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PEQUIM - A China assinou um acordo de cooperação com a Argentina para promover a construção conjunta da "Nova Rota da Seda", disse o órgão de planejamento estatal chinês na sexta-feira.

O acordo aprofundará a cooperação entre China e Argentina em áreas como infraestrutura, energia, economia e comércio, bem como finanças, disse a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma em um comunicado.

 

 

REUTERS

Região localizada na Argentina é conhecida pelo vinho, gastronomia, aventura e cultura

 

ARGENTINA - Salta é o nome de uma cidade localizada na Argentina e segundo pesquisa foi escolhido como o terceiro destino turístico mais competitivo do mundo. Situada no noroeste da Argentina, a região de Salta pode servir como ponto de partida para outras cidades ou ser seu acampamento base para passeios curtos de um dia na região. Segundo o relatório do estudo Singerman & Makón,  a província de Salta é a mais competitiva do país, na comparação com 28 destinos turísticos do mundo. Já na categoria gastronomia situa-se em 1º lugar e em hotéis e city tours em 3º lugar.A região é uma das apostas do Instituto Nacional de Promoção Turística (Inprotur)da Argentina.

A região vinícola de Salta encanta com seus vinhedos e três países fazem fronteira com a província: Paraguai e Bolívia ao norte e Chile a oeste. Entre os altos picos da Cordilheira dos Andes, Salta possui os vinhedos de maior altitude do mundo, alguns com mais de 3.000 metros acima do nível do mar. As uvas tintas Malbec e Torrontes, emblemas dos vinhos argentinos de alta qualidade, também são os vinhos de assinatura da região. O tempo e o clima de Salta proporcionam grandes amplitudes térmicas diurnas, criando vinhos de sabor intenso, acidez equilibrada e maturação fenólica.

A história da região vinícola começou no século XVI, quando os missionários jesuítas começaram a plantar vinhas com sementes de uvas do Peru. As condições climatéricas foram a chave do sucesso destas vinhas originalmente primitivas. Além disso, as colinas de grande altitude permitem o desenvolvimento de deliciosos perfumes e cores intensas nas uvas. Comumente chamada de Salta la Linda (Salta “a bonita”), a cidade oferece aos visitantes a oportunidade de experimentar a cultura quechan e andina, além de experimentar comidas regionais como empanadas, que são consideradas as melhores do país. 

Espalhadas pelas terras férteis do Vale Calchaquí, as sub-regiões vinícolas essenciais de Salta são Cafayate, Cachi e Molinos. A sub-região mais importante da região vitivinícola de Salta é Cafayate , o principal produtor de vinho. Cerca de 60% dos vinhedos do Vale Calchaquí estão ali. A elevação dos vinhedos de Molinos atinge até 3.000 metros acima do nível do mar. Este vale particular tem chamado a atenção por seus vinhos de alta qualidade e terroir excêntrico. 

Além  de vinho, gastronomia e cultura, Salta apresenta também uma natureza exuberante. Há três Parques Nacionais na região  (Baritú, El Rey e Los Cardones) e há inúmeras possibilidades de explorar o local através de passeios á cavalo, travessias em 4×4, rafting, trekking, montanhismo em locais como o vulcão Llullaillaco, ciclismo, tirolesa, bungee jumping, etc. Outras duas atrações turísticas do local são o  sítio arqueológico de Tastil e o trem nas nuvens, que sobe a 4.200 metros e é uma das três maiores ferrovias do mundo. “Visitar Salta é bem simples, já que há voos diretos saindo de São Paulo três vezes na semana (segundas, quartas e sábados) operado pela Aerolineas Argentinas”, destaca o Ministro de Turismo e Esportes da Província de Salta, Mario Peña.

ARGENTINA - A vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, líder do governismo peronista, pediu na última quinta-feira (25), diante de uma multidão reunida na Praça de Maio, o abandono do acordo de crédito com o FMI, no primeiro grande ato de campanha governista para as eleições presidenciais de outubro.

"Se não conseguirmos que esse programa que o Fundo impõe a seus devedores seja deixado de lado e nos permita elaborar um próprio, de crescimento e industrialização e desenvolvimento tecnológico, será impossível pagar a dívida", assinalou a ex-presidente (2007-2015), inabilitada a se candidatar pela Justiça, que a considerou culpada de corrupção.

Cristina, 70, evocou uma frase de seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kicrhner (2003-2007), para se referir ao acordo com o Fundo: “Os mortos não pagam dívidas.”

O governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner renegociou com o FMI um empréstimo que o país contraiu durante a administração anterior, do liberal Mauricio Macri, em 2018, no âmbito do qual tem que cumprir metas fiscais e monetárias. O crédito foi, então, o maior da história da instituição, de US$ 57 bilhões, cujas parcelas foram interrompidas por Fernández após a remessa de US$ 44,5 bilhões. A Argentina havia quitado sua dívida com o FMI durante a gestão de Néstor Kirchner.

No feriado chuvoso do Dia da Pátria em Buenos Aires, em frente à sede do governo, dezenas de milhares de apoiadores cantaram "Cristina presidente", apesar de ela ter sido condenada a seis anos de prisão e estar inabilitada. "Sem uma única prova no julgamento", clamou a vice-presidente hoje, durante o ato. Atrás dela no palco, estavam o ministro do Interior, Eduardo De Pedro, e o ministro da Economia, Sergio Massa, possíveis candidatos à presidência.

A Argentina enfrenta uma inflação de 108% em 12 meses, escassez extrema de dólares e um índice de pobreza de 40%.

 

 

AFP

BUENOS AIRES - O governo da Argentina anunciou um pacote de medidas para conter a alta da inflação e apoiar o cambaleante peso cambial no domingo, incluindo ajustes nas taxas de juros, mais intervenções no mercado de câmbio e acordos acelerados com os credores.

As medidas incluem um aumento da taxa de juros pelo banco central, disse o Ministério da Economia em um comunicado. O ministério não deu mais detalhes, mas uma fonte oficial disse à Reuters que o aumento seria de 600 pontos-base, elevando a taxa para 97%.

O aumento da taxa entrará em vigor na segunda-feira, acrescentou a fonte.

O país está lutando para reduzir a inflação, que atingiu 109% anualmente em abril. A Argentina também enfrenta a queda da confiança no peso e a diminuição das reservas em moeda estrangeira, que ameaçam as finanças do governo.

O banco central também aumentará sua intervenção no mercado de câmbio e dobrará seu plano de desvalorização da moeda, disse o ministério. Um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para distribuir fundos para o país também será acelerado, acrescentou o ministério.

Mais medidas devem ser anunciadas nos próximos dias, segundo o ministério.

O governo do presidente Alberto Fernandez está tentando controlar a situação econômica à medida que as eleições se aproximam, com pesquisas de opinião mostrando apoio fraco ao partido peronista no poder.

O próprio Fernandez já anunciou que não será candidato, mas o governo tenta melhorar a situação econômica para evitar uma vitória da oposição.

 

 

Reportagem de Jorge Otaola e Maximilian Heath / REUTERS

ARGENTINA - Diante da perda de poder aquisitivo da população por causa da inflação alta, o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, anunciou, no último domingo, 7, um alívio fiscal para os trabalhadores que pagam Imposto de Renda.

“Decidimos aumentar, a partir de maio, o piso do Imposto de Renda para 506.230 pesos (aproximadamente R$ 11 mil no câmbio oficial), gerando um alívio fiscal para mais de 250 mil trabalhadores que deixarão de pagar o imposto a cada mês”, escreveu Massa no Twitter.

A mudança vinha sendo pedida pelos sindicatos de trabalhadores. Isso porque os reajustes salariais negociados pelos sindicatos por causa da inflação permitem que os rendimentos aumentem, mas fazem com que mais trabalhadores tenham de pagar Imposto de Renda.

“Esse novo alívio fiscal é chave para que o imposto não afete os aumentos salariais e é parte do nosso compromisso constante para melhorar o poder aquisitivo da população”, afirmou Massa.

No mês passado, o governo de Alberto Fernández já tinha decidido isentar do Imposto de Renda cerca de 600 mil trabalhadores. O salário médio na Argentina no setor privado é de 226.675 pesos (cerca de R$ 4.700, no câmbio oficial), segundo dados de janeiro do Ministério do Trabalho.

 

 

por EFE

ARGENTINA - Depois do Brasil, em março, a Argentina segue o exemplo e anuncia que pagará por suas importações chinesas em yuan, a moeda comercial chinesa. Buenos Aires está, portanto, fazendo infidelidades ao dólar em favor da moeda asiática. A partir de maio, a Argentina poderá pagar o equivalente a US$ 1 bilhão de importações chinesas diretamente em yuan. Se Pequim busca internacionalizar sua moeda, o que a Argentina ganha com isso?

"Manter o nível de atividade e o volume de importações" é o objetivo declarado pelo governo argentino. Para os importadores, a compra em yuans acelerará o comércio. Os yuans são mais rápidos de se obter porque a demanda por eles é menor, explica o jornal argentino Clarín.

A ativação de um mecanismo de troca monetária, que Pequim e Buenos Aires já tinham, também deve aliviar um pouco a pressão sobre as reservas cambiais do país latino-americano.

Esse abandono do dólar nas transações com a China melhora as perspectivas das reservas líquidas da Argentina. As reservas internacionais se deterioraram ainda mais desde o início de 2022, caindo de US$ 44 para US$ 36 bilhões.

 

Dólar ainda é um porto seguro para os argentinos

A seca que a Argentina está enfrentando está agravando a tensão econômica. A menor produção agrícola significa menos exportações e mais de US$ 15 bilhões não entrarão no país. O acordo negociado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) limita sua margem de manobra.

As compras de importações de yuans são anunciadas em um momento em que o peso está se desvalorizando drasticamente em relação ao dólar. Com a inflação em alta, o dólar segue sendo um porto seguro para os argentinos.

Em transações informais, o dólar estava sendo negociado a 500 pesos no início da semana, contra 227 pesos por um dólar na taxa oficial, perdendo 20% em uma semana.

 

 

por RFI

BUENOS AIRES  – Os três últimos presidentes da Argentina desistiram de disputar as eleições presidenciais marcadas para outubro, deixando a disputa aberta e o resultado incerto, com o único candidato certo sendo um libertário de extrema-direita que quer desmantelar o banco central.

A incerteza política tem agitado os já frágeis mercados financeiros da Argentina, com o peso atingindo na última semana mínimas recordes nos populares mercados clandestinos. A inflação é de 104,3% e quase uma em cada quatro pessoas está na pobreza.

“É um cara ou coroa”, disse Shila Vilker, diretora do instituto de pesquisas Trespuntozero, à Reuters sobre a disputa. “O que vemos é muita fragmentação no que é oferecido politicamente.”

O presidente Alberto Fernández, cuja popularidade despencou, descartou na semana passada uma candidatura à reeleição. Seu antecessor, Mauricio Macri, um dos líderes do principal partido da oposição, também ficará de fora da disputa.

A poderosa vice-presidente Cristina Kirchner, uma esquerdista que divide opiniões, mas tem uma base de apoio fervorosa e também já presidiu o país, disse em dezembro que não concorrerá a nada nas eleições de 2023 depois de ser condenada por corrupção.

A coalizão de oposição Juntos pela Mudança continua na liderança, mostram as pesquisas. Mas o que parecia uma vitória certa no ano passado agora parece mais nebuloso, com o economista libertário Javier Milei atraindo eleitores dos principais partidos de esquerda e direita.

“Há uma tendência ascendente de eleitores muito irritados com a política que aparentemente estão optando por essa nova força”, disse Facundo Nejamkis, diretor da pesquisa de opinião Opina Argentina.

Vilker coloca o Juntos Pela Mudança com um total de 33% dos votos prováveis, a coalizão peronista governista em entre 28% e29% e Milei com 24%. A Opina estima 31%, 26% e 23%, respectivamente. Milei, no entanto, encabeça a lista de candidatos individuais em vez de partidos.

Quem serão os outros candidatos deve ser definido nas primárias de agosto. Os favoritos da oposição conservadora são o atual prefeito da cidade de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, e a ex-ministra da Segurança, Patricia Bullrich.

Os peronistas, cambaleando com a crise econômica, estão ainda mais divididos. Os candidatos em potencial são o ministro da Economia, Sergio Massa, o veterano político Daniel Scioli e o ministro do Interior, Eduardo de Pedro. A vice-presidente Kirchner pode até fazer um retorno surpreendente, com apoiadores pedindo que ela concorra.

 

 

 

Reportagem de Nicolás Misculin; Reportagem adicional de Jorge Otaola e Reuters TV

ARGENTINA - O presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou que seu governo está “repensando” um acordo assinado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) porque tem uma cláusula de “mudança climática” que o país, em meio a uma seca histórica, se viu impedido de cumprir.

“É enorme o trabalho que está sendo feito em relação a essa cláusula”, disse Fernández em um evento na cidade de Benavídez, na província de Buenos Aires, após o ministro da Economia, Sergio Massa, voltar de uma viagem a Washington, nos Estados Unidos, para participar de um encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).

Fernández lembrou que o acordo com o FMI, firmado em março de 2022 para refinanciar uma dívida de US$ 45 bilhões que a Argentina contraiu com a entidade, tem uma cláusula indicando que se as condições econômicas projetadas no programa não forem cumpridas por razões fora do controle do país, é necessário “repensar o programa”.

“Especificamente”, segundo o presidente argentino, foi estipulado que a “mudança climática” é uma das razões que podem produzir uma lacuna no programa.

Um déficit de chuva pelo terceiro ano consecutivo no verão reduziu a produção de um dos principais produtores e exportadores agrícolas do mundo, o que pode significar um prejuízo de cerca de US$ 20 bilhões em exportações em um país com escassez de moeda estrangeira - e uma consequente queda na arrecadação traz risco de aprofundar o déficit fiscal.

Massa está em Washington desde a última quinta-feira e lá se encontrou com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, além de funcionários do governo dos EUA e de organizações multilaterais, o que lhe permitiu obter financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Banco Mundial e do fundo soberano da Arábia Saudita./EFE

 

 

ESTADÃO

ARGENTINA - Rival do Fluminense na fase de grupos da Libertadores, o River Plate alcançou no domingo, 16, sua sétima vitória consecutiva e ampliou a vantagem na liderança do Campeonato Argentino. A equipe bateu o Newell's Old Boys por 1 a 0 fora de casa e chegou a 30 pontos em 12 partidas (10 vitórias e duas derrotas).

O gol do jogo saiu nos acréscimos do segundo tempo, aos 50 minutos: Pablo Solari marcou após assistência de Barco.

A distância para o segundo colocado San Lorenzo, que ainda entra em campo na rodada, agora é de sete pontos. O Defensa y Justicia, que já fez 12 partidas, está em terceiro, com 21 pontos.

Comandado por Martin Demichelis, o River estreou com derrota por 3 a 1 para o The Strongest na Libertadores. Pelo Grupo D, que tem o Fluminense como líder, a equipe argentina recebe o Sporting Cristal na segunda rodada, às 21h (de Brasília) da próxima quarta-feira.

 

 

Por Redação do ge

ARGENTINA - Inflação de três dígitos, depois de três décadas. A Argentina não registrava tamanha alta desde 1991, mas com os 13,1% somados em janeiro e fevereiro de 2023, o acúmulo anual chegou a 102,5% agora em março, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC). É sob esse peso que os argentinos seguem rumo às eleições para presidente, governadores e legisladores, em 22 de outubro, um domingo que poderá revelar a força política da extrema direita no país, impulsionada em boa parte pela crise econômica enfrentada há décadas pela população. Fato, de certa forma inesperado, e importante, “esse radicalismo se apresenta pela primeira vez na história da Argentina, tradicionalmente voltada aos direitos humanos e à democracia”, como observa Flavia Loss, professora de Ciência Política da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo).

O cenário se tornou propício a populistas como Javier Milei ­— ex-goleiro de futebol, vocalista de banda cover dos Rolling Stones, comediante e radialista ­— , que completa 53 anos justamente na data da eleição. Também economista, surpreendeu como líder de uma coalizão liderada pelo partido que fundou, o La Liberdade Avanza, ao ser eleito deputado nacional por Buenos Aires em 2021, e agora faz campanha para presidente dizendo-se “anarco-capitalista” ou “liberal libertário”. Chamado de “El Peluca” (“Peruca”, por conta do corte de cabelo desvairado), se mostra agressivo, defende armas para a população, nega o aquecimento global que diz ser invenção comunista, e se vale de xingamentos ­— o que também lhe garantiu o rótulo de “Bolsonaro argentino”. Assinou a Carta de Madrid, elaborada pelo partido extremista espanhol Vox, e que descreve grupos ibero-americanos de esquerda como criminosos sob influência cubana. Diz que não visita os pais porque, para ele, estão mortos, e considera como filho o primeiro dos cinco cachorros (da raça mastim inglês) que mantém.

Nesse percurso, Javier Milei ganhou uma Bolsonaro-de-saias como concorrente: Patricia Bullrich, presidente do partido Proposta Republicana (PRO), que foi deputada em dois mandatos (1993-1997 e 2007-2015) e três vezes ministra (do Trabalho, da Segurança Social e de Segurança). Perto de completar 67 anos (em junho), é classificada como linha-dura ao declarar que “direitos humanos são para delinquentes” e defender repressão a quaisquer protestos da população. Seu partido está na coalizão Juntos pela Mudanza e tem na violência urbana a principal bandeira de campanha. Bullrich vem ganhando terreno na extrema direita, mas para conseguir vaga como candidata à presidência da Argentina ainda precisa derrotar internamente o rival Horacio Rodríguez Larreta, prefeito de Buenos Aires, de centro-direita.

“Em um mundo onde suportamos tentativas desestabilizadoras, é um orgulho celebrar 40 anos de democracia”, Alberto Fernández, presidente da Argentina

Respostas prontas

Atual presidente da Argentina, Alberto Fernández (kirchnerista do Frente de Todos) se debate para segurar a queda da moeda. Agora no início de abril, criou o “dólar agrícola”, espécie de subsídio aos exportadores do agronegócio, com valor intermediário entre o dólar oficial e o paralelo (que chegaram a uma diferença de 160% em julho passado), para reverter a situação de produtores que retêm dólares no Exterior e ganham com a desvalorização da moeda do país. São tentativas de cumprir o plano de reestruturação apresentado pelo FMI à época da renegociação da dívida de US$ 45 bilhões, em 2022.

102,5%  foi a inflação acumulada do país em março

Fernández segue candidato à reeleição. Cristina Kirchner, ex-presidente e sua atual vice (com quem está rompido), aparecia em segundo lugar na intenção de votos herdados do peronismo, mas diz que não irá concorrer, assim como o ex-presidente Mauricio Macri. O radical Javier Milei, que defende a dolarização da economia com a extinção do Banco Central, aparece como terceiro na preferência dos eleitores, mas concorrendo na mesma raia de Bullrich, que, para muitos, teria mais chances do que ele na linha de chegada.

Flavia Loss vê o esgotamento do kirchnerismo (de centro-esquerda) como um dos fatores pela ascensão da extrema direita na Argentina. Para ela, o continente surfou a onda rosa de pujança, mas não conseguiu cumprir promessas quanto a resoluções de problemas como desigualdade, inflação e fome. Em resumo, não entregou prosperidade. A resposta à população de um continente conservador foi, espertamente, da extrema direita, contrária à pauta social e progressista. “Essa tática dos extremistas é desenvolvida desde os anos 1980 e ganhou força a partir de 2010 com as redes sociais, que se tornaram a ponta-de-lança desse movimento”, diz a professora, para quem ou os progressistas reagem, ou em cinco anos a direita poderá ter tomado vários governos do mundo.

Quando se buscam saídas em meio a um cenário de deterioração, não apenas econômico, como da própria democracia, continua Flavia, é a extrema direita que vem se apresentando em vários países, com o mesmo modus operandi que se vê no trumpismo ou no bolsonarismo. “Na Argentina, o movimento veio à tona de maneira nunca vista e forte, como parte dessa manifestação estruturada internacionalmente, além de eficiente em articulação, sobre uma esquerda que segue fragmentada ou até engolida, como a centro-direita já foi.”

 

 

por Alinne / ISTOÉ

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