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Estudo detecta comércio solidário em condomínios residenciais, com o uso da tecnologia, mas também aumento da precarização do trabalho

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) analisou o comércio e o consumo de mercadorias em condomínios residenciais, entre vizinhos, no contexto da pandemia de Covid-19. Neste cenário, a necessidade de distanciamento social levou à busca de alternativas para geração de renda, especialmente via aplicativos de comunicação, como o WhatsApp, evidenciando, segundo o estudo, a solidariedade entre as pessoas e, ao mesmo tempo, a precarização do trabalho na sociedade contemporânea.
O trabalho, realizado por Carlos Henrique Costa da Silva, docente do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So) do Campus Sorocaba da UFSCar, e por Diego de Morais Benega, mestrando no Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGeo-So) da Instituição, investigou a organização do comércio e do consumo em três condomínios residenciais, horizontais (casas) e verticais (prédios), de abril a novembro de 2020: Residencial Itahyê, em Santana de Parnaíba, com moradores de classe A, horizontal; Bela Cintra, em São Paulo, de classe B, vertical; e Residencial Parque Sicília, em Votorantim, classes C e D, também vertical.
Esta escolha foi feita com o intuito de compreender a extensão territorial dos impactos econômicos da pandemia em perfis socioeconômicos e municípios diferentes.
Para isso, os pesquisadores coletaram informações sobre venda de serviços e produtos postadas nos grupos de WhatsApp dos condomínios e entrevistaram 30 moradores comerciantes (10 de cada local).
Em relação às atividades comerciais exercidas, 76% são de alimentação, com a produção de bolos, tortas, brigadeiros, hambúrgueres, massas, dentre outros. Em segundo lugar - apenas 10% das respostas - está a prestação de serviços, como vendas de produtos artesanais como máscaras caseiras, assistência técnica em eletrodomésticos ou reparos em imóvel. Por fim, entram serviços como higiene pessoal e beleza (6%), vestiário (4%) e serviços para animais (4%).
Ao selecionarem dois principais meios de divulgação de seu comércio, 40% optaram pelo WhatsApp, e 31% acreditam na divulgação "boca a boca", por indicação. "A divulgação pelo WhatsApp ou redes sociais é considerada fundamental para a divulgação do comércio, mas os comentários e os compartilhamentos de avaliações dos produtos adquiridos pelos vizinhos-clientes geram engajamento e fidelização. Os dois se complementam", avalia Silva.

Comércio solidário
A análise das postagens nos grupos e das entrevistas mostra que a relação de vizinhança nos três condomínios permitiu o comércio solidário entre as pessoas. "Algumas faziam um alimento, outras se prontificavam a criar uma arte para divulgação, outras para tirar a foto... a solidariedade e a troca de produtos e serviços foram notáveis", registra o docente da UFSCar.
Silva resgata que a própria história do comércio mostra que o ser humano precisa das relações de troca. "O encontro e a interação social dão vida às cidades e garantem o compartilhamento de experiências. A quarentena transformou esta dinâmica social e as relações de proximidade foram valorizadas", avalia. "Ao mesmo tempo em que era imposto o distanciamento social, os moradores se aproximaram virtualmente e trocaram produtos, ainda que sem manter contato físico entre eles, fortalecendo o comércio local e maximizando as formas de gerar renda", completa o pesquisador.

Precarização do trabalho
Apesar do cenário de solidariedade entre os moradores, os resultados da pesquisa mostram, por outro lado, que o comércio e o consumo baseados nas relações de proximidade de moradia e de vizinhança cresceram durante a pandemia devido à crise econômica, decorrente da paralisação da produção e da circulação de pessoas. Isso ocasionou aumento do desemprego e da informalidade - a maior parte dos entrevistados relatou que as vendas são sua principal fonte de renda (36%) ou, pelo menos, de complementação (28%).
Silva lembra, no entanto, que a informalidade - uma forma de precarização do trabalho - é uma realidade há pelo menos 30 anos. "A economia da era digital tem apresentado formas de trabalho com vínculos frágeis ou inexistentes, abrindo uma nova era de exploração. Há perda de direitos sociais e trabalhistas e aumento da informalidade como uma alternativa ao desemprego, colocando os trabalhadores em situação de precariedade", descreve. "A pandemia escancarou o cenário e nos fez enxergar ainda mais a precarização do trabalho existente em nossa sociedade, bem como as formas de sobrevivência que as pessoas descobriram como alternativas para enfrentar a crise", expõe.
Os resultados da pesquisa estão no capítulo "O comércio e o consumo em condomínios residenciais horizontais e verticais durante a pandemia de Covid-19", publicado no livro "Espaços de consumo em tempos de Covid-19", organizado por Amalia Inés Geraiges de Lemos e Aparecido Pires de Moraes Sobrinho, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da Universidade de São Paulo (USP). A obra está disponível para leitura em livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/645.
Material destaca a importância da notificação de agravos decorrentes do trabalho na área da saúde

 

SÃO CARLOS/SP - Um projeto de extensão, coordenado no Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está produzindo uma série de vídeos voltados aos profissionais de saúde de São Carlos. No total, serão sete vídeos, sendo que três já foram publicados, em formato curto e instrucional, que abordam a importância da notificação de agravos decorrentes do trabalho através do Relatório de Atendimento ao Acidentado do Trabalho (RAAT). O projeto é coordenado pela professora Cristiane Moriguchi de Castro, docente do DFisio, e resultado da parceria entre a UFSCar, o Departamento de Vigilância em Saúde de São Carlos e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) Regional de Araraquara.
De acordo com a docente da UFSCar, a vigilância em saúde do trabalhador permite identificar situações de risco à saúde do profissional e desenvolver ações para intervir nos fatores determinantes e riscos à saúde presentes no trabalho, visando à promoção da saúde, redução da morbimortalidade da população trabalhadora e ações corretivas nos ambientes de trabalho. Diante disso, "a notificação de agravos por parte do trabalhador permite a obtenção de dados de morbimortalidade do município, sendo o elemento primordial para a vigilância em saúde do trabalhador", destaca Cristiane de Castro. Ela também explica que o trabalhador que é atendido no serviço de saúde recebe uma via do RAAT para fins de comprovação de atendimento devido ao agravo, que também pode ser necessária para fins previdenciários e trabalhistas, o que reforça a importância da notificação pelo Relatório.
Os RAATs preenchidos são encaminhados para o Departamento de Vigilância Epidemiológica, que realiza a investigação mais detalhada do acidente ocorrido. A partir da investigação, os dados são inseridos em diferentes sistemas de informação. Todos os casos notificados pelo RAAT são cadastrados para mapeamento e planejamento de ações de Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) de São Carlos. A notificação pelo Relatório de Atendimento ao Acidentado do Trabalho deve ser feita para todos os atendimentos de agravos que sejam decorrentes do trabalho, independente do vínculo empregatício e inserção no mercado de trabalho, abrangendo profissionais celetistas, eventuais, autônomos, domésticos, avulsos, servidores públicos, estagiários e outros.

Vídeos
O projeto de extensão da UFSCar "Fortalecimento da Vigilância em Saúde do Trabalhador no município de São Carlos" tem como objetivo apoiar o Departamento da Vigilância em Saúde da cidade na sensibilização dos trabalhadores da saúde sobre a importância das notificações de agravos decorrentes do trabalho e na orientação do correto preenchimento do RAAT. Para isso, os vídeos instrucionais estão sendo elaborados e publicados nas redes sociais. A iniciativa teve início em julho deste ano e será finalizada em dezembro e, até o momento, três vídeos da série já estão disponíveis e podem ser acessados, gratuitamente, no YouTube, pelo canal do Laboratório de Fisioterapia Preventiva e Ergonomia (Lafipe) da UFSCar (https://bit.ly/3ElVVxS). O vídeo 1 (https://youtu.be/2CXwEtsX040) aborda o projeto da UFSCar; o vídeo 2 (https://youtu.be/Q1xhjIKKCuA) explica o fluxo do RAAT; e o vídeo 3 (https://youtu.be/CzK5wuGpbh8) fala sobre o RAAT e seu preenchimento.
Além da professora Cristiane Moriguchi de Castro, a equipe do projeto conta com Tatiana Sato, docente do DFisio, representantes do Departamento de Vigilância em Saúde de São Carlos, do CEREST-Araraquara, além de alunos de graduação e pós-graduação da UFSCar. O contato com o grupo pode ser feito pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Inscrições estão abertas até 31 de dezembro

 

SOROCABA/SP - O Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais (PPGCM-So), do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está com inscrições abertas na seleção para os cursos de mestrado e doutorado, com ingresso no primeiro semestre de 2022. São 15 vagas para o mestrado e 10 vagas para o curso de doutorado.
O PPGCM-So possui duas áreas de concentração com três linhas de pesquisa vinculadas a cada uma. A área de concentração em Materiais Funcionais e Polímeros de Fontes Renováveis tem as linhas Blendas e Compósitos; Materiais Lignocelulósicos; e Síntese e Caracterização de Materiais Poliméricos e Polímeros Biodegradáveis. Já a área de concentração em Nanociência e Nanotecnologia de Materiais compreende as linhas de pesquisa Caracterização de Filmes Finos e Interfaces; Materiais Nanoestruturados e Nanocompósitos; e Materiais Metálicos.
As inscrições no processo seletivo devem ser realizadas exclusivamente neste formulário eletrônico (https://forms.gle/DhgNFWdCBLqTLX7f9), até as 23h59 do dia 31 de dezembro, seguindo as instruções do edital (em www.ppgcm.ufscar.br), que indica os documentos a serem anexados junto ao formulário.
A seleção será composta por avaliação da habilidade de comunicação escrita; pontuação do currículo, mediante validação da documentação comprobatória; e avaliação da habilidade de argumentação oral. Há reserva de vagas pelo critério étnico-racial para pessoas negras (pretas e pardas) autodeclaradas e indígenas. As etapas e critérios também estão descritos no edital.
As informações completas estão no site do Programa, em www.ppgcm.ufscar.br.

 

App será utilizado para monitoramento da Covid-19 e retomada segura das atividades presenciais

 

SÃO CARLOS/SP - Foi lançado o aplicativo Guardiões da Saúde (GdS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O aplicativo é uma ferramenta importante para a estratégia de vigilância participativa em saúde da Universidade e permite o monitoramento de possíveis casos de Covid-19 na comunidade universitária e o avanço seguro das fases do Plano de Retomada das Atividades Presenciais da Instituição.
O Guardiões da Saúde foi proposto no âmbito do "Vencendo a Covid-19", plano da UFSCar de enfrentamento à pandemia, e configura-se como uma estratégia de cuidado que conta com a contribuição voluntária da comunidade universitária para o monitoramento da Covid-19 nos quatro campi da UFSCar, a partir do informe diário, pelo aplicativo, do estado de saúde da pessoa. Por meio do GdS, as pessoas reportam seu estado de saúde, com total sigilo dos dados, permitindo o acompanhamento pela equipe de profissionais de saúde da Vigilância Epidemiológica da Universidade e o controle interno da pandemia.
"O lançamento do Guardiões da Saúde é um passo essencial para o enfrentamento da pandemia. Juntamente com as ações do Grupo de Trabalho Retorno, que está atuando para preparar os espaços físicos da Universidade, com base nos protocolos sanitários, para receber a nossa comunidade, o Guardiões da Saúde vai permitir à comunidade o retorno seguro e efetivo", aponta Maria de Jesus Dutra dos Reis, Vice-Reitora da UFSCar e Presidente do Comitê Gestor da Pandemia (CGP). 

Guardiões da Saúde
Idealizado pela Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (ProEpi) e desenvolvido pelo Ministério da Saúde em 2007, o aplicativo já foi utilizado para monitorar grandes eventos no território brasileiro, como, por exemplo, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro, em 2016. Em 2020, ele foi reformulado para auxiliar na elaboração de soluções frente à Covid-19 e, desde então, tem sido utilizado com sucesso por diferentes instituições, como a Universidade de Brasília (UnB).
O Guardiões da Saúde funciona como um calendário, em que diariamente as pessoas reportam o seu estado de saúde, atuando de forma participativa em prol da vigilância. O usuário responde à pergunta "Como você está se sentindo?". Quando responde "bem" e sua localização está ativa, gera um status "verde" para sua área em um mapa da saúde. Caso o usuário responda que se sente "mal", o GdS oferecerá alternativas de sinais e sintomas que se relacionam à síndrome gripal, incluindo sinais de gravidade. A partir da informação dos sintomas, o aplicativo gera um status "vermelho" na localização do usuário no mapa e oferece orientações básicas sobre a busca de serviços de saúde em sua localidade. Além disso, a ferramenta envia uma notificação automática sobre a ocorrência de "pessoa com sintomas" para o e-mail institucional da equipe do Grupo Técnico de Vigilância Epidemiológica da UFSCar, gerando então um "caso suspeito". A privacidade dos dados dos usuários é totalmente garantida.
Além de ser uma forma de proteção individual e coletiva fundamental para bloquear a transmissão interna da Covid-19 e avançar na retomada das atividades presenciais na UFSCar, o uso do Gds pela comunidade universitária permitirá que a equipe de vigilância em saúde da Universidade tenha uma comunicação mais direta com as pessoas, podendo auxiliar nas orientações e cuidados com a saúde. Além disso, a equipe de vigilância poderá atuar de forma mais ágil e precisa no controle interno da pandemia, evitando as subnotificações e auxiliando na otimização e eficácia da testagem.
"Se mais pessoas utilizarem o aplicativo, conseguiremos fortalecer os indicadores epidemiológicos da nossa comunidade universitária e isso é fundamental para a tomada de decisões internas frente ao retorno das atividades presenciais. Seja na pesquisa, na extensão ou no ensino, nossas definições quanto à retomada precisam desses indicadores e, portanto, é importante que toda a comunidade utilize o aplicativo e participe da Vigilância Ativa em Saúde da UFSCar", destaca Gustavo Nunes de Oliveira, professor do Departamento de Medicina da Universidade e integrante do Núcleo Executivo de Vigilância em Saúde (Nevs) da Instituição.
Para baixar o aplicativo, basta acessar a loja de aplicativos no celular, buscar por Guardiões da Saúde e fazer o download gratuito. O lançamento do GdS ocorreu na edição #33 do programa "Na Pauta", que pode ser conferida na íntegra nos canais da UFSCar Oficial no YouTube e Facebook. Na página do "Vencendo a Covid-19" (www.vencendoacovid19.ufscar.br), na aba Vigilância> seção Estratégia Guardiões da Saúde, é possível encontrar todas as informações sobre o aplicativo, bem como os tutoriais para a sua utilização.
No total, são 3,2 mil vagas e as inscrições devem ser feitas até 8 de novembro

 

SÃO CARLOS/SP - Até o dia 8 de novembro estão abertas as inscrições no processo de seleção do Exame Nacional de Residência (Enare), realizado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação (MEC). A seleção oferecerá mais de 3,2 mil vagas de residências das áreas médica, multi e uniprofissional em 81 instituições distribuídas em todo o Brasil. No Hospital Universitário da UFSCar (HU-UFSCar/Ebserh/MEC), são quatro vagas em duas especialidades de Residência Médica. As provas acontecerão no dia 12 de dezembro.
O objetivo do Enare, criado em 2020, é otimizar a forma de selecionar os residentes oferecendo benefícios para as instituições e para os candidatos em todo o País. Neste ano, além da realização das provas em todas as capitais, outras 23 cidades, incluindo São Carlos, também sediarão essa etapa da seleção. 

Enare
O sistema de classificação do Enare é muito próximo ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem/SiSU). O candidato sai com a nota alcançada na especialidade escolhida após as provas e a utiliza para indicar onde pretende atuar. O sistema fica aberto por um tempo determinado para que cada candidato registre o local de sua preferência. As melhores notas se sobrepõem às menores, determinando, ao fechar, quem ocupará as vagas. Em seguida, o sistema é aberto novamente para preencher as vagas ociosas e para a formação de cadastro reserva.
As informações completas, os editais e as orientações para inscrição estão disponíveis no site https://enare.ebserh.gov.br

Residência Médica no HU-UFSCar
A Residência em Clínica Médica do HU-UFSCar foi planejada para o treinamento em serviço nos três níveis de atenção à saúde, utilizando metodologias ativas de ensino-aprendizagem e norteadas por competências. Ao longo dos dois anos, o médico será inserido no serviço como parte da equipe, responsável direto pelos pacientes sob seu atendimento, sempre acompanhado de preceptoria capacitada. Parte da carga horária semanal é destinada a atividades teóricas, dentre as quais estão previstas sessões clínicas, discussão de artigos científicos, cursos teórico-práticos, simulações e o desenvolvimento de trabalho científico sob orientação de um dos docentes do Programa. O restante do tempo é dedicado a atividades práticas. Os cenários para o desenvolvimento dos residentes são o Hospital Universitário (HU-UFSCar), a Santa Casa de São Carlos e Unidades de Saúde da Família (USFs) de São Carlos. Durante o período, o residente terá autonomia progressiva de acordo com os conhecimentos e habilidades desenvolvidos, sempre com supervisão e avaliação formativa e somativa.
O Programa em Medicina da Família e Comunidade busca formar o profissional médico em consonância com a realidade da população brasileira, levando em conta as suas necessidades de saúde e as doenças de maior prevalência nas diferentes etapas da vida. Nesse sentido, essa especialidade contempla estratégias para ampliar a qualidade e eficiência dos serviços de saúde para o enfrentamento dessas necessidades e problemas de saúde da população de São Carlos e região, além de capacitar todos os profissionais dos serviços de saúde que de alguma maneira contribuem para a formação pós-graduada dos profissionais. Os espaços principais para o desenvolvimento da residência são as USFs, além de atividades previstas no Centro de Atenção Psicossocial.
Interessados devem se inscrever até 5 de novembro

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas até 5 de novembro para o Processo Seletivo do Doutorado - Ciclo IV. 
O PPGEP possui cinco linhas de pesquisa: Dinâmica Tecnológica e Organizacional (DTO), Gestão de Cadeias Agroindustriais (GCA), Gestão da Qualidade (GQ), Gestão da Tecnologia e da Inovação (GTI) e Planejamento e Controle de Sistemas Produtivos (PcsP). Para este edital, são oferecidas 24 vagas, distribuídas nas seguintes linhas: DTO (três vagas), GCA (cinco vagas), GTI (três vagas), GQ (quatro vagas) e PCsP (nove vagas). 
O processo seletivo consiste de duas etapas: Análise Curricular (Etapa 1) e Defesa Oral do Projeto (Etapa 2). Todas as etapas são eliminatórias, 
O PPGEP da UFSCar é um dos pioneiros e mais reconhecidos programas acadêmicos de Mestrado e Doutorado na área de Engenharia de Produção no Brasil. Desfrutando de padrão de excelência nacional e internacional, atualmente ele é avaliado como "nível 5" pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC). 
O edital completo do processo seletivo para o doutorado pode ser conferido no site do PPGEP (www.ppgep.ufscar.br).
Estudo da UFSCar que analisou a Feira da Madrugada, em São Paulo, foi premiado pela Associação Brasileira de Estudos do Trabalho

 

SÃO CARLOS/SP - Apesar de um processo de "empresarização" que converte camelôs em microempresários, o comércio popular no centro da cidade de São Paulo - mais especificamente, no bairro do Brás, famoso pela sua "Feira da Madrugada" - segue marcado pela instabilidade. A transformação promove, além disso, a exclusão dos trabalhadores que iniciaram a atividade em busca de sobrevivência, ao tornar o negócio atrativo para investidores com maior capacidade financeira e administrativa.
Estas são algumas das conclusões da tese de doutorado "A empresarização do comércio popular em São Paulo - Trabalho, empreendedorismo e formalização excludente" (acessível via https://bit.ly/tese_rangel), desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pelo pesquisador Felipe Rangel, sob orientação de Jacob Carlos Lima. O trabalho acaba de ser reconhecido pela Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET) com o prêmio "Mundos do trabalho em perspectiva multidisciplinar" (mais informações em http://abet-trabalho.org.br/resultado-premio-mundos-do-trabalho/) e deve ser publicado em livro nos próximos meses.
O primeiro contato de Rangel com a região aconteceu em 2014, ainda no mestrado. Estudando o comércio transnacional de mercadorias, o pesquisador chegou ao bairro, onde encontrou um perfil no comércio popular muito diferente do esperado. "Na literatura, o que temos sobre o trabalhador do comércio informal, de rua, descreve pessoas sem oportunidade no mercado formal, desempregadas e, portanto, que estão ali por conta da urgência, da necessidade absoluta", situa Rangel. "Quando eu cheguei na Feira da Madrugada, me deparei com outro perfil de comerciante, com expectativas em relação a esse trabalho, inclusive de ganhar melhor ali que no emprego formal. No doutorado, busquei então entender esse processo, o que é também uma maneira de abordar o debate sobre a ressignificação em empreendedorismo da informalidade que sempre marcou o mercado de trabalho no Brasil", completa.
Algumas características do comércio no Brás remontam a uma história de mais de 100 anos. No entanto, foi nas últimas três décadas que a região se constituiu como importante centro de comércio popular, com grande expansão a partir dos anos 2000, pelo deslocamento para as ruas do bairro do comércio ambulante da madrugada antes instalado na Rua 25 de março. A partir de 2005, acontece o confinamento da Feira da Madrugada ao Pátio do Pari, antiga área de manobras da ferrovia então usada como estacionamento de ônibus sob administração privada. Hoje, o comércio do bairro - na Feira e, também, em galerias e shoppings populares - recebe uma média diária de 400 mil clientes, com faturamento anual estimado em R$ 20 bilhões. Existe, também, toda uma infraestrutura apoiando esse comércio, com hotéis e pensões, estacionamentos para carros e ônibus e muitos restaurantes, lanchonetes e carrinhos de comida nas ruas.
De abril a dezembro de 2016, Rangel passou cerca de duas semanas por mês na Feira da Madrugada e andando pelas ruas e galerias do Brás. Além da observação cotidiana e da consulta a notícias e outros documentos, o pesquisador realizou 26 entrevistas formais, com trabalhadores de seis estados brasileiros e, também, de outros países (Vietnã, Paraguai e Paquistão). A partir dessas conversas, e da trajetória dessas pessoas, a tese de Rangel descreve e analisa as transformações no mercado popular de São Paulo
Essas mudanças são agrupadas sob a ideia de "empresarização", processo marcado pela ação combinada de três dimensões fundamentais: mudanças no espaço físico, na regulação e, por fim, a adaptação subjetiva do que era degradação e precariedade em empreendedorismo.
A mudança no espaço físico busca tirar o comércio ambulante das ruas, acarretando, dentre outras consequências, explosão no valor comercial do metro quadrado no Brás. Já a regulação se dá pelo modelo de formalização centrado na figura do microempreendedor individual (MEI). "Não é mais o projeto de integração de todos em um solo coletivo de direitos, de proteção social. É a formalização empresarial, em que o trabalhador se converte em empresa", descreve Rangel. Desse modelo de formalização, decorre a adaptação subjetiva que leva o trabalhador a se perceber como empreendedor, positivando uma atividade antes estigmatizada e que segue marcada pela instabilidade e pela exclusão.
Rangel registra, na tese, como essa naturalização da instabilidade e a ressignificação positiva do comércio popular como um todo configuram uma inversão histórica. Se, antes, a insegurança e a precariedade do trabalho no comércio popular eram entendidas como alternativa - improvisada - ao desemprego, hoje essa atividade, positivada, aparece em contraste às condições - precárias - experimentadas nas situações de emprego. "Eu pude perceber, nesse tipo de trabalho, a aposta em uma promessa que as pessoas não identificavam mais como possibilidade no mercado de trabalho formal, de mobilidade social e econômica", relata o pesquisador, contando como essa promessa atrai quem nunca esteve no comércio popular antes e, inclusive, trabalhadores que abandonam empregos formais para se dedicar à atividade.
"Trata-se, no entanto, de uma formalização excludente, pois formalizar uma atividade não significa formalizar quem está na atividade. Você pode criar um modelo de formalização, e foi isso que aconteceu, que se torna impraticável para quem estava ali antes. É muito caro trabalhar de modo formal no Brás hoje, não é só chegar lá e montar um box. É preciso um nível de investimento impagável para as pessoas que iniciaram esse mercado. Hoje, essas pessoas não conseguem mais trabalhar sob esse modelo de empresarização que formaliza de modo excludente", alerta Rangel. "A originalidade da tese se encontra na abordagem de uma velha questão, a informalidade, agora na perspectiva do discurso empreendedor nas políticas de formalização que não abrangem todos os trabalhadores, mas apenas aqueles mais consolidados economicamente", avalia o orientador da pesquisa.
A tese de Rangel, defendida em 2019, seguiu sendo desenvolvida em estágio de pós-doutorado e acaba de ser contemplada pela organização escocesa Urban Studies Foundation para período de aprofundamento, por sete meses, na Universidade de Chicago. "A escrita de uma tese, a realização da pesquisa que a subsidia, significa sempre muito trabalho, muitos anos de dedicação. O nosso objetivo é sempre conseguir contribuir um pouco com o nosso trabalho. No meu caso, com a compreensão da situação do comércio popular e, subindo na escala, com a compreensão dos mercados informais e das desigualdades relacionadas e, mais ainda, do contexto do trabalho no Brasil contemporâneo. Quando vem um reconhecimento como este, fico muito feliz, realizado e honrado, pois significa que consegui ao menos uma parte dessa contribuição", compartilha o pesquisador.
Casos devem ser encaminhados pela rede pública de saúde para monitoramento e cuidado multiprofissional

 

SÃO CARLOS/SP - O Hospital Universitário da UFSCar (HU-UFSCar/Ebser/MEC) iniciou, em setembro, o ambulatório na Linha de Cuidados ao Acidente Vascular Cerebral (AVC). O atendimento é voltado a pacientes que tiveram qualquer doença cerebrovascular nos últimos seis meses. 
De acordo com Milena Carvalho Libardi, neurologista do HU e responsável pelo ambulatório, o AVC atualmente é a segunda causa principal de mortalidade no mundo e no Brasil, perdendo apenas para as doenças cardíacas, mesmo durante a pandemia de Covid-19. "É a primeira causa de morbidade e sequelas de origem não traumática em pacientes de todas as faixas etárias. O AVC causa um enorme impacto socioeconômico-psicológico nas famílias e na sociedade", complementa Libardi.   

Acidente Vascular Cerebral
O AVC pode ser do tipo isquêmico, causado por falta de fluxo sanguíneo porque um trombo (coágulo) está impedindo a passagem de sangue para as demais áreas do cérebro, ou pode ser hemorrágico, quando há ruptura de um vaso arterial ou venoso ou de um aneurisma cerebral. "No cérebro existem também veias e a trombose venosa na cabeça também faz parte das doenças cerebrovasculares, assim como o Ataque Isquêmico Transitório (AIT), que as pessoas chamam de 'princípio de derrame' ou 'princípio de AVC'. O AIT se caracteriza quando o paciente abre um quadro de origem súbita e neurológica, mas que se reverte totalmente em 24 horas", explica a neurologista do HU.   
O AVC pode causar sequelas motoras, sensoriais, comportamentais, visuais, de linguagem e cognitivas de maneira irreversível. Manter o controle de doenças silenciosas como pressão alta, colesterol alto, diabetes, além de controlar a ingestão de bebida alcoólica, praticar atividade física, ingerir alimentos saudáveis e cessar o tabagismo são hábitos que podem ser mantidos para evitar o problema.   

Ambulatório do HU
O ambulatório de Linha de Cuidados ao AVC começou a ser ofertado no HU no último dia 30 de setembro e tem como objetivo oferecer um cuidado multiprofissional a quem que já sofreu AVC. O ambulatório conta com o apoio da Unidade Saúde Escola (USE) da UFSCar e de outras áreas da Universidade e recebe pacientes encaminhados pela rede pública de saúde. "Esses pacientes sofreram AVC e ficaram com sequelas ou precisam de investigação sobre a origem da doença cerebrovascular. A doença pode recorrer se não for tratada adequadamente, e trazer mais sequelas ou risco de sequelas maiores ao paciente", destaca Libardi. 
A neurologista aponta que, no futuro, a ideia é criar uma Linha de Cuidados ao AVC de maneira integrada no município em que o paciente seja atendido desde a fase aguda da doença até a fase de reabilitação e inserção na sociedade. "O ambulatório foi criado com o objetivo de estudar o impacto do AVC em São Carlos e região e as melhorias que podem ser empregadas em um atendimento mais interativo com a rede de saúde da cidade, proporcionando uma melhora da qualidade de vida dos pacientes e orientação melhor aos cuidadores", conclui Milena Libardi.   

Dia Mundial do AVC
A data de 29 de outubro é Dia Mundial do AVC e, para conscientizar a sociedade sobre a doença, o HU-UFSCar promoverá na quinta-feira (28/10) a live "Acidente Vascular Cerebral: da fase aguda a reabilitação". A atividade tem início às 15 horas, com transmissão pelo canal do HU no YouTube (www.youtube.com/HUUFSCar), e é aberta ao público.  
Serão quatro palestras moderadas por Thiago Russo, docente do Departamento de Fisioterapia da UFSCar e gerente de Ensino e Pesquisa do HU. A primeira intervenção - "Reabilitação Neurológica intra-hospitalar do AVC: a experiência do programa do Hospital Estadual Américo Brasiliense" - será conduzida por Kamila Santos Ferreira, neurologista do Hospital Estadual Américo Brasiliense e da Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (HC-FMRP-USP).  
A segunda palestra discute "A telemedicina no atendimento de fase aguda do AVC - como esse suporte revolucionou o tratamento do AVC nos hospitais" e será ministrada por Rui Kleber do Vale Martins Filho, neurologista assistente do HC-FMRP-USP. O tema "Fisioterapia nos pacientes com AVC: da internação à reabilitação ambulatorial" será apresentado por Jussara Almeida de Oliveira Baggio, fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Neurofuncional Adulto e docente do curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), campus Arapiraca.    
A última palestra da live abordará a "Implementação da Linha de Cuidados do AVC de maneira integrada e multidisciplinar" e será conduzida por Milena Carvalho Libardi, do HU.  
Futuramente serão ofertadas capacitações para toda a equipe do HU para o atendimento e o envolvimento de toda a rede de saúde e sistema pré-hospitalar, como o SAMU, que é o principal aliado no tratamento da doença na fase aguda. "Minutos salvam vidas no AVC, quanto mais cedo o paciente chega ao hospital, maior a chance de reversão de sequelas. O treinamento da equipe pré-hospitalar em conjunto com o HU, além do envolvimento de toda a rede pública de saúde, é de fundamental importância para minimizar o impacto da doença em nossa cidade", garante Libardi.
Evento acontece entre 7 e 25 de fevereiro de 2022

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para a XLII Escola de Verão em Química (EVQ), evento organizado pelo Departamento de Química (DQ) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e que será realizado entre os dias 7 e 22 de fevereiro de 2022.
A partir do tema central "Química no pós-pandemia", serão abordados assuntos como a busca de soluções para o ensino (virtual), a pesquisa (desenvolvimento de fármacos, vacinas) e a extensão (conscientização da população, "banalização" de conceitos). Tanto os minicursos como as mesas-redondas serão gravados e disponibilizados para os alunos. Nas mesas-redondas, serão discutidos os tópicos: Divulgação científica na Academia, Divulgação científica para a Sociedade e Divulgação científica, o papel das revistas.
Inscrições, programação e demais informações podem ser conferidas no site do evento (www.dq.ufscar.br/evq) e nas redes sociais:  Facebook (www.facebook.com/EVQUFSCar), Instagram (www.instagram.com/evq2022) e YouTube (https://bit.ly/3aSEjwQ).

EVQ
A Escola de Verão em Química (EVQ) do DQ da UFSCar teve início em 1981 por iniciativa de uma série de professores da área e, desde seu início, procurou dar ênfase ao caráter interdisciplinar de acordo com as exigências de formação necessárias à realidade cientifica da época. A escolha dos temas abordados sempre foi motivada pelas interações entre as diversas áreas do conhecimento. Participam ativamente da escola alunos de graduação e de pós-graduação, bem como pesquisadores e professores da UFSCar e de outras importantes instituições brasileiras e estrangeiras.
Atividades online acontecem entre os dias 25 e 29 de outubro

 

SOROCABA/SP - O Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realiza, entre os dias 25 e 29 de outubro, a VIII Semana da Física, que abordará a importância da formação de cientistas e do conhecimento científico, sobretudo na área de Física, em um contexto de ataques à ciência e às universidades.
Na programação, haverá palestras e debates sobre divulgação científica, carreira acadêmica, o papel da mulher na ciência e a produção científica hoje. O evento é gratuito e voltado a estudantes de graduação de qualquer área, assim como a alunos do Ensino Médio e professores.
Todas as atividades acontecerão de forma remota, com transmissão ao vivo pelo canal no YouTube (https://www.youtube.com/channel/UC97YIAQgFIrTAmR1-Fv7Rrw) e pela página no Facebook (https://www.facebook.com/camaxplanck), do Centro Acadêmico da Física (CaFis).
Entre os palestrantes estão os professores Antonio Junior e Monica Cotta, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além de Monica Nunes, do canal "A Física", e de Larissa Santos, do canal "Bariogênese".
Haverá também um bate-papo com os fundadores do Clube Centauri e uma conversa com estudantes e docentes do curso de Licenciatura em Física do Campus Sorocaba da UFSCar sobre suas trajetórias acadêmicas.
A Semana terá um dia de apresentações de iniciações científicas e trabalhos de conclusão de curso (TCCs); as submissões podem ser feitas em campsite.bio/cafis_ufscar. Já a inscrição no evento deve ser realizada neste formulário (https://forms.gle/tehydYv4FRv2Dbsq5).
Mais informações estão disponíveis no Facebook do CaFis (www.facebook.com/camaxplanck) e no Instagram (www.instagram.com/cafis_ufscar).

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