BRASÍLIA/DF - Um depoimento entregue à Polícia Federal e posteriormente encaminhado à CPMI do INSS trouxe novas acusações envolvendo Fábio Luiz Lula da Silva, conhecido como Lulinha. As declarações foram feitas por Edson Claro, ex-funcionário de Antônio Carlos Camilo Antunes — empresário investigado e apelidado de “Careca do INSS”. Segundo Claro, Antunes teria mantido repasses frequentes ao filho do presidente, que incluiriam uma suposta mesada de aproximadamente R$ 300 mil, além de um pagamento que ele estima em R$ 25 milhões. O depoente não especificou a moeda utilizada nessa transação de maior valor.
As informações vieram a público inicialmente por reportagem de Mariana Haubert, do portal Poder360, e foram confirmadas pela própria CPMI. O material também menciona viagens realizadas por Lulinha na companhia de Antunes, algo que parlamentares pretendem debater na sessão desta quinta-feira (4).
O filho mais velho do presidente Lula mudou-se recentemente para Madri, na Espanha, onde pretende permanecer até o término do mandato do pai, segundo pessoas próximas citadas pela coluna. À época, fontes avaliavam que o contexto dessas suspeitas contribuíra para sua decisão de deixar o país.
A CPMI do INSS já havia tentado ouvir Edson Claro em outra ocasião, mas a convocação acabou barrada pela ala governista no colegiado. As novas informações reacendem a disputa política dentro da comissão, que ainda avalia quais serão os próximos passos da investigação.































