SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizou no último dia 27 de fevereiro a cerimônia de conclusão dos Programas de Residência Médica, turma 2022/2023. Os médicos residentes receberam a certificação de conclusão que lhes conferiu o título de Especialistas em Clínica Médica e de Medicina de Família e Comunidade.
Além dos residentes, o evento contou com a participação da Reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira; da Pró-Reitora de Extensão, Ducinei Garcia; da Chefe do Setor de Gestão do Ensino do Hospital Universitário (HU), Letícia Pancieri; da Chefe do Departamento de Medicina (DMed) da UFSCar, Aline Guerra Aquilante; e do Coordenador da Comissão de Residência Médica da UFSCar, Guillermo Andrey Ariza Traslaviña; além dos coordenadores dos Programas de Residência em Clínica Médica e Medicina de Família e Comunidade, Silvana Chachá e Willian Luna.
"Estou muito feliz em estar aqui hoje celebrando a conquista de vocês. Ouvir a fala dos docentes sobre os momentos de construção da Residência Médica na UFSCar é muito gratificante. Gostaria de reforçar a importância do Programa de Residência Médica não somente enquanto programa de formação, mas também por contribuir com a consolidação do HU e com a sua excelência", disse a Reitora durante a solenidade.
O Programa de Residência Médica da UFSCar foi planejado para o treinamento em serviço nos três níveis de atenção à saúde, no qual o médico em treinamento adquire vivências e habilidades para cuidar de pacientes clínicos, conquistando independência e responsabilidade de forma progressiva.
Na Clínica Médica, a maior parte das atividades é realizada no HU e alguns estágios ocorrem em serviços parceiros como a Santa Casa de São Carlos. Já a Medicina de Família e Comunidade tem inserção plena na Rede de Atenção Primária à Saúde de São Carlos, nas Unidades de Saúde da Família, além dos estágios especializados em cenários de média e alta complexidade. Sempre sob supervisão qualificada e integral, garantindo o cuidado seguro e eficaz ao paciente, bem como o adequado desenvolvimento técnico e humano, em ambiente pautado por diretrizes éticas e científicas. A duração do curso é de dois anos e foram ofertadas bolsas de residência concedidas pelo Ministério da Educação (MEC).
A especialidade médica é dedicada ao diagnóstico, tratamento e reabilitação de adultos. O médico especialista nessa área atua em um amplo e abrangente espectro de cuidados no processo saúde-doença, sendo reconhecido como especialista em diagnóstico, tratamento de doenças crônicas e em promoção da saúde e prevenção de doenças, não estando limitado a um tipo específico de problema médico ou sistema.
Os processos seletivos para ingresso são anuais por meio do concurso nacional chamado Exame Nacional de Residência (Enare) promovido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Os interessados devem acompanhar as informações no site da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) para conhecimento sobre o cronograma e abertura de edital.
Causa de cenário trágico no Brasil, preconceito contra a comunidade LGBTQIAPN+ leva ao sofrimento, isolamento social e até suicídio
SÃO CARLOS/SP - Você já se perguntou por que a sexualidade do outro incomoda tanto? "Pessoas homofóbicas nem sempre sabem que são homofóbicas. E nem sempre é fácil identificar que cometemos atos de homofobia. É preciso, inicialmente, considerar que vivemos em um país homofóbico. E, por conta disso, há várias práticas e comportamentos amalgamados em nossa sociedade, interiorizados em nós e reproduzidos". Quem esclarece é Thiago Loureiro, Coordenador de Diversidade e Gênero da Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Homofobia é o assunto da vez na campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime", lançada no mês de outubro de 2023 pela Universidade e que já abordou temas como racismo, assédio, capacitismo, transfobia e machismo. Os conteúdos estão sendo veiculados no Portal da UFSCar (www.ufscar.br), e nas redes oficiais da UFSCar no Facebook e Instagram (@ufscaroficial), além de contar com a participação da Rádio UFSCar (@radioufscar).
De acordo com Loureiro, a homofobia é uma das formas de LGBTfobia que recai sobre pessoas homossexuais, ou seja, a discriminação em razão de orientação sexual contra gays (homens que sentem atração afetivo-sexual por homens), lésbicas (mulheres que sentem atração afetivo-sexual por mulheres) e sobre pessoas bissexuais e pansexuais (aquelas para as quais o recorte de gênero não limita a atração afetivo-sexual). Com o passar dos anos, sobretudo a partir do avanço dos movimentos sociais organizados, houve o entendimento da necessidade de inclusão de nomenclaturas que abrangessem as demais orientações sexuais e identidades de gênero, por isso comumente a adoção do termo LGBTfobia.
"É importante esclarecer: ser homossexual não é uma opção, do mesmo modo que ser heterossexual também não é uma opção. Uma pessoa opta pelo tipo de roupa que prefere vestir, um campo ou área do conhecimento que deseja estudar, escolhe usar cabelos curtos ou longos. Mas não escolhe ser homossexual, pois esse é um aspecto, entre outros, inerente à sua sexualidade - na orientação de seus afetos e desejos", afirma Loureiro.
Para ele, ilustrar a homofobia no Brasil através de números pode ser um tanto controverso, por dois motivos. "Inicialmente, não há um levantamento preciso dos dados pelo Estado, fato que, por si, constitui uma violação contra essa população. O que existe é um empenho de entidades da sociedade civil e de organizações ligadas à causa em levantar informações e assim esboçar um panorama da violência contra a população LGBTQIAPN+ no País".
Além disso, para ele, quando se pensa em homofobia, é preciso refletir para além dos números ou das formas "visíveis" de violência, pois existem dimensões mais veladas ou sutis como a agressão moral e verbal, isto é, a violência psicológica. "No nosso cotidiano, vários comportamentos e situações podem não parecer, mas também são caracterizados como homofobia. Nos períodos da infância e da adolescência, por exemplo, tão importantes no processo de socialização e de constituição de nossas identidades, expressões pejorativas como bichinha, florzinha, mariquinha, maria sapatão, mulher macho, entre tantas outras, são extremamente nocivas, tanto para quem é alvo, como para quem presencia, ensejando a reprodução. A homofobia é aprendida. Aprendemos a ser homofóbica(o)s, assim como aprendemos a ser racistas, do mesmo modo que aprendemos a ser classistas, questões que no caso brasileiro, não estão dissociadas de uma herança sócio-histórico-cultural carregada de símbolos, referências e linguagens".
"Vale ressaltar", salienta Loureiro, "que discursos de ódio também matam pessoas LGBTQIAPN+. No atual momento global testemunhamos o recrudescimento do autoritarismo nas agendas políticas e, por conseguinte, de discursos e práticas que visam diminuir, quando não, aniquilar a diversidade. No caso brasileiro, valores associados à defesa de uma pretensa família tradicional, à heterossexualidade compulsória e a uma visão de mundo religiosa-fundamentalista, muitas vezes catalisadas por fake news, têm refletido o êxito de um pânico moral que coloca em risco, precisamente, a comunidade LGBTQIAPN+. As falas seguintes, proferidas por um agente político e ex-líder de Estado são emblemáticas: Ter filho gay é falta de porrada; Somos um País cristão. Não existe essa historinha de Estado laico, não. O Estado é cristão. Vamos fazer o Brasil para as maiorias. As minorias têm que se curvar às maiorias. As minorias se adéquam ou simplesmente desaparecem".
Loureiro elenca outros exemplos de atos ou situações cotidianas que podem não parecer, mas também são homofobia:
- Quando a pessoa homo ou bissexual é a única da família que possui a vida amorosa silenciada, não se fala a respeito;
- Quando nem convidam a/o companheira(o) da pessoa para festas ou eventos como aniversários, casamentos etc.;
- Quando não cogitam a possibilidade de uma pessoa homo ou bissexual construir uma família ou não reconhecem que ela já tem uma;
- Quando falam "que desperdício" ou perguntam "cadê as/os namoradinha(o)s" quando já sabem bem;
- Quando fingem que não sabem ou ignoram a sexualidade da pessoa;
- Quando insinuam que a orientação sexual da pessoa é falta de religião, que é pecado;
- Quando dizem que "respeitam" a sexualidade da pessoa, mas que não aceitam a forma que "escolheu" viver;
- Quando apresentam a/o companheira(o) da pessoa como amiga ou amigo;
- Quando riem de um comentário ou de uma piada sobre a aparência ou comportamento afeminado ou masculinizado de alguém, ainda que a pessoa não esteja presente;
- Quando dizem "não me importa se for casal gay ou hétero, eu só não gosto de ver demonstrações de afeto" - sabemos que se importa, sim!
Casos e números
Outubro de 2023: um casal de namoradas em um shopping center na cidade de Teresina (PI), em que foram abordadas por um homem dizendo que elas deveriam se afastar e "evitar beijinhos", já que no local havia crianças. "Este é um caso de homofobia que carrega consigo implicações difíceis de dimensionar. Isso não ocorre com um casal heterossexual", comenta Loureiro, que lembra outro exemplo recente, ocorrido em dezembro de 2023 - o assassinato de Ana Caroline Souza Campêlo, jovem lésbica de 21 anos, morta com requintes de crueldade em Maranhãozinho (MA). A jovem, nascida em Centro do Guilherme (MA) tinha se mudado há poucos meses com a companheira para a cidade. Trabalhava na loja de conveniência de um posto de gasolina e foi vista pela última vez por uma vizinha, sendo abordada por um homem numa motocicleta. O seu corpo foi encontrado pela Polícia Militar em uma estrada vicinal, sem a pele do rosto, o couro cabeludo, os olhos e as orelhas.
Esses são apenas dois dos incontáveis casos que ilustram um cenário trágico, no qual o Brasil figura como um dos países mais violentos para as pessoas LGBTQIAPN+. "O número de pessoas LGBTQIAPN+ assassinadas no Brasil em 2022 mantém o País no topo mundial entre aqueles que realizam pesquisas sobre esse tipo de violência. Foram 242 homicídios - ou uma morte a cada 34 horas, além de 14 suicídios". O levantamento é do Grupo Gay da Bahia, realizado a partir de notícias publicadas nos meios de comunicação. Segundo o Dossiê - Mortes e Violências Contra LGBTQIAPN+ no Brasil, de 2021, entre a causa mortis envolvendo essa comunidade, destacaram-se o esfaqueamento, a morte por arma de fogo, o espancamento e a asfixia. De acordo com o Dossiê, tratar da LGBTfobia implica em análises complexas dos contextos em que as violências ocorrem, de modo que raramente é possível apontar uma causa única a essas mortes violentas. A própria situação de vulnerabilidade em que parte dessa população está inserida, sobretudo pessoas negras e periféricas, aumenta mais ainda as chances de violências as acometerem.
Segundo Loureiro, dados levantados por organizações como o Grupo Gay da Bahia, a Astra-Rio (Associação de Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro), a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a Rede Trans Brasil, entre outras, têm servido como parâmetro para estudos de observatórios internacionais, como o Transmurder Monitoring - Transgender Europe - que monitora experiências de pessoas trans e gênero-diversas com violência e criminalidade desde 2005.
Homofobia: crime que mata
E qual é a mensagem às pessoas no sentido de conscientização contra a homofobia? "Convido as pessoas a refletirem sobre o quanto elas reproduzem a homofobia, direta ou indiretamente", declara Loureiro. "Quando você ri de uma piada homofóbica, você está reproduzindo a homofobia".
"Olhares de reprovação, comentários inadequados, piadas equivocadas, julgamentos. A injúria pode se consumar como um ato concreto de violência ou permanecer, virtualmente, no horizonte como uma ameaça. Nem sempre a injúria precisa ser proferida e realizada, mas ela sempre estará ali, presente. Há uma antecipação da violência como preocupação central e persistente nessas subjetividades dissidentes. Por essa razão, pessoas homossexuais aprendem a fazer uma gestão diária e individual do medo e da vergonha. Isso envolve muito sofrimento podendo afetar a saúde física e mental dessas pessoas, culminando, inclusive, em casos de ideação suicida e no suicídio. Sabe-se que a população LGBTQIAPN+ apresenta maiores índices de ideação suicida e de suicídios do que pessoas cisgêneras heterossexuais e há dados que fundamentam uma relação causal desse resultado com as violências LGBTfóbicas sofridas por essas pessoas (rejeição por família e amigos, isolamento social, desestruturação de rede de apoio)", analisa o Coordenador de Diversidade e Gênero da UFSCar.
"Em uma sociedade homofóbica, não basta não ser homofóbica(o), apenas. É preciso ser anti-homofóbica(o). Quando presenciar um ato de homofobia, qualquer que seja, não se cale. O teu silêncio a/o torna conivente", alerta Loureiro.
Homofobia é crime. Denuncie! Em caso de emergência, acione a Polícia Militar pelo Disque 190. Se o crime já aconteceu, procure uma autoridade policial para registrar a ocorrência.
Sobre a campanha "Discriminação não cabe na UFSCar"
A campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime" é uma estratégia para realizar um movimento educativo com a comunidade, a fim de que todas as pessoas possam perceber o quanto são violentas em suas atitudes cotidianas, mudando seu comportamento. Ela também tem o papel de mostrar que qualquer ato de violência é passível de investigação e punição perante a lei.
"Somos uma comunidade humana e plural. Combater todos os tipos de violência é importante para garantir o convívio pacífico e, mais que isso, permitir com que as diferentes visões de mundo se encontrem e permitam, com isso, a construção de um conhecimento plural, diverso, elaborado a partir de diferentes pontos de vista, experiências e culturas. Não é possível viver em uma sociedade de paz sem combater todos os tipos de violência", afirma o Secretário Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE), Vinícius Nascimento.
"Cada pessoa da comunidade UFSCar precisa se enxergar como um instrumento dessa transformação. A mudança exige o trabalho diário, a partir do diálogo franco e do forte engajamento de todas e todos", conclui Ana Beatriz de Oliveira, Reitora da Universidade.
SÃO CARLOS/SP - A UFSCar informa que está realizando auditoria minuciosa em todos os processos relacionados à elaboração da lista de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada nos cursos de graduação da Instituição.
O procedimento visa sanar as dúvidas que vêm sendo apresentadas e, desde já, a UFSCar reitera que:
1. será sempre observada e cumprida a legislação referente ao processo seletivo;
2. todas as pessoas, em todos os grupos de convocação, terão respeitados seus direitos ao ingresso;
3. caso venham a ser identificados erros ou inconsistências, estes serão corrigidos em chamadas subsequentes e, inclusive, complementares àquelas já previstas no Edital, em atenção a todas as pessoas aguardando essas informações e à imensa expectativa que sabemos existir.
Programa Mais Gestão promove mesa-redonda com convidados do MST e professores da Universidade
SÃO CARLOS/SP - No dia 1º de março, o Programa Nacional de Apoio à Qualificação da Gestão dos Empreendimentos da Agricultura Familiar (Mais Gestão), ligado ao Ministério de Desenvolvimento Agrário, promove no Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) a mesa-redonda "Questão Agrária e os Desafios para a Agricultura Familiar". O evento terá como convidados os debatedores João Pedro Stedile, Dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e Caio Luis Chiariello, docente do Centro de Ciências da Natureza (CCN) da UFSCar. A coordenação da mesa, que começa às 14 horas, será da professora Ana Terra, doutora em Geografia e pós-doutoranda em Desenvolvimento Territorial pela Unesp e militante do MST.
A mesa-redonda "Questão Agrária e os Desafios para a Agricultura Familiar", que é gratuita, tem vagas limitadas. Para participar é necessário se inscrever até o dia 28 de fevereiro pelo formulário eletrônico disponível em https://forms.gle/
Programa Mais Gestão
Atualmente, por meio do Programa Mais Gestão, a UFSCar seleciona associações e cooperativas da agricultura familiar que desejam melhorar sua gestão, ampliar sua capacidade de governança, liderança e eficiência econômica, assim como desenvolver mecanismos que viabilizem o acesso a mercados institucionais e privados. Por meio de atividades de formação e capacitação técnica, a iniciativa ainda oferta apoio para formação e consolidação de redes e centrais de comercialização de produtos da agricultura familiar, além de oferecer suporte para estruturar arranjos produtivos, de processamento, de armazenagem e de logística. Também haverá diretrizes de como facilitar o acesso ao crédito e estimular o aumento do número de associados, em especial jovens e mulheres.
Podem participar do processo seletivo associações e cooperativas da agricultura familiar sediadas nas regiões de Itapeva, Itapetininga, Registro, Ribeirão Preto, São Carlos, Araraquara, Campinas, Mogi-Guaçu, Amparo, Bragança Paulista e Pouso Alegre, no estado de São Paulo; em Poços de Caldas, Minas Gerais; em Campos dos Goytacazes, Itaperuna e Santo Antonio de Pádua, no Rio de Janeiro; ou em Cachoeira de Itapemirim, Alegre e Afonso Cláudio, no Espírito Santo. No total, há 20 vagas disponíveis. Os interessados devem se inscrever pelo formulário eletrônico disponível em https://qrco.de/004_2024_
A UFSCar coordenará a execução das ações, por meio de sua Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI), responsável pela gestão administrativa e operacional do pagamento de bolsas e da aquisição e disponibilização dos itens necessários para a execução da iniciativa. Todos os detalhes, como critérios de seleção e cronograma, podem ser conferidos no Edital retificado, disponível em www.fai.ufscar.br.
Pesquisa tem foco em mulheres pretas e pardas e convida participantes de todo o País
SÃO CARLOS/SP - Um projeto de iniciação científica, desenvolvido no Departamento de Enfermagem (DEnf) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem como objetivo avaliar a autoeficácia na amamentação através da teoria da interseccionalidade. A expectativa é analisar quais fatores estão envolvidos no protagonismo da população negra em relação à amamentação, para além de questões socioeconômicas. A pesquisa convida pessoas voluntárias de todo o Brasil para preencherem um questionário eletrônico.
O trabalho é realizado pela graduanda em Enfermagem Lara Furlan Batista, sob orientação de Natália Sevilha Stofel, docente do DEnf, e tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). De acordo com Batista, a teoria da interseccionalidade identifica que as diversas formas de preconceito e desigualdades sociais direcionadas a um grupo social se somam gerando novas vivências e consequências para aqueles que sofrem essas violências. "Por exemplo, a vivência de um homem negro e de uma mulher negra são completamente diferentes, uma vez que a mulher, além do racismo, também está exposta ao machismo. O mesmo vale quando comparamos uma mulher negra e uma mulher branca, como a mulher branca não sofre racismo, a vivência dela em comparação a mulher negra será diferente, mesmo as duas estando sujeitas ao machismo", exemplifica a pesquisadora.
Para a estudante, a pesquisa é importante pois, ao analisar a autoeficácia da amamentação por meio da interseccionalidade, permitirá compreender como ela é afetada pelas diferentes vivências das pessoas que amamentam, facilitando a compreensão dos motivos pelos quais alguns grupos - mulheres pretas e pardas - amamentam mais e por mais tempo que outros. "O diferencial do estudo está relacionado com a procura de evidenciar que, embora a taxa de amamentação presente entre mulheres pretas e pardas seja maior, há controvérsia, uma vez que elas enfrentam violências e situações que comprometem a eficácia do aleitamento humano com mais frequência do que as mulheres brancas", destaca ela.
Dentre as questões que serão analisadas, estão as variáveis obstétricas - ocorrência de violência, complicações gestacionais, paridade, cirurgias que podem influenciar na amamentação, pré-natal etc; e as variáveis interseccionais - incluem idade, gênero, raça/cor, renda, situação laboral, estado civil, moradia, escolaridade, apoio familiar e orientação sexual. Nesse âmbito, Batista expõe que "as opressões sociais podem influenciar de diversas formas na amamentação, desde sua eficácia até na continuidade do ato. Tudo depende da situação em que a/o/e lactante se encontra".
Para desenvolver a pesquisa, estão sendo convidadas pessoas a partir de 18 anos que tenham amamentado nos últimos dois anos. Os participantes precisam apenas responder este questionário online (https://bit.ly/3IcYq9J), que leva cerca de oito minutos. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa dos Seres Humanos (CAAE: 55688522.6.0000.5504).
Projeto convida voluntários para responderem questionários online
SÃO CARLOS/SP - A pesquisa de iniciação científica "Inteligência emocional e processos de resiliência em adultos", conduzida pelo estudante de Psicologia Fernando José Porto de Almeida, sob orientação de Monalisa Muniz Nascimento, docente do Departamento de Psicologia (DPsi) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pretende avaliar a relação entre os níveis de resiliência e de inteligência emocional em uma amostra de adultos.
A inteligência emocional (IE) pode ser definida como a capacidade mental de processamento cognitivo para avaliar, compreender e expressar emoções bem como perceber e/ou gerar sentimentos e controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual. Enquanto isso, a resiliência pode ser entendida como a capacidade de um sistema dinâmico em adaptar-se de forma bem sucedida a uma situação perturbadora que ameaça seu desenvolvimento e o desempenho de seu funcionamento global, tendo entre seus fatores protetivos características disposicionais do indivíduo, como bem estar subjetivo, competência emocional e inteligência, além da elaboração de vínculos que forneçam suporte emocional em momentos de dificuldade.
Dessa forma, entende-se que a IE possa contribuir significativamente para a constituição de atributos individuais de resiliência mais efetivos, que auxiliem na adaptação a eventos estressores, visto que é um construto importante para o fortalecimento do poder protetivo das características disposicionais do indivíduo, bem como fundamental para a construção de laços afetivos profundos e saudáveis.
A pesquisa parte da hipótese de que quanto maior a IE, maiores os níveis de resiliência em adultos. Para testar essa hipótese, adultos entre 18 e 60 anos são convidados a responder quatro questionários online, sendo eles um para caracterização da amostra; o Critério de Classificação Econômica do Brasil, para avaliação socioeconômica; o Inventário de Competências Emocionais (ICE-R), para avaliação da IE; e a Escala de Resiliência do Adulto (RSA), para avaliação da resiliência. Os dados serão correlacionados e analisados estatisticamente.
Os interessados devem preencher este formulário (https://forms.gle/
Evento, que reúne pesquisadores de todo o País, acontece entre os dias 3 e 5 de abril
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) será, entre os dias 3 e 5 de abril, sede do VI Workshop sobre Insetos Sociais, que volta ao formato presencial, com atividades no Anfiteatro Bento Prado Jr., na área Norte do Campus São Carlos.
Na programação, apresentação de pôsteres, palestras, mesas-redondas e troca de experiências e conhecimentos entre os participantes, oportunizando novas pesquisas, parcerias e intercâmbios entre pesquisadores de diferentes regiões do País.
Palestrantes com notoriedade científica vão tratar de temas relevantes que envolvem diretamente os insetos sociais: as mudanças climáticas, os efeitos dos agrotóxicos e consequências para a preservação e a conservação da biodiversidade.
Inscrições e demais informações em www.wis.ufscar.br ou no Instagram (@insetos.sociais.ufscar).
Matrícula deve ser feita até 27 de fevereiro, presencialmente, no Campus São Carlos
SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulgou o edital de convocação para matrícula dos Programas de Residência Multiprofissional - em Saúde Mental; em Saúde do Adulto e Idoso - Atenção às doenças crônicas; e em Saúde da Família. No total, são 29 convocados para matrícula, que deve ser feita no dia 23/02 ou nos dias 26 e 27 de fevereiro, de forma presencial no Campus São Carlos da Universidade. O edital de convocação pode ser acessado neste link (https://bit.ly/
As pessoas convocadas são profissionais de diferentes áreas - Psicologia, Enfermagem, Terapia Ocupacional, Odontologia, Nutrição, Serviço Social, Fisioterapia e Farmácia - e receberão bolsa trabalho para desenvolverem as atividades dos programas. A matrícula deve ser efetuada no Núcleo de Residências em Saúde (NuReS), localizado na área Norte do Campus (casas dos Núcleos de Extensão, ao lado da Rádio UFSCar). A documentação necessária deve ser conferida neste link (https://bit.ly/
Programas
Os Programas de Residência Multiprofissional terão duração de dois anos com carga horária de 60 horas semanais, incluindo atividades aos finais de semana, num total de 5.760 horas de atividades teóricas e práticas. As atividades serão desenvolvidas na Unidade Saúde Escola (USE) e no Hospital Universitário (HU), ambos da UFSCar, e nos equipamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) do município. Entre as ações de integração, educação, gestão, atenção e participação social no SUS, estão incluídas as horas dedicadas à participação obrigatória em campanhas e mutirões (vacinação, educação em saúde, entre outras); e em espaços de participação social, como Conselho Municipal de Saúde e conferências de Saúde.
Os três programas constituem modalidades de ensino de pós-graduação lato sensu, sob a forma de curso de especialização caracterizado por treinamento em serviço, abrangendo conteúdos teóricos e práticos nas subáreas de interesse e áreas prioritárias ao SUS, como Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Atenção Básica à Saúde, História da Saúde Pública no Brasil, Reforma Sanitária, Princípios de diretrizes do SUS.
Cantores, bandas ou músicos, que já tenham faixas gravadas e lançadas, podem enviar material
SÃO CARLOS/SP - A Rádio UFSCar 95,3 FM, emissora educativa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), abriu seleção para incluir novos artistas em sua programação de 2024. Cantores, cantoras, bandas, músicos e musicistas, que já tenham faixas gravadas e lançadas, e que desejam divulgar suas canções, devem enviar o material acompanhado de um release e biografia. Os selecionados ganham espaço para apresentar seu trabalho na emissora.
"A Rádio UFSCar tem o compromisso de valorizar a música dos artistas independentes locais e regionais. Dezenas já entraram na nossa programação. Nós tocamos, pelo menos, uma canção por hora, para divulgar, promover e fomentar o cenário autoral, criando público e incentivando novos artistas da cidade, da região e de todo País", afirma Diego Doimo, Diretor Artístico da emissora.
As inscrições podem ser feitas mandando material completo (release, foto, links e mp3) por e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Após avaliação do material enviado, a equipe da Rádio UFSCar entrará em contato, caso o artista seja selecionado para a programação. A Rádio UFSCar 95,3 FM opera para São Carlos e região há quase 17 anos, com transmissão 24 horas por dia nos sete dias da semana. É possível ouvir pelo site, em www.radio.ufscar.br. A emissora também está presente nas plataformas de podcast. Escute diferente!
Reunião acontece entre os dias 24 e 25 de outubro
ARARAS/SP - O Campus Araras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) sediará a IV Reunião Bienal da Sociedade Brasileira de Eletroquímica e Eletroanalítica (IV RB SBEE), que será realizada entre os dias 24 e 25 de outubro de 2024.
As inscrições estão abertas para a submissão de resumos até o dia 30 de junho e mais informações podem ser encontradas no site do evento (https://www.lsnano.ufscar.br/
A organização é da própria SBEE e do Laboratório de Sensores, Nanomedicina e Materiais Nanoestruturados (LSNano) da UFSCar.
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