado”, comentou o professor, opinião que é partilhada pelo técnico ao serviço dos Laboratórios de Ensino de Física, Cláudio Bretas, ao considerar que estes kits são uma extensão da própria Universidade, levando para as escolas dos ensinos fundamental e médio ensinamentos complementares relativos às ciências, através de experimentos que podem ser realizados na própria sala de aula. “Vão valorizar as aulas e entusiasmar os jovens alunos”, pontua Bretas.

Para o docente e pesquisador do CEPOF- IFSC/USP, Prof. Sebastião Pratavieira, esta atividade de entrega oficial dos kits faz parte integrante da área de difusão do CEPOF, uma área que tem realizado inúmeras atividades ao longo dos anos. “A idealização e criação destes kits temáticos baseiam-se na ideia de podermos apresentar um livro que não tem folhas, não tem textos, mas sim um conjunto de experimentos práticos para que os alunos entendam melhor os conceitos teóricos  que são apresentados em sala de aula. Cada kit destes contém um experimento que o aluno pode realizar para aprender melhor determinado conteúdo. É, em suma, levar o ensino experimental para as escolas, já que elas não possuem laboratórios.

Finalmente, Ana Mara Prado, responsável pela Biblioteca do IFSC/USP, sublinhou que este material irá ser devidamente tratado, processado e disponibilizado para todos os alunos que tiverem interesse em utilizá-lo. “O projeto em si tem o objetivo de apoiar os alunos do IFSC/USP, principalmente os do Curso Interunidades de Licenciatura em Ciências Exatas, já que isso vai beneficiá-los na execução de vários experimentos. O acesso a esses kits vai ser livre, desde que o interessado seja aluno da USP”, pontuou

 

 

Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP

IBATÉ/SP - Durante contexto de pandemia, o Planetário Móvel da Universidade de São Paulo (USP), não foi exibido por questão de segurança, mas na última quinta-feira (25), foi montado na EMEF "Professora Maria Luiza Batistela", durante a “IV Festa da Família”. O tema do filme foi “O Nascimento do Sistema Solar”, que conta a história do surgimento do universo desde o Big Bang, até o surgimento do sol e dos planetas. 

O secretário de Educação e Cultura, Alexandre Moraes Gaspar, comenta que a escola recebeu inúmeros visitantes, contando com alunos, professores e comunidade geral. "Além de enriquecer o estudo teórico dado em sala de aula, a projeção dentro do domo inflável proporcionou aos visitantes a sensação de estarem imersas no espaço sideral", aponta. 

Euclydes Marega Junior, coordenador geral de Difusão de Ciências do CEPOF, explica que os Planetários são ambientes com céu arredondado, em forma de domo, onde são projetadas   imagens que simulam o céu estrelado e inúmeros objetos espetaculares que encontramos em nosso universo, criando experiências educacionais que ensinam astronomia e ciências afins. Os projetores de estrelas que mostram o próprio céu noturno estão entre as ferramentas educacionais mais atraentes e versáteis. "Planetários em todo o mundo inspiram e educam pessoas de todas as idades sobre o nosso entorno - a própria Terra e nosso lugar no Universo - e muitas vezes são um lugar em que os jovens se entusiasmam para seguir uma carreira científica", destaca.

"Em uma época em que a educação científica e tecnológica tem sido considerada como prioridade pelas universidades, o Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica da USP exibe o planetário inflável itinerante em escolas diversas e locais públicos em todo Estado de São Paulo há mais de 10 anos", conta Wilma Regina Barrionuevo, Coordenadora de Difusão de Ciências.

O planetário móvel da USP está disponível para todas as escolas públicas. Os interessados devem solicitar a visita por meio do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

A 7ª Festa do Livro da USP de São Carlos acontece nos dias 23, 24 e 25 de agosto, com programação cultural aberta à comunidade

 

SÃO CARLOS/SP - Grandes nomes da literatura nacional, programação cultural, mais de 50 editoras e todos os livros com desconto mínimo de 30%, tudo em um só lugar! Dias 23, 24 e 25 de agosto, a Festa do Livro da USP está de volta! A FLUSP22 acontece dentro do campus da USP, no Vão Livre do E-1 das 10h às 22h. 

Abertura do evento trará Eduardo Suplicy, dia 23, às 12h, falando sobre as consequências sociais da pandemia. A programação artística conta com 6 atrações, com grandes talentos da música e da dança em todos os dias, programação que pode ser conferida a seguir ou no site do evento https://festadolivro.sc.usp.br/

O renomado e premiado escritor e colunista Julián Fuks, que acabou de publicar o livro de crônicas “Lembremos do futuro”, participará no encerramento, em conversa mediada pelo professor David Sperling (IAU/USP), na quinta-feira (25), às 20 horas.

A programação literária conta com outros grandes escritores como Rodrigo Vianna, Nicodemos Sena, Daniel Munduruku, Reinaldo Lopes, Ana Paula Cavalcanti Simioni, Leandro Schenk, Joana D’Arc de Oliveira e Ana Lis Soares. Além de pesquisadores como Isabella Santos, Felipe Iszlaji e Carolinne Pinheiro, e o famoso cartunista e escritor Guilherme Infante, no mesmo bate-papo com os conhecidos quadrinistas Shun Izumi e Talles Rodrigues.

A 7ª Festa do Livro da USP de São Carlos contará  também com autores da cidade, que também estarão expondo e vendendo seus livros!

 

Confira a programação:

23 DE AGOSTO (TERÇA-FEIRA)

12:00 – Abertura

Convidado de honra Eduardo Suplicy, que falará sobre as consequências sociais da pandemia, os desafios de projetar futuros para o Brasil e a importância da informação e do conhecimento neste cenário.

13:00 – Apresentação musical: Maria Butcher e André de Souza cantam a MPB.

14:00 – Bate-papo com o tema “A política na internet”.

Convidados: Rodrigo Vianna, autor, entre outros, do livro “De Lula a Bolsonaro”, publicado pela Kotter Editorial (2022), e Leandro Schenk, autor, entre outros, do livro “Os antidemocratas anônimos”, da editora Scienza (2022). Mediador Prof. Guilherme Sipahi – IFSC/USP.

16:00 – Mesa-redonda com o tema Territórios negros.

Convidados: Isabella Santos (Sampa Negra) e Joana D’Arc (IAU/USP).

18:00 – Apresentação musical: Conversa de Botequim apresenta linha do tempo dos compositores do samba.

20:00 – Mesa-redonda nobre com o tema “Povos indígenas, Amazônia e meio ambiente”.

Convidados: Daniel Munduruku, é escritor e professor, formado em Filosofia, História e Psicologia, pertence à etnia indígena Munduruku, é autor de 54 obras, sendo muitas premiadas no Brasil e no exterior, e o jornalista e escritor Nicodemos Sena, com vivência com os povos indígenas do Pará e Amazonas, e uma produção literária também premiada. Mediador Prof. Ruy Sardinha Lopes – IAU/USP.

 

24 DE AGOSTO (QUARTA-FEIRA)

12:30 – Apresentação artística: Flamenco – patrimônio imaterial da humanidade.

14:00 – Bate-papo com o tema “A história da violência no Brasil”.

Convidado: Reinaldo Lopes, autor, entre outros, do livro “Homo Ferox: as origens da violência humana e o que fazer para derrotá-la”, publicado pela editora HarperCollins (2021).

17:00 – Bate-papo com o tema “Mulheres na Semana de Arte Moderna”.

Convidada: Ana Paula Cavalcanti Simioni, autora, entre outros, do livro “Mulheres Modernistas: estratégias de consagração na arte brasileira”, publicado pela editora Edusp (2022). Mediadora: Prof.ª Amanda Ruggiero – IAU/USP.

20:00 – Apresentação musical: Num programa com canções de Tom Jobim, a cantora Luana Liaw, estudante de graduação do Curso de Música da FFCLRP-USP se apresenta acompanhada pelo maestro Rubens Russomanno Ricciardi (piano) e pelos bolsistas da USP Filarmônica, Alexandre Girio (contrabaixo) e Matheus Luís de Andrade (percussão).

 

25 DE AGOSTO (QUINTA-FEIRA)

12:30 – Apresentação musical: Coral USP São Carlos canta música brasileira.

14:00 – Mesa redonda: A inteligência artificial vai escrever literatura e música?

Pesquisadores e profissionais em IA Felipe Iszlaji (Dicionário Criativo e Clarice.ai), Carolinne Pinheiro (aplicativo Vinder) e a jornalista e escritora Ana Lis Soares, autora do livro “Domingo”, da editora Instante (2021).

16:00 – Bate-papo com o tema “Tirinhas, quadrinhos e ilustrações: crítica e entretenimento no papel e na web”.

Convidados:  Guilherme Infante, escritor e cartunista, criador do personagem “O Capirotinho” e autor do recém-lançado “Manifesto Proletário”, que satiriza pequenas situações do mundo corporativo; Shun Izumi,outro grande ilustrador, animador, quadrinista e designer de personagem, autor de “Sonhonauta”, da editora Conrad (2021); e também Talles Rodrigues, jornalista, ilustrador e quadrinista, com várias publicações de sucesso e premiadas como “Cortabundas” e “Mayara & Annabelle”, da editora Conrad.

18:00 – Apresentação musical: Quarteto Brasileiro. Formado e produzido pelo guitarrista Paulo Aggio, Gabi Milino na voz, Tinho Pereira no baixo e Alan Ramos na bateria. O repertório é um passeio pela música popular brasileira, com diversos compositores, intérpretes e estilos.

Desempenho destacado na CUCO-2022 (USP)

SÃO CARLOS/SP - A sala “Vem Saber”, localizada no Centro de Apoio Didático (CAD) situado na Área-2 do Campus USP de São Carlos, recebeu na última sexta-feira (12/08) uma homenagem aos professores da rede pública de ensino e à Diretoria de Ensino de São Carlos alusiva ao desempenho destacado que os mesmos tiveram na promoção do programa Competição Universitária de Conhecimento (CUCo - USP), que ocorreu no primeiro semestre deste ano. A homenagem foi coordenada pelo idealizador do projeto, que ocorre desde 2016, o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Antonio Carlos Hernandes. A CUCo, que é um projeto gratuito, consiste em um desafio que é colocado aos estudantes do ensino médio das escolas públicas localizadas no Estado de São Paulo, buscando formá-los e incentivá-los a ingressar em instituições de ensino superior públicas, sendo dedicada a todos os estudantes das 1ª, 2ª, 3ª séries do ensino médio (EM) regular, EJA e CEEJA, regularmente matriculados nas escolas públicas do Estado de São Paulo.

Encontrando-se em tratativas para que, em face do manifesto sucesso alcançado, o projeto siga em frente, Antonio Carlos Hernandes mostra-se confiante dado o desejo já manifestado pelos professores e por todas as diretorias de ensino do Estado de São Paulo, atendendo a que as expectativas dos alunos aumentaram exponencialmente, haja visto, por exemplo, o número de alunos que participou no decurso das seis edições da CUCo - 500 mil. Para o docente do IFSC/USP, a principal meta atingida foi a impressionante mudança cultural que aconteceu em todo o Estado de São Paulo devido às informações pormenorizadas que foram passadas pelos professores aos alunos sobre o acesso ao ensino superior, e principalmente sobre o acesso à própria USP que, até há seis anos a esta parte, era considerado elitista, quando, afinal, o processo é muito simples... Basta querer e saber como fazer. “Antes, ninguém falava da USP, como ingressar nela ou em qualquer outra universidade, não se falava em vestibular da FUVEST, nada! Passados seis anos do início do programa CUCO todos os alunos e professores estão motivados para atingirem essa meta”, enfatiza o docente.

A motivação dos professores

A CUCo foi - e é - um trabalho de continuidade em prol da educação, que começa exatamente pelos professores. Para eles, a motivação tem a ver com o desejo de que cada aluno possa olhar para mais longe, buscando um futuro com mais oportunidades de vida. Por outro lado, Antonio Carlos Hernandes sublinha que o interesse dos alunos em cursar o ensino superior simplifica o trabalho dos professores em sala de aula, já que os jovens “sentem” que podem vencer e, por isso, se mostram muito mais interessados e colaborativos. “Quando a CUCo iniciou o programa em todo o Estado de São Paulo, e principalmente nas regiões onde a USP tem seus campi - quase desconhecidas até então -, as informações sobre como ter acesso a um curso superior eram praticamente inexistentes, sendo que houve casos em que professores alegaram que seus alunos nunca conseguiriam atingir esse fim. Contudo, quando você leva as informações certas aos professores, fazendo com que eles se sintam seguros na disseminação delas entre os jovens, o conhecimento dos jovens aumenta exponencialmente e você vê resultados impressionantes através do entusiasmo deles. Ao longo destes seis anos da CUCo ingressaram nos diversos cursos da USP quatro mil alunos, não contando os muitos outros que entraram em outras instituições de ensino”, relata o docente, acrescentando que “quando você tem um impacto como esse na Universidade, imagine o impacto que tem na escola, dentro da sala de aula”.

Onze mil professores trabalham para o sucesso dos alunos

Noutra vertente, para o coordenador da CUCo, o trabalho feito pelas Diretorias de Ensino, de uma forma geral, e que fazem o meio de campo entre os professores que lecionam nas cerca de quatro mil escolas que participam do programa, mudou o panorama, fazendo com que fosse implementada uma cultura pró-ativa em benefício do acesso dos alunos ao ensino superior, sendo que, inevitavelmente, a USP está nos sonhos de muitos deles. Não sendo uma competição igual às das olimpíadas, a CUCo caracteriza-se por ser um processo de formação que transmite e ensina ao aluno que ele tem todas as chances de entrar em uma universidade e ganhar a sua independência. “O aluno que estava fora desse processo e dessa informação, ele entrou para a CUCo para compreender tudo e para enxergar o caminho que tem pela frente e isso irá fazer uma enorme diferença não só para ele, como para sua família e sociedade como um todo”, salienta o Prof. Hernandes, que cita, como exemplo, o fato de antes da implantação das cotas na USP haver cerca de 75% dos alunos oriundos das escolas particulares, com pouca diversidade, em contraponto com o momento atual, onde mais de 50% dos alunos são oriundos das escolas públicas, contribuindo com uma diversidade enorme. “Todo este processo da CUCo está voltado para a escola pública, que é o retrato do país”, argumenta o docente.

A cerimônia de premiação dos professores das escolas públicas da cidade de São Carlos e da respectiva Diretoria de Ensino reuniu cerca de trinta docentes e, segundo o coordenador da CUCo, tratou-se de reconhecer, de forma singela e individual, o trabalho individual de cada um deles em prol dos alunos poderem ingressar em um curso superior, tendo em consideração que todo o esforço desenvolvido não passa pela quantidade de alunos, mas sim para aumentar a oportunidade deles para que tenham uma opção de vida melhor. “Desde 2017, temos onze mil professores que trabalham diariamente e em uníssono para que seus alunos possam enxergar as portas que lhes darão acesso a uma nova vida”, destacou Hernandes em seu breve discurso perante os homenageados.

SÃO CARLOS/SP - O presidente da Câmara Municipal de São Carlos, vereador Roselei Françoso (MDB) assinou a Carta aos brasileiros elaborada pela Faculdade de Direito da USP em defesa do Estado Democrático de Direito e do resultado das eleições.

Organizada por alunos, professores e a diretoria da instituição, a Carta será lida na próxima quinta-feira (11) na faculdade de direito da USP no Largo São Francisco, centro de São Paulo, em um grande ato articulado por lideranças e entidades empresariais, civis e jurídicas. O manifesto é uma reedição da “Carta aos Brasileiros”, que foi lida em 1977 no mesmo local denunciando o estado de exceção da ditadura militar.

O documento diz que “ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.

Pede que os resultados das eleições deste ano sejam respeitados e, também, para fazer uma homenagem às cortes superiores brasileiras, em especial ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral.

Afirma que “ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira”, que “são intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional”.

Por fim, ressalta o alerta na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições e declara que “no Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições”.

“Nós temos um sistema eleitoral reconhecido mundialmente e o que a gente espera é que os resultados finais das eleições sejam respeitados para fortalecer ainda mais a nossa democracia”, ressaltou o presidente da Câmara Municipal de São Carlos, vereador Roselei Françoso.

 
 

SÃO CARLOS/SP - O IFSC/USP lança neste dia 03 de agosto, pelas 09h30, no Centro de Apoio Didático - Sala-10 (CAD) localizado na Área-2 do Campus USP de São Carlos, o novo programa de difusão científica da USP denominado “Vem Saber”.

O programa foi criado pelo Prof. Antonio Carlos Hernandes, do IFSC/USP, e desenvolverá quatro projetos de pesquisa e extensão com alunos oriundos de escolas de ensino médio do estado de São Paulo.

Entre os projetos, o de maior capilaridade e abrangência, envolve um novo espaço físico para a “Sala do Conhecimento”.

As atividades com as escolas de ensino médio no projeto “Sala do Conhecimento” iniciam-se no dia 2 de agosto, sendo que somente nesses mês  irão passar por aquele espaço cerca de seiscentos alunos.

A agenda para o segundo semestre já tem 1.600 alunos inscritos, oriundos de 32 escolas e de 18 cidades diferentes pertencentes ao Estado de São Paulo.

O novo espaço físico para acomodar a “Sala do Conhecimento” trará muito mais possibilidades de realização de atividades práticas de ciência com os estudantes, em um ambiente moderno e de fácil acesso, sendo que a chegada dos alunos em três dias da semana trará movimentação para a Área-2 do Campus da USP São Carlos.

 

 

Rui Sintra - IFSC/USP

SÃO CARLOS/SP - Conforme já divulgamos anteriormente, o Instituto de Estudos Avançados - USP Polo São Carlos, reativou em abril último as suas atividades com a realização da primeira reunião entre os coordenadores dos grupos de trabalho que irão desenvolver seus projetos.

O IEA - USP Polo São Carlos - coordenado pelo Prof. Valtencir Zucolotto (IFSC/USP) e pelo vice-coordenador, Prof. Frank Crespílho (IQSC/USP), conta atualmente com cinco grupos de trabalho que irão se debruçar sobre as seguintes temáticas: “Educação nas Escolas”, “Inclusão Social”, “Cidades Globais”, “Observatório da COVID-19 e “Estudos sobre os Aspectos Regulatórios e os Impactos Econômicos e Sociais da Nanotecnologia”, sendo que “Inclusão Social” será o tema em destaque nesta reportagem, um projeto cujo coordenador é o Prof. José Marcos Alves, docente do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC - USP).

O objetivo principal deste grupo de trabalho, denominado “Grupo de Estudos de Ações Sociais do Campus USP São Carlos” (GEAS), é não só divulgar junto à sociedade as ações sociais que são realizadas por todas as Unidades do Campus USP de São Carlos, bem como atrair e trazer para o seu seio parceiros do mundo corporativo que possam subscrever projetos no sentido da Universidade apoiar de forma mais consistente as comunidades mais carentes de nossa cidade, indo ao encontro daquilo que é uma das prioridades da USP - se aproximar e apoiar o mais possível a sociedade.

Contextualizando o projeto

Neste contexto, vale a pena recordar as ações e o comprometimento da Universidade de São Paulo em termos de ações sociais. Em julho de 2019 ocorreu, no exterior, a terceira edição do denominado “Conselho Global de Líderes de Universidades”, um evento onde esteve presente o ex-reitor da USP, Prof. Vahan Agopyan, um encontro que esteve relacionado com um estudo feito pela Universidade de Oslo (Noruega), apontando que as universidades têm se afastado das necessidades e dos problemas da sociedade, criando assim um vácuo. Foram 45 as universidades presentes nesse evento, representando 25 países, tendo sido elaborada no final dos trabalhos a declaração “Reconstruindo a Universidade e as Relações com a Sociedade” - https://www.guc-hamburg.de/press/declaration-rebuilding-university.pdf .

Nesse mesmo ano, os três reitores das universidades paulistas - USP, UNICAMP e UNESP - reuniram-se no evento “USP Talks - Conectando a Universidade e a Sociedade”, igualmente relacionado com o problema relatado pela Universidade de Oslo, onde o Prof. Vahan Agopyan salientou que se fala muito do número de artigos científicos publicados e de sua importância para a ciência como dois indicativos da importância que as universidades têm. No entanto, o dirigente sublinhou que o que a sociedade espera é que as universidades tenham mais ações em prol de um benefício direto e imediato junto a ela, resolvendo inúmeros problemas que vão surgindo. Um outro evento, promovido e realizado pela USP, marcou o ano de 2020, reforçando a temática discutida anteriormente: tratou-se do encontro subordinado ao tema “Conselho Consultivo da USP discute o social e a valorização da educação básica”, o que demonstra, de fato, a preocupação dos gestores da USP em interagir cada vez mais com a sociedade, algo que tem sido quase que uma constante através da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), tendo como exemplos os programas “USP e a Comunidade”, desdobrado nos programas “USP Aproximação-Ação”, criado em 1998, e mais recentemente o programa “USP Aproxima Escola”.

As ações sociais no IEA - USP Polo São Carlos

Sobre as ações sociais inseridas no Campus USP de São Carlos, o Prof. Alves salienta, em primeiro lugar, o “Projeto Pequeno Cidadão” - http://pequenocidadao.sc.usp.br/ , criado em 1996 e com resultados surpreendentes, coordenado pela Prefeitura do Campus. “É um projeto com vinte e seis anos de atuação com resultados sociais extremamente importantes e com uma parceria muito sólida com a empresa internacional KPMG”, salientando que, em sua opinião, esse projeto foi o primeiro passo dado pelo Campus USP de São Carlos para se aproximar das populações com baixa renda. Os alunos que participam desse programa são selecionados e permanecem no Campus de São Carlos ao longo de quatro anos, quatro horas por dia nos períodos da manhã ou tarde, executando atividades educacionais, esportivas e recreativas, com direito a transporte e alimentação e utilizando a infraestrutura do CEFER – Centro de Educação Física, Esportes e Recreação do Campus USP de São Carlos. Tem sido um projeto de grande sucesso e alguns desses alunos saem daqui com um desejo enorme de ingressar em um curso superior. É um projeto muito importante, voltado para a sociedade, idealizado e implementado pelo Prof. Dagoberto Dario Mori, docente aposentado da EESC”, sublinha nosso entrevistado.

É fato que as cinco Unidades do Campus de São Carlos - Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Instituto de Química, Instituto de Física, Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, e Escola de Engenharia, a que se lhes junta a Prefeitura do Campus e o Centro de Divulgação Científica e Cultural, já têm um histórico muito grande no que diz respeito à realização de ações sociais, o que incentivou a criação no final de 2020 do Polo de Ações Sociais USP São Carlos (PAS) no sentido de se congregar, fortalecer e divulgar todos os projetos, iniciativas e ações que sejam relevantes para a sociedade e que se transformem em um legado permanente.

Os principais objetivos do GEAS, no Instituto de Estudos Avançados - USP - Polo São Carlos, estão divididos em três frentes, a saber:

  1. Interagir com as comunidades bastante carentes e com problemas sociais graves que residem no entorno norte da Área 2 do Campus USP de São Carlos;

2 - Reforçar o relacionamento da USP com as escolas públicas de São Carlos e região, beneficiando os projetos e ações já realizadas anteriormente e em conjunto com a Diretoria Regional de Ensino, com resultados muito positivos;

3 - Trazer empresas da cidade para conhecerem as atividades da USP em termos de ações sociais e estabelecer parcerias para a criação de novos programas;

Sobre estes objetivos, o Prof. Alves comenta: “O Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP Campus de São Carlos (IAU - USP) desenvolve projetos para as populações carentes que vivem no entorno da Área 2 do Campus USP de São Carlos, mas é necessário expandir estes projetos. É importante construir infraestrutura desportivas, incentivo ao uso de espaços verdes, e a criação de programas para jovens e adultos residentes naquela área, valorizando a população local. A criação de um projeto na Área 2 com perfil semelhante ao “Projeto Pequeno Cidadão” da Área 1 seria um enorme benefício a esta população.   Quanto ao objetivo de estabelecer parcerias com empresas da cidade, com foco em ações sociais, saliento o projeto “Formação de Profissionais em Tecnologia da Informação” https://eesc.usp.br/noticias/posts_s.php?guid=27383&termid=not_geral inaugurado há cerca de três meses com o objetivo de iniciar a formação de alunos do ensino médio profissionalizante na área de TI, com o envolvimento da UFSCar e patrocínio da empresa “Tapetes São Carlos”. É um projeto extremamente importante, que conta com alunos da Escola Técnica Estadual Paulino Botelho, uma ETEC do Centro Paula Souza, e profissionais da Tapetes São Carlos. A proposta é capacitar jovens alunos e profissionais para trabalharem em uma área de alta demanda e cujo futuro se mantém muito promissor”, destaca o Prof. Alves.

A Universidade em total interação com a sociedade ! ... Esta é a motivação das ações do “Grupo de Estudos de Ações Sociais” do Campus USP de São Carlos (GEAS), cujo trabalho é desenvolvido no IEA - USP Polo São Carlos.

 

 

Rui Sintra

Evento acontece entre os dias 23 a 27 de agosto

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para a décima edição da Semana da Estatística (SEst) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP), que abordará o tema "A estatística através do tempo".
O evento ocorre entre os dias 23 a 27 de agosto, nos campi das duas universidades em São Carlos. A programação prevê palestras, minicursos de programação estatística, mesas-redondas e workshops. Além disso, a inscrição dá direito a brindes exclusivos da SEst.
As inscrições podem ser feitas neste link www.sestsc.com.br/register. Mais informações no site do evento (www.sestsc.com.br).

Evento estará integrado na “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia” - 22 de outubro de 2022

 

SÃO CARLOS/SP - O Salão de Eventos da USP (Área-1) irá receber no dia 22 de outubro, entre as 10h00/17h00, a  “Feira de Ciência e Tecnologia da USP - 2022”, um evento organizado pelo Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CEPOF - IFSC/USP) e pela Diretoria de Ensino da Região de São Carlos, e integrado na “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2022”.

Esta edição da “Feira de Ciência e Tecnologia da USP” já confirmou a presença de 197 Clubes de Ciência, que durante este ano desenvolveram inúmeros experimentos subordinados ao tema "Educação, Ciência e Tecnologia na geração de um planeta sustentável", que serão apresentados neste certame.

Além dos Clubes de Ciências, as demais ações educacionais do CEPOF junto às escolas públicas da região incluíram minicursos com kits educacionais, disciplinas eletivas sobre o ambiente computacional Arduino, Exposição e Oficina de ciências no Museu de Ciências “Prof. Mario Tolentino”, e excursão para o Museu de Ciências da ESALQ-USP. Tais ações foram ministradas pela Profa. Dra. Wilma Barrionuevo, do CEPOF, em parceria com os professores e coordenadores das escolas.

A difusão e popularização da ciência nas escolas públicas constitui-se em iniciativa de valor social relevante, visto que permite que os alunos de comunidades mais vulneráveis tenham acesso igualitário a conteúdos científicos e tecnológicos, em linguagem compreensível a todos.

O CEPOF desenvolve atividades de difusão de ciências há mais de duas décadas, em importante parceria com a Diretoria de Ensino da Região de São Carlos. Fruto dessa parceria, foram criados e acompanhados, desde 2016, 660 Clubes de Ciências, envolvendo milhares de estudantes e professores de Escolas públicas estaduais de sete municípios abrangidos pela Diretoria de Ensino da Região de São Carlos.

 

 

(Com informações de Wilma Barrionuevo)

Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Maio 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
    1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30 31    
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.