fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

BUENOS AIRES – A Argentina consertou sua economia instável com uma taxa de câmbio preferencial chamada “dólar soja” para impulsionar as exportações de grãos e trazer a tão necessária moeda estrangeira, que analistas disseram que daria espaço para o governo respirar, pelo menos temporariamente.

As medidas, que entraram em vigor nesta segunda-feira, dão aos exportadores de soja uma taxa de câmbio melhor do que a taxa oficial controlada, com o objetivo de estimular exportações de cerca de 15 bilhões de dólares de soja no segundo e terceiro trimestres do ano para reabastecer as reservas esgotadas.

“O ‘dólar agrícola’ não criará moeda estrangeira extra, mas pelo menos acelerará sua entrada e fornecerá alívio temporário”, disse o economista Gustavo Ber, acrescentando que as reservas em moeda estrangeira atingiram “níveis críticos”.

A Argentina, que caminha para eleições gerais em outubro, nas quais a coalizão governista peronista enfrenta a perspectiva real de derrota, foi castigada pela seca no ano passado, que está pesando na produção de grãos, seu principal produto de exportação.

Isso espremeu a quantidade de dólares que o banco central tem em reserva, vital para fazer pagamentos de importações e lidar com as obrigações da dívida externa, mesmo quando a Argentina luta contra a inflação de mais de 100% e a pobreza que aumentou para quase 40% da população, de acordo com dados do governo.

“O que (o ministro da Economia) Sergio Massa está tentando fazer é ganhar tempo e impedir que a bomba exploda”, disse o economista Rodrigo Álvarez a uma rádio local.

O país sul-americano, maior exportador mundial de soja processada e número três em milho, está lutando para consertar sua economia problemática após anos de crises e calotes. A nação tem um programa de empréstimos de 44 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que recentemente ficou sob tensão quando o fundo reduziu as metas do país para reservas estrangeiras.

O chamado “dólar soja” foi usado duas vezes no ano passado e ajudou a impulsionar as exportações, pelo menos no curto prazo, contribuindo para facilitar a disponibilidade de moeda estrangeira.

O economista Roberto Geretto, da Fundcorp, estimou que, na melhor das hipóteses, o banco central da Argentina poderia ganhar cerca de 4 bilhões de dólares nos próximos dois meses, embora a receita em moeda estrangeira caísse novamente devido ao esgotamento das colheitas.

“Esta nova medida visa comprar dois meses, o que no contexto atual não é insignificante”, disse Geretto à Reuters.

Ber concordou que o impacto seria temporário, mas acrescentou que o preço mais alto dado às exportações poderia aumentar a inflação doméstica, um tema-chave para os eleitores antes da votação de outubro.

“O efeito destas iniciativas –tal como aconteceu no passado– voltaria a ser transitório, mais do que tudo tendo em conta que a emissão monetária associada pode acabar por colocar ainda mais pressão sobre a inflação nos próximos trimestres”, disse.

 

 

Por Anna-Catherine Brigida e Walter Bianchi / REUTERS

BUENOS AIRES  – O sindicato dos inspetores de grãos da Argentina encerrou uma greve de uma semana depois de garantir um acordo para mais do que dobrar os salários de acordo com a crescente taxa de inflação do país, informou o sindicato nesta semana.

O acordo deve facilitar as exportações de grãos, uma fonte crucial de receita para o governo em dificuldades financeiras.

O sindicato, chamado URGARA, é um coletivo de técnicos em grãos que analisam os grãos guardados em armazéns e carregados em navios. A greve, porém, não afetou as operações nos portos.

Além do aumento salarial, os trabalhadores receberão um bônus, disse o sindicato.

No futuro, “o mais importante é iniciar o diálogo para formar um grupo de trabalho para resolver todos os outros conflitos dentro do grupo”, que incluem condições de segurança, disse o líder sindical Pablo Palacio em um comunicado.

As demandas do sindicato por aumento de salários ocorrem em um momento em que o poder de compra cai rapidamente devido a um aumento desenfreado nos preços ao consumidor, com a inflação doméstica atingindo 102% ano a ano em fevereiro.

 

 

 

Reportagem de Eliana Raszewski; texto de Kylie Madry / REUTERS

ARGENTINA - Uma seca histórica deteriorou a situação econômica da Argentina – que já era difícil -, acelerou a inflação e deve levar o país à recessão neste e no próximo ano. Economistas apontam que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 deverá ficar entre 2,5% e 3%, enquanto a inflação poderá chegar a 110%. Eles também afirmam que o déficit fiscal voltará a crescer, fazendo com que o país quebre o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Estamos prevendo uma queda de 3% no PIB neste ano e, se tudo for bem, uma inflação de 110%”, diz o economista Lorenzo Sigaut Gravina, diretor da consultoria Equilibra.

O Itaú Unibanco também projeta recuo de 3% em 2023 e de 2% em 2024, além de inflação de 100% neste ano. “A seca foi um golpe muito duro. Complicou o plano de Sergio Massa (ministro de Economia). Os desequilíbrios econômicos são muito grandes, e as correções foram pequenas nos últimos meses”, diz o economista Juan Barboza, do Itaú.

A seca reduzirá a produção de soja em 45% em relação ao esperado, resultando na pior colheita das últimas 15 safras. A de trigo deverá cair em 50%, na pior safra desde 2010, e a de milho, em 35%, segundo dados da Bolsa de Comércio de Rosário.

O problema se torna ainda mais delicado porque o setor agroindustrial responde por cerca de 65% das exportações da Argentina, que vive uma escassez de dólares. Com a queda da produção agrícola, US$ 20 bilhões (o equivalente a 23% das vendas ao exterior em 2022) deixarão de ingressar no país.

A inflação tem batido recordes mesmo com o governo controlando preços de produtos essenciais. Quase 2 mil produtos estão com o preço congelado, e outros 49,8 mil não podem ter reajuste superior a 3,2% por mês.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

BUENOS AIRES - "Câmbio, câmbio." "Dólar, euro, real." "Câmbio, câmbio." Por toda a rua Florida, famoso corredor de lojas no centro de Buenos Aires, dezenas de cambistas atraem turistas e argentinos para trocar moedas estrangeiras pela cotação do "blue", referência para o câmbio paralelo na Argentina.

Superam 20 os cambistas em cada um dos dez quarteirões da rua. Aos clientes, mostram a cotação do dia na calculadora do celular e os encaminham para dentro de bancas de flores ou outros produtos, algumas só fachadas das chamadas "cuevas", onde máquinas rodam sem parar contando dinheiro.

As "cuevas" da Florida e de outros cantos da cidade têm de armazenar pilhas de cédulas. A maior em circulação na Argentina é a nota alaranjada de 1.000 pesos. Trocando US$ 100, sai-se dali com 39 notas de 1.000 pesos, o dobro de um ano atrás. Com R$ 100, tem-se quase 7.500 pesos.

O valor não dura muito. Como dizem os argentinos, com a inflação anual em três dígitos, gastar rápido é a melhor maneira de "poupar" pesos que "queimam na mão".

No ano passado, o consumo privado na Argentina aumentou 9,4% em relação a 2021 —sustentando um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 5,2%. No setor de hotéis e restaurantes, puxado por turistas que surfam no câmbio favorável, o salto foi de 35%.

Nesse ambiente, abstraindo-se os apelos dos cambistas, algumas lojas fechadas ou decadentes e muitos sem-teto pelas ruas da cidade, tem-se a sensação de uma Buenos Aires vibrante, com gente consumindo e se divertindo em cafés e restaurantes, no centro e zonas como Recoleta e Palermo.

Mas, como as fachadas atraentes das "cuevas" na Florida, essa superfície efervescente oculta uma rápida deterioração econômica em curso neste ano de eleições presidenciais, o que tem levado o governo a tomar medidas heterodoxas e extremas —sem atacar problemas estruturais que amarram a economia há décadas.

"A pergunta de curto prazo é se a bomba explode antes das eleições, em outubro, ou da mudança de governo, em dezembro", afirma Miguel Broda, um dos mais conceituados economistas argentinos.

A Argentina completou em março 40 anos ininterruptos sob regime democrático, período mais longo da história. Nesse tempo, atravessou nove grandes crises, algumas com anos de duração, e conserva hoje o mesmo PIB per capita também de 40 anos atrás. Em média, o país cresceu só 1% ao ano no período.

O fundamental é o fato de que, em mais de um século, a Argentina fechou as contas públicas no azul em apenas dez ocasiões.

Nos últimos anos, sem credibilidade no mercado para se financiar só vendendo títulos públicos, o país passou simplesmente a imprimir pesos. A ponto de precisar contratar casas da moeda no Brasil e na Espanha e levar os bancos a ampliar áreas de armazenamento de notas e adquirir novos cofres.

Agora, com uma forte crise à espreita, de superinflação em aceleração, o governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner reluta em adotar medidas impopulares e urgentes.

Embora Fernández pareça carta fora do baralho, Cristina pode querer se candidatar a presidente e desafiar as chances do atual ministro da Fazenda, Sergio Massa, da Frente de Todos, coalizão que governa a Argentina desde 2019.

No campo adversário da direita liberal há o atual prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta, e Patricia Bullrich, ex-ministra da Segurança, ambos do Juntos por el Cambio. Na direita radical, o deputado Javier Milei.

Até outubro, quando o pleito se realiza, há o risco de a inflação, e as contas públicas, entrarem em novo ciclo de deterioração.

Nos últimos 12 meses até fevereiro, os preços subiram 102,5%, a maior taxa desde 1991. Somou-se a isso a maior seca no país em 60 anos, que deve reduzir em até US$ 25 bilhões as exportações da safra 2022-2023, numa queda de 48% em relação ao ciclo anterior.

"É uma perda que levará a economia inteira a sofrer, pois a agropecuária é quem mais gera dólares. Haverá sangria em vários setores e nas contas públicas", diz Nicolás Pino, presidente da Sociedade Rural Argentina.

Algumas consultorias preveem queda de 3% no PIB neste ano, e dados oficiais do último trimestre de 2022 mostraram desaceleração de -1,5% em relação ao trimestre anterior.

Com menos dólares entrando, aumenta a pressão sobre o câmbio e a inflação, num país em que economistas estimam que as reservas internacionais estejam negativas.

Isso estrangula a capacidade do governo de financiar de forma minimamente sustentável políticas sociais para atenuar a atual crise, e que consomem grande parte do Orçamento.

Na semana passada, o governo tomou duas medidas heterodoxas conjuntas para tentar aliviar pressões sobre a inflação e o caixa.

Por um lado, determinou às empresas estatais vender ou trocar títulos em dólares por novos papéis denominados em pesos, injetando cerca de US$ 4 bilhões nas reservas do Banco Central, que interveio pesado no câmbio para tentar conter a inflação. Por outro, imprimiu mais 130 bilhões de pesos para honrar pagamentos, sobretudo de benefícios sociais.

Segundo dados do Observatório da Dívida Social da Universidade Católica Argentina (UCA) e do Indec (o IBGE argentino), 43,1% dos argentinos (19,8 milhões) estão abaixo da linha de pobreza, o que leva o país a despejar enormes subsídios às famílias, de contas de luz e gás a transferências de dinheiro que, direta ou indiretamente (via deduções de imposto), chegam a 95% das crianças e jovens com menos de 17 anos.

Para financiar essas políticas, a taxação do governo argentino sobre a produção agropecuária (maior fonte de dólares) está entre as mais altas do mundo, e há imposto sobre exportações com alíquotas de até 35%.

Outros setores produtivos também vêm sendo mais taxados para financiar a mitigação da pobreza, mas sem que haja mudanças para racionalizar a complexa rede de subsídios e o Estado.

Segundo Gala Díaz Langou, diretora-executiva do Cippec, centro de políticas públicas apartidário de Buenos Aires, os subsídios em 2022, sobretudo para a energia, representaram 82% do déficit fiscal.

"No ano passado, o Estado pagou 79% do custo da luz e 71% do gás a todos os conectados à rede. Muitos estão nas camadas mais favorecidas, o que significa que pagamos pela climatização das piscinas dos ricos", afirma.

Os subsídios estatais em energia e transportes (a gasolina custa menos da metade da brasileira, pelo câmbio paralelo) consomem quase o dobro das despesas em saúde e quase um terço a mais que a educação.

Eles aumentaram a partir de 2001, quando o peso sofreu maxidesvalorização ao fim de um período de paridade da moeda com o dólar, levando ao "corralito" (confisco) de depósitos bancários. Na época, metade dos argentinos caiu na pobreza.

Durante o governo Macri, alguns tarifaços diminuíram os subsídios, mas eles retornaram no governo Fernández e Cristina, com a pandemia e a Guerra da Ucrânia.

Depois de atingir 2,4% do PIB em 2022, o déficit primário (sem contar juros da dívida pública) previsto para 2023 é de 1,9%, segundo acordo com o Fundo Monetário Internacional, credor de US$ 44,5 bilhões. Mas, com a seca histórica e o desaquecimento em curso, a meta parece impossível.

Mesmo um plano para subsidiar menos a energia de quem ganha mais resolveria só parte do déficit, pois há outras questões fundamentais.

Nos últimos dez anos, o funcionalismo nas três esferas de governo aumentou de 2,7 milhões para 3,4 milhões (17,4 pontos percentuais acima do aumento populacional), segundo o Instituto Argentino de Análise Fiscal. O país tem 50% mais servidores em relação à sua população do que o Brasil.

Além dos subsídios à energia, outros programas sociais representam mais de 10% do Orçamento e, segundo o observatório da UCA, chegam a 45% da população.

Por fim, o sistema previdenciário argentino é altamente deficitário, com a maioria (55%) dos 9 milhões de aposentados não tendo contribuído, segundo o Idesa (Instituto de Desenvolvimento Social Argentino). Só 23% dos benefícios foram concedidos com a totalidade dos aportes.

Durante muitos anos, também foram aprovadas milhares de aposentadorias especiais, que pagam mais e contemplaram de militares e medalhistas olímpicos a cantores do teatro Colón.

Com as eleições se aproximando, é praticamente nula a discussão sobre esses temas difíceis entre as possíveis candidaturas. Mas Buenos Aires segue vibrante.

 

 

por FERNANDO CANZIAN / FOLHA de S.PAULO

ARGENTINA - O trabalhador de um vinhedo em Mendoza, pertencente à vinícola Monteviejo, exibe dois cachos de uva cabernet franc: um vistoso, outro com poucos bagos e frutos atrofiados. "Foi atingido pela geada", diz. O clima inclemente explica a pior colheita de uvas em 30 anos na Argentina.

Geadas tardias e, em menor medida, granizo e seca, têm castigado os vinhedos de Mendoza, 1.000 km a oeste de Buenos Aires, província que concentra 70% da produção de uvas e 78% da de vinhos na Argentina. As outras regiões produtoras tampouco vivem uma situação melhor.

"Estamos apressando a colheita, porque tememos uma próxima geada", disse à AFP Marcelo Pelleriti, assessor enológico da Vinícola Monteviejo, localizada no Vale de Uco, aos pés da Cordilheira dos Andes, uma das regiões vinícolas mais célebres de Mendoza.

Este é "um dos piores anos na História, com baixa produção, houve granizo, geadas tardias, geadas precoces", enumerou.

Em Monteviejo estima-se que a perda de colheita será de 50%. O vinhedo está, em parte, protegido por telas anti-geadas. Mas, em outras vinícolas de Mendonza, as perdas chegaram a 100%.

A redução da colheita obriga os produtores a redobrarem os esforços. "Na vinícola, temos que fazer uma boa seleção dos cachos, de bagos e temos que colher em todas as parcelas. É mais trabalho, menos uvas, o que implica mais pessoal", lamentou José Mounier, enólogo da Monteviejo.

 

- Panorama complicado -

"Podemos falar em pior colheita em mais de 20 anos, talvez 60", advertiu em declarações à AFP Mario González, presidente da Corporação Vinícola Argentina (Coviar) e membro de uma cooperativa de produtores de uvas em La Rioja (noroeste).

Os números definitivos da colheita de 2023 serão divulgados no fim de maio, mas as estimativas são de que eles estarão abaixo de 1,54 milhão de toneladas de uva, a menor colheita em 27 anos, segundo registros do Instituto Nacional de Vitivinicultura (INV), que remontam a 1996.

"O panorama é muito complicado e caminha de mãos dadas com as quedas nos mercados interno e externo. A conta vai se estreitando por todos os lados. Estamos falando em uma redução de quase 40% em relação a uma colheita normal. O clima não dá trégua e continua castigando", acrescentou González.

No entanto, a redução da produção seria compensada com uma queda da demanda. Pelo menos, não haveria escassez, avaliam especialistas do setor.

A Argentina, que oscila entre o quinto e o sétimo lugares na produção mundial de vinho, muito atrás do trio líder (Itália, França e Espanha), teve dois bons anos comerciais entre 2020 e 2021, ligados à pandemia de covid-19.

No mercado doméstico argentino (destino de mais de 70% da produção), o setor se beneficiou do longo confinamento, que levou os argentinos a aumentarem seu consumo. Depois, diminuiu para 18 litros per capita ao ano em 2022, contra 20 ou 21 litros por pessoa nos dois anos anteriores, segundo González.

Além da volta à normalidade, as vendas sofrem com os embates da inflação no país (94,8% em 2022), que atinge em cheio o bolso dos argentinos, que têm diminuído, ano após ano, o consumo de vinho em relação ao pico de 88 litros anuais por pessoa, registrado em 1977, segundo dados do INV.

 

- Dólar 'malbec' -

Encurralado pelas dificuldades e pela perda dos mercados internacionais, onde a Argentina é o décimo entre os exportadores, o setor vitivinícola recebeu recentemente um empurrão do governo, necessitado de divisas em um país com controle cambial.

Como fez em 2022 com a soja, principal produto de exportação do país, o governo anunciou a adoção próxima de uma taxa de câmbio diferenciada para o setor, mais favorável do que a oficial, de cerca de 210 pesos (R$ 5,40) por dólar.

É um "dólar Malbec", como foi nomeado pela mídia argentina, para estimular as exportações, que caíram entre 10% e 40%, segundo os produtores.

No futuro, os produtores deverão decidir se voltarão a plantar, segundo sua rentabilidade, em queda nos últimos cinco anos, indicou González.

Marcelo Pelleriti se diz preocupado com a perspectiva de futuros eventos climáticos. "Antes, as sequências de geadas eram muito mais espaçadas, a cada cinco ou dez anos, e não todos os anos, como agora", lamentou.

 

 

AFP

BUENOS AIRES – Os preços da dívida soberana da Argentina caíam cerca de 3,5% no início da tarde de quarta-feira, 22, um dia depois da revelação de medidas do governo para pressionar entidades estatais a se desfazerem de seus títulos soberanos locais e estrangeiros em dólares para conter a volatilidade da taxa de câmbio.

A reformulação dos títulos do setor público, que as autoridades disseram que visará inicialmente trocar cerca de 4 bilhões de dólares em títulos em dólares por dívida em pesos, tem como objetivo absorver a moeda local no mercado, conter a inflação e reduzir a dívida externa mantida por instituições estatais.

“Hoje começamos a aprofundar o mercado de títulos em dólares locais, começando com a compra de participações em títulos globais de entidades públicas”, escreveu o secretário de política econômica Gabriel Rubinstein no Twitter.

“O Estado, sem utilizar as reservas do BCRA (banco central argentino), vai continuar resgatando e deslistando títulos globais, cortando a dívida externa.”

Com os detalhes do plano ainda incertos e que devem ser revelados em um decreto do governo, os títulos soberanos caíram acentuadamente, liderados pela dívida em dólar. O peso argentino permaneceu em baixas recordes em relação ao dólar nos mercados paralelos.

Alguns analistas apontaram para a falta de clareza no mercado, embora outros tenham dito que a medida pode ajudar a acalmar um ambiente econômico cada vez mais difícil, com reservas caindo, inflação anual acima de 100% e pressão crescente sobre o peso.

“O objetivo é estabilizar a situação financeira. Vejo isso como positivo”, disse Juan Politi, da corretora Allaria Ledesma.

O índice de risco-país da Argentina, no entanto, subiu 0,98 ponto percentual para 2.441 por volta do meio-dia de quarta-feira. Alguns analistas especularam que as medidas podem eventualmente ser estendidas para afetar cerca de 28 bilhões de dólares em títulos mantidos pelo setor público.

 

 

Por Walter Bianchi e Jorge Otaola / REUTERS

ARGENTINA - A área metropolitana de Buenos Aires, na Argentina, foi ‘atacada’ por pequenos insetos semelhantes com os piolhos nos últimos dias. A causa, de acordo com o Sistema Nacional de Vigilância e Monitoramento de Pragas (Sinavimo), se dá pelo forte calor que atinge a região.

Conhecidos como tripés, os insetos pertencem a espécie Caliothrips phaseoli e são comuns em áreas rurais. Contudo, as condições climáticas na região de Buenos Aires contribuem com o aumento populacional dos animais.

“[Os tripes] têm um ciclo reprodutivo rápido. Com condições ideais, a reprodução aumenta muito. Neste caso, os que estamos olhando são os adultos. As ninfas são muito pequenas e ficam nas plantas, são pragas. O que aconteceu é que um grande número desses bichos chegou à fase adulta e saiu, justamente, para se reproduzir", explicou o biólogo Luciano Peralta, ao jornal "La Nación".

 

 

REDETV!

ARGENTINA - O ministro da economia da Argentina, Sergio Massa, anunciou a "intervenção de 180 dias" da empresa de eletricidade Edesur, devido aos cortes de energia que têm assolado o país nas últimas semanas.

A intervenção será dirigida pelo político Jorge Ferraresi, e o objetivo é "supervisionar o cumprimento das obras e a melhoria do serviço", segundo o ministro, tal como relatado pela Telam.

Além disso, a Argentina vai multar a empresa em 2,7 mil milhões de pesos (cerca de doze milhões de euros) pelo serviço não prestado aos seus cidadãos durante os cortes de energia dos últimos dias, o que "já não pode ser tolerado", segundo o ministro.

Ao longo dos últimos 15 dias, vivemos situações que nos atingiram a todos e nos magoaram. Claramente, ver lojas a deitar fora mercadorias, casas sem eletricidade e água em todo o comprimento e largura da concessão de Edesur estabeleceu a "agenda"", criticou o ministro.

Salientou também que a empresa italiana que é o principal acionista da Edesur, a Enel, decidiu colocar os seus ativos na Argentina à venda, levantando dúvidas na mente do governo quanto à sua capacidade de continuar a prestar o serviço no futuro.

No início de Março, a rede eléctrica da Argentina sofreu cortes na região de Buenos Aires e noutras províncias, deixando mais de 20 milhões de pessoas sem eletricidade durante cerca de quatro horas, quando pelo menos três linhas eléctricas de alta tensão estavam em baixo em resultado de um incêndio.

 

 

Fonte: (EUROPA PRESS)

por Sergio Silva / NEWS 360

BUENOS AIRES – A produção de soja da Argentina para a safra 2022/2023 está agora estimada em 25 milhões de toneladas, informou a bolsa de grãos de Buenos Aires nesta quinta-feira, abaixo dos 29 milhões de toneladas estimados anteriormente.

A nova estimativa é o número mais baixo para a safra em quase um quarto de século, disse a bolsa, já que uma seca prolongada que remonta a maio de 2022 em algumas áreas devastou o setor agrícola.

A Argentina é o maior exportador mundial de óleo de soja processado e farelo.

A bolsa de grãos também reduziu sua estimativa para a safra de milho 2022/23, para 36 milhões de toneladas, ante 37,5 milhões de toneladas estimadas anteriormente. A projeção de quinta-feira indica a pior safra do grão em sete anos.

 

 

Reportagem de Maximilian Heath / REUTERS

ARGENTINA - A seleção brasileira de beach soccer se garantiu nas semifinais da Copa América da modalidade após aplicar uma goleada de 13 a 0 sobre o Equador, na tarde de quarta-feira (15) no Estádio La Rural, em Rosário (Argentina).

O grande destaque do Brasil na partida foi Edson Hulk, que marcou quatro vezes. “Alegria imensa por ter marcado esses quatro gols e ter ajudado o Brasil a conquistar uma boa vitória e a vaga antecipada nas semifinais. Agora temos um jogo muito difícil contra a Argentina, que joga em casa, mas estamos confiantes de que faremos uma grande apresentação para assegurar o primeiro lugar no grupo e entrar ainda mais forte na semifinal. Conquistar a vaga para a Copa do Mundo de Dubai é o nosso grande objetivo”, declarou o camisa sete.

O próximo desafio da equipe brasileira na competição é o clássico com a Argentina, que será disputado a partir das 17h (horário de Brasília) nesta quinta-feira, pela 5ª rodada da fase inicial da competição. A equipe que vencer garante a primeira posição do Grupo A.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Abril 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30          
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.