Crimes contra o patrimônio público dobram em um ano, colocam em risco a segurança da população e geram prejuízos aos cofres públicos.
SÃO CARLOS/SP - O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Carlos (SAAE) já registrou, este ano, até o momento, 101 substituições de grades e grelhas de bueiros, quase o dobro do total contabilizado durante todo o ano de 2024, que foi de 53 substituições. O prejuízo estimado chega a aproximadamente R$ 165 mil.
GASTOS E RISCOS - Os bueiros, também conhecidos como bocas de lobo, são fundamentais para o escoamento da água da chuva nas vias públicas, mas vêm se tornando alvos frequentes de criminosos em diversas regiões do município. Além do impacto financeiro, os furtos colocam em risco motoristas e pedestres, especialmente crianças e idosos, que podem sofrer acidentes devido às aberturas deixadas nas vias.
SITUAÇÃO DE PEQUENAS, MÉDIAS E GRANDES CIDADES - Essa situação não é exclusiva de São Carlos. Em várias cidades brasileiras, o furto de grelhas e tampas de bueiros tem causado prejuízos milionários. No Rio de Janeiro, por exemplo, para se ter uma ideia, em 2024 foram furtadas mais de 5 mil grelhas de ferro, gerando um prejuízo de quase R$ 2 milhões à prefeitura daquele município.
Em São Carlos, o SAAE vem reforçando as ações de fiscalização e monitoramento, além de realizar a substituição imediata das estruturas danificadas. No entanto, o combate a esse tipo de crime também depende de medidas, inclusive policiais, contra os receptadores desses materiais. O valor médio de reposição de grades/grelhas, por unidade, para o SAAE, é de R$ 1.631,43 (incluindo a grade, o material, o transporte e a mão de obra). Em alguns locais mais críticos, onde o furto é reincidente, o SAAE tem colocado grades de concreto na tentativa de coibir a prática do furto e reduzir o custo para a autarquia.
O presidente do SAAE, Derike Contri, reforça a importância da colaboração da população. “Enquanto houver quem compre, haverá quem furte. Por isso, é essencial que toda a sociedade colabore, denunciando práticas suspeitas e contribuindo para preservar o patrimônio público e a segurança de todos. Pedimos, também, que haja consciência dos donos de ferros-velhos para que não comprem esse tipo de material. Somente desta forma essa prática terá um fim, de forma eficaz e definitiva”.