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Obra reúne diversos autores analisando conteúdos da Internet

 

SÃO CARLOS/SP - "Mimimi", fake news, aborto, viralização no Twitter e influencer do LinkedIn são alguns temas que compõem o rolar das páginas eletrônicas do livro "Análise do discurso digital: perspectivas teóricas e metodológicas", recém-publicado pela editora Letraria.net, de Araraquara (SP). O acesso é gratuito, pelo site https://bit.ly/3seZSny
A obra tem autoria de Lígia Menossi Araujo, docente do Departamento de Letras (DL) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Marco Antônio Almeida Ruiz, docente da Universidade Federal de Goiás (UFG), e Renata de Oliveira Carreon, pós-doutoranda do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Capinas (Unicamp); todos integram o Laboratório de Estudos Epistemológicos e Discursividades Multimodais (LEEDIM) da UFSCar. 
"Neste livro, propomos (re)pensar questões prementes da Análise do Discurso Digital a partir de suas diferentes perspectivas teóricas e metodológicas de modo a congregar estudos de pesquisadores de diferentes geografias", declaram os autores. 
A obra é destinada a todos os interessados em compreender as transformações sociais que as redes têm proporcionado nos últimos anos, afirma Lígia Araujo. "Trata-se de um exercício que toma algumas características desse espaço virtual para compreender os caminhos e as interações sociais em uma época dominada pelas redes sociais", explica a docente. 
Segundo a professora da UFSCar, no livro são analisados alguns dos processos tecnodiscursivos que ocorrem nas redes e mídias digitais - incluindo reels do Instagram, vídeos do YouTube e perfis em redes sociais profissionais, como o LinkedIn. "De acordo com a linguista francesa Marie-Anne Paveau, há certos discursos que são nativos das redes, isto é, que surgem na própria rede mundial de computadores. Como exemplo, podemos citar os memes que carregam consigo marcas textuais específicas compostas pelas tecnologias virtuais. Não há como desconsiderar tais marcações hoje, porque fazem parte inerente do processo de interação social, política e econômica do Brasil, disseminando novas técnicas de comunicação com recursos não estritamente linguísticos, mas que aderem constantemente às formas de comunicação social".
No contexto da produção acerca da Análise do Discurso, a professora explicita os diferenciais do trabalho recém-lançado: "Acreditamos que nosso livro tem o importante papel de construir pequenos gestos interpretativos sobre os discursos que circulam na contemporaneidade nas redes e mídias. Ademais, constrói uma primeira cartografia dos trabalhos desenvolvidos no Brasil no atual contexto social. Nossa obra não tem o objetivo de substituir ou excluir outras formas de compreensão sobre o digital, pelo contrário, tem a função de ampliar e fomentar ainda mais as discussões acerca do tema".

O que é a Análise do Discurso?
Lígia Araujo explica que "a Análise do Discurso é uma teoria funcionalista de leitura e interpretação que emergiu no final da década de 1960 na França, desestruturando um pensamento estritamente formal e sistêmico que abarcava toda a área das ciências humanas. Além disso, diante de tal irrupção, ela tinha como objetivo compreender as diferenças de sentidos sobretudo acerca do discurso político num contexto de intensa movimentação social e de formas de resistência a governos conservadores.
"De lá para cá", continua a docente da UFSCar, "vemos diversos desdobramentos em torno desse campo, contemplando diferentes materialidades a partir de diferentes realidades culturais. Assim, as discussões acerca de uma análise do discurso digital são recentes no Brasil; por exemplo, em 2021, nós, cientistas de diferentes instituições de Ensino Superior brasileiras, participamos da tradução de uma obra relevante para esse novo caminho que se constitui, intitulada de 'Análise do discurso digital: dicionário das formas e das práticas', de autoria de Marie-Anne Paveau, uma importante linguista contemporânea que vem se debruçando sobre tais questões. Trata-se, portanto, de um conjunto de reflexões e conceitos que foram pensados a partir dos discursos e textos inerentes ao contexto digital. A partir de suas conjecturas, diversos pesquisadores brasileiros têm tomado esse contexto digital para compreender as transformações sociais que implicam diretamente nas interações humanas e, por consequência, comunicativas", detalha. 
"Logo, a análise do discurso, para além do contexto político inicial, que possibilitou sua emergência a partir da figura de Michel Pêcheux, vemos hoje as plataformas digitais constituindo-se como objeto de observação e construção teórica de muitos cientistas da linguagem, sobretudo em nosso País", conclui.
Evento é gratuito, aberto ao público e conta com atividades como rodas de conversas, oficinas e minicursos

 

SÃO CARLOS/SP - A XI edição da Semana de Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) acontecerá nos dias 6, 7 e 8 de dezembro, com o tema: "Possibilidades e Realidades para a Prática Docente". Trata-se de um evento gratuito, aberto a todo o público e que contará, no primeiro dia, com uma sessão solene, uma mesa-redonda de abertura, um encontro formativo sobre realidade dos professores e uma oficina de habilidades sociais. No segundo dia, haverá uma palestra de Educação Física adaptada e três minicursos, sendo que cada pessoa inscrita poderá escolher um para realizar: Braille, Sexualidade e Educação Especial e Audiodescrição. No último dia, acontecerá um café com perguntas aos professores, com o tema "A Realidade do Autismo" e, em seguida, outro café com perguntas, com o tema "A Deficiência na Vida Adulta". Na parte da tarde, haverá um Sarau Cultural, com palestra de abertura, oficina de desenho e mais apresentações. As atividades acontecerão na área Sul do Campus São Carlos da UFSCar; em breve será divulgado o local de cada atividade. Haverá também emissão de certificado. Mais informações estão detalhadas neste formulário eletrônico (https://bit.ly/3FHkTdK), onde também estão disponíveis os horários dos eventos (palestras e minicursos) ofertados durante a Semana. Mais detalhes, como a localização, também poderão ser encontradas no Instagram do evento (@semeesp.2023). Dúvidas podem ser tiradas pelo e-mail comissao.organizadora.semeesp@gmail.com.

 

São cinco vagas e as inscrições podem ser feitas até 20 de novembro

 

SÃO CARLOS/SP - Foi publicado o edital para o Processo Seletivo Público Simplificado, realizado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), para contratação temporária de médicos para atuarem no Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh). Ao todo, foram abertas cinco vagas nas especialidades médicas de Pediatria, Anestesiologia, Medicina Intensiva e Medicina Intensiva Pediátrica. A carga horária semanal será de 24 horas e a remuneração é de R$ 10.463,79, mais benefícios.
As inscrições devem ser realizadas por este link (https://bit.ly/3SL1Qac) e as informações completas do processo seletivo estão no edital (https://bit.ly/3uq1E5N). 

 

A Feira EcoSolidária acontece semanalmente, em frente ao Ginásio da UFSCar, das 16 às 20 horas

 

SÃO CARLOS/SP - A Feira EcoSolidária, que conta com a venda de produtos veganos, orgânicos e sustentáveis acontece semanalmente na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A Feira é um espaço destinado à comercialização e ao consumo de produtos e serviços confeccionados e oferecidos sob os princípios da economia solidária, promovendo a interlocução entre quem produz e quem consome. A Feira ocorre na UFSCar desde 2014 e faz parte de um projeto de extensão do Núcleo Multidisciplinar Integrado de Estudos, Formação e Intervenção em Economia Solidária (NuMI-EcoSol) da UFSCar.
O evento acontece toda terça-feira, das 16 às 20 horas, em frente ao Ginásio de Esportes, localizado na área Sul do Campus São Carlos da UFSCar. Visitando a feira, será possível conhecer os projetos e iniciativas locais que promovem a Economia Solidária e sustentável em nossa região com hortifruti orgânicos, pastel, caldo de cana, cachorro-quente, crepe suíço, pães caseiros e veganos, cones e trufas de chocolate, chá de kombucha, bolsas e vestuário afro, arte em papel reciclado, bolsas com tecido reciclado, bijouterias em aço e pedras, ecojoias, xícaras decorativas, mandalas e muito mais.
Participam da feira produtores do Acampamento Capão das Antas, Assentamento Santa Helena, grupo Recriart, artesãs que fazem parte do grupo Talentos Artísticos de São Carlos (Tasca) e coletivos DiversificArte e Cocriarte, bem como produtores individuais que estão entrando na Economia Solidária. Os produtos comercializados são feitos artesanalmente e com preço justo.
Mais informações podem ser consultadas na página da Feira no Facebook (Feira EcoSolidária da UFSCar) e no Instagram (@feiraecosolidaria.ufscar).

SÃO CARLOS/SP - Você sabe qual a importância de ampliar a conscientização sobre as demências para toda a sociedade? E por que devemos reduzir o estigma associado à temática e nos preparar, o quanto antes, para os desafios do envelhecimento?

Estas reflexões estão no artigo mensal de Marcia Regina Cominetti, docente no Departamento de Gerontologia (DGero) da UFSCar, para a coluna "EnvelheCiência", uma parceria com o Instituto da Cultura Científica (ICC) da Instituição. A iniciativa visa divulgar informações - baseadas em evidências científicas - sobre o processo de envelhecimento, tornando assim o conhecimento e as descobertas importantes da área disponíveis para um público mais amplo.

Na publicação do mês - "Por que é uma boa ideia ampliar a conscientização sobre as demências?" -, a pesquisadora aponta os principais motivos para ampliar o conhecimento acerca das demências e a relevância de informar, o quanto antes, sobre seus sintomas, tratamentos e estratégias de cuidado. Também cita iniciativas existentes dessa natureza em outros países e que podem nos inspirar. 


O artigo está disponível para leitura no site do ICC.

Mais informações sobre o projeto EnvelheCiência estão disponíveis em https://www.icc.ufscar.br/pt-br/projetos/sementes-da-cultura-cientifica/coluna-envelheciencia.

SÃO CARLOS/SP - Já pensou em ter um programa de rádio? A Rádio UFSCar 95,3 FM, emissora educativa, recebe propostas para a programação de 2024 em mais uma edição de sua Chamada Pública. Qualquer pessoa com idade a partir de 18 anos pode propor um programa sobre qualquer tema, podendo escolher sua duração, periodicidade de veiculação (apenas uma exibição, semanal, quinzenal, mensal etc.) e o formato, como entrevista, discotecagem, dentre outros. Os interessados devem se inscrever até as 12 horas do dia 12 de dezembro, pelo endereço www.radio.ufscar.br/chamadapublica.

Na modalidade "Independente", o proponente deve produzir o seu programa na íntegra e encaminhar o arquivo com o conteúdo editado para veiculação na emissora. Nesse caso, qualquer pessoa, mesmo aquelas que não têm vínculo com a UFSCar, podem participar da seleção. Já na modalidade "Coprodução", os programas serão feitos em conjunto com a Rádio UFSCar. Dessa maneira, a gravação e a edição do conteúdo poderão ser realizadas pela Rádio, ficando a cargo do coprodutor o conteúdo musical, entrevistados e/ou locução.

Para participar da Chamada Pública com propostas de coproduções, é preciso ter vínculo com a UFSCar, de estudante, pesquisador, servidor ou colaborador de empresa terceirizada. Os aprovados irão gravar um programa piloto para que possa ser analisada sua viabilidade técnica e orçamentária, bem como a qualidade artística e informativa do conteúdo a ser coproduzido. "Esperemos que servidores, pesquisadores e estudantes façam propostas de programas relacionados à sua atuação acadêmica", afirma Diego Doimo, diretor artístico da Rádio UFSCar. Além disso, todas as propostas devem atender às diretrizes do Projeto Editorial da Rádio, disponível em www.radio.ufscar.br.

A emissora educativa da UFSCar, que realiza Chamadas Públicas para compor sua programação desde 2014, tem atrações independentes e coproduções, além de produções próprias. "Nosso objetivo é democratizar a comunicação. No último ano, foram mais de 40 propostas selecionadas, desde programas que falam sobre envelhecimento, até atrações com conteúdo sobre a Coréia do Sul. Além disso, a rádio educativa universitária, por natureza, deve cumprir um papel educativo. Ao envolver a comunidade na criação de programas, oferecemos oportunidades de aprendizado e desenvolvimento de habilidades em produção de mídia, comunicação e jornalismo", explica Doimo. 

Para Mariana Luz, diretora da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da UFSCar, ter uma programação inclusiva é essencial para a construção de uma sociedade, cada vez mais, democrática. Ela acredita que, ao permitir que a comunidade participe de forma ativa propondo programas, a Rádio diversifica sua programação e oferece conteúdos mais representativos. Além disso, ao dar voz à comunidade, a Rádio contribui para a promoção do pluralismo na mídia. "Isso é um passo importante em direção a uma sociedade menos desigual. A Chamada Pública tem um papel essencial de democratizar a comunicação, propiciando que qualquer pessoa participe da construção da comunicação sendo produtor de conteúdo. Dessa forma, é possível trazer para a Rádio diferentes experiências vividas na sociedade, diferentes pontos de vista, diferentes perspectivas e isso só enriquece a nossa programação", esclarece a diretora.

Segundo Mariana Luz, um dos intuitos da Rádio UFSCar é aproximar a universidade de outros setores da sociedade, sendo um espaço de circulação do conhecimento. A emissora é um ponto de encontro entre a comunidade acadêmica dos quatro campi e toda a população, pois, apesar de estar sediada no Campus São Carlos, servidores e estudantes de Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino, em Buri, também fazem parte da programação. "Com uma rádio deste porte, a UFSCar chega a muitas pessoas. Nós divulgamos pesquisas científicas, projetos da Instituição dos quais qualquer pessoa pode participar, falamos sobre cursos, promovemos a cultura e muito mais. Seja pelo FM ou pela web, os ouvintes recebem informações qualificadas e ouvem uma programação musical diferente da que as outras emissoras costumam tocar", complementa.

"Muitas pessoas que não estão dentro da Universidade não ficam sabendo de tudo que é produzido aqui dentro. A Rádio reúne o que acontece dentro da UFSCar e divulga essas ações. No último ano, aumentamos nossa potência, investimos em equipamentos, contratamos jornalistas, para levar, cada vez mais, uma programação de qualidade para os nossos ouvintes", conclui Diego Doimo, diretor artístico da Rádio UFSCar.

Para estimular a diversidade, pessoas autodeclaradas pretas, pardas ou indígenas, assim como mulheres, pessoas transgênero e transsexuais, pessoas não binárias e pessoas com deficiência terão acréscimo na pontuação do processo seletivo da Chamada Pública. A Comissão de seleção é composta por representantes da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI) da UFSCar - detentora da concessão da emissora -, da CCS, do Instituto da Cultura Científica (ICC) e da Pró-Reitoria de Extensão da universidade. Mais informações em www.radio.ufscar.br/chamadapublica. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. A Rádio UFSCar pode ser ouvida em 95,3 FM em São Carlos e região e pelo www.radio.ufscar.br, em qualquer lugar do mundo.

Inscrições devem ser feitas até 8 de dezembro

 

SOROCABA/SP - O Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP-So) do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulgou o edital do exame de seleção de estudantes para o curso de mestrado acadêmico, com início no primeiro semestre de 2024.
Há 12 vagas disponíveis e as inscrições devem ser realizadas até 8 de dezembro, por meio de preenchimento de formulário online. Poderão participar do processo seletivo, candidatos que sejam portadores de diplomas de graduação de instituições de Ensino Superior reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC) ou, provisoriamente, de certificado ou documento equivalente.
O PPGEP-So tem por objetivo formar pesquisadores que possam atuar em subáreas de pesquisas associadas ao planejamento, implementação, controle e aperfeiçoamento de sistemas produtivos em sentido amplo.
O formulário de inscrição e o edital estão disponíveis no site do Programa (www.ppgeps.ufscar.br). Informações podem ser obtidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (15) 3229-5990.
Novo episódio de "Conexão Federal" comemora os 30 anos da EdUFSCar, com recordações e reflexões sobre o futuro

 

SÃO CARLOS/SP - Em 2023, a Editora da Universidade Federal de São Carlos (EdUFSCar) completa 30 anos de existência. Para celebrar suas conquistas, crescimento e consolidação no mercado das editoras universitárias, o "Conexão Federal" (https://bit.ly/conexao-federal-edufscar) traz uma conversa com pessoas essenciais em toda essa história.
O produto, em formato videocast, tem o objetivo de fomentar debates construtivos, por meio da disseminação de iniciativas relacionadas ao ensino, à pesquisa e à extensão do ambiente universitário, e entender como elas se relacionam com a vida das pessoas.
Este episódio, apresentado por Adriana Arruda, jornalista do Instituto da Cultura Científica (ICC) da UFSCar, conta com a participação de Oswaldo Truzzi, que foi Diretor da EdUFSCar entre 2000 e 2016, e de Wilson Alves-Bezerra, atual Diretor da Editora e docente no Departamento de Letras (DL) da Instituição.
Ao longo do bate-papo, os convidados relembram histórias de obras e autores e autoras, além de conquistas e prêmios conquistados pela Editora. Também mencionam os principais desafios, como, por exemplo, o surgimento dos livros digitais e as adaptações para os e-books.
Falam, ainda, sobre o futuro - e, dentro dessa perspectiva, a importância de tornar as obras da Editora acessíveis, de forma global, para todas as pessoas do mundo. 
O episódio completo pode ser assistido em https://bit.ly/conexao-federal-edufscar.
A série tem periodicidade mensal, com publicação no YouTube (https://bit.ly/conexao-federal-edufscar), Instagram (instagram.com/ufscaroficial) e outras redes sociais da UFSCar, e também no Portal da UFSCar (ufscar.br) e site do ICC (icc.ufscar.br). Além da íntegra de cada episódio, vários "cortes" são publicados no Instagram, para fomentar o engajamento do público com a temática selecionada.
A iniciativa é uma realização do ICC, com o apoio do Núcleo de Apoio à Indissociabilidade entre Inovação, Pesquisa, Ensino e Extensão (NAIIPEE), vinculado à Fundação de Apoio Institucional (FAI-UFSCar).
Sugestões de temas para os próximos episódios do videocast podem ser feitas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Conheça as origens da discriminação machista, as condutas típicas e como combater os comportamentos nocivos

 

SÃO CARLOS/SP - O que cabe dentro da UFSCar? Ciência? Cabe! Inovação e empreendedorismo? Cabem! Cultura e lazer? Cabem também! Diálogo e divergência de ideias? Com certeza, cabem! Avanços no conhecimento e desenvolvimento de novas tecnologias? Ah, cabem! Formação profissional e cidadã? Cabe! Compromisso social? Cabe, muito! Práticas esportivas e cuidados com o corpo e a mente? E como cabem! Diversidade, empatia, acolhimento, respeito? Cabem e devem caber cada dia mais. 
E o machismo, cabe dentro da UFSCar? Não, não cabe. Mas, apesar de não caber, por que comportamentos machistas são ainda tão presentes dentro da nossa Universidade? "É preciso entender o machismo de forma estrutural, que vem historicamente do patriarcado, do sistema capitalista, que colocou pessoas e corpos em condições subalternas. É desse lugar, da divisão sexual do trabalho, da divisão entre o público e o privado, que vem toda a desigualdade de gênero que vivemos na sociedade e, consequentemente, dentro da Universidade", contextualiza a professora Natália Salim, do Departamento de Enfermagem (DEnf) e Coordenadora de Diversidade e Gênero da Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
De acordo com Laura Maria, estudante de Enfermagem na UFSCar e Coordenadora de Núcleo do Movimento de Mulheres Olga Benário, "o machismo começa a se manifestar na sociedade desde muito cedo e sua origem está na socialização de gênero, que é como as normas, papéis, expectativas e valores relacionados ao gênero são transmitidos às crianças desde o nascimento e durante seu aprendizado nas escolas, que exerce papel essencial na formação de todas as pessoas". O Movimento de Mulheres Olga Benário é uma articulação nacional em defesa dos direitos e das vidas das mulheres.
Quando falamos de machismo, estamos falando sobre um sistema de crenças, valores e comportamentos que coloca homens cis em uma posição de superioridade sobre as mulheres, com base no gênero. "São exemplos de uma postura machista a crença de que as mulheres são naturalmente menos capazes ou emocionalmente instáveis em comparação com os homens, comentários sexistas, objetificação e sexualização do corpo feminino, propagação da desigualdade salarial, padrões de moralidade, violência de gênero, entre muitos outros", exemplifica Laura Maria.
"Quando uma mulher é silenciada, interrompida na sua fala, o que é muito comum; quando ela é impedida de assumir uma posição de destaque; quando vemos em uma loja de brinquedos a diferença daquilo é feito para meninos e para meninas; quando mulheres são punidas por suas roupas; chamadas de loucas e de histéricas quando se posicionam; quando são repreendidas pela forma que falam, quando são assediadas nas ruas de forma naturalizada, estamos vendo a expressão do machismo se manifestar", completa Salim.

Os estereótipos de gênero e a perpetuação do machismo
São diversos os estereótipos de gênero que podem ter efeitos prejudiciais tanto para meninas quanto para meninos, contribuindo, consequentemente, para a formação de adultos com atitudes machistas. "Os meninos, por exemplo, enfrentam a pressão de se enquadrar em padrões de masculinidade que enfatizam a força, a agressividade, a independência emocional e a busca pelo sucesso a qualquer custo, podendo limitar a expressão emocional e criar expectativas irrealistas de comportamento; a crença de que os meninos não devem expressar emoções, exceto a raiva, pode resultar em dificuldades para identificar e lidar com os sentimentos, o que a longo prazo é extremamente prejudicial", descreve Laura Maria.
Quanto às meninas, os estereótipos de gênero levam a restrições de escolhas e oportunidades, direcionando-as para áreas tradicionalmente femininas, como cuidado e serviço, em vez de áreas de liderança, ciência e tecnologia; levam à pressão para a conformidade e perfeição, afinal meninas frequentemente são pressionadas a serem agradáveis, obedientes e perfeitas em todas as áreas de suas vidas, o que pode levar a altos níveis de ansiedade e autoexigência; além da objetificação e sexualização que contribuem para a formação de uma autoimagem distorcida e reforçam a ideia de que o valor das meninas está ligado à sua aparência física.
"Meninas e meninos são punidos quando eles não correspondem àquilo que é imputado ao sexo biológico e isso tem consequências sérias para a vida adulta, porque essa construção sobre gênero, sobre o sexo biológico leva à reprodução de comportamentos machistas", afirma a professora da UFSCar.

Feminismo x machismo
De acordo com Natália Salim "feminismo não é o contrário do machismo (na verdade, a gente trata no plural - feminismos - considerando que temos uma diversidade de mulheres e de movimentos também), porque os feminismos são uma luta, são um movimento histórico pelos direitos das mulheres e no combate à desigualdade de gênero; não são uma luta pela superioridade, são uma luta pela igualdade".
Laura Maria apresenta a questão da seguinte forma, "para que a emancipação das mulheres seja efetiva é necessário discutir os antagonismos. O verdadeiro feminismo é a luta que esclarece as verdadeiras contradições, o verdadeiro opressor, e o verdadeiro inimigo. É mecanismo de dominação e do interesse do capitalismo que se crie a falsa ideia de que a contradição antagônica é entre homens e mulheres quando na realidade é entre toda a classe trabalhadora, oprimida, e o sistema opressor em que vivemos. Essa é uma estratégia de camuflagem que nada faz além de confundir as mulheres, dividir em gêneros uma luta unificada de explorados para evitar que combatam, juntos, a sociedade exploradora, nosso verdadeiro alvo".
O que fica claro é que a luta do feminismo é ainda extremamente necessária, pois o machismo perpetua a desigualdade de gênero em várias áreas. A violência doméstica, o assédio sexual, o estupro e o feminicídio são outras consequências diretas. A ideia de que as mulheres são emocionais demais para cargos de liderança restringe a liberdade de escolha, mina a autoestima e a confiança. A pressão para conformar-se aos padrões de gênero tradicionais e as experiências de discriminação baseadas no gênero enfraquecem a saúde física e mental. O machismo limita a participação das mulheres na política e na economia, resultando em políticas e decisões consequentemente menos justas. "É importante lembrarmos que o machismo prejudica não apenas as mulheres, mas também a sociedade como um todo, pois impede o pleno desenvolvimento de recursos humanos e a criação de uma sociedade mais justa e igualitária. Portanto, a luta pela emancipação das mulheres e contra o machismo é fundamental para todos na construção de uma sociedade ideal", defende a estudante da UFSCar.
"O Brasil histórica e estruturalmente é um país machista: é só a gente pensar na cultura do estupro, a misoginia, o quanto as agressões e toda essa violência de gênero são normalizadas, e isso se agravou nos últimos anos, com um governo que só reforçou, reproduziu e disseminou violência de gênero. Então, os desafios são muitos, porque, na diversidade de mulheres brasileiras, a gente vê as que são mais vulnerabilizadas historicamente: mulheres negras, mulheres trans, mulheres periféricas, que são muito mais expostas a situações de violência e à negação de direitos", lamenta Salim.

O combate ao machismo
"É verdade que muitas vezes as pessoas podem adotar comportamentos machistas sem perceber, afinal sempre houve internalização de estereótipos de gênero e normas culturais que estão profundamente enraizados na sociedade", diz Laura Maria. "Esses comportamentos foram sendo validados e reforçados, reproduzidos de várias formas e em diferentes contextos, desde a igreja, na família, na escola e na própria ciência que por muito tempo reforçou e propagou a ideia de inferioridade do corpo das mulheres, da falta de habilidades para áreas como a das Exatas; esse corpo que deveria desempenhar as suas funções reprodutivas, de cuidado e ser lugar e objeto de prazer do outro", completa a professora. E as duas concordam: para construir comportamentos anti-machistas e promover a igualdade de gênero, é fundamental educação e conscientização, ensinar e aprender sobre as questões de gênero, estereótipos de gênero e as formas como o machismo se manifesta.
"A ideia de uma 'criação feminista' significa construir um ambiente em que meninas e meninos sejam criados com igualdade de oportunidades, sejam incentivados a desafiar os estereótipos de gênero prejudiciais. Isso ajuda a construir uma sociedade mais justa, em que todas as pessoas, independentemente de seu gênero, tenham respeito, igualdade de direitos e oportunidades", afirma Laura Maria.
Para Natália Salim, "essa educação que rompe com a desigualdade de gênero precisa acontecer o mais precocemente possível, já na infância, com práticas que ensinem sobre a igualdade de gênero, que o lugar da mulher é onde ela quiser, que ela pode fazer escolhas e que os meninos também sejam educados nessa perspectiva, sejam educados para o cuidado, sejam educados para a sensibilidade".
"A importância de debater as masculinidades está justamente em reconhecer que o machismo não é benéfico para nenhum de nós, nem para os homens nem para as mulheres. Ao explorar e desafiar as expectativas tradicionais de masculinidade, os homens conseguem visualizar e entender como essas expectativas podem ser prejudiciais para eles mesmos e para a sociedade como um todo. Isso também ajuda a criar um ambiente em que os homens se sintam incentivados a se envolver ativamente na promoção da igualdade de gênero, pois quando se entende que a luta feminista não é antagônica aos homens, não há uma competição entre homens e mulheres", conclui a ativista. "Esse é o grande desafio de toda sociedade, que precisa estar engajada no combate ao machismo, principalmente os homens, e para isso é preciso debater sobre essa masculinidade que é tão nociva; isso só é possível com uma educação que seja contínua, que comece na infância e se estenda inclusive para o espaço da universidade como um lugar que está formando pessoas para além de suas profissões e, com isso, poder construir uma sociedade mais equânime, na qual a violência não tenha lugar", defende a professora.

Campanha
Para combater o machismo e toda forma de violência, a UFSCar lançou a campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime". Trata-se de uma estratégia para realizar um movimento educativo com a comunidade a fim de que todas as pessoas possam perceber o quanto são violentas em suas atitudes cotidianas e rever suas ações, mas também para que possíveis agressores entendam que qualquer ato de violência é passível de investigação e punição perante a lei. 
"Somos uma comunidade humana e plural. Combater todos os tipos de violência é importante para garantir o convívio pacífico e, mais que isso, permitir com que as diferentes visões de mundo se encontrem e possibilitem, com isso, a construção de um conhecimento plural, diverso, elaborado a partir de diferentes pontos de vista, experiências e culturas. Não é possível viver em uma sociedade de paz sem combater todos os tipos de violência", afirma Vinícius Nascimento, gestor da Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE) da UFSCar.
No escopo da campanha, "queremos vestir os campi com cartazes, flyers, adesivos e promover diferentes tipos de ações educativas como rodas de conversa, diálogos e atividades culturais, tudo com o propósito de mitigar a violência, construir uma cultura da paz e promover a diversidade", destaca ele.
"Cada pessoa da comunidade UFSCar precisa se enxergar como um instrumento dessa transformação. A mudança exige o trabalho diário, a partir do diálogo franco e do forte engajamento de todas e todos", conclui a Reitora Ana Beatriz de Oliveira.
Para conferir os vídeos da campanha, acesse: www.ufscar.br ou o perfil de Instagram @ufscaroficial
Projeto de arborização da UFSCar e Rotary-Pinhal irá plantar 150 mudas em duas áreas

 

SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o Rotary Club de São Carlos - Pinhal e as secretarias municipais de Esportes e Meio Ambiente se uniram para realizar um projeto de arborização urbana que homenageará 150 atletas da cidade de São Carlos.
O projeto está buscando empresas que queiram associar sua marca aos cuidados ao meio ambiente e ao incentivo aos esportes para o patrocínio dos custos, que irão envolver a manutenção das áreas e as homenagens aos atletas. A iniciativa já conta com a parceria da empresa Morro Verde Ambiental Serviços Ambientais. 
O plantio será realizado em dois espaços. Um deles é o Centro Esportivo do Santa Felícia, promovendo benefícios para os praticantes de esportes e a comunidade, além de melhorar o aspecto cênico do Centro. Nesse local, será fixada uma placa comemorativa com o nome de 150 esportistas da cidade. O plantio complementar será feito em uma área de 745 m² passível de Recuperação Ecológica, próxima à rodovia Washington Luís, na Rua Luiz Lázaro Zamenhoff, nº 2730.
"A arborização urbana, em especial de áreas públicas, contribui para a saúde e bem-estar dos moradores através da melhoria da qualidade do ar pela retenção de particulados, redução da poluição sonora e do estresse térmico ao prover sombreamento em meio às ilhas de calor urbano", explica Andréa Lúcia Teixeira de Souza, professora do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) da UFSCar e coordenadora do projeto de extensão na Universidade, intitulado "Arborização de áreas verdes públicas: Centro Esportivo do Santa Felícia".
De acordo com o sócio do Rotary-Pinhal, Celso Rizzo, com o plantio, serão homenageados atletas profissionais, amadores, técnicos e dirigentes que de alguma forma contribuem ou contribuíram com o esporte de São Carlos. "Como forma de divulgar ainda mais o projeto e envolver a comunidade, o Rotary-Pinhal irá solicitar a algumas entidades - Secretaria Municipal de Esportes, Atléticas da UFSCar e da USP, clubes de lazer etc. -, que indiquem nomes a serem homenageados. Também pediremos que escolas realizem pequenos torneios, cuja premiação será a colocação do nome dos campeões na placa, além, é claro, de selecionar os atletas de São Carlos que ganharam medalhas em torneios importantes, como Mundiais, Olimpíadas, Pan Americano, Sul Americanos, Brasileiros, entre outros", explica. 
No dia do descerramento da placa comemorativa, prevista para o mês de maio de 2024, a equipe organizadora realizará "uma grande festa para reunir os homenageados, suas famílias e a população em geral, divulgando a importância dos esportes para a sociedade e a preservação do meio ambiente", declara Rizzo.

Cronograma
A primeira visita da equipe no Centro Esportivo do Santa Felícia ocorreu em 8 de fevereiro e contou com a participação do engenheiro florestal Pedro Henrique de Godoy Fernandes, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm) e responsável pela elaboração do projeto técnico. 
A implantação e manutenção do projeto tem duração de quatro anos. Em dezembro de 2023, será realizada a análise e correção do solo para o plantio. Até dezembro de 2027, estão previstas quatro etapas para manutenção e eventual substituição de mudas que tenham morrido.
"A correta arborização do Centro Esportivo do Santa Felícia vai proporcionar conforto térmico para os praticantes de esportes, devido a sua capacidade de sombreamento, além de outros benefícios citados anteriormente. Além dos praticantes de esportes, pode fomentar também a presença de pessoas que gostam de lugares tranquilos para passear, portanto, aumentando o uso do espaço público pela sociedade civil", explica Fernandes no projeto.
Mais informações, incluindo contatos para empresas patrocinadoras, podem ser solicitadas com Celso Rizzo pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo celular/WhatsApp (16) 99101-2384.

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