UCRÂNIA - O número de pessoas que fugiram do conflito na Ucrânia ultrapassou a marca de 1,5 milhão, marcando a crise de refugiados que mais cresce desde a Segunda Guerra Mundial, alertou a ONU neste domingo (6).
"Mais de 1,5 milhão de refugiados da Ucrânia cruzaram a fronteira para países vizinhos em dez dias. Esta é a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde a Segunda Guerra Mundial", tuitou o Alto Comissário para Refugiados, Filippo Grandi.
O conflito na Ucrânia começou no dia 24 de fevereiro, quando tropas russas invadiram cidades do país. Desde o início da guerra, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e sua equipe acusam a Rússia de atacar alvos civis.
Na semana passada, após negociação entre os dois países envolvidos no conflito, definiu-se que seriam abertos corredores humanitários para libertar a população que se via ameaçada em suas casas.
A primeira tentativa de retirar moradores das cidades da Ucrânia fracassou no sábado (5), após ucranianos afirmarem que o outro lado estava desrespeitando o acordo de cessar-fogo temporário.
Neste domingo, deve-se tentar novamente a retirada de civis em regiões perigosas. Está marcada para amanhã, segunda-feira (7), a terceira conversa entre Rússia e Ucrânia.
Do R7, com agências internacionais
UCRÂNIA - O Ministério da Defesa russo anunciou um cessar-fogo neste sábado (5) para permitir a evacuação de moradores de duas cidades sitiadas na Ucrânia: Mariupol e Volnovakha. O Kremlin deixou claro que a redução na ofensiva não vale para todo o território ucraniano e os cidadãos terão cinco horas para saírem das cidades.
"O lado russo declara um regime de silêncio (de armas) e a abertura de corredores humanitários para a evacuação de civis de Mariupol e Volnovakha", disse o ministério, citado por agências de notícias russas.
A prefeitura Mariupol confirmou a trégua e anunciou o início da retirada de seus moradores. "A evacuação da população civil começará às 11h do horário local (6h no Brasil)", disse o prefeito , Vadim Boychenko.
“No total, serão necessárias várias etapas de evacuação, divididas em vários dias para que cada pessoa que queira sair possa fazê-lo”, acrescentou a mesma fonte em sua conta do Telegram.
O corredor de evacuação de civis leva à cidade ucraniana de Zaporizhia, 220 quilômetros a noroeste.
O controle de Mariupol é de natureza estratégica para a Rússia, porque permitiria garantir a continuidade territorial entre suas forças que chegam da península da Crimeia e as dos territórios separatistas pró-russos do Donbas ucraniano.
Do R7, com informações da AFP
UCRÂNIA - As forças russas ocupam o território nuclear ucraniano de Zaporizhzhia, alvo de ataques russos durante a madrugada desta sexta-feira (4), disse a agência de inspeção de usinas atômicas da Ucrânia, que garantiu que nenhum vazamento radioativo foi detectado.
Zaporizhzhia, a maior usina nuclear da Europa, está localizada a cerca de 150 quilômetros ao norte da península da Crimeia. De acordo com Kiev, projéteis russos que atingiram a usina atômica nas primeiras horas do dia causaram um incêndio em um prédio e um laboratório. Os socorristas conseguiram controlar o fogo.
"O território da central nuclear de Zaporizhzhia está ocupado pelas forças armadas da Federação Russa", disse o órgão estatal ucraniano. "Não houve mudanças na situação da radiação", acrescentou.
Segundo a mesma fonte, “o pessoal operacional controla os blocos de energia e garante o seu funcionamento de acordo com os requisitos das normas técnicas e de segurança”. Estão sendo feitas inspeções para saber com precisão os danos, acrescentou.
Dos seis blocos, o primeiro foi posto fora de serviço, os números 2, 3, 5 e 6 estão em processo de resfriamento e o número 4 está em operação. A agência não disse qual era a situação dos blocos antes do ataque.
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, acusou Moscou nesta sexta-feira (4) de recorrer ao "terror nuclear" e de querer "repetir" a catástrofe de Chernobyl, depois de denunciar o bombardeio russo à usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa.
"A Ucrânia tem 15 reatores nucleares. Se houver uma explosão, é o fim de tudo. O fim da Europa. É a evacuação da Europa", acrescentou.
"Só uma ação europeia imediata pode deter as tropas russas. Devemos evitar que a Europa morra de um desastre nuclear", insistiu o presidente ucraniano.
A Rússia já capturou a extinta usina de Chernobyl, a cerca de 100 quilômetros ao norte da capital da Ucrânia, Kiev.
Do R7, com informações da AFP
UCRÂNIA - Um ataque russo a áreas residenciais, incluindo escolas, na cidade de Chernigov, no norte da Ucrânia, deixou nove mortos e quatro feridos, informou o governador da região Vyacheslav Chaus, nesta quinta-feira (3).
As tropas russas, que conquistaram Kherson, sua primeira grande cidade ucraniana desde o início da invasão, intensificaram o bombardeio de outros centros urbanos, forçando mais de um milhão de civis a fugir de suas casas.
Em meio ao conflito, representantes da Rússia e da Ucrânia estão reunidos para uma nova rodada de negociações, em Belarus. O novo encontro visa um eventual cessar-fogo na guerra, já que na primeira reunião os países não chegaram a um acordo.
por AFP
ALEMANHA - O promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) confirmou na quarta-feira (2), por meio de um comunicado, que abrirá imediatamente uma investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos na Ucrânia, após um pedido de 39 dos Estados membros do tribunal.
"Esses encaminhamentos permitem que meu escritório prossiga com a abertura de uma investigação sobre a situação na Ucrânia a partir de 21 de novembro de 2013, abrangendo quaisquer alegações passadas e presentes de crimes de guerra, crimes contra a humanidade ou genocídio cometidos em qualquer parte do território da Ucrânia por qualquer pessoa ", disse o promotor Karim Khan.
BÉLGICA - A guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe, além do conflito armado, sanções econômicas contra o país presidido por Vladimir Putin. Nesta quarta-feira (2), a UE (União Europeia) anunciou a exclusão de sete bancos do sistema Swift.
O Swift (Sociedade de Telecomunicações Financeiras Mundial) é um sistema bancário internacional, criado na Bélgica em 1973, que permite a padronização de informações financeiras e transferências de recursos entre bancos ao redor do mundo.
A plataforma reúne atualmente 11 mil instituições financeiras conectadas em mais de 200 países incluindo a Rússia.
Na prática, bancos e empresas trocam informações sobre pagamentos que serão realizados e que já foram recebidos. Em 2021, uma média de 42 milhões de mensagens foram processadas por dia no Swift.
BANCOS EXCLUÍDOS DO SWIFT
Embora a UE tenha barrado os bancos russos, o bloco político-econômico poupou dois estabelecimentos ligados à venda de hidrocarbonetos.
Serão desligados o VTB, o segundo maior banco da Rússia, o Bank Otkritie, o Novicombank (financiamento industrial), o Promsvyazbank, o Rossiya Bank, o Sovcombank e o VEB (banco de desenvolvimento do regime).
O Sberbank, o maior credor da Rússia, e o Gazprombank não foram incluídos na lista porque são os principais canais para pagamentos de petróleo e gás russos. Os países da União Europeia seguem comprando os materiais.
"Este é o maior pacote de sanções da história da nossa União. A decisão de desconectar esses bancos russos da rede Swift enviará mais um sinal muito claro a Putin e ao Kremlin", declara a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O bloqueio contra os bancos russos entrará em vigor a partir do dia 12 de março.
Além da UE, os países do G7 -Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França Itália, Japão, Reino Unido- defendem o banimento de instituições russas do Swift.
CONSEQUÊNCIAS PARA A RÚSSIA
De acordo com especialistas, a exclusão significa um retrocesso para a economia russa. Isso porque o país terá agora de negociar diretamente o sistema de pagamento com o parceiro comercial, seja por e-mail, telefone ou por um sistema próprio.
"A Rússia compra carne da gente [do Brasil]. Então, sem o Swift, eles terão que fazer pagamentos de banco a banco. Será muito mais difícil", exemplificou o professor Simão Davi Silber, da USP (Universidade de São Paulo), especialista em Economia Internacional.
Desde 2014, a Rússia desenvolve seu próprio sistema de transferências internacionais, o SPFS (Sistema de Transferência de Mensagens Financeiras do Banco da Rússia, em tradução livre).
A plataforma deve funcionar como um concorrente do Swift, mas controlada por Moscou.
TÓQUIO - As Bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, 2, à medida que forças russas intensificaram os ataques na Ucrânia, impulsionando o petróleo para mais de US$ 110 por barril.
O índice japonês Nikkei caiu 1,68% em Tóquio, a 26.393,03 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 1,84% em Hong Kong, a 22.343,92 pontos, e o Taiex registrou modesta perda de 0,17% em Taiwan, a 17.867,60 pontos. Na China continental, os mercados também ficaram no vermelho, influenciados principalmente por ações do setor petroquímico. O Xangai Composto teve baixa de 0,13%, a 3.484,19 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,56%, a 2.313,18 pontos.
Exceção na Ásia, o sul-coreano Kospi avançou 0,16% em Seul, a 2.703,52 pontos, mas após um dia de volatilidade. Na Oceania, a Bolsa australiana driblou as preocupações com a guerra russo-ucraniana e terminou o pregão em alta, ajudada por ações de petrolíferas e sólidos dados de crescimento do país. O S&P/ASX 200 subiu 0,28% em Sydney, a 7.116,70 pontos.
Já as Bolsas da Europa operam em alta na manhã desta quarta-feira, revertendo perdas de mais cedo, em meio a esperanças de que Rússia e Ucrânia voltem a negociar ainda nesta semana.
O apetite por risco ganhou força no velho continente após relatos de que uma nova rodada de negociações entre russos e ucranianos poderá acontecer no fim desta semana. O Kremlin também já teria confirmado a participação dos russos nas conversas.
Embora a geopolítica siga no centro das atenções, investidores também acompanham o cenário macroeconômico. A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro atingiu a máxima histórica de 5,8% em fevereiro, superando as expectativas e ampliando pressões para que o Banco Central Europeu (BCE) aperte sua política monetária. A meta de inflação do BCE é de 2%.
Nas próximas horas, vários dirigentes do BCE, do Banco da Inglaterra (BoE) e do Federal Reserve (Fed, o BC americano) irão participar de eventos. Presidente do Fed, Jerome Powell irá apresentar hoje relatório de política monetária no Congresso americano, num momento em que o BC dos EUA se prepara para começar a elevar juros, provavelmente a partir deste mês.
Às 7h32, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres subia 0,89%, a de Frankfurt avançava 0,45% e a de Paris se valorizava 0,58%. Já as de Milão e Madri tinham ganhos de 0,41% e 0,36%, respectivamente, enquanto a Lisboa se mantinha estável.
No câmbio, o euro recuava a US$ 1,1088, de US$ 1,1129 no fim da tarde de terça, enquanto a libra caía a US$ 1,3307, de US$ 1,3315 na terça.
Sérgio Caldas / ESTADÃO
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou na terça-feira (1º) o mandatário russo, Vladimir Putin, de querer "abalar as fundações do mundo livre" com a invasão da Ucrânia, mas ressaltou que "a liberdade sempre vencerá a tirania". "Nós estamos prontos para enfrentar Putin. Nós pegamos os russos com as mentiras."
"Putin achou que iria abalar as próprias fundações do mundo livre, pensando que poderia fazê-lo se curvar aos seus caminhos ameaçadores, mas ele teve um erro de cálculo, ele deparou com o povo ucraniano", disse Biden.
A declaração abriu o primeiro discurso de Biden sobre o Estado da União, perante as duas câmaras do Congresso dos EUA. Nesse discurso o presidente deve relatar as condições nas quais os Estados Unidos se encontram em todos os sentidos: economia, saúde, educação, militarismo, impostos e segurança.
Biden disse que Putin "não tem ideia do que está vindo". "O mercado da Rússia já caiu 40%, a economia da Rússia está caindo", declarou. "Juntos com as nossas alianças estamos prestando suporte à Ucrânia. Já gastamos mais de US$ 1 bilhão para ajudar a Ucrânia."
No discurso, Biden anunciou novas sanções contra a Rússia, como o fechamento do espaço aéreo norte-americano às companhias aéreas russas, e disse que os Estados Unidos vão proteger todos os países-membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que ficam próximos à Rússia. No entanto, o Exército dos Estados Unidos não vão lutar na Ucrânia contra o Exército da Rússia.
"Nossas forças não vão à Europa para lutar na Ucrânia, mas para defender nossos aliados da Otan caso (Vladimir) Putin decida seguir para o oeste", disse Biden. "Estamos dispostos a proteger todo o resto da Europa, vamos defender todo o território da Otan com toda a nossa força."
Biden anunciou a decisão de fechar o espaço aéreo do país às companhias aéreas da Rússia, o que também foi feito pela União Europeia (UE) e pelo Canadá. "Nesta noite, anuncio que nos uniremos aos nossos aliados e fecharemos o espaço aéreo americano a todos os voos russos, para isolar ainda mais a Rússia".
"Continuamos prontos para fazer o que for necessário. Putin só se deixou mais fraco e o resto do mundo mais forte. O mundo escolheu a paz e a segurança. Vai levar tempo."
O presidente dos Estados Unidos disse que o país perseguirá os crimes de oligarcas russos, e que o Departamento de Justiça americano está formando um grupo de trabalho para essa finalidade. "Estamos nos unindo aos nossos aliados europeus para encontrar e apreender iates, apartamentos de luxo e aviões particulares deles", anunciou Biden.
KIEV - A Rússia está liderando um enorme comboio militar em direção a Kiev nesta terça-feira (1º), levando as autoridades ucranianas a temer uma estratégia para cercar e invadir a capital e outras grandes cidades do país que enfrentam seu sexto dia de invasão.
Imagens de satélite da empresa norte-americana Maxar capturaram uma coluna de mais de 60 quilômetros de veículos e artilharia a cerca de 25 quilômetros a noroeste da capital, objetivo principal dessa ofensiva que provocou uma onda de sanções contra Moscou.
O comboio "se estende dos arredores do aeroporto Antonov (cerca de 25 km do centro de Kiev) no sul, até os arredores de Prybirsk, no norte", disse a empresa de imagens de satélite norte-americana Maxar na noite de segunda-feira.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, este aeroporto tem sido palco de violentos combates. O exército de Vladimir Putin tenta conquistar essa infraestrutura estratégica para tomar a capital.
Kherson
Nas primeiras horas da manhã do horário ucraniano, o exército russo chegou aos portões de Kherson, segundo Igor Kolikhayev, prefeito da cidade no sul da Ucrânia.
"O exército russo está montando postos de controle nas entradas de Kherson. É difícil dizer como a situação se desenvolverá", escreveu o prefeito no Facebook. "Kherson foi e será ucraniano (...) Kherson resiste!", acrescentou o prefeito.
As primeiras negociações entre os dois lados, realizadas no dia anterior na Bielorrússia, não culminaram em nenhum tipo de cessar-fogo. De fato, após esses contatos, a Rússia bombardeou áreas residenciais na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv (nordeste), e outras áreas.
A Ucrânia afirma que o conflito já custou a vida de 350 civis, incluindo 14 crianças. As Nações Unidas estimam as vítimas civis em 102 mortos e 304 feridos, além de mais de meio milhão de exilados, embora reconheça que o saldo pode ser maior.
Nas últimas 24 horas, as forças russas construíram blindados e artilharia para "cercar e controlar Kiev e outras grandes cidades", disse o Estado-Maior do Exército da Ucrânia no Facebook.
Além da enorme coluna perto do norte de Kiev, as imagens também mostram um novo desdobramento de tropas, com helicópteros de ataque e veículos terrestres, na Belarus, a menos de 30 quilômetros da Ucrânia.
Na capital ucraniana, sob toque de recolher no fim de semana, milicianos voluntários ergueram barricadas improvisadas e reprogramaram sinais eletrônicos de trânsito para alertar os russos de que serão "recebidos com balas".
Do R7, com informações da AFP
SÃO PAULO/SP - Ratinho gerou polêmica ao compartilhar um vídeo em seu perfil no Instagram, nesta segunda-feira (28), em que opina sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, após o país presidido por Vladimir Putin ter dado início a uma guerra armada na madrugada da última quinta-feira (24).
Na publicação, o apresentador do SBT recomendou que seus seguidores não acompanhem nada sobre a guerra.
“O recado que eu queria dar pra você é: ‘Não assista a noticiário de guerra, não vai ajudar nada na sua vida. Esqueça. Tudo o que você vê de guerra, não veja, apague, é bobagem, só vai piorar a sua vida. Ver guerra pra quê? O que você ganha com isso? O que você vai mudar na sua vida? Se mudar, vai ser para pior”, disse Ratinho na rede social.
O comunicador ainda afirmou que a guerra é feita por “jovens que não se odeiam, que não se conhecem, se matando, e velhos que se odeiam e se conhecem, mas não se matam”.
Rússia X Ucrânia
Na madrugada de quinta-feira (24), a Rússia iniciou uma operação militar de invasão da Ucrânia. Após o início das mobilizações russas, houve registro de explosões e ataques a unidades de fronteiras ucranianas, além de movimentações de tanques.
As ofensivas da Rússia fizeram as sirenes de emergência dispararem na Ucrânia e o presidente Volodymyr Zelensky adotar lei marcial no país.
Assista ao vídeo de Ratinho:
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