BRASÍLIA/DF - Os dois primeiros dias de julgamento da trama golpista coincidiram com a eclosão em Brasília de nova pressão pela anistia a Jair Bolsonaro, movimento com reflexo nos três Poderes e vinculado às eleições de 2026.
Enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirma à Folha de S.Paulo que defende um texto que apenas reduza penas de condenados pelo 8 de Janeiro, sem inclusão do andar de cima, líderes do centrão e da oposição dizem não ver apoio a essa ideia nem no Senado -e calculam ter votos suficientes para aprovar um amplo perdão a todos os envolvidos.
Perdão que, porém, manteria a inelegibilidade de Bolsonaro por condenações na Justiça eleitoral, sacramentando a candidatura presidencial do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que desembarcou nesta semana em Brasília para atuar na linha de frente da articulação pró-anistia.
Em ala do STF (Supremo Tribunal Federal) e no governo Lula, a avaliação nesta quarta-feira (3) também era a de que o caldo da anistia engrossou, e que Tarcísio busca chancelar de vez a candidatura presidencial amarrando o centrão a ele e dando uma resposta a bolsonaristas críticos ao seu nome.
A aprovação pelo Congresso do perdão, seja ele qual for, ainda dependeria de dois fatores: a sanção de Lula, mas com palavra final do próprio Congresso, que por maioria de seus integrantes pode derrubar vetos presidenciais, e uma validação pelo próprio STF, que certamente seria provocado a se manifestar sobre a constitucionalidade da medida.
De acordo com líderes do centrão, há cerca de 300 votos na Câmara em prol de uma anistia ampla, que evite a prisão de Bolsonaro. O julgamento do ex-presidente e de mais sete réus termina na semana que vem, com expectativa de condenação. As penas máximas somadas podem resultar em mais de 40 anos de prisão.
A pressão mais intensa parte de PP, União Brasil e Republicanos.
Na noite desta terça, Alcolumbre afirmou rejeitar uma anistia ampla e disse que vai apresentar e discutir um projeto de lei alternativo.
Esse texto, há meses sob responsabilidade do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), teria a simpatia de ministros do Supremo por não aliviar a situação de quem planejou ou financiou atos golpistas, mas não saiu do papel justamente pela resistência do bolsonarismo, que insiste em incluir o perdão ao ex-presidente.
Apesar de dizer não ver apoio majoritário ao texto de Alcolumbre, alguns integrantes de partidos de centro-direita e de direita dizem haver a possibilidade de acordo em torno de um meio-termo, até para evitar o risco de que o presidente do Senado deixe de colocar em votação eventual projeto chancelado pelos deputados.
Esse meio-termo também poderia resultar em um acordo político que envolvesse compromisso tácito de pelo menos parte de ministros do Supremo de que a corte não derrubaria a proposta.
Há ainda quem diga no Congresso que a movimentação Tarcísio-centrão não passa de jogo de cena que não deve prosperar, servindo apenas para evitar que a base bolsonarista inviabilize a candidatura do governador de São Paulo alegando falta de empenho em auxiliar o ex-presidente.
Procurados novamente nesta semana, alguns ministros do STF reafirmaram considerar a proposta da cúpula do Senado mais palatável, mas também disseram ver uma maior disposição do mundo político pela anistia ampla após a movimentação de Tarcísio e do centrão.
Nos bastidores, disseram ainda ter considerado um erro as declarações do presidente da corte, Luís Roberto Barroso, de que anistia antes do julgamento é uma impossibilidade, mas que, depois disso, se torna uma questão política.
Além de Barroso e dos cinco ministros da Primeira Turma, que está julgando Bolsonaro, o STF é composto por mais cinco magistrados, entre eles os dois indicados por Bolsonaro: André Mendonça e Kassio Nunes Marques.
Na Câmara, a pressão sobre o presidente da Casa Hugo Motta (Republicanos-PB), cresceu e ele admitiu publicamente que pode pautar a votação.
Ficou acertado que o projeto de anistia não será votado nesta semana, mas que pode ir para a pauta após o julgamento, que termina no dia 12.
O requerimento de urgência, para acelerar a proposta, pode ser analisado já na próxima semana.
Entre petistas e governistas, uma saída será tentar mobilizar a opinião pública, inclusive chamando a anistia de impunidade, e arregimentar o governo para dar apoio a Motta na resistência ao projeto.
Nesse sentido, a fala de Alcolumbre foi comemorada. Ao mesmo tempo, a avaliação desse grupo é a de que os empecilhos já anunciados no Senado e no STF não devem demover bolsonaristas, já que o perdão se tornou um mote de mobilização.
Na reunião de líderes, nesta terça-feira (2), PL, PP, Republicanos, Novo e União Brasil defenderam a anistia, enquanto o PSD afirmou que sua bancada estava dividida. Segundo deputados, há maioria pela urgência, mas há dúvidas sobre o mérito.
O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), atribuiu o avanço da anistia, o que disse considerar um erro, à articulação de Tarcísio, que, segundo ele, "matou no peito" para consolidar sua candidatura presidencial junto ao centrão e ao bolsonarismo.
O petista disse ainda que "a coisa ficou séria" e que houve uma "mudança de tom e de intensidade", indicando que a anistia deverá ser analisada em plenário. "Cresceu um movimento com a presença do governador de São Paulo. [...] Me parece um desejo de pautar mesmo", disse.
Nesta quarta, o presidente Lula (PT) afirmou a integrantes da cúpula do União Brasil que se opõe ao avanço do projeto de anistia. Em almoço no Palácio da Alvorada com ministros do partido e Alcolumbre, o presidente pediu empenho contra o projeto afirmando, entre outras coisas, que ele significaria uma rendição ao presidente dos EUA, Donald Trump.
por Folhapress
SÃO CARLOS/SP - A primeira audiência pública externa da revisão do Plano Diretor de São Carlos reuniu autoridades, técnicos e mais de 200 moradores na noite de quarta-feira (3/9), no auditório da Fundação Educacional São Carlos (FESC). O encontro marcou o início de uma nova etapa de escuta e construção coletiva para definir os rumos da cidade nos próximos dez anos. O encontro de abertura manteve o foco na mobilidade urbana.
O coordenador de Planejamento da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Epaminondas Duarte Júnior, abriu os trabalhos destacando que o Plano de Mobilidade Urbana (PMU) é uma ferramenta estratégica que deve ser construída com participação popular. “Mobilidade não é só transporte. É também pedestre. Precisamos dar condições adequadas para quem anda a pé. E isso tem que estar no plano”, afirmou. Ele defendeu que todos os municípios, independentemente do porte, devem elaborar e revisar seus planos, com foco em acessibilidade, segurança e integração entre modais. “O plano não é um relatório. É um plano de ação. E ação exige recursos, revisão constante e envolvimento da Prefeitura, da Câmara e da população”.
O Plano de Mobilidade Urbana apresentado revelou um diagnóstico detalhado e propostas para reorganizar o sistema viário, melhorar o transporte coletivo e incentivar modais ativos como bicicleta e caminhada. O plano tem como norte a construção de uma cidade mais conectada, acessível e sustentável, com uso de dados georreferenciados. Entre os destaques estão a criação de um anel viário, duplicações de vias estratégicas, corredores exclusivos para ônibus, ciclovias bidirecionais, requalificação de calçadas e ampliação da iluminação pública. No entanto, ainda falta uma matriz de indicadores para monitorar a execução e avaliar os impactos.
A audiência também contou com a participação dos vereadores Malabim, Gustavo Pozzi, Thiago de Jesus, Júlio Cesar, Larissa Camargo, Paulo Vieira, Fábio Zanchim, Moisés Lazarine, Dé Alvim, Djalma Nery e do presidente do Legislativo, Lucão Fernandes.
Participação popular - O assessor especial do prefeito, João Muller, celebrou a participação popular. “Nosso objetivo é trazer o cidadão para debater o plano que vai definir o desenvolvimento urbano da cidade”, disse. Muller explicou que esta é a primeira de seis audiências previstas até dezembro. Ele defendeu que o Plano Diretor inclua dispositivos legais para revisões pontuais, diante das rápidas mudanças tecnológicas. “Hoje, o transporte por aplicativo representa quase 20% da locomoção em São Carlos. Precisamos prever gatilhos legais para adaptar o plano conforme novas demandas surgem”.
O vice-prefeito Roselei Françoso relembrou sua atuação na revisão anterior do Plano Diretor, em 2016, e destacou a importância da legislação para o desenvolvimento urbano. “Essa é a principal legislação do município. Ela define o uso do solo, as macrorregiões, as áreas de preservação. E precisa ser construída com ampla participação da sociedade”, afirmou. Roselei também apontou a necessidade de discutir novos modais de transporte e o crescimento da cidade, especialmente na região norte, que pode receber distritos industriais e loteamentos com características específicas. “Hoje novos modelos de transporte como motocicletas elétricas, patinetes, bicicletas compartilhadas. Precisamos discutir origem e destino, investimentos e infraestrutura para atender aos interesses da sociedade”.
O prefeito Netto Donato reforçou o caráter estruturante da revisão do Plano Diretor. “O Plano Diretor direciona como a cidade será daqui 10, 15, 20 anos. E isso não é responsabilidade apenas do Poder Público, mas de toda a comunidade”, afirmou. Netto convidou a população para participar das próximas audiências públicas, que acontecerão até o fim do ano. A próxima está marcada para o dia 24 de setembro, na Escola Estadual Aduar Dibo, no Jardim dos Coqueiros, com foco em urbanismo. “Ninguém sabe mais dos problemas do seu bairro do que a população. Por isso, precisamos do olhar, do respeito e da contribuição dos moradores. Com base em dados técnicos, escuta popular e visão estratégica, São Carlos dá início a uma revisão profunda e necessária de seu Plano Diretor. O desafio agora é transformar propostas em ações concretas, com transparência, integração e compromisso com o futuro da cidade”, concluiu.
Os membros do Grupo de Trabalho nomeados pelo prefeito Netto Donato, Agnaldo Spaziani e André Fiorentino, coordenaram os trabalhos da primeira audiência da revisão do Plano Diretor Estratégico.
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal do Clima e Meio Ambiente deu início ao processo de renovação do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema) para o biênio 2025-2027. O edital, publicado no Diário Oficial em 2 de setembro, estabelece os prazos e critérios para a recomposição do colegiado, que desempenha papel estratégico na formulação de políticas públicas voltadas à preservação ambiental e à melhoria da qualidade de vida no município.
A nova formação do Condema contará com representantes de instituições como Embrapa, USP, UFSCar, OAB, AEASC, além de entidades ambientalistas e associações de moradores de bairro com afinidade com o meio ambiente. As indicações institucionais devem ser formalizadas até o dia 4 de novembro, por meio de ofício enviado ao e-mail oficial do conselho ou protocolado presencialmente na sede da Secretaria Municipal do Clima e Meio Ambiente.
As entidades interessadas devem enviar a documentação exigida por e-mail (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) ou presencialmente na Secretaria Municipal do Clima e Meio Ambiente, localizada na Av. Comendador Alfredo Maffei, nº 3055 – Jardim Brasil, em dias úteis, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30.
Já o cadastramento e recadastramento das entidades da sociedade civil devem ser realizados até 15 de outubro, às 16h, com envio eletrônico ou presencial dos documentos exigidos, como estatuto social, ata de eleição da diretoria, comprovante de CNPJ e ofício de manifestação de interesse. A entidade só será considerada credenciada após análise da documentação e comprovação da regularidade de sua representação.
As assembleias gerais para escolha dos representantes da sociedade civil estão marcadas para o dia 6 de novembro, no Paço Municipal. Às 18h será realizada a assembleia das entidades ambientalistas e, às 19h15, a das associações de moradores de bairro. Após a indicação de todos os conselheiros, a relação dos novos membros será encaminhada ao Gabinete do Prefeito para análise, aprovação e posterior publicação no Diário Oficial.
O secretário municipal do Clima e Meio Ambiente e coordenador do Condema, José Wamberto Zanquim Junior, destacou a importância da renovação e da participação popular: “Reforçamos a importância e a grande atuação do Condema nas questões ambientais do nosso município. A cada renovação, fortalecemos ainda mais a participação da sociedade civil e das entidades ambientalistas. Convocamos todos a acessarem a ficha de cadastro, realizarem seus registros e virem participar ativamente do conselho”.
SÃO CARLOS/SP - A cidade de São Carlos deu mais um importante passo na promoção da inclusão. Além das vagas implantadas na região central, agora diversos estabelecimentos comerciais privados também estão aderindo à implantação de vagas exclusivas de estacionamento para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A iniciativa é resultado da Lei Municipal nº 20.472/2021, de autoria do vereador Bruno Zancheta, que visa garantir mais acessibilidade e respeito às necessidades específicas dessa população. A expansão da medida para o setor privado reforça a importância de que a inclusão seja uma responsabilidade compartilhada entre poder público e sociedade civil.
“Essa é uma vitória para as famílias e para a causa da inclusão. Essa implantação é fruto do diálogo com a comunidade e agora começa a fazer a diferença na prática. Queremos uma cidade de São Carlos cada vez mais acessível para todos. Com a junção de forças e foco em políticas públicas eficientes, fazemos a diferença na vida das pessoas”, destacou o vereador Bruno Zancheta, que preside a Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência do legislativo.
A ampliação das vagas para estabelecimentos privados representa mais uma etapa do processo de conscientização e garantia de direitos, reforçando o papel fundamental da lei na construção de uma cidade inclusiva e preparada para atender às diferentes necessidades da população.
RÚSSIA - O ditador da Coreia do Norte Kim Jong-un disse ao presidente da Rússia Vladimir Putin que está disposto a ajudar o país vizinho caso necessário, segundo a agência estatal de notícias Sputnik. "Se a Coreia do Norte puder ajuda a Rússia de qualquer forma, certamente o fará, é um dever fraternal", disse.
O presidente russo afirmou que as duas nações asiáticas estão desenvolvendo uma relação especial e que estava feliz que foi possível encontrar Kim nesta ocasião. "Recentemente, as relações entre os nossos países assumiram um caráter especial de confiança e amizade, um caráter aliado", declarou Putin, segundo a agência.
Os líderes realizaram uma reunião paralela em Pequim, onde compareceram a desfile militar para comemorar a vitória da China na Guerra da Resistência contra o Japão e na Segunda Guerra Mundial a convite de Xi Jinping. O líder russo também elogiou os eventos realizados pelo regime chinês, declarando que são "brilhantes" e de "alto nível".
"Eu quero enfatizar que os soldados lutaram brava e heroicamente", afirmou.
As declarações ocorrem em um momento em que o presidente dos Estados Unidos Donald Trump tenta negociar com Putin o fim da Guerra da Ucrânia.
A relação entre a Rússia e a Coreia do Norte é criticada pelo Ocidente por envolver o envio de ajuda nos combates. Na ofensiva de mais de três anos, Kim já enviou milhares de soldados para auxiliar o exército russo nos conflitos.
Em junho deste ano, o ditador prometeu ainda apoio incondicional na guerra, segundo a agência estatal de notícias de Pyongyang. No ano passado, os líderes assinaram um acordo estratégico que inclui a cooperação militar profunda e assistência mútua em caso de um dos países sofrer uma agressão.
No dia anterior à reunião com Kim, o presidente da Rússia teve também um encontro com Xi, onde afirmou que a relação entre os países chegou a um nível "sem precedentes".
"Este é um exemplo de que os dois países mostram ao mundo que a Rússia e a China estão vigiando e ajudando-se na Guerra Mundial contra o fascismo", disse Putin, segundo o Ministério de Relações Internacionais da China.
Já Xi declarou que a relação entre o que chamou de duas potências internacionais resistiram às mudanças internacionais e foi estabelecida como modelo. Disse ainda que a China está disposta a estreitar ainda mais as trocas com a Rússia.
Putin também viajou à China para participar da Organização para Cooperação de Xangai, onde se reuniu com outras lideranças além do mandatário chinês, como o primeiro-ministro da Índia Narendra Modi.
Na ocasião, Xi, Putin e Modi protagonizaram cenas de parceria, como quando deram as mãos com o objetivo de mostrar unidade das três potências.
por Folhapress
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos inicia nesta quarta-feira, 3 de setembro, o processo de revisão do Plano Diretor Estratégico, documento que orientará o crescimento urbano e rural do município pelos próximos dez anos. A primeira audiência pública será realizada na Fundação Educacional de São Carlos (FESC), às 19h, com foco em Mobilidade Urbana, tema considerado central para garantir uma cidade mais segura, inclusiva e sustentável.
O Plano Diretor é o principal instrumento de planejamento territorial do município e sua revisão busca atualizar diretrizes de uso e ocupação do solo, infraestrutura, meio ambiente e desenvolvimento urbano. A participação popular será um dos pilares do processo, com audiências públicas temáticas e escuta ativa da sociedade civil.
Para Laert Rigo, presidente da Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos (Aeasc), a revisão do Plano Diretor precisa estar alinhada às diretrizes já estabelecidas no Plano de Mobilidade do Município. “É fundamental adequar o Plano Diretor às diretrizes técnicas que já foram discutidas e aprovadas. Isso inclui a organização do sistema viário, a reestruturação do transporte coletivo para torná-lo mais eficiente e atrativo, o planejamento integrado das ciclovias e a valorização dos deslocamentos a pé”, afirma Rigo.
Segundo ele, esses pontos são essenciais para garantir uma mobilidade urbana que atenda às demandas reais da população e promova qualidade de vida. “Estamos falando de uma cidade que precisa ser pensada para todos, com acessibilidade, segurança viária e alternativas sustentáveis de deslocamento”, completa.
Expansão urbana - Além da mobilidade, a Aeasc destaca dois grandes desafios de infraestrutura que devem ser enfrentados na revisão do plano: drenagem e abastecimento hídrico. “O primeiro desafio está relacionado ao planejamento de macro e microdrenagem, tanto nas áreas já urbanizadas quanto naquelas que ainda serão ocupadas, de forma a reduzir riscos de alagamentos e garantir maior resiliência frente a eventos extremos”, explica Rigo.
O segundo ponto crítico é a compatibilidade entre o crescimento urbano e a disponibilidade de água. “É preciso garantir que os novos bairros tenham abastecimento suficiente e estável. O novo Plano Diretor pode contribuir ao estabelecer diretrizes que integrem o uso e ocupação do solo com a gestão hídrica e de drenagem, incentivando soluções baseadas na natureza”, destaca.
Laert Rigo destaca o papel da Aeasc na construção do Plano Diretor. “Nossa colaboração será sempre pautada em propostas e soluções técnicas, fundamentadas em estudos e dados concretos.
Acreditamos que, dessa forma, podemos contribuir para que as decisões do Plano Diretor estejam alinhadas às necessidades reais da população”, afirma o presidente da entidade.
BRASÍLIA/DF - O Brasil vai emitir vistos eletrônicos gratuitos para cidadãos dos países participantes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém em novembro. A proposta é que o chamado e-Visto sirva para agilizar o processo de entrada no país.
Com a medida, cidadãos de nacionalidades com exigência de visto para vir ao Brasil farão a solicitação de maneira digital, sem necessidade de comparecer ao consulado brasileiro em seu país. Até então, esse tipo de requerimento só era permitido para norte-americanos, canadenses e australianos.
Para a Secretaria Extraordinária para a COP30, o sistema de vistos eletrônicos para a conferência reforça o compromisso do governo brasileiro em assegurar que todos os representantes credenciados tenham condições efetivas de participação e possam receber, sem custos e com agilidade, a documentação necessária para a viagem.
Para solicitar o e-Visto, é necessário receber o aceite de participação na COP30, emitido pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). A emissão é gratuita para todos que receberem a confirmação do credenciamento.
A recomendação é que o pedido seja feito assim que o aceite for recebido. O prazo máximo para fazer a solicitação é 10 de novembro, enquanto o tempo previsto entre a submissão do pedido e a emissão do documento é de dez dias úteis.
O e-Visto COP30 é válido até 31 de dezembro de 2025 e permite múltiplas entradas no país dentro do período. O documento deve ser apresentado na chegada ao país, em formato digital ou impresso. Menores de 18 anos devem solicitar o visto físico em consulado.
1. Confirme sua elegibilidade
2. Acesse o Portal de Solicitação
3. Prepare os documentos necessários
4. Preencha o formulário online
5. Envie a solicitação
6. Aguarde o processamento
7. Receba seu e-Visto
8. Entrada no Brasil
AGÊNCIA BRASIL
BRASÍLIA/DF - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para exercer o mandato dos Estados Unidos. No ofício encaminhado a Motta, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alega que tem realizado "diplomacia parlamentar" no país. Além disso, citou a pandemia de covid-19 como um "precedente claro" de exercício remoto do mandato.
"Não se pode admitir que o que foi assegurado em tempos de crise sanitária deixe de sê-lo em um momento de crise institucional ainda mais profunda\", afirmou Eduardo no ofício, replicado em seu perfil do X (antigo Twitter).
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o início de 2025. Em março, pediu licença do mandato na Câmara e anunciou que permaneceria no país, onde buscaria "sanções aos violadores dos direitos humanos", em referência ao ministro Alexandre de Moraes, STF, e outras autoridades que se alinham ao magistrado.
Neste mês, Eduardo e Jair Bolsonaro foram indiciados pela Polícia Federal pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo. Segundo a investigação, o filho do ex-presidente estimulou sanções contra o Brasil com o objetivo de constranger o processo em que seu pai é réu por tentativa de golpe de Estado.
Na quarta-feira, 27, Eduardo participou à distância de uma subcomissão da Câmara. A participação ocorreu sem convite formal. Por outro lado, em 7 de agosto, Motta rechaçou a ideia de um "mandato à distância". "Não há previsibilidade para exercício do mandato à distância", disse Motta em entrevista ao portal Metrópoles. "Não há previsão no regimento para isso".
Quatro dias depois, em entrevista à revista Veja, Motta afirmou que não concorda com quem age para impor sanções ao próprio País. "Cada parlamentar tem a sua autonomia e a sua liberdade para agir com aquilo que entende ser importante para representar o seu eleitorado. Eu não posso concordar com a atitude de um parlamentar que está fora do País, trabalhando muitas vezes para que medidas cheguem ao seu País de origem e que tragam danos à economia do País", afirmou o presidente da Câmara.
Um processo de cassação de Eduardo Bolsonaro foi encaminhado ao Conselho de Ética por Motta no dia 15. O presidente da Casa despistou as ameaças do filho do ex-presidente, que afirmou, em mais de uma ocasião, que Motta poderia entrar no radar das sanções se não pautasse um projeto de lei de anistia aos réus dos 8 de Janeiro.
por Estadao Conteudo
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos dá início, na quarta-feira, dia 3 de setembro, ao processo de revisão do Plano Diretor Estratégico. A primeira audiência pública será realizada na Fundação Educacional São Carlos (FESC), às 19h, com o tema “Infraestrutura e Mobilidade Urbana”. O encontro marca o começo de uma série de debates que se estenderão até dezembro, envolvendo diferentes aspectos do planejamento urbano da cidade.
À frente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano de São Carlos (COMDUSC), o coordenador André Fiorentino destaca que a audiência será dedicada à articulação entre o Plano Diretor e o Plano de Mobilidade Urbana, já elaborado pelo município. “O Plano de Mobilidade é parte integrante do Plano Diretor. Ele propõe ações que a cidade precisa assumir, e agora é hora de apresentar essas propostas à sociedade, discutir prioridades e entender o que pode ser incorporado de forma imediata”, explica.
Segundo Fiorentino, a audiência também será um espaço para avaliar se as propostas do plano de mobilidade estão alinhadas com os demais eixos do desenvolvimento urbano. “Queremos saber se a sociedade concorda com o que foi sugerido. Algumas ações podem ser inseridas já na revisão do Plano Diretor, outras exigem mais debate. Mas tudo começa com a escuta da população”.
Ele reforça que a participação popular é aberta e essencial. “Todos podem e devem participar. A revisão do Plano Diretor é uma oportunidade para que a população se insira na construção da cidade que deseja. Não é só um debate técnico, é uma conversa sobre o cotidiano, sobre como vivemos e nos deslocamos”.
O prefeito Netto Donato também reforça o papel da comunidade nesse processo. “Revisar o Plano Diretor não é apenas atualizar um documento. É entender como São Carlos mudou, ouvir quem vive a cidade todos os dias e planejar com base nessa realidade. Queremos que cada cidadão se sinta parte dessa construção coletiva”.
Nos bairros - A Prefeitura de São Carlos começa a definir a sequência de audiências do Plano Diretor. Depois do encontro da FESC, os moradores da Zona Leste recepcionam os debates no dia 24 de setembro, com foco nos temas “Urbanismo e Habitação”. O encontro será realizado às 19h na Escola Estadual Aduar Kemell Dibbo, localizada na Rua Manoel Pereira, 45, no Jardim dos Coqueiros. A iniciativa faz parte de uma série de audiências que se estendem até dezembro, com o objetivo de atualizar o planejamento urbano da cidade para os próximos dez anos.
O assessor do prefeito Netto Donato, João Muller, reforça a importância da presença da comunidade. “Urbanismo tem tudo a ver com a vida em sociedade, com a organização da cidade. E a habitação, especialmente a social, é uma pauta urgente. Por isso, é fundamental que os moradores participem dessa escuta pública. Estamos construindo um plano que precisa refletir a realidade de quem vive aqui”.
Outras audiências públicas estão previstas até o fim do ano, cada uma abordando um eixo temático diferente. A comissão responsável pela revisão, coordenada por André Luís Fiorentino e Agnaldo Spaziani Junior, convida todos os interessados a acompanhar e participar dos encontros, que serão divulgados previamente pela Prefeitura.
SÃO CARLOS/SP - A sexta edição do Ranking de Competitividade dos Municípios, elaborada pelo Centro de Liderança Pública (CLP), avaliou 418 cidades brasileiras com população superior a 80 mil habitantes, conforme estimativa do IBGE para 2024. Juntas, essas localidades representam mais de 60% da população nacional. Entre os destaques da edição de 2025 está São Carlos, que conquistou a 4ª colocação nacional no pilar de Inovação e Dinamismo Econômico, posicionando-se como o único município não capital entre os cinco mais inovadores do país. O estudo tem como objetivo oferecer uma ferramenta prática e baseada em dados para orientar a atuação dos gestores públicos e decisões de investimento do setor privado, promovendo uma competição positiva entre os municípios e incentivando melhorias na gestão pública local.
O ranking é estruturado em 65 indicadores distribuídos em 13 pilares temáticos. A dimensão Economia inclui inserção econômica, capital humano, telecomunicações e inovação e dinamismo econômico - este último, justamente onde São Carlos se destacou.
O levantamento busca oferecer um entendimento mais profundo dos maiores municípios do país, permitindo comparações diretas entre localidades e valorizando boas práticas que possam ser replicadas. Entre seus objetivos estão incentivar a competição saudável entre cidades, mapear fatores de competitividade e fragilidade, apoiar a formulação de políticas públicas baseadas em evidências e fomentar a qualificação do ambiente de negócios.
São Carlos obteve nota 48,33 no eixo de Inovação e Dinamismo Econômico, impulsionada por indicadores como 2º lugar nacional em recursos para pesquisa e desenvolvimento científico, 21º em complexidade econômica, 23º em renda média do trabalho formal e 24º em empregos no setor criativo. Esses dados revelam a força do ecossistema local, sustentado por instituições como USP, UFSCar, Embrapa e diversos centros de inovação e startups.
No topo do ranking de inovação, os três primeiros colocados foram Florianópolis (SC), Vitória (ES) e São Paulo (SP). Florianópolis manteve a liderança nacional, destacando-se por seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento, empregos no setor criativo e crédito per capita. Vitória consolidou sua posição como uma das capitais mais inovadoras do país, com forte desempenho em complexidade econômica e qualificação da força de trabalho. São Paulo ocupou a terceira colocação, impulsionada pela densidade tecnológica, diversidade econômica e robustez em geração de conhecimento.
Recortes - No recorte estadual, São Carlos ocupa a 19ª colocação entre os 94 municípios paulistas incluídos no estudo, com nota geral de 56,02. Esse desempenho consolida o protagonismo da cidade dentro da Região Sudeste, que representa 44,3% da amostra do ranking e concentra 60% dos 10 primeiros colocados no ranking geral nacional. O estado de São Paulo, por sua vez, é responsável por 84% das 25 primeiras colocações da região, evidenciando sua liderança em gestão pública, infraestrutura e dinamismo econômico.
Além do destaque em inovação, São Carlos apresentou evolução no pilar de Instituições, com nota 56,02 e avanço de 18 posições em relação à edição anterior, mostrando melhorias na qualidade da gestão pública, transparência e planejamento.
O prefeito Netto Donato destacou o compromisso da gestão com o planejamento estratégico e o uso de dados para orientar decisões. “Estamos no caminho certo e a gente fica feliz. Nosso objetivo é planejar a cidade, preparando-a para o futuro e não governar com achismos. Vamos trabalhar com planejamento e ciência para transformar São Carlos em uma cidade ainda melhor para se viver”.
Segundo Netto Donato, “São Carlos se consolida como um dos principais polos de competitividade do estado de São Paulo e prova que o interior paulista tem muito a ensinar ao Brasil. O desempenho da cidade no ranking é resultado de uma combinação estratégica entre conhecimento técnico, diversidade econômica e capacidade de adaptação, elementos essenciais para uma economia resiliente e voltada ao futuro”, concluiu.
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.