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ARGENTINA - Um clássico marcado pela violência extrema voltará a ser jogado na Argentina após 27 anos. Aldosivi e Alvarado, times de Mar del Plata, se reencontrarão na Primera Nacional, equivalente à segunda divisão do país, em 2024 para reativar uma rivalidade histórica que completa 70 anos.

Aldosivi e Alvarado foram sorteados para se enfrentar na fase interzonal da Primera Nacional. O primeiro clássico ainda não tem data exata para acontecer, mas está previsto para março. Ao todo, serão dois jogos entre os rivais nesta temporada.

 

Último clássico durou 30 minutos

O último jogo entre os rivais durou apenas 30 minutos. Em 10 de agosto de 1997, Aldosivi e Alvarado se enfrentaram pelo Torneio Marplatense. Brigas estouraram no estádio e nas ruas, um muro do estádio foi derrubado, e os jogadores deixaram o gramado devido ao gás lacrimogêneo. O árbitro acabou interrompendo o jogo por questões de segurança.

Desde então, o clássico tornou-se "proibido". Nem mesmo nos tradicionais torneios amistosos de verão da Argentina os organizadores se animaram a realizar o duelo, por temor da violência.

Em 2011, a Copa da Argentina teria uma rodada especial com clássicos entre as equipes participantes. A polícia de Mar del Plata, porém, vetou a realização de Aldosivi x Alvarado. Estima-se que o número de policiais necessários para um jogo entre os rivais é igual ao utilizado em um Boca Juniors x River Plate.

 

Palco do clássico está abandonado

Outro componente na história diz respeito ao palco do clássico. O estádio José María Minella está deteriorado, com a arquibancada principal fechada desde 2021, por risco de cair.

O estádio é histórico: foi uma das sedes da Copa do Mundo de 1978, tendo recebido, inclusive, três jogos do Brasil no torneio: contra Suécia, Espanha e Áustria.

O Minella serve como palco dos jogos tanto de Aldosivi quanto Alvarado. A princípio, será também o estádio para a realização dos clássicos de 2024, embora ainda dependa da autorização da polícia local.

Números do clássico proibido entre Aldosivi e Alvarado

  • Jogos: 88
  • Vitórias do Aldosivi: 34
  • Vitórias do Alvarado: 31
  • Empates: 23

 

A história do clássico entre Aldosivi e Alvarado

Aldosivi e Alvarado começaram a se enfrentar em 1954, mas no início não representavam a maior rivalidade de Mar del Plata, que cabia a outros times locais, como San Lorenzo e Kimberley.

Os clubes transitaram majoritariamente nas ligas regionais de Mar del Plata, até passarem a disputar também os torneios nacionais. A rivalidade cresceu a partir de 1988, quando torcedores do Alvarado começaram a apoiar a torcida do Norte, adversário do Aldosivi na ocasião. Na partida em questão, houve briga entre os dois lados, um prenúncio do que viria nos anos seguintes.

Depois de 1997, a liga de Mar del Plata excluiu os times dos torneios regionais. Depois, passou a colocá-los em chaves diferentes para que não se enfrentassem.

Agora, 27 anos depois, Aldosivi e Alvarado voltarão a se enfrentar no clássico proibido da Argentina.

 

 

GE

ARGENTINA - O porta-voz do governo da Argentina, Manuel Adorni, afirmou na terça, 2, que uma comitiva do FMI chegará a Buenos Aires nesta quinta, 4, para renegociar os termos do pagamento da dívida fechados pelo governo anterior, do peronista Alberto Fernández. Segundo Adorni, o acordo caducou por nunca ter sido cumprido.

Segundo o jornal Ámbito, a intenção do governo do presidente, Javier Milei, é obter um perdão (“waiver”, no jargão do mercado) do FMI após o país não conseguir cumprir as metas acordadas em agosto sobre volume de reservas e quadro fiscal. O jornal cita ainda que, nos primeiros meses do ano, a Argentina teria de pagar US$ 1,3 bilhão ao FMI (cerca de R$ 6,3 bilhões), no dia 9, e outros US$ 650 milhões, no dia 16.

O governo pretende no mínimo adiar o pagamento até o fim de janeiro. Fontes da Casa Rosada, citadas pelo jornal Clarín, informaram que “é provável” que eles unifiquem os vencimentos de janeiro, uma medida prevista nas regras do FMI – a Argentina já fez isso quando o ministro da Economia era Sergio Massa.

O FMI concedeu um empréstimo à Argentina durante o governo de Mauricio Macri – hoje aliado de Milei. Em 2023, Fernández renegociou os termos do acordo, mas não cumpriu as metas estabelecidas.

A reunião desta terça será presidida pelo chefe de gabinete de Milei, Nicolás Posse, e pelo ministro da Economia, Luis Caputo, que se encontrarão com a comitiva do FMI liderada por Kristalina Georgieva.

Durante a campanha eleitoral, Milei se mostrou disposto a fazer um ajuste mais severo do que o exigido pelo FMI como condição para refinanciar as dívidas contraídas pelo governo de Macri.

O presidente, que apresentou um pacote de reformas ao Congresso, no fim de 2023, tem pressa em aprovar as medidas para aproveitar o capital eleitoral que ganhou das urnas. Assessores e aliados temem um desgaste da imagem de Milei se a população não perceber em breve alguma mudança na economia./Associated Press.

 

 

ESTADÃO

BUENOS AIRES - Sentado no centro de uma mesa na Casa Rosada, rodeado de 12 ministros e membros de seu governo, o presidente ultraliberal Javier Milei anunciou em rede nacional um "megadecreto" que revoga ou altera mais 300 leis para desregular a economia da Argentina.

Depois de fazer uma longa introdução dizendo que o Estado e os políticos são a causa dos problemas do país, ele citou uma lista de 30 dessas normas que ele agora alterou. As leis que ele revogou se referem a temas como controles de preços, aluguéis, redes de abastecimento e privatizações de empresas públicas.

Estão na lista também planos de saúde, farmacêuticas, vinícolas, agências de turismo e até clubes de futebol. Uma das principais mudanças será no setor aduaneiro: "Está proibido proibir exportações na Argentina", disse Milei no texto lido por ele em cerca de 15 minutos.

O anúncio aconteceu horas depois que organizações sociais e algumas centrais sindicais fizeram o primeiro ato contra o seu governo e os duros cortes de gastos que ele prometeu fazer para reduzir o déficit fiscal e a inflação de 161% anuais no país.

 

 

POR FOLHAPRESS

ESCÓCIA - O crânio de um menino que nasceu na Índia, há 240 anos, com uma doença rara que o deixou com duas cabeças está exposto no Museu Hunterian da Universidade de Glasgow, na Escócia.

A criança sofria de craniopagus parasiticus, uma malformação muito rara que ocorre durante a divisão do embrião, quando o feto absorve inadvertidamente outro e este acaba localizado no topo da cabeça do gêmeo.

O feto em questão não desenvolveu o corpo, apenas a cabeça e parte do rosto, dando ao gêmeo que sobreviveu duas cabeças.

Esta doença é tão rara que só acontece em três em cada 5 milhões de nascimentos e ainda mais raro é que o bebê sobreviva mais do que dois anos, como aconteceu neste caso.

O mais inusitado, segundo o museu, é que o "parasita" do menino indiano, como é normalmente chamada a cabeça sem corpo, estava praticamente formado e demonstrava uma "personalidade independente".

Tinha olhos e orelhas pouco desenvolvidos, língua pequena e mandíbula malformada, apesar de mexerem.

Quando o menino comia, a segunda cabeça produzia saliva. Além disso, tentava mamar quando via a mama da mãe e lacrimejava. Contudo, estava sempre de olhos abertos e não se ria, nem chorava quando o irmão o fazia, como era esperado.

 

Vida difícil e curta

A vida do menino indiano, como conta ainda o museu, foi difícil e curta. Mal nasceu, a parteira atirou-o para o fogo. No entanto, alguém, muito provavelmente a mãe, conseguiu salvá-lo, deixando-o apenas com algumas cicatrizes.

Posteriormente, os pais chegaram a fazer dinheiro com o filho, tornando-o numa atração de feira onde era chamado de "aberração". Já para outros, era visto como a reencarnação de uma divindade hindu.

A criança acabou morrendo aos quatro anos, vítima de uma cobra venenosa. Também nessa época, os pais receberam ofertas para comprar o corpo, mas rejeitaram e enterraram-no.

O crânio acabou sendo desenterrado pela Companhia das Índias Orientais para realizar uma autópsia e dado, posteriormente, ao capitão de um navio que o levou para o Reino Unido. Entretanto, não se sabe bem como, a cabeça foi ter ao Museu Hunterian, onde está agora exibida.

 

Casos mais recentes

O caso mais recente de craniopagus parasiticus remonta a janeiro de 2021. Um bebê nasceu com duas cabeças em Bucareste, na Romênia, mas acabou morrendo poucas horas depois do nascimento.

Em 2004, uma menina chamada Manar Maged nasceu no Egito com a mesma condição. Para sobreviver, os médicos tiveram de remover a segunda cabeça. A cirurgia durou 13 horas e foi um sucesso. Tanto que foi a família foi notícia num programa da Oprah. Contudo, poucos dias antes do seu segundo aniversário, a menina morreu devido a uma grave infecção cerebral.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

ARGENTINA - O banco central da Argentina estabeleceu novas regras de câmbio com o objetivo de "normalizar" o fluxo de importações, anunciou a autoridade monetária na quarta-feira.

Os controles visam proteger as reservas do banco central, necessárias para pagar a dívida do governo, e requerem que as empresas solicitem autorização para acessar dólares para pagar os bens que importam.

"Devido ao estado atual das reservas internacionais e ao estoque de dívidas comerciais não pagas até o momento", disse o Banco Central da República Argentina (BCRA) em comunicado, "é prudente realizar um processo de normalização gradual e ordenado".

A medida ocorre após o governo do novo presidente libertário, Javier Milei, implementar um pacote de medidas para tentar resolver a pior crise econômica do país em décadas, com inflação de três dígitos, reservas líquidas negativas e uma complicada gama de controles de capital.

O governo também desvalorizou o peso em mais de 50% nesta quarta-feira, enfraquecendo a moeda para 800 pesos por dólar, numa tentativa de impulsionar as exportações.

 

 

 

Reportagem de Adam Jourdan e Eliana Raszewski / REUTERS

BUENOS AIRES - O novo governo da Argentina apresentará seus planos de terapia de "choque" econômico na tarde de terça-feira, em uma tentativa de controlar a inflação de três dígitos e reconstruir as reservas em moeda estrangeira, com os mercados e a população argentina em suspense sobre o impacto das medidas.

O ministro da Economia, Luis Caputo, anunciará as medidas após o fechamento dos mercados, por volta das 17h (horário de Brasília), disse o porta-voz do presidente libertário Javier Milei, que assumiu o cargo no domingo.

A expectativa é de que elas incluam cortes acentuados nos gastos estatais, uma redução do tamanho do setor público e uma possível desvalorização acentuada do peso. Atualmente, a moeda é mantida artificialmente forte por meio de controles rígidos de capital.

As medidas ficarão "em linha" com as promessas de campanha de Milei, em que ele frequentemente aparecia com uma motosserra para representar seus cortes planejados, disse o porta-voz presidencial Manuel Adorni, acrescentando que isso é necessário para evitar uma "catástrofe mais profunda".

As negociações com o peso no mercado oficial devem ser muito restritas nesta terça-feira, como aconteceu na segunda, com o banco central permitindo negociações apenas em caráter prioritário, disse uma fonte do banco à Reuters.

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A fonte disse que "o movimento da taxa de câmbio será o mesmo de ontem até que as medidas sejam anunciadas".

Analistas consultados pela Reuters esperam que a taxa de câmbio oficial se enfraqueça acentuadamente em um futuro próximo, para cerca de 650 por dólar, ante cerca de 365 atualmente. Nos mercados paralelos, o dólar é negociado a cerca de 1.000 pesos.

A nova liderança do banco central foi confirmada no diário oficial, formalizando a nomeação de Santiago Bausili, um aliado próximo de Caputo, para substituir o presidente do banco que está deixando o cargo, Miguel Pesce.

 

 

Por Jorge Otaola e Walter Bianchi / REUTERS

BUENOS AIRES - A polícia argentina prendeu o homem que arremessou uma garrafa de vidro contra o presidente Javier Milei durante sua cerimônia de posse em Buenos Aires, no domingo (10), enquanto ele percorria o trajeto entre o Congresso Nacional e a Casa Rosada em um carro conversível ao lado da irmã, Karina.

Gastón Ariel Mercanzini, 51, estava sendo procurado desde segunda (11), quando imagens da agressão viralizaram. Ele foi identificado em uma rua do bairro turístico de San Telmo por agentes da Polícia da Cidade de Buenos Aires, como confirmou o secretário de Segurança portenho, Waldo Wolff, em suas redes sociais.

Um vídeo do momento da detenção mostra o homem com a mesma roupa do dia da posse e uma cicatriz na testa, com vários pontos. "Eu não quis machucar ninguém", diz ele aos policiais que o algemam. A garrafa passou perto da cabeça de Milei e atingiu um policial federal que fazia sua segurança.

O agente Guillermo Armentano sofreu um corte com sangramento atrás da orelha, se afastou e foi atendido por médicos na própria Casa Rosada, sem ferimentos graves, segundo o jornal La Nacion. O presidente levou um susto na hora e perguntou "o que voou?", segundo imagens do Clarín, mas a caravana continuou normalmente.

Uma câmera de rua registrou o momento em que o agressor arremessou a garrafa no meio da multidão que se aglomerava para acompanhar o desfile. Ele então foi seguido por alguns apoiadores de Milei, com quem discutiu e trocou xingamentos, conforme outro vídeo gravado por um jornalista da rádio Vorterix Mar del Plata.

Um deles grita: "Não é desculpa que você esteja bêbado". O acusado, por sua vez, responde a um dos manifestantes. "Você é veterano das Malvinas? Traidor. Ele não se importa nada com o que Milei faz", grita, enquanto a polícia tenta separá-los e dispersar a situação.

Mercanzini foi detido naquele momento, mas como não havia nenhuma denúncia ou prova contra ele, foi liberado.

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A partir das imagens, a polícia revisou seus antecedentes criminais e constatou que ele foi detido em julho sob a acusação de "dano agravado", por ter desferido golpes em uma caminhonete da polícia portenha com uma barra de ferro. Ele chegou a usar tornozeleira eletrônica até algumas semanas atrás.

Em suas redes sociais, o agressor publicou fotos com diferentes integrantes do governo peronista de Alberto Fernández, antecessor de Milei. Entre eles está Sergio Massa, o ex-ministro da Economia que perdeu as eleições no segundo turno para o ultraliberal.

Segundo a imprensa local, o homem também esteve à frente da direção de cultura da cidade de Concepción del Uruguay, na província de Entre Ríos, por dois anos, até ser removido do cargo em 2013 pelo prefeito, enquanto estava de licença por questões pessoais.

 

 

POR FOLHAPRESS

ARGENTINA - Jair Bolsonaro publicou em suas redes sociais um vídeo em que aparece cumprimentando uma multidão de apoiadores do novo presidente da Argentina, Javier Milei.

Nas imagens, é possível ver o público ovacionando o brasileiro enquanto ele caminhava para o Congresso Nacional, onde assistiu à cerimônia de posse.

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Bolsonaro está em Buenos Aires desde quinta-feira (7). A delegação oficial enviada pelo Brasil é chefiada pelo chanceler do governo Lula, o ministro Mauro Vieira.

 

 

POR FOLHAPRESS

ARGENTINA - Após receber a faixa presidencial, o novo líder da Argentina, Javier Milei, dirigiu-se a milhares de apoiadores em frente ao Congresso para fazer seu primeiro discurso à frente da nação. Em tom apoteótico, o ultraliberal disse que no domingo (10) começa uma nova era no país e comparou sua eleição à queda do muro de Berlim.

"Os argentinos expressaram uma vontade de mudança que já não tem retorno", afirmou, em um discurso repleto de interrupções por aplausos dos apoiadores. "Hoje começa uma nova era na Argentina, uma era de paz e prosperidade."

Após fazer um apanhado da história do país, Milei criticou as escolhas políticas e econômicas das últimas décadas. "Hoje enterramos décadas de fracasso e brigas sem sentido", afirmou, em um ataque ao que chamou durante a sua campanha de "casta" política.

"Durante mais de 100 anos, os políticos insistiram em defender um modelo que só gera pobreza e miséria. Um modelo que considera que os cidadãos existem para servir a política, e não que a política serve os cidadãos", disse.

Em seguida, o presidente discorreu sobre suas propostas na área da economia, um tema sensível para o país em crise, em tom de justificativa.

"Lamentavelmente, tenho que dizer a vocês que não há dinheiro. Por isso, a conclusão é que não há alternativa ao ajuste e ao choque. Naturalmente, isso impactará de modo negativo sobre o nível de atividade, emprego, salário real e quantidade de pobres", afirmou.

"Após a reacomodação (...), a situação começará a melhorar. Haverá luz no fim do túnel. No caso alternativo, a simplista proposta populista, cuja única fonte de financiamento é a emissão de dinheiro, levará o país à hiperinflação e à pior crise de sua história, somadas a um espiral decadente que nos aproximará à Venezuela de Chávez e Maduro", disse Milei.

"Cem dias de fracasso não se desfazem em um dia, mas um dia começa. E hoje é esse dia. Hoje começamos a sair do caminho da decadência e começarmos a traçar o caminho da prosperidade", continuou.

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O anarcocapitalista encerrou o seu discurso gritando "viva la libertad, carajo" –frase que virou sua marca e que ele usou para assinar os livros de honrarias do Congresso, antes de receber a faixa e o bastão do agora ex-presidente Alberto Fernández durante a cerimônia de posse.

 

 

DANIELA ARCANJO / FOLHAPRESS

ARGENTINA - O novo governo de Javier Milei na Argentina terá mais um nome associado à força política do ex-presidente Mauricio Macri. O ultraliberal anunciou na segunda (4) que seu ministro da Defesa será Luis Petri, antes candidato a vice-presidente pela chapa de sua antiga rival Patricia Bullrich, recentemente escolhida como ministra da Segurança.

"Dessa forma, a fórmula completa da Juntos pela Mudança [coalizão de Macri e Bullrich] foi integrada ao governo da A Liberdade Avança [coalizão de Milei]", informou nas redes sociais a equipe do presidente eleito, enfatizando a aliança entre os dois blocos que será importante para garantir sua governabilidade no Congresso.

A escolha dos dois também indica um novo descompasso entre Milei e sua vice eleita, Victoria Villarruel. Durante toda a campanha, ele afirmou que ela cuidaria das indicações nas duas áreas, nas quais não parece ter tido influência. Filha e sobrinha de militares, Villarruel costuma relativizar crimes da ditadura e pede reparação a vítimas de guerrilheiros de esquerda, a quem chama de terroristas.

A partir de domingo (10), Petri comandará as Forças Armadas do país e ficará responsável por políticas de defesa nacional, eventuais missões de paz e desastres naturais, por exemplo.

"A partir de hoje, começamos a trabalhar em uma mudança que voltará a valorizar o papel das nossas Forças Armadas. Orgulho do nosso país. Vamos honrar sua finalidade essencial, que garanta a soberania e independência da nação, sua integridade territorial; que proteja a vida, a liberdade e contribua para o desenvolvimento da pátria", postou ele.

Conhecido por suas posições linha-dura, Petri colaborou para um endurecimento no Código Penal argentino e já elogiou o presidente de El Salvador, Nayib Bukele. "A Argentina precisa de mais Bukeles e menos Zaffaronis", disse o então candidato a vice em fevereiro.

Ele se referia a Eugenio Raúl Zaffaroni, juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos a quem acusou de "estar ao lado dos delinquentes", em oposição ao líder salvadorenho que governa sob estado de exceção e ficou famoso por ter reduzido a violência com políticas de encarceramento.

Formado em direito, Petri é uma das lideranças do partido centrista União Cívica Radical (UCR) na província de Mendoza. Ele terminou a campanha eleitoral em conflito com parte da legenda, que pediu sua expulsão por ter manifestado apoio a Milei no segundo turno. Os chamados radicais romperam com a aliança de Macri na ocasião.

Petri entrou na chapa de Bullrich após perder as eleições internas da coalizão Juntos pela Mudança para governador da província. Antes, ele foi deputado federal de 2013 a 2021, quando encabeçou uma reforma de linha mais punitivista do Código Penal em 2017, segundo o jornal local Página 12. O cumprimento mínimo da pena de prisão perpétua passou de 35 anos para 50, por exemplo.

Outro nome que terá grande peso no governo de Milei e é associado a Macri é o de Luis Caputo, anunciado como novo ministro da Economia na semana passada. Caputo foi secretário e depois ministro da Finanças durante a gestão macrista, de 2015 a 2019, e ocupou o posto de presidente do Banco Central por três meses na época.

 

 

POR FOLHAPRESS

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