SÃO PAULO/SP - O Monitor do PIB-FGV sinaliza que a atividade econômica retraiu 4% em 2020. O dado foi divulgado ontem (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
Pela ótica da produção, dos três grandes setores (agropecuária, indústria e serviços), apenas a agropecuária cresceu no ano (2%). Enquanto pela ótica da demanda, todos os componentes retraíram, com destaque para o consumo das famílias com recuo de 5,2% no ano.
Para o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera, a expressiva queda de 4% da economia em 2020 consolida retrações disseminadas em diversas atividades econômicas, em decorrência da pandemia de covid-19.
Segundo ele, embora a economia tenha acelerado no final do ano, com crescimento de 3,4% no quarto trimestre e de 1% em dezembro, nas comparações com os períodos imediatamente anteriores e com iguais períodos do ano de 2019, os resultados não foram suficientes para compensar a perda expressiva que o Produto Interno Bruto (PIB - a soma de bens e serviços produzidos no país) sofreu, principalmente, no segundo trimestre.
“Os desafios para 2021 mostram-se grandes a partir deste cenário, tendo em vista que devido ao crescimento lento de 2017-2019 a economia foi capaz de recuperar as perdas da recessão de 2014-2016. Com o choque adverso enfrentado em 2020, que ainda não foi totalmente eliminado, os resultados de 2014, pico da série histórica, parecem cada vez mais distantes de serem alcançados”, afirmou em nota.
Em termos monetários, estima-se que o PIB de 2020, em valores correntes, alcançou a cifra de R$ 7 trilhões, 434 bilhões e 248 milhões.
O resultado do PIB de 2020 interrompeu a trajetória de crescimento que se estendia por três anos e retornou ao patamar de 2016. A preços constantes de 2020, o PIB de 2020, embora seja um pouco maior que o de 2016, ainda é inferior aos do período 2017 a 2019. A valores de 2020, o PIB per capita equivale a R$ 35.108, menor valor desde 2008.
Já a taxa de investimento da economia foi de 16,1% em 2020, a maior desde 2015 (17,3%).
Análise trimestral e mensal
Na análise trimestral, o PIB apresentou, na série com ajuste sazonal, crescimento de 3,4% no quarto trimestre, em comparação ao terceiro trimestre, mostrando aceleração da atividade econômica no final do ano. Em relação ao quarto trimestre de 2019, o PIB apresentou retração de 0,8%.
Na análise mensal, o PIB teve crescimento de 1% em dezembro, na comparação com novembro. Na comparação interanual, o resultado do PIB de dezembro foi de crescimento de 1,4%; o primeiro resultado positivo após nove meses consecutivos de quedas.
Consumo das famílias
Segundo a pesquisa, o consumo das famílias retraiu 5,2% em 2020, em comparação a 2019. Este componente, que foi um dos principais responsáveis pelo crescimento da economia, após a recessão de 2014-2016, apresentou expressivo recuo em 2020, com a disseminação da pandemia de covid-19.
O consumo de serviços foi o que mais recuou em 2020 devido, principalmente à retração do consumo de serviços de alojamento e alimentação, saúde privada e serviços gerais prestados às famílias.
Na análise mensal interanual, o consumo de produtos não duráveis e duráveis cresceu em dezembro de 2020. O forte crescimento de 10,2% do consumo de produtos duráveis foi devido ao aumento do consumo de todos os segmentos que compõem este tipo de bens.
O consumo de produtos não duráveis cresceu devido, principalmente, ao consumo de produtos alimentícios e farmacêuticos, padrão recorrente no ano de 2020. A maior queda continuou sendo a do consumo de serviços, por causa, sobretudo, das retrações do consumo de alojamento, alimentação e demais serviços prestados as famílias, todos dependentes da interação social, dificultada devido à pandemia.
Investimentos
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que são os investimentos, recuou 2,9% em 2020, em comparação a 2019. O componente de máquinas e equipamentos, que apresentou maior contribuição para o crescimento da FBCF ao longo de 2018 e 2019, foi o principal responsável pela retração em 2020. O segmento de máquinas e equipamentos que mais influenciou neste expressivo recuo foi o de automóveis, camionetas e utilitários.
Na comparação interanual, a FBCF cresceu 14,5% em dezembro de 2020, devido, principalmente, ao crescimento de 36,3% do componente de máquinas e equipamentos. Esse aumento foi disseminado entre diversos segmentos, porém os de caminhões e ônibus; tratores e outras máquinas agrícolas e; máquinas e equipamentos mecânicos em geral foram os que tiveram maiores destaques positivos.
Exportação
A exportação retraiu 1,9% em 2020, em comparação a 2019. Os segmentos exportados que recuaram no ano foram os bens intermediários, os serviços e os bens de capital; com destaque para este último que contraiu 33,5% no ano. Em contrapartida, os segmentos que apresentaram desempenho positivo foram os de produtos agropecuários, produtos da extrativa mineral e os bens de consumo.
Importação
A importação apresentou retração de 10,3% em 2020 na comparação com 2019. À exceção da importação de produtos agropecuários, que cresceu 2,3% no período, todos os demais segmentos recuaram em 2020. A importação de serviços foi a principal responsável pela queda na importação com recuo de 28,4%, no ano.
Apesar de apenas dois segmentos da importação terem crescido em dezembro, o total da importação aumentou 10,3% na comparação interanual. Mesmo com as quedas nos demais componentes, o crescimento expressivo dos bens intermediários (39,7%) e dos bens de capital (34,8%) impulsionaram o total importado.
*Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil
WASHINGTON - A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA suspendeu na sexta-feira a negociação de mais títulos, que registraram saltos nos preços e nos volumes de negociação desde o final de janeiro em meio ao interesse da mídia social.
A SEC suspendeu temporariamente as negociações da Marathon Group Corp, Affinity Beverage Group Inc e Sylios Corp começando na sexta-feira e terminando em 4 de março, disse a SEC em declarações publicadas em seu site.
As suspensões são o esforço mais recente da SEC para abordar o crescente interesse dos investidores de varejo impulsionado por conversas em plataformas de mídia social, principalmente em um aumento e subsequente queda nos preços das ações da GameStop Corp. Na semana passada, o regulador suspendeu a negociação de uma ação extinta.
A negociação volátil dos chamados "estoques de meme", ativos que atraem súbito interesse de investidores de varejo em meio a discussões em plataformas de mídia social, deixou tanto os fundos de hedge quanto os investidores de varejo sofrendo grandes perdas nas últimas semanas. O tumulto do mercado atraiu o escrutínio de reguladores federais e estaduais, bem como de legisladores dos EUA, que interrogaram na quinta-feira executivos do corretor online Robinhood, do market maker Citadel Securities e de fundos de hedge.
Em cada uma das três declarações separadas detalhando as suspensões de negociação de sexta-feira, a SEC disse que “certas contas de mídia social podem estar envolvidas em uma tentativa coordenada de influenciar artificialmente” os preços das ações.
A SEC tem analisado as ações de todos e quaisquer participantes envolvidos nas negociações recentes. A possível má conduta que a SEC está investigando, de acordo com seu presidente em exercício, inclui: manipulação de mercado; se os corretores de varejo violaram as regras de acesso justo ao restringir a compra; o papel dos fundos de hedge com posições curtas nas empresas, incluindo se havia dados suficientes e transparência sobre suas apostas; e se as empresas aproveitaram a alta para levantar fundos.
Todos os três títulos suspensos na sexta-feira tiveram aumentos repentinos em seus preços e volumes de ações na ausência de qualquer notícia publicamente disponível, disse o regulador. A SEC alertou ainda os corretores e outros corretores para se certificarem de que cumpriram as regras de proteção ao investidor quando as negociações forem retomadas.
*Reportagem de Chris Prentice / REUTERS
Próxima turma da iniciativa gratuita ocorrerá entre os dias 22 e 24 de fevereiro e abordará 11 temas relacionados à preservação do meio ambiente e à responsabilidade social
SÃO PAULO/SP - Oferecido pela Arcos Dorados, maior franquia independente do McDonald's no mundo, o Programa Desenvolvimento Sustentável em Foco chega a sua 32ª edição entre os dias 22 e 24 de fevereiro. Aberta a todos os interessados, a iniciativa conta com inscrições gratuitas e faz parte da estratégia da companhia em usar sua escala para compartilhar conhecimento que gere impacto positivo na sociedade ao promover maior conscientização e fomentar atitudes sustentáveis.
As palestras, ministradas online, abordam temas como Compromisso Social, Desperdício de Alimentos, Economia Circular, Energia Renovável, entre outros. Ao todo, o programa oferece carga horária de nove horas ao longo dos três dias, sempre das 18h às 21h. Para aqueles que assistirem a, no mínimo, 75% das palestras é disponibilizado um certificado de participação.
“Ao mesmo tempo em que trabalhamos para diminuir o impacto de nossas operações, também utilizamos o nosso tamanho e representatividade para influenciar positivamente a sociedade. Acreditamos que a partilha de conhecimento seja uma maneira poderosa de contribuir para a construção de uma sociedade mais sustentável”, afirma Leonardo Lima, Diretor de Desenvolvimento Sustentável da Arcos Dorados e coordenador do Programa.
Com quatro anos de existência, o Programa Desenvolvimento Sustentável em Foco consolida-se como a maior iniciativa corporativa de educação para o desenvolvimento sustentável do Brasil e, desde o seu início em 2017, já impactou mais de 5 mil pessoas provenientes de 420 cidades e 10 países.
Temas e palestrantes da 32ª edição do Programa:
▪ Capitalismo Consciente, com Hugo Bethlem
▪ Competências Socioemocionais - A base da educação contemporânea, com Emilio Munaro
▪ Compromisso social, com Luana Matos e Amanda Basterra
▪ Desperdício de comida, com Daniela Garcia
▪ Economia circular, com Leandro Santos
▪ Energia renovável, com a AES Tietê
▪ Gestão da Mudança, com Murilo Moreno
▪ Gerenciamento de Resíduos nos Tempos de COVID-19, com Yara Garbelotto
▪ Remoções climáticas, com Felipe Bottini
▪ Receita para o futuro, com Leonardo Lima
▪ Valor compartilhado, com João Redondo
Para se inscrever e obter mais informações, basta acessar o site https://recetadelfuturo.
Sobre a Arcos Dorados
A Arcos Dorados é a maior franquia independente do McDonald’s do mundo e a maior rede de serviço rápido de alimentação da América Latina e Caribe. A companhia conta com direitos exclusivos de possuir, operar e conceder franquias locais de restaurantes McDonald’s em 20 países e territórios dessas regiões. Atualmente, a rede possui mais de 2.200 restaurantes, entre unidades próprias e de seus subfranqueados, que juntos empregam mais de 100.000 funcionários (dados de 30/9/2020). A empresa também mantém um sólido compromisso com o desenvolvimento das comunidades nas quais está presente e com a geração de primeiro emprego formal para jovens, além de utilizar sua escala para impactar de maneira positiva o meio-ambiente. A Arcos Dorados está listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE: ARCO). Para saber mais sobre a Companhia por favor visite o nosso site: www.arcosdorados.com
SÃO PAULO/SP - Cálculos do diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, Felipe Salto, mostram que zerar a cobrança da alíquota de PIS/Cofins sobre o óleo diesel por dois meses significa abrir mão de R$ 3,3 bilhões. Esse montante, explica em sua conta no Twitter, representa 10% do custo "aventado" pelo governo brasileiro para a retomada do auxílio emergencial, que ainda não saiu do papel.
Na quinta-feira, após um novo reajuste de combustíveis pela Petrobrás, o presidente Jair Bolsonaro anunciou que a partir de 1.° de março não haverá qualquer imposto federal sobre o preço do óleo diesel. Bolsonaro considerou o aumento anunciado pela petroleira, o quarto do ano, “fora da curva” e “excessivo”.
Contas rápidas. Vendas de diesel em 2019 foram de 57 bi de litros. À alíquota de PIS/COFINS vigente, a receita anual equivaleria a algo c/ R$ 20,1 bi. 2 meses custariam R$ 3,3 bi. É 10% do custo aventado pelo próprio governo para o auxílio emergencial (que não saiu até agora).
— Felipe Salto (@FelipeSalto) February 19, 2021
"O novo argumento do governo é este: já fizemos a compensação dos gastos novos antes mesmo de sabermos que ele existiria. Incrível", escreve o especialista em finanças públicas. No ano passado, cita o economista, as vendas de diesel no Brasil somaram 57 bilhões de litros, gerando receita anual em torno de R$ 20,1 bilhões, levando em consideração alíquota de PIS/Cofins vigente.
De acordo com Salto, os custos com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de zerar PIS/Cofins sobre o óleo diesel deverão vir por meio de crédito extraordinário, o que tende a salvar o teto de gastos. No entanto, diz, o resultado primário do governo será afetado, ainda que a reestimativa de receita possa ajudar a fazer a compensação.
*Por: Maria Regina Silva / ESTADÃO
BERLIM - A crise de semicondutores que atingiu o setor automotivo deixa as montadoras com uma escolha dura: pagar, estocar ou correr o risco de ficar paralisado enquanto as fabricantes de chips se concentram em negócios mais lucrativos em outros lugares.
Fabricantes de automóveis, incluindo Volkswagen, Ford e General Motors, cortaram a produção à medida que o mercado de chips foi varrido por fabricantes de eletrônicos de consumo, como smartphones - os clientes preferidos da indústria de chips porque compram chips mais avançados e de maior margem de lucro.
A escassez de semicondutores - mais de US $ 800 em silício embalado em um veículo elétrico moderno - expôs a desconexão entre uma indústria automotiva estragada por décadas de entregas just-in-time e uma cadeia de suprimentos da indústria eletrônica que não pode mais se curvar à sua vontade.
“O setor automotivo está acostumado com o fato de que toda a cadeia de suprimentos está centrada nos carros”, disse Ondrej Burkacky, sócio da McKinsey. “O que foi esquecido é que os fabricantes de semicondutores realmente têm uma alternativa.”
As montadoras estão respondendo à escassez fazendo lobby com os governos para que subsidiem a construção de mais capacidade de fabricação de chips.
Na Alemanha, a Volkswagen apontou o dedo aos fornecedores, dizendo que os avisou oportunamente em abril passado - quando grande parte da produção mundial de automóveis estava paralisada devido à pandemia do coronavírus - de que a demanda se recuperaria fortemente no segundo semestre do ano.
Essa reclamação da montadora de volume número 2 do mundo corta pouco gelo com os fabricantes de chips, que dizem que a indústria automobilística é rápida em cancelar pedidos em uma recessão e em exigir investimentos em nova produção em uma recuperação.
“No ano passado, tivemos que dispensar funcionários e arcar com o custo de manutenção da capacidade ociosa”, disse uma fonte de um fabricante europeu de semicondutores, que falou sob condição de anonimato.
“Se as montadoras estão nos pedindo para investir em nova capacidade, eles podem nos dizer quem vai pagar por essa capacidade ociosa na próxima desaceleração?”
A indústria automobilística gasta cerca de US $ 40 bilhões por ano em chips - cerca de um décimo do mercado global. Em comparação, a Apple gasta mais em chips apenas para fabricar seus iPhones, avalia Neil Campling, analista de tecnologia da Mirabaud.
Além disso, os chips usados em carros tendem a ser produtos básicos, como microcontroladores feitos sob contrato em fundições mais antigas - dificilmente a tecnologia de produção de ponta na qual os fabricantes de chips estariam dispostos a investir.
“Os fornecedores estão dizendo: 'Se continuarmos a produzir esse material, não haverá outro lugar para onde ir. A Sony não vai usá-lo para um Playstation 5 ou Apple para seu próximo iPhone '”, disse Asif Anwar da Strategy Analytics.
Os fabricantes de chips ficaram surpresos com a reação de pânico da indústria automobilística alemã, que convenceu o ministro da Economia, Peter Altmaier, a escrever uma carta em janeiro para seu homólogo em Taiwan pedindo aos fabricantes de semicondutores que fornecessem mais chips.
Nenhum suprimento extra estava chegando, com uma fonte da indústria alemã brincando que os americanos tinham uma chance melhor de conseguir mais chips de Taiwan porque eles poderiam, pelo menos, estacionar um porta-aviões na costa - referindo-se à capacidade dos Estados Unidos de projetar energia em Ásia.
Mais perto de casa, uma fonte de outra fabricante de chips europeia expressou descrença com o pouco entendimento de uma montadora de como ela opera.
“Recebemos um telefonema de uma montadora que estava desesperada por suprimentos. Eles disseram: Por que você não executa um turno da noite para aumentar a produção? ” esta pessoa disse.
“O que eles não entenderam é que funcionamos no turno da noite desde o início.”
SEM CORREÇÃO RÁPIDA
Embora a Infineon, fornecedora líder de chips para a indústria automotiva global, e Robert Bosch, o principal fornecedor de peças de 'Tier 1', planejem comissionar novas fábricas de chips este ano, há poucas chances de que a escassez de fornecimento diminua em breve.
Fabricantes de chips especializados como a Infineon terceirizam parte da produção de chips automotivos para fabricantes terceirizados liderados pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Co Ltd (TSMC), mas as fundições asiáticas estão atualmente priorizando fabricantes de eletrônicos de ponta à medida que enfrentam restrições de capacidade.
No longo prazo, a relação entre os fabricantes de chips e a indústria automobilística ficará mais próxima à medida que os veículos elétricos forem sendo mais amplamente adotados e recursos como direção assistida e autônoma serão desenvolvidos, exigindo chips mais avançados.
Mas, no curto prazo, não há solução rápida para a falta de fornecimento de chips: a IHS Markit estima que o tempo que leva para entregar um microcontrolador dobrou para 26 semanas e a escassez só chegará ao mínimo em março.
Isso coloca em risco a produção de 1 milhão de veículos leves no primeiro trimestre, diz IHS Markit. Os executivos e analistas da indústria de chips europeus concordam que a oferta não acompanhará a demanda até o final do ano.
A escassez de chips está tendo um “efeito bola de neve”, já que os fabricantes de automóveis perdem alguma capacidade para priorizar a construção de modelos lucrativos, disse Anwar, da Strategy Analytics, que prevê uma queda na produção de automóveis na Europa e América do Norte de 5% -10% em 2021.
O chefe da fabricante de chips franco-italiana STMicroelectronics, Jean-Marc Chery, prevê que as restrições de capacidade afetarão as montadoras até meados do ano.
“Até o final do segundo trimestre, a indústria terá que administrar no nível de estoque enxuto”, disse Chery em uma conferência recente da Goldman Sachs.
*Por: Douglas Busvine de Berlim e Christoph Steitz de Frankfurt; Reportagem adicional de Mathieu Rosemain e Gilles Gillaume / REUTERS
BRASÍLIA/DF - A Petrobras anunciou hoje (18) um novo aumento médio nos preços da gasolina e do diesel em suas refinarias, que chegarão a R$ 2,48 e R$ 2,58 por litro, respectivamente. A partir de amanhã (19), será aplicado um reajuste de R$ 0,23 para o litro da gasolina e de R$ 0,34 para o do diesel.
O preço cobrado nas refinarias da Petrobras corresponde a cerca de 33% do preço pago pelos consumidores finais da gasolina e a 51% do preço final do diesel, segundo a estatal. A companhia explica que "até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis".
Os preços praticados nas refinarias da Petrobras são reajustados de acordo com a taxa de câmbio e a variação do preço internacional do petróleo, negociado em dólar. Desde janeiro, a Petrobras já reajustou três vezes o preço do diesel e quatro vezes o da gasolina, que tinha o valor médio de R$ 1,84 em 29 de dezembro e chegará a R$ 2,48 com o reajuste que vigora a partir de amanhã.
Em 18 de janeiro, a estatal anunciou um aumento médio de R$ 0,15 para a gasolina e manteve o preço do diesel. No dia 26 do mesmo mês, um novo reajuste elevou o preço nas refinarias em R$ 0,10 para a gasolina e em R$ 0,09 para o diesel. Já em 8 de fevereiro, foi anunciado um aumento de R$ 0,17 para a gasolina e de R$ e de 0,13 para o diesel.
*Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
ZURIQUE - A Nestlé pretende impulsionar o crescimento das vendas orgânicas para 4% este ano, disse a gigante de alimentos na quinta-feira, depois que a forte demanda por alimentos para animais de estimação e produtos de saúde nas Américas ajudou seu crescimento a superar seus pares no ano passado.
Os consumidores continuaram comprando alimentos embalados durante a pandemia e o fabricante das sopas Maggi e do café instantâneo Nescafe se saiu melhor do que alguns rivais, dispensando negócios de baixo desempenho e investindo em áreas de crescimento, como alimentos à base de plantas, café e ciências da saúde.
“Estamos vendo uma melhoria contínua no crescimento orgânico pelo terceiro ano consecutivo”, disse o CEO Mark Schneider a repórteres por telefone.
“Há uma possibilidade de ultrapassar o ponto de 4% (este ano), o que seria ótimo, mas, diante das incertezas, é difícil se comprometer com isso agora.”
Schneider disse que a alimentação para animais de estimação teve um ano estelar e ofereceu grandes oportunidades de crescimento orgânico e por meio de aquisições ocasionais.
Ele disse não estar feliz com o desempenho na China, onde as vendas de orgânicos caíram, e disse que as equipes estão trabalhando muito para melhorar este ano, com a ajuda da recente alienação da Yinlu.
O diretor financeiro, François-Xavier Roger, disse que o grupo espera que a Ásia, incluindo a China, retorne ao crescimento médio de um dígito este ano.
O grupo suíço quer alcançar um crescimento sustentado de um dígito médio no médio prazo depois que as vendas orgânicas cresceram 3,6% em 2020, à frente do consenso e do crescimento de vendas subjacente de 1,9% da Unilever.
Espera-se que a Danone da França registre um crescimento comparável negativo na sexta-feira.
A Nestlé orientou-se por uma melhora “moderada contínua” em sua margem operacional de negociação neste ano. Isso não é uma surpresa, disseram os analistas do RBC, mas pode moderar algumas expectativas mais otimistas também para o setor mais amplo de bens de consumo.
A Nestlé melhorou a margem para 17,7% no ano passado, dentro de sua meta de médio prazo de 17,5-18,5% que já havia alcançado um ano atrás.
A empresa tem vendido negócios de baixo desempenho e acaba de transferir suas principais marcas de água na América do Norte para empresas de capital privado por US $ 4,3 bilhões.
Schneider reafirmou o compromisso da Nestlé com o restante do portfólio de água e também com os confeitos.
O lucro líquido caiu ligeiramente para 12,2 bilhões de francos, devido a um ganho não recorrente no período do ano anterior, mas superando as expectativas. A Nestlé propôs seu 26º aumento consecutivo em dividendos para 2,75 francos suíços por ação. Também possui um programa de recompra de ações em andamento.
As ações da Nestlé ficaram estáveis em 1029 GMT, superando um índice do setor de alimentos europeu ligeiramente mais fraco.
($ 1 = 0,8987 francos suíços)
*Reportagem de Silke Koltrowitz / REUTERS
SÃO PAULO/SP - Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.345 da Mega-Sena. O sorteio foi realizado na noite desta última quarta-feira (17) no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.
De acordo com a estimativa da Caixa, o prêmio acumulado para o próximo sorteio, no sábado (20), é de R$ 34 milhões.
As dezenas sorteadas foram: 07 - 16 - 19 - 22 - 28 - 55.
A quina registrou 75 apostas ganhadoras. Cada uma vai pagar R$ 30.067,59. A quadra teve 4.970 apostas vencedoras. Cada apostador receberá R$ 648,19.
As apostas para o concurso 2.346 podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo país ou pela internet. O volante, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.
*Por Agência Brasil
Queda encerrou período de três anos em que o setor teve crescimento médio de 1,8% do faturamento anual
SÃO PAULO/SP - O turismo brasileiro perdeu R$ 55,6 bilhões em faturamento em 2020 em comparação ao ano anterior, aponta pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Os R$ 113,2 bilhões significaram o pior resultado da receita desde que a Entidade começou a fazer o estudo, em 2011, e representou um rombo de 33% em comparação com o que o setor faturou em 2019.
Principal impactado pelas medidas de restrição de circulação de pessoas no início da pandemia, a partir de março, o setor aéreo encabeçou o desempenho negativo, perdendo pouco mais da metade (50,8%) do seu faturamento anual em 2020. Foi, sozinho, responsável por 16,2 pontos porcentuais da retração de 33% do turismo como um todo. No auge da crise de covid-19, a oferta de assentos nos aviões chegou a cair 95%, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Depois das companhias aéreas, foram os serviços de alimentação e alojamento, como hotéis e pousadas, que registraram a maior queda no faturamento: -36% em comparação a 2019 – 10,9 pontos porcentuais de contribuição no resultado global do turismo. O dado também se explica pelos meses em que as pessoas ficaram em quarentena em quase todo o País, no segundo semestre de 2020.
Em seguida, os setores turísticos que mais sofreram foram as atividades culturais, recreativas e esportivas, que viram o faturamento cair 27,6% no período, as empresas de transporte terrestre (12,9%), assim como as locadoras de veículos e agências de viagens (12,1%).
Ruptura do crescimento
A retração expressiva registrada em 2020 encerrou um período de três anos positivos para o turismo brasileiro, com média de crescimento do faturamento anual de 1,8%. Em 2017, por exemplo, o setor fechou suas receitas em R$ 162,6 bilhões, sendo que, dois anos depois, faturou um total de R$ 168,8 bilhões. O melhor ano da série histórica foi 2014, quando o turismo teve R$ 187,7 bilhões em faturamento.
A recuperação, a partir de 2017, vinha depois de um biênio ruim entre 2015 e 2016, mas o turismo se apoiava principalmente no crescimento médio de 4,3% ao ano registrado do início da série histórica até 2014. Não à toa, segundo a FecomercioSP, se esse ritmo continuasse até hoje, o setor já estaria faturando na casa dos R$ 230 bilhões por ano – 103% a mais do que o registrado em 2020.
FecomercioSP pede prorrogação de lei federal
Os números preocupantes do turismo brasileiro ao longo de 2020 enfatizam a importância de o governo federal prorrogar a Lei 14.046/2020 e parte da Medida Provisória (MP) 948/2020, que, entre outros pontos, dispensa a necessidade de reembolso imediato de eventos ou viagens canceladas e estabelece regras para remarcações e cancelamentos.
Pela norma, é possível que os agentes do setor reembolsem os clientes em até 12 meses após a data da compra do serviço, por exemplo, além de terem mais liberdade para negociar diretamente sobre novos prazos.
No entendimento da Federação, o fim dessas condições fará com que as empresas, já afetadas significativamente pela pandemia, ainda tenham que arcar com os custos imediatamente – o que, para muitas delas, pode significar até o fim de suas atividades, resultando na desestruturação total do setor. O modelo de 12 meses, assim, não apenas alivia o caixa dos agentes do turismo, como permite que mais empregos sejam mantidos.
Além disso, a Entidade também considera importante que o governo federal amplie os canais de crédito com condições especiais disponíveis para empresas turísticas, como foi o caso do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) no ano passado.
Nota metodológica
O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços com dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são atualizados mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e foram escolhidas as atividades que têm relação total ou parcial com o turismo. Para as que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do turismo no total.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
SÃO PAULO/SP - Uma pergunta que me fazem com certa frequência é: “Bruno, como ganhar dinheiro?”. Para começar, proponho uma reflexão: a gente ganha dinheiro ou faz dinheiro?
Primeira coisa: nós fazemos dinheiro – graças à nossa capacidade de gerar valor e receber uma quantia em troca. Gerar valor significa oferecer um serviço a outra pessoa, proporcionando algo de bom para ela, a partir do nosso esforço, do nosso trabalho. Ou seja, ninguém ganha dinheiro, pois tudo é uma troca. Fazer dinheiro é algo que se aprende, e os segredos eu revelo para você:
1) Substitua a expressão organizar as minhas contas por organizar os meus ganhos. Isso pode parecer místico demais, porém, é importante ter em mente que a vida sempre nos dá mais do mesmo, isto é: quando você fala em contas, é isso que você atrai; da mesma forma, quando fala em ganhos, é isso que vai se multiplicar na sua vida.
2) Deixe de lado o conceito unipotencial e passe a usar o multipotencial. Não se apegue apenas a uma forma de fazer dinheiro a partir do seu conhecimento: abra sua mente para suas multipotencialidades, para seus inúmeros talentos. Por exemplo, se você é cozinheiro, não precisa ficar apenas trabalhando em um mesmo restaurante – pode criar cardápios, ensinar receitas, palestrar ou promover treinamentos nesta área. Utilize todo o seu potencial!
3) Não espere o melhor momento – faça algo para que ele surja. Não se acomode esperando que as coisas se resolvam sozinhas ou que a maré fique favorável. Tome as atitudes necessárias para ser o autor da sua prosperidade, para melhorar a sua situação. Você tem potencial para fazer o momento ficar bom, aproveite!
4) Não aprenda somente na prática. Não conte apenas com a tática da tentativa e erro. Você precisa estudar, se preparar, e depois partir para a prática. Busque a informação correta no lugar adequado e trabalhe com estratégia, conte com cursos, leituras, treinamentos, mentores.
5) Desenvolva a habilidade de vender diariamente. Associe o ato de vender a bons sentimentos. Ao longo dos anos, vimos tantos vendedores desonestos que muitos travam quando escutam a palavra vender. Mas não tenha medo de negociar! Estimule a habilidade de comercializar seus produtos, serviços, ideias e projetos.
6) Alimente suas raízes, sua missão, seu propósito de vida. Se você não alimentar o que é profundo, não receberá frutos. Toda vez que você associa a melhoria financeira a uma razão de existir, você muda a sua realidade. Portanto, tenha uma causa, uma razão para fazer dinheiro.
Todas essas dicas evidenciam uma coisa: prosperidade é decisão. Quando você decide prosperar e se dedica a isso, o resultado vem e a sua vida se transforma.
*Bruno Gimenes é um dos responsáveis pela expansão do desenvolvimento pessoal e da prosperidade no Brasil. Palestrante, professor, diretor de conteúdo e cofundador da Luz da Serra Editora, é autor do best-seller Seja Rico – checklist para elevar o seu nível financeiro.
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