fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

MUNDO - A Apple aceitou pagar 113 milhões de dólares para encerrar uma ação levada adiante por mais de 30 estados dos Estados Unidos, que acusam a empresa de diminuir propositalmente o rendimento dos iPhones 6 e 7, informou uma fonte oficial nesta última quarta-feira (18).

O valor será dividido entre a Califórnia e outros 33 estados, anunciou o procurador-geral do estado, Xavier Becerra, em comunicado.

"A Apple reteve informações sobre suas baterias que diminuíam o desempenho dos iPhones, ao mesmo tempo em que as passava como um upgrade", disse o procurador-geral.

“Esse tipo de comportamento fere o bolso do consumidor e limita sua capacidade de fazer compras informadas”, acrescentou.

“O acordo garante aos consumidores acesso às informações de que precisam para tomar uma decisão bem informada ao comprar e usar os produtos da Apple”, garantiu Becerra.

As reclamações recaíam sobre os modelos do iPhone 6 e 7 e algumas de suas atualizações, que na verdade eram usadas para restringir o desempenho dos aparelhos para economizar bateria sem o conhecimento dos usuários, segundo os estados.

A Apple, no momento, não se pronunciou sobre o caso.

Em documentos judiciais, a fabricante do iPhone concordou em pagar "apenas para o propósito de um acordo", mas sem qualquer admissão de culpa.

Meses atrás, a Apple concordou em pagar até 500 milhões de dólares para encerrar uma ação coletiva relacionada ao tema.

Em dezembro de 2017, a gigante da tecnologia admitiu que o software iOS foi ajustado para diminuir o desempenho de iPhones mais antigos, cuja bateria estava se deteriorando, para evitar que os telefones apagassem repentinamente.

A admissão aumentou as críticas sobre a Apple, que já era acusada de diminuir propositalmente o rendimento dos modelos mais antigos do iPhone para obrigar o consumidor a comprar um aparelho novo. As críticas levaram a empresa a atualizar o software e oferecer grandes descontos na substituição de baterias.

 

 

*Por: AFP

BRASÍLIA/DF - Trabalhadores com jornada de trabalho reduzida devem receber férias e 13º salários com base na remuneração integral. No caso dos contratos suspensos, o pagamento será proporcional, considerando os meses em que houve15 dias ou mais de trabalho.

A conclusão está em nota técnica produzida pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia que analisa os efeitos dos acordos de suspensão do contrato de trabalho e de redução proporcional de jornada e de salário, por meio do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEM). O programa foi lançado pelo governo federal como uma das medidas para enfrentar a crise gerada pela pandemia de covid-19. Para responder a questionamentos sobre o pagamento de férias e 13° salário para trabalhadores incluídos no BEM, a secretaria produziu a nota técnica.

Segundo a nota, trabalhadores com jornada de trabalho reduzida devem receber as parcelas de 13º e férias com valor integral. “Esta regra deve ser observada especialmente nos casos em que os trabalhadores estiverem praticando jornada reduzida no mês de dezembro”, diz a secretaria. De acordo com a legislação, o 13º salário corresponde a 1/12 avos da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço.

Para os contratos suspensos, os períodos de suspensão não devem ser computados como tempo de serviço e para cálculo de 13º. A exceção é para os casos em que os empregados prestaram serviço por mais de 15 dias no mês, que já estão previstos na legislação vigente, favorecendo, assim, o trabalhador. A partir de 15 dias de trabalho o cálculo do 13º é feito como se fosse um mês integral.

“A diferenciação ocorre porque, na redução de jornada, o empregado permanece recebendo salário, sem afetar seu tempo de serviço na empresa, o que permite computar o período de trabalho para todos os efeitos legais. Com a suspensão dos contratos de trabalho, no entanto, a empresa não efetua pagamento de salários e o período de afastamento não é considerado para contagem de tempo de serviço, afetando assim o cálculo das férias e do 13º”, diz a secretaria.

A nota técnica esclarece que os períodos de suspensão do contrato de trabalho não são considerados no cálculo de tempo para ter direito a férias. “Os períodos de suspensão do contrato de trabalho não são computados para fins de período aquisitivo de férias, e o direito de gozo somente ocorrerá quando completado o período aquisitivo, observada a vigência efetiva do contrato de trabalho”, diz a nota.

Entretanto, diz a secretaria, por meio de acordo coletivo ou individual, ou decisão do empregador, é possível considerar o período de suspensão na contagem do tempo e pagar o valor integral do 13º salário e conceder férias.

“Observando-se a aplicação da norma mais favorável ao trabalhador, não há óbice para que as partes estipulem, via convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo de trabalho, acordo individual escrito, ou mesmo por liberalidade do empregador, a concessão de pagamento do 13º ou contagem do tempo de serviço, inclusive no campo das férias, durante o período da suspensão contratual temporária e excepcional”, ressalta a nota técnica.

 

 

*Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - O retorno das exportações da indústria brasileira aos níveis de 2008 traria até R$ 376 bilhões por ano para a economia do país e preservaria 3,07 milhões de empregos. A estimativa foi feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e será apresentada hoje (18), no Encontro Nacional da Indústria 2020, evento que ocorre de maneira virtual neste ano.

O levantamento considerou os impactos diretos e indiretos, assim como o pagamento de tributos e o aumento da renda, de um eventual aumento nas exportações de manufaturados ao pico, observado no fim da primeira década do século. De 2005 a 2008, o Brasil exportou, em valores totais, 0,8% dos produtos industrializados em todo o planeta. De lá para cá, a participação caiu para 0,6%.

De acordo com a CNI, caso a participação tivesse sido mantida, as exportações industriais subiriam dos atuais US$ 82,2 bilhões por ano para US$ 105,3 bilhões anuais, alta de 28,1%. Segundo a entidade, cada US$ 1 bilhão exportado a mais por ano gera R$ 4,4 bilhões para a economia brasileira – em impactos diretos, indiretos, sobre impostos e sobre renda – e sustentaria 36.004 postos de trabalho.

 

Desafios

Para aumentar as exportações da indústria brasileira, a CNI considera necessário maior grau de inserção das empresas brasileiras no mercado internacional. Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, o Brasil precisa combinar a abertura comercial com a reforma tributária, que aumentaria a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.

O fortalecimento das medidas de defesa comercial, com a aplicação de retaliações a países que subsidiam exportações, como a China, também é apontado pela entidade como medida necessária. Apenas em 2019, ressalta a CNI, o Brasil importou US$ 5 bilhões em produtos com subsídios condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

A CNI também defende a desburocratização do comércio exterior, a redução de barreiras comerciais em terceiros mercados, investimentos em logística e infraestrutura para o comércio internacional e a concessão de financiamentos e de garantias às exportações como medidas complementares para impulsionar a conquista de mercados internacionais pelas indústrias brasileiras. Por causa da pandemia de covid-19, as exportações de manufaturados brasileiros caíram 20% de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2019.

 

 

*Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil

MUNDO - A Amazon lançou nesta última terça-feira, 17, uma farmácia online para entrega de medicamentos que precisam de prescrição médica nos Estados Unidos, aumentando a concorrência com varejistas do setor como Walgreens, CVS e Walmart.

Chamada de Amazon Pharmacy, a nova loja permite que os clientes comparem os preços à medida que compram medicamentos no site ou aplicativo da empresa.

A mudança se baseia na aquisição da PillPack pela Amazon em 2018. A gigante disse que a startup permanecerá separada para clientes que precisam de doses pré-selecionadas de vários medicamentos.

Nos últimos dois anos, a Amazon trabalhou para garantir mais licenças estaduais para vender remédios em todo o país, o que foi um obstáculo para sua expansão na cadeia de fornecimento de medicamentos, de acordo com analistas da Jefferies Equity Research.

TJ Parker, presidente-executivo da PillPack e vice-presidente da Amazon Pharmacy, disse em comunicado que a varejista pretendia trazer “sua obsessão com o cliente para uma indústria que pode ser inconveniente e confusa”.

A empresa disse que os assinantes do serviço Prime terão até 80% de desconto em medicamentos genéricos e até 40% em medicamentos de marca quando compram sem utilizar os descontos de seu convênio médico, além de entregas em dois dias.

 

 

*Por: ESTADÃO

MUNDO - A Cinemark chegou a um acordo para permitir que a Universal Pictures ofereça seus filmes em lançamentos domésticos nos Estados Unidos em até 17 dias após a estreia nos cinemas, anunciaram as empresas nesta segunda-feira.

O acordo que vale para os próximos anos é semelhante ao que a Universal fez neste ano com a AMC Entertainment, a maior rede de cinemas do planeta, aceitando uma grande mudança nos padrões tradicionais de lançamentos de filmes.

Sob o novo acordo, a Universal poderia oferecer filmes para venda em serviços sob demanda após eles serem exibidos por pelo menos três finais de semanas nos cinemas, segundo disse uma nota das empresas. Isso diminui a janela exclusiva na qual um filme é exibido nos cinemas para até 17 dias, em vez dos quase 90 dias que eram a prática comum anteriormente.

Filmes que estreiam com mais de 50 milhões de dólares nas bilheterias serão exclusivos para os cinemas por pelo menos cinco finais de semanas, ou 31 dias, antes de serem oferecidos em serviços sob demanda.

Isso provavelmente incluiria grandes franquias da Universal, como "Velozes e Furiosos" e "Jurassic World".

Poucos novos filmes estão atualmente em exibição nos cinemas, já que muitos deles ainda estão fechados para conter a pandemia do coronavírus. As grandes redes fizeram empréstimos ou tomaram outras medidas para se manterem em operação, e operadoras menores apelaram ao governo norte-americano para conseguir auxílio até o final da crise.

As redes de cinemas há muito resistem às medidas para reduzir a janela de tempo na qual podem exibir um filme de maneira exclusiva, e ameaçaram se recusar a exibir filmes se eles forem lançados muito rapidamente em serviços sob demanda. Isso mudou em julho quando a AMC chegou a um acordo com a Universal para permitir que filmes sejam lançados em tais serviços após três semanas.

 

 

*Por Lisa Richwine / REUTERS

Sondagem feita pela startup vhsys em parceria com a Stone revela que maioria dos descontos vai variar de 20 a 40%; 26% das empresas afirmam que farão vendas apenas em locais físicos

 

SÃO CARLOS/SP - De acordo com pesquisa realizada pela startup vhsys em parceria com a Stone, empresa de tecnologia em serviços financeiros, 75% dos micro e pequenos empresários esperam que a Black Friday seja a salvação do faturamento em 2020. Os dados também revelam que os descontos dados pelas micros e pequenas empresas irão variar de 20% (citado por 46% dos entrevistados) até 40% (citado por 29%). Apenas 2% das empresas consultadas darão descontos acima de 60%. 

Segundo a sondagem, 65% das empresas pretendem atrair novos clientes, enquanto 31% dos negócios apostam em aumentar as vendas para clientes antigos. A pesquisa foi feita com a base de clientes da Stone e da vhsys em todo o país, e mais de 1.500 empresas responderam.

“Black Friday é a data mais esperada para o comércio no ano, junto com Natal e Dia das Mães, mas nesse ano o cenário é diferente. Em meio a uma pandemia e uma crise econômica sem precedentes, os micro e pequenos negócios esperam o evento não apenas para vender mais, mas para recuperar a perda de meses com vendas baixas. Talvez esse seja o motivo de a maioria das micro e pequenas empresas não apostar em descontos mais altos, pois precisam de segurança para terminar o ano de forma mais controlada”, analisa Reginaldo Stocco, CEO da vhsys, empresa que fornece software de gestão empresarial na nuvem e faz parte do grupo Stone.

Em relação às possíveis complicações que os micro e pequenos negócios poderão enfrentar este ano, os efeitos da Covid-19 lideram as respostas (63%), mas outro dado expõe os problemas de planejamento desse segmento: 35% das micro e pequenas empresas temem que a falta de estoque possa atrapalhar as vendas, seguido de dificuldade de atendimento devido ao aumento da demanda (10%). 

Mesmo assim, 31% das empresas afirmam estar com o estoque adequado, especialmente porque vão aproveitar os produtos que ficaram sem giro nos meses anteriores. Já 24% afirmam ter antecipado as compras e estão com o estoque bem dimensionado.

Economia aquecida

Mais da metade das empresas farão suas vendas online e também nas lojas físicas (55%). A pesquisa também aponta que 30% dos lojistas acreditam que a presença online das empresas em lojas virtuais ajudará no resultado positivo da Black Friday, seguido de 28% que veem como positivo o aumento da confiança do brasileiro no comércio eletrônico. De acordo com o levantamento, a maioria das empresas (43%) acredita que a economia já está reaquecendo.

Vendas físicas e descontos

Mesmo com a força do comércio on-line, 26% das empresas ouvidas afirmam que farão vendas apenas em locais físicos e 29% citam a flexibilização das medidas de isolamento para compras presenciais como fator positivo para um bom resultado da Black Friday 2020. 

Sobre a vhsys

vhsys é uma empresa de tecnologia que desenvolve sistema de gestão empresarial descomplicado para micro, pequenas e médias empresas, com módulos online para emissão de nota fiscal, controle financeiro, vendas e estoque, além de uma loja de aplicativos. A vhsys também oferece integrações exclusivas que ampliam os recursos do empreendedor. Desde 2019, a empresa é uma das investidas do grupo StoneCo, em uma parceria que alia sua ferramenta de gestão com o serviço de pagamentos da Stone. A empresa integra o ranking das melhores empresas para se trabalhar, segundo o Great Place to Work, e é uma das empresas mais amadas do Paraná, de acordo com a Glassdoor. Mais informações no site https://vhsys.com.br.

Sobre a Stone  

A Stone é uma empresa de tecnologia financeira que possui uma plataforma de soluções de venda e gestão cujo propósito é melhorar a vida do empreendedor brasileiro, ajudando-o a vender mais, gerir melhor o seu negócio e crescer sempre. Por meio de tecnologia e inovação, contribui para o fortalecimento e a evolução do mercado. Com clientes espalhados por todo o Brasil, desenvolve um relacionamento próximo e personalizado com cada um dos lojistas que atende. 

SÃO PAULO/SP - A Azul registrou prejuízo líquido de R$ 1,226 bilhão no terceiro trimestre de 2020, divulgou nesta segunda-feira, 16, a empresa, em balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O resultado representa um aumento de 122,7% na comparação com o prejuízo de R$ 550 milhões de igual trimestre de 2019. Segundo a companhia, os números continuaram pressionados pela pandemia de covid-19. O setor aéreo de todo o mundo é um dos mais afetados pela crise causada pelo coronavírus.

A receita líquida da empresa somou R$ 805,3 milhões no terceiro trimestre, queda de 73% na comparação com o registrado no mesmo período do ano passado, mas 100,5% maior que a do trimestre anterior, que foi de R$ 401,6 milhões.

Mesmo com o resultado no vermelho de julho a setembro, a companhia considera que o pior da pandemia ficou para trás e melhorou suas perspectivas para o quarto trimestre do ano. “À medida que retoma suas operações, a Azul explora oportunidades para reconstruir a companhia de forma mais eficiente e com menos despesas, aproveitando as mudanças estruturais do setor”, informou no comunicado.

Até o fim desde ano, a Azul espera operar mais de 80% da capacidade doméstica do ano passado. Em termos de malha, até dezembro, a projeção da companhia é voar para 113 destinos, uma recuperação quase completa em comparação aos 116 destinos atendidos antes da crise.

O indicador conhecido como ASK (assentos-quilômetro oferecidos) para dezembro deve atingir 70% do que foi registrado no mesmo mês de 2019. Antes, a empresa projetava chegar ao fim deste ano com 60% da oferta total.

 

 

*Por: Cristian Favaro / ESTADÃO

MUNDO - Portugal registrou entre janeiro e setembro quase 10 milhões de turistas estrangeiros a menos do que no mesmo período do ano passado, consequência da crise da covid-19, o que representa uma queda de 73,8%, revelou nesta segunda-feira (16) o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

No total, o setor português de hotelaria recebeu 8,7 milhões de pessoas durante nove meses, equivalente a 59,3% menos no número de hóspedes e, portanto, um colapso em seu faturamento de 64,5%, o que representa 1,23 bilhão de euros (cerca de 1,45 bilhão de dólares).

Neste contexto, o número de turistas estrangeiros caiu para apenas 3,4 milhões, contra 13 milhões entre janeiro e setembro de 2019.

O mercado interno apresentou melhores resultados, com uma queda de 36,9% - cerca de 5,3 milhões de hóspedes.

No que refere-se aos turistas estrangeiros, "os principais mercados [turísticos] também registraram quedas significativas, acima de 60%", destacou o INE português.

Portugal, cuja maior fonte de turistas é o Reino Unido, beneficiou-se entre o final de agosto e meados de setembro de uma suspensão temporária das restrições às viagens impostas no Reino Unido.

Entre abril e julho, o número de diárias contratadas por hóspedes procedentes do Reino Unido caiu mais de 90%. Depois, a queda em ritmo anual passou a 79,9% em agosto e 70,7% em setembro.

O turismo é o principal setor para a renda de Portugal, representando 8,7% do PIB do país.

Em 2019, em seu conjunto, apenas o mercado britânico gerou 3,3 bilhões de euros (cerca de 3,9 bilhões de dólares) em renda, à frente do mercado francês com 2,6 bilhões de euros (cerca de 3,07 bilhões de dólares).

 

 

*Por: AFP

MUNDO - Uma nova onda de covid-19 avança nos Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia no mundo, e é provável que sua economia continue se deteriorando e leve até anos para recuperar seu robusto estado anterior à chegada do vírus.

Mesmo com notícias promissoras sobre uma bem-sucedida candidata à vacina, é pouco provável que ela seja rápida e amplamente distribuída.

As infecções por coronavírus nos Estados Unidos alcançaram novos níveis recordes de mais de 150.000 por dia, levando as autoridades de muitas localidades e regiões a imporem novas restrições.

A covid-19 "ainda determina o curso da economia", afirmou a economista Diane Swonk, da consultoria Grant Thornton, em uma análise.

"O atual aumento de casos é muito mais preocupante (...) e se espera que seja mais perturbador para a atividade econômica", acrescentou.

As autoridades dizem que um número cada vez maior de casos tem origem em reuniões privadas relativamente pequenas.

"Compre um peru pequeno", pediu Swonk, referindo-se ao principal prato do feriado de Ação de Graças, no qual os americanos tradicionalmente se reúnem com toda família.

Terceira cidade mais populosa do país, Chicago pediu a seus residentes que fiquem em casa, enquanto em Nova York e em Minnesota, os estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas devem fechar às 22h.

No verão boreal (inverno no Brasil), a maior economia do mundo mostrou sinais promissores de recuperação de sua pior recessão desde a Grande Depressão, mas agora corre o risco de sofrer um novo golpe, especialmente na ausência de um novo pacote de estímulos do Congresso.

"Estamos começando a ouvir dos economistas que estão pensando em reduzir suas projeções do PIB [Produto Interno Bruto], devido à covid", disse Maris Ogg, da Tower Bridge Advisors.

Embora o auge das vendas de casas e automóveis tenha sido um ponto positivo na economia, junto com uma recuperação na indústria, os consumidores estão preocupados com o aumento dos casos. E um indicador do ânimo dos consumidores despencou em novembro, pela primeira vez desde julho.

 

 

- Até 2023? -

A nova onda de infecções surge em meio a uma delicada transição política: o democrata Joe Biden venceu a eleição presidencial em 3 de novembro, enterrando um segundo mandato do republicano Donald Trump, que, no entanto, ainda não reconhece sua derrota.

Os democratas conseguiram manter sua maioria na Câmara dos Representantes, mas será apenas no início de janeiro que se terá uma resposta sobre o controle do Senado.

Essa incerteza frustrou as esperanças de uma aprovação rápida de um novo pacote de ajuda financeira em massa para famílias e empresas que enfrentam dificuldades com a pandemia, assim como para governos estaduais e locais com limitações orçamentárias.

Em março deste ano, o Congresso americano aprovou vários projetos de lei de gastos para responder à pandemia, que impulsionaram a economia, mas muitas das provisões da Lei CARES, de US$ 2,2 trilhões, expiraram.

Com pelo menos 11 milhões de trabalhadores americanos ainda desempregados, republicanos e democratas continuam divididos sobre a estrutura e o tamanho do próximo pacote.

Swonk disse que mesmo um estímulo "magro" de US$ 1 trilhão poderá fazer a atividade voltar, em meados de 2021, aos níveis pré-pandemia.

Ela adverte, porém, que "o emprego não alcançaria seu pico anterior antes do final de 2023. Uma vacina não consegue chegar rápido o suficiente para alimentar famílias famintas".

O vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Randal Quarles, disse na terça-feira que não espera que a economia se recupere antes 2022, ou do início de 2023.

Os consumidores precisam recuperar a confiança para voltar aos padrões normais de gastos, como ir ao cinema, comer fora, ou sair de férias.

Na capital, Washington, D.C., por exemplo, apenas 10% dos funcionários retornaram para seus postos de trabalho em outubro, de acordo com dados do DowntownDC Business Improvement District.

 

 

- Recuperação desigual -

A taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu para 6,9% em outubro, depois de atingir um pico de 14,7% ao longo da crise atual. Ainda assim, um terço dos desempregados está há mais de seis meses sem trabalho, e isso preocupa os economistas.

"Não vamos voltar para a mesma economia", disse o presidente do Fed, Jerome Powell, recentemente, explicando que a economia será mais dependente da tecnologia.

"Me preocupa que isso torne as coisas ainda mais difíceis do que já eram para muitos trabalhadores", sobretudo, os empregados de serviços de baixa renda, que são mais propensos a serem mulheres e minorias, completou.

Powell destacou também que muitas mulheres foram forçadas a deixar o mercado de trabalho, "não por escolha própria", enquanto as crianças não estão recebendo a educação que deveriam.

 

 

*Por: AFP

SÃO PAULO/SP - O aumento nos custos dos materiais de construção ligou o sinal de alerta para as construtoras residenciais. As empresas do setor de alto padrão preparam reajuste nos preços dos apartamentos, já que seus consumidores têm um bolso mais recheado e capaz de absorver esse impacto.

Mas as companhias que erguem imóveis populares podem ter de apertar o cinto, pois não contam com a mesma flexibilidade. O poder de compra dos seus consumidores é menor e, além disso, há limites de preços que podem ser praticados dentro do programa Minha Casa Minha Vida (rebatizado de Casa Verde e Amarela).

A Tenda já avisou que espera lucratividade menor devido à elevação dos custos de materiais. “Existe perspectiva de queda de margem”, anunciou o diretor financeiro, Renan Sanches, em reunião com investidores e analistas.

Segundo o executivo, um eventual repasse dos custos para os preços finais provocaria uma queda na velocidade das vendas, já que os compradores de imóveis da Tenda são famílias com renda mensal de até R$ 4 mil – que dependem do programa habitacional para ter acesso à casa própria.

Esse também é um ponto de alerta para a Eztec, que tem um braço de negócios exclusivo para o mercado popular, a Fit Casa. “No Minha Casa Minha Vida, o aumento de custos de materiais nos preocupa muito. Não dá para existir aumento de custo sem aumento de preço”, disse o diretor de relações com investidores, Emílio Fugazza. “Se não for discutido aumento nos valores, chega uma hora em que ficará impossível produzir. Essa é uma cobrança que virá mais para frente.”

As construtoras residenciais focadas em empreendimentos para o público de alta renda, por sua vez, já consideram repasses. É o caso da Cyrela.

“Vemos a inflação dos materiais e poderemos repassar para o preço. As vendas estão aquecidas, os juros estão baixos e o poder de compra está bom”, explicou o diretor financeiro, Miguel Mickelberg, referindo-se às condições de mercado que permitem elevar o valor de venda das moradias.

Essa é a mesma visão da Tecnisa. Caso a alta nos custos se perpetue no ano que vem, a empresa fará o repasse para o preço final. “Não vamos aceitar diminuir nossas margens”, frisou o presidente, Joseph Nigri.

Desequilíbrios. O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) subiu 1,69% em outubro, uma aceleração em relação à taxa de 1,15% de setembro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). É a maior taxa mensal para o índice em cinco anos. Com este resultado, o índice acumula alta de 6,34% neste ano.

Os itens que mais pesaram no mês foram tubos e conexões de PVC (16,28%), vergalhões e arames de aço (10,54%), esquadrias de alumínio (7,07%); tubos e conexões de ferro e aço (7,62%) e tijolo e telha cerâmica (5,31%).

A explicação para o salto nos custos dos materiais está no desequilíbrio entre oferta e demanda neste ano por conta da pandemia. Houve uma parada da indústria por causa da quarentena e uma retomada muito rápida após a flexibilização.

Alguns empresários entendem que a situação é apenas transitória, de modo que a pressão sobre os custos dos materiais tende a dar um alívio nos primeiros meses do ano que vem, após a reorganização dos fabricantes.

 

 

*Por: Circe Bonatelli / ESTADÃO

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Setembro 2025 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30          
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.