RÚSSIA - “Tomei a decisão de realizar uma operação militar especial”. Com estas palavras, o presidente russo, Vladimir Putin, inicia, em 24 de fevereiro de 2022, a invasão da vizinha, Ucrânia, desencadeando o pior conflito no continente europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
Em um contexto de tensões crescentes com o Ocidente, o presidente russo lança as hostilidades pouco antes das 06h locais (00h de Brasília), com um anúncio surpresa pela televisão.
O objetivo é a “desmilitarização e desnazificação da Ucrânia”, afirma, em um tom duro, o chefe do Kremlin, reiterando as acusações infundadas de um “genocídio” orquestrado pela Ucrânia no leste russófono do país e denunciando uma política “agressiva” da Otan.
Dois dias antes, Putin havia declarado a “independência” de territórios separatistas ucranianos no Donbass, que Kiev combate com armas desde 2014.
O presidente russo ameaça o Ocidente com “consequências nunca vistas” em caso de interferência.
– “Invasão de grande amplitude” –
Fortes explosões são ouvidas nos céus da ex-república soviética. Os ataques têm como alvo a capital, Kiev, Kramatorsk (quartel-general do exército ucraniano no leste) e Kharkiv, a segunda maior cidade do país, situada perto da fronteira russa. Também em Odessa, na costa do Mar Morto, e Mariupol, o principal porto.
De uma ponta a outra do país ouvem-se sirenes de alertas aéreos.
O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, denuncia o início de uma “invasão de grande amplitude”.
Desde o amanhecer, os ucranianos se aglomeram no metrô de Kiev, transformado em abrigo. “Acordei com o barulho das bombas. Arrumei umas sacolas e parti”, contou à AFP Maria Kashkoska, de 29 anos, encolhida, em estado de choque.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, promete “vencer”, proclama a lei marcial e pede, em um vídeo no Facebook, que seus 40 milhões de concidadãos “não entrem em pânico”.
– Às portas de Kiev –
Na primeira hora da manhã, blindados russos entram em solo ucraniano pelo norte – vindos de Belarus, aliada de Moscou -, sul e leste.
Com uma “superioridade aérea total” sobre a Ucrânia – limitada em recursos antiaéreos apesar da crescente ajuda militar do Ocidente -, o exército russo avança rumo a Kiev, onde se impõe um toque de recolher.
A Rússia quer “decapitar o governo ucraniano” e instalar dirigentes favoráveis a Moscou, segundo análise de fontes militares ocidentais.
Forças russas transportadas de helicóptero atacam o aeroporto militar de Gostomel, às portas da capital ucraniana.
Com o passar das horas, tropas procedentes da península ucraniana da Crimeia – anexada em 2014 por Putin – avançam no sul e tomam o controle de Genishesky, na região de Kherson.
No nordeste, ocorrem violentos combates em Kharkiv, aonde chegam paraquedistas russos.
“Não achei que isto fosse acontecer enquanto estivesse viva”, disse à AFP Olena Kurilo, de 52 anos, o rosto coberto por vendas, devido aos ferimentos sofridos em um ataque. “Farei tudo pela Ucrânia, tanto quanto puder”, assegurou esta professora de Chuhuiv, perto de Kharkiv.
– Putin, “pária” internacional –
Críticas chovem nos países ocidentais.
O presidente americano, Joe Biden, anuncia um arsenal de sanções econômicas e financeiras com o objetivo de transformar o líder do Kremlin em “um pária no cenário internacional”.
Os Estados Unidos, diz Biden em tono solene, vão defender “a menor polegada de território da Otan”, mas não vão enviar tropas à Ucrânia, que não é membro da Aliança Atlântica. O Pentágono anuncia o envio de 7.000 soldados adicionais à Alemanha, elevando a 90.000 o número de militares americanos na Europa.
As Forças Armadas dos países da Otan são colocadas em prontidão.
Dirigentes da União Europeia (UE) adotam sanções financeiras “maciças” contra a Rússia.
A China, rara voz dissonante e que mantém vínculos estreitos com Moscou, diz “entender as preocupações” da Rússia.
– Zelensky, o comandante-em-chefe –
À noite, a Ucrânia denuncia que a usina nuclear de Chernobyl, perto de Belarus, cenário do pior acidente nuclear da história, em 1986, caiu nas mãos dos invasores.
A Rússia afirma ter destruído mais de 70 instalações militares, entre elas 11 aeródromos. A Ucrânia diz ter derrubado cinco aviões russos e um helicóptero.
Ao final deste primeiro dia de guerra, Volodimir Zelensky lamenta a morte de “137 heróis” ucranianos e decreta mobilização militar.
O presidente apresenta seu país como o “escudo da Europa” frente à Rússia e aponta para a falta de ajuda de seus aliados ocidentais. “Quem está pronto para lutar conosco? Não vejo ninguém”, diz, lamentando a recusa da Otan de enviar tropas à Ucrânia.
Assumindo o papel de comandante-em-chefe, usando roupas militares, o ex-comediante de 44 anos jura que permanecerá na capital com seu governo e inicia, assim, um poderoso movimento de resistência militar.
– Pânico nos mercados –
As bolsas europeias caem até 5% e os preços das commodities disparam. Os investidores se preocupam com possíveis interrupções no fornecimento de gás e petróleo, dos quais a Rússia é um os principais produtores.
Os temores com as exportações russas e ucranianas fazem os preços do trigo dispararem em um nível inédito.
– Fluxo de refugiados –
A ofensiva russa força cerca de 100.000 ucranianos a deixarem suas casas. Vários milhares correm para as fronteiras da UE, especialmente com Polônia, Hungria e Romênia.
O conflito provoca o êxodo mais rápido desde a Segunda Guerra Mundial.
O post Em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia de Vladimir Putin invade a Ucrânia apareceu primeiro em ISTOÉ Independente.
UCRÂNIA - "Fique perto da parede. Mova-se rápido. Fila única. Apenas alguns de cada vez."
As curtas instruções vêm da escolta do exército ucraniano, que está nos levando a uma base militar em Bakhmut, uma cidade que já foi famosa por vinhos espumantes e hoje é marcada pela batalha.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou a cidade no leste do país de "nossa fortaleza". As forças russas passaram os últimos seis meses tentando capturar Bakhmut. Agora, eles intensificaram o ataque — acredita a Ucrânia — para derrubá-la antes do aniversário de um ano da invasão.
Seguimos as ordens, disparando por uma rua coberta de gelo e entulho, com um céu azul claro acima — um cenário ideal para drones russos.
Logo depois de atravessarmos a rua, dois projéteis russos caem atrás de nós. Nos viramos para ver fumaça preta subindo e continuamos a correr.
O bombardeio foi aleatório ou direcionado a nós? Não podemos ter certeza, mas tudo que se move em Bakhmut é um alvo, seja soldado ou civil.
Durante horas, não há trégua no bombardeio. Um caça ruge acima de nossas cabeças. As tropas russas mais próximas estão a apenas dois quilômetros de distância.
Há combates de rua em algumas áreas, mas as forças ucranianas ainda controlam a cidade — apesar das temperaturas abaixo de zero e da diminuição dos estoques de munição.
"Temos escassez de munição de todos os tipos, especialmente de artilharia", diz o capitão Mykhailo, da 93ª Brigada Mecanizada, cujo codinome é 'poliglota'.
"Também precisamos de dispositivos de comunicação criptografados de nossos aliados ocidentais e alguns veículos blindados para mover as tropas. Mas ainda assim conseguimos nos manter. Uma das principais lições desta guerra é como lutar com recursos limitados."
Dá para ter uma ideia dos problemas de munição quando as tropas ucranianas atacam uma posição russa com morteiros de 60 mm. A primeira rodada de bombas voa do tubo com um estrondo. A segunda rodada não ejeta.
Há um silvo de fumaça e um grito de "falha de tiro", fazendo com que a unidade de morteiros procure cobertura. Os soldados nos dizem que a munição vem de um estoque antigo, enviada do exterior.
A batalha por Bakhmut é uma guerra dentro da guerra. Algumas das lutas mais ferozes da invasão ocorreramaqui. E agora as forças russas estão ganhando terreno, metro a metro, corpo a corpo. Várias ondas de mercenários do notório grupo Wagner foram enviados para a batalha neste lugar. Há relatos de campos cheios de cadáveres russos.
Moscou agora tem controle efetivo das duas estradas principais que levam à cidade, e deixam livre apenas uma rota secundária — uma estreita linha de abastecimento.
“Eles tentam tomar a cidade desde julho”, diz Iryna, assessora de imprensa da 93ª Brigada. "Pouco a pouco, os russos estão ganhando. Eles têm mais recursos, portanto, se jogarem o jogo longo, vão ganhar. Mas não posso dizer quanto tempo vai demorar."
"Talvez eles fiquem sem recursos. Eu realmente espero que sim", completa Iryna.
Passamos de posições de tiro cuidadosamente escondidas para bunkers cheios de geradores e aquecidos por fogões. As tropas tomam cuidado para esconder qualquer fumaça que possa revelar a localização da base — isso faz parte da administração da guerra. Entre aqueles que encontramos, há uma determinação calma por lutar.
"Eles estão tentando nos cercar para que deixemos a cidade, mas isso não está funcionando", diz Ihor, um dos comandantes.
"A cidade está sob controle. O transporte se move, apesar dos constantes ataques de artilharia. Temos, claro, perdas do nosso lado, mas estamos aguentando. Nós só temos uma opção: continuar rumo à vitória."
Existe outra alternativa: retirar-se de Bakhmut antes que seja tarde demais. Mas entre os defensores do terreno parece haver pouca vontade de fazer isso. "Se tivermos tal ordem de nosso quartel general, tudo bem. Ordem é ordem", diz o capitão Myhailo.
"Mas qual o sentido de segurar todos esses meses se você precisa se retirar desta cidade? Não, nós não queremos fazer isso."
Ele lembra aqueles que deram suas vidas por Bakhmut, os quais classifica como "homens bons e corajosos que simplesmente amam este país".
E se os defensores de Bakhmut se retirassem, isso abriria um caminho para a Rússia avançar para cidades maiores no leste da Ucrânia, como Kramatorsk e Slovyansk.
Moscou intensificou os ataques em outras áreas da linha de frente na região de Donbass, pelo leste e pelo sul. Autoridades ucranianas dizem que uma nova ofensiva russa já está em andamento.
O governo russo corre contra o relógio, pois faz a contagem regressiva para o aniversário de um ano da invasão, em 24 de fevereiro. "Eles são loucos por datas e os chamados 'dias da vitória'", diz Mykhailo.
Mas a batalha por Bakhmut pode desgastar os russos, de acordo com Viktor, um comandante ucraniano alto e magro que coletou e mantém revistas russas em uma prateleira de seu bunker.
"Eles não defendem, apenas atacam. E até tomam alguns metros, mas estamos tentando garantir que avancem o mínimo possível sobre nossas terras. Estamos segurando o inimigo aqui e desgastando-o."
Ainda há alguma vida em Bakhmut, se você souber onde encontrá-la.
Uma explosão de calor e luz surge quando você passa pela porta do "centro de invencibilidade", ao passar por caixas de alimentos doados. Trata-se de um clube de boxe que virou um complexo de suporte à vida, onde a população local pode recarregar a energia dos celulares e de si mesma, com comida quente e companheirismo.
Quando visitamos o local, ele estava lotado, com mulheres idosas agrupadas em torno de um fogão e dois meninos sentados no ringue de boxe, grudados na tela da TV enquanto brincavam com um jogo de guerra.
Cerca de 5 mil civis permanecem em Bakhmut sem água encanada ou energia — muitos são idosos e pobres.
"Alguns são pró-Moscou. Eles estão esperando pelos russos", murmura um ucraniano de forma sombria.
Todos aqui travam suas próprias batalhas, diz Tetiana, uma psicóloga de 23 anos que está no centro comunitário para cuidar de seus irmãos mais novos. Ela ainda está em Bakhmut porque a avó de 86 anos não consegue se mover e depende dela.
"A maioria das pessoas lida com isso orando a Deus", diz Tetiana.
"A fé ajuda. Alguns esquecem que são pessoas, enquanto outros outros mostram agressividade e começam a se comportar pior do que animais."
De volta para fora, a batalha por Bakhmut continua, com mais um bombardeio enquanto partimos.
RÚSSIA - A Rússia lançou uma onda de ataques à infraestrutura ucraniana nas cidades de Kharkiv e Zaporizhzhia na manhã desta sexta-feira, quando autoridades ucranianas disseram que uma ofensiva russa há muito esperada estava em andamento no leste.
Pelo menos 17 mísseis atingiram a cidade de Zaporizhzhia, no sudeste do país, em uma hora, afirmou o prefeito interino Anatolii Kurtiev. A operadora de rede estatal disse que instalações de alta tensão em todo o país foram atingidas e o fornecimento de eletricidade foi interrompido.
A Rússia tem atacado repetidamente a infraestrutura civil longe das linhas de frente nos últimos quatro meses, deixando milhões de ucranianos nas principais cidades sem energia, aquecimento ou água por dias no meio do inverno.
As sirenes de ataque aéreo soaram em todo o país durante a hora do rush da manhã e as autoridades locais pediram aos civis que prestassem atenção e se abrigassem.
A administração da cidade de Kiev disse que as defesas aéreas estavam funcionando enquanto explosões eram ouvidas na capital.
O governador regional de Kharkiv, Oleh Synehubov, relatou cerca de 10 explosões e disse que a energia foi cortada em algumas áreas.
Infraestrutura vital também foi atingida em Khmelnitskyi, no oeste, e na região de Dnipropetrovsk, no centro da Ucrânia, disseram autoridades regionais.
O porta-voz da Força Aérea Yuriy Ihnat afirmou à televisão ucraniana que as defesas aéreas ucranianas derrubaram cinco dos sete drones e cinco dos seis mísseis Kaliber.
No entanto, a Força Aérea também disse que a Rússia lançou 35 mísseis S-300, que as defesas aéreas da Ucrânia não conseguem abater, nas regiões de Kharkiv e Zaporizhizhia.
A Ucrânia tem se preparado para uma nova ofensiva russa na crença de que, após meses de reveses, o presidente Vladimir Putin quer obter sucesso no campo de batalha antes do aniversário da invasão que ele lançou em 24 de fevereiro do ano passado.
O foco principal da Rússia tem sido a cidade de Bakhmut na província de Donetsk, no leste, uma região cuja captura é uma das prioridades declaradas de Moscou desde o início da guerra.
Depois de meses de batalhas de artilharia estáticas que se tornaram conhecidas por ambos os lados como "moedor de carne", as forças russas, incluindo o exército mercenário da empresa Wagner, que recrutou dezenas de milhares de condenados com a promessa de indultos, finalmente começaram a cercar a cidade.
O Ministério da Defesa do Reino Unido disse que as forças da Wagner parecem ter avançado de dois a três quilômetros ao norte de Bakhmut desde terça-feira -- um avanço notavelmente rápido em uma batalha em que as linhas de frente mal se moviam há meses.
Por Olena Harmash / REUTERS
FRANÇA - O Presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu ontem Volodymyr Zelensky para um jantar no Palácio do Eliseu, com a presença também de Olaf Scholz, o chanceler alemão. O apoio militar à Ucrânia foi o principal tema de discussão entre os três líderes.
O Presidente Volodymyr Zelensky chegou por volta das 21h50 a um terminal especial do aeroporto de Orly, e seguiu depois para o Palácio do Eliseu, sendo saudado pelos franceses que vieram às janelas no seu trajeto para acolher o líder ucraniano. Chegado à residência do Presidente Emmanuel Macron, Zelensky foi acolhido calorosamente.
"A Ucrânia pode contar com a França, a Europa e seus aliados para ganhar a guerra. A Rússia não pode e não deve ganhar esta guerra. Enquanto ela continuar, vai ser necessário que continuemos, adaptemos e modelemos o dispositivo militar necessário à Ucrânia", declarou o Presidente francês, numa declaração conjunta aos jornalistas.
Por seu lado, Volodymyr Zelensky que passou o dia em Londres, reiterou o seu pedido por armamento pesado e aviões, pedindo aos seus aliados que não abandonem Kiev.
"Atualmente temos muito pouco tempo, temos de falar das semanas e meses que aí vêm e peço as armas necessárias para a Paz porque precisamos travar esta guerra", declarou o Presidente ucraniano, mencionando que pediu "aviões" e "armamento pesado" para continuar a fazer recuar Moscovo.
Já Olaf Scholz lembrou que há pouco tempo a Alemanha cedeu finalmente tanques Leopard a Kiev, algo há muito reclamado por Zelensky. O chanceler disse mesmo que o apoio à Ucrânia vai durar enquanto for necessário.
"Desde o início desta guerra atroz, a Europa e os seus parceiros estiveram sempre ao lado da Ucrânia. Fizemo-lo financeiramente e com armamento, mais recentemente com tanques pesados e vamos continuar a fazê-lo enquanto for necessário", prometeu Olaf Scholz.
por Catarina Falcão / RFI
UCRÂNIA - O porta-voz presidencial ucraniano Mikhail Podoliak garantiu na terça-feira, 07, que as armas fornecidas pelos aliados ocidentais não são utilizadas pelas forças armadas ucranianas para atacar o território russo.
"Mais uma vez sobre coisas básicas para os nossos parceiros. A Ucrânia não ataca o território da Federação Russa. As armas fornecidas pelos aliados são utilizadas para a defesa, a desocupação dos territórios ucranianos e a destruição dos armazéns inimigos", observou.
Num post no seu perfil oficial no Twitter, Podoliak salientou que os mísseis de longo alcance que a Ucrânia agora exige são necessários "para uma eficaz contraofensiva das Forças Armadas".
Nos últimos meses, a Ucrânia intensificou as suas exigências às potências ocidentais para fornecerem tudo, desde tanques a caças a armas pesadas e mísseis de longo alcance, a fim de contrariar a ofensiva russa.
Fonte: (EUROPA PRESS)
Pedro Santos / NEWS 360
UCRÂNIA - As forças armadas ucranianas afirmaram na terça-feira ter morto mais de mil militares russos em combates no último dia, embora Moscovo ainda não tenha comentado o número de baixas.
O Estado-maior do exército ucraniano disse na sua conta do Facebook que 1.030 soldados russos foram mortos nas últimas 24 horas, levando o número total de soldados "liquidados" desde o início da invasão a mais de 133.000.
Observou também que desde o início das hostilidades, 3.245 tanques, 2.232 sistemas de artilharia, 227 sistemas de defesa aérea, 294 aviões, 284 helicópteros e 1.958 drones foram destruídos.
Salientou que 796 mísseis de cruzeiro disparados pelas forças russas, 18 navios, 5.107 veículos e tanques de combustível e 208 peças de "equipamento especial" também tinham sido destruídos. "Os dados estão a ser atualizados", disse ele.
A Rússia não fornece dados sobre as baixas no conflito desde Setembro, quando o Ministro da Defesa russo Sergei Shoigu confirmou a morte de 5.937 militares. O portal de notícias russo Mediazona coloca o número total de mortos em 12.538, o que considera "corroborado" pelos dados disponíveis publicamente.
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
UCRÂNIA - A Ucrânia espera uma possível grande ofensiva russa neste mês, mas Kiev tem reservas para conter as forças de Moscou, embora os últimos suprimentos militares ocidentais não cheguem a tempo, disse o ministro da Defesa da Ucrânia no domingo.
A Rússia poderia lançar o novo ataque por razões "simbólicas" em torno do primeiro aniversário de sua invasão, mas seus recursos não estão prontos do ponto de vista militar, disse o ministro Oleksii Reznikov em entrevista coletiva.
"Apesar de tudo, esperamos uma possível ofensiva russa em fevereiro. Isso é apenas do ponto de vista do simbolismo; não é lógico do ponto de vista militar. Porque nem todos os seus recursos estão prontos. Mas eles deverão fazer isso de qualquer maneira." ele disse.
As forças russas têm feito avanços incrementais no leste, enquanto Moscou tenta capturar a cidade de Bakhmut, em apuros, e reviver sua vacilante invasão após uma série de contratempos no campo de batalha no segundo semestre do ano passado.
Reznikov disse que a ofensiva provavelmente será lançada no leste --onde a Rússia está tentando capturar toda a região fortemente industrializada de Donbass-- ou no sul, onde quer ampliar seu corredor terrestre até a península ocupada da Crimeia.
Ele estimou que a Rússia tinha 12.000 soldados nas bases militares bielorrussas, um número que não seria suficiente para lançar um ataque significativo vindo de Belarus ao norte da Ucrânia, reabrindo uma nova frente.
Os Estados Unidos e outros governos ocidentais prometeram bilhões de dólares em nova assistência militar, incluindo tanques e veículos de combate de infantaria, para ajudar a Ucrânia a resistir a um novo ataque, bem como para ajudar Kiev a lançar uma contra-ofensiva.
"Nem todo o armamento ocidental chegará a tempo. Mas estamos prontos. Criamos nossos recursos e reservas, que podemos utilizar e com os quais podemos conter o ataque", disse Reznikov.
Reportagem de Pavel Polityuk e Felix Hoske / REUTERS
UCRÂNIA - A Ucrânia e Rússia anunciaram no sábado (4) terem trocado cerca de 200 prisioneiros. Os Emirados Árabes Unidos fizeram a mediação entre os dois beligerantes.
O diretor de gabinete da presidência ucraniana, Andriy Yermak, disse que 116 ucranianos voltaram para casa, enquanto as agências de imprensa russas relatam o anúncio, pelo Ministério da Defesa, do retorno de 63 soldados.
"Trouxemos de volta 116 dos nossos, defensores de Mariupol, guerrilheiros de Kherson, atiradores do front de Bakhmut e outros heróis", escreveu Yermak, no Telegrama.
Como parte da negociação, os corpos de dois voluntários britânicos foram devolvidos por Moscou para a Ucrânia, pela qual combatiam. O chefe de gabinete de Volodimir Zelensky acrescentou que os corpos de Andrew Bagshaw e Christopher Parry, que foram mortos durante uma operação humanitária para evacuar civis de Donbass no mês passado, foram enviados de volta para a Ucrânia.
Parry tinha 28 anos e Bagshaw, 48 anos. Eles desapareceram em 6 de janeiro perto de Soledar, no leste de Bakhmut, palco de intensos confrontos à época da qual os russos reivindicaram a conquista há duas semanas.
Portugal pode enviar blindados
O governo de Portugal disse que está disposto a enviar tanques pesados Leopard 2 para a Ucrânia, mas primeiro deve viabilizar, junto à Alemanha, fabricante dos veículos, a restauração de algumas blindagens. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro António Costa, neste sábado.
"Esta operação logística está em curso e estamos a trabalhar de forma muito estreita com a Alemanha. Oportunamente, poderemos contribuir para este esforço coletivo de dotar a Ucrânia dos melhores meios para se defender", disse à agência Lusa, à margem de uma viagem à República Centro-Africana.
Após o acordo de Berlim, no final de janeiro, vários países ocidentais prometeram entregar tanques Leopard 2 a Kiev. O número de blindados que Lisboa poderá disponibilizar "será anunciado oportunamente", indicou Costa, acrescentando que os países europeus em questão pretendem entregar este armamento "antes do final de março".
O semanário Expresso noticiou na semana passada que mais de metade dos 37 tanques Leopard do exército português não funcionam. “Alguns não estão operacionais e, por isso, temos de trabalhar com quem os produz”, para poder fornecer tanques à Ucrânia sem comprometer a defesa de Portugal, confirmou o primeiro-ministro.
Com informações Reuters e AFP
Por RFI
RÚSSIA - O governador da região de Belgorod da Rússia, Vyacheslav Gladkov, disse no sábado, 04, que o alerta amarelo para o terrorismo será prolongado indefinidamente depois de ter relatado um bombardeamento ucraniano na noite passada sobre a indústria local que não deixou vítimas.
"As Forças Armadas ucranianas atacaram uma instalação industrial civil na cidade de Borisovka. O incêndio foi localizado e está agora a ser contido", disse Gladkov numa mensagem publicada no seu canal de Telegramas e relatada pela Interfax.
Dada a situação, Gladkov considerou que a "necessidade de manter o nível amarelo para a ameaça terrorista é absolutamente óbvia", pelo que decidiu prolongar o alarme de alto nível em vigor até agora sem uma data específica.
Belgorod, um alvo regular de ataques ucranianos dada a proximidade da região russa da frente oriental da Ucrânia, foi acrescentado ao alerta amarelo indefinido declarado na sexta-feira pelas autoridades pró-russas da Crimeia em várias partes da península, especialmente nas áreas fronteiriças e nas proximidades da ponte do Estreito de Kerch.
"A fim de garantir a segurança e a proteção antiterrorista na área, bem como aos seus cidadãos, é necessário manter o alerta amarelo para o terrorismo. A medida entrará em vigor este domingo às 20:00 e permanecerá em vigor até ser tomada a decisão de a suspender", disse o governador, Sergei Aksionov, de acordo com a agência noticiosa TASS.
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
UCRÂNIA - A Ucrânia alegou na sexta-feira ter "liquidado" cerca de 130.000 militares russos desde o início da invasão, que começou a 24 de Fevereiro de 2022 por ordem do Presidente russo Vladimir Putin, e disse que no último dia cerca de 850 soldados russos foram mortos em combate.
O Estado-maior do exército ucraniano afirmou numa mensagem publicada na sua conta oficial no Facebook que 129,870 soldados russos foram "liquidados" desde o início da guerra, enquanto 3,215 tanques, 2,215 sistemas de artilharia e 222 sistemas de defesa antiaérea russos foram destruídos.
Ele disse que 294 aviões, 284 helicópteros, 1.952 drones, 796 mísseis de cruzeiro, 18 navios, 5.068 veículos e tanques de combustível e 202 peças de "equipamento especial" também tinham sido destruídos. "Os dados estão a ser atualizados. Atinja o ocupante. Vamos ganhar juntos. A nossa força está na verdade", disse ele.
A Rússia não fornece dados sobre as baixas no conflito desde Setembro, quando o Ministro da Defesa russo Sergei Shoigu confirmou a morte de 5.937 militares. O portal de notícias russo Mediazona coloca o número total de mortos em 12.538, o que considera "corroborado" pelos dados disponíveis publicamente.
Oleksandr Shtupun, porta-voz do Estado-Maior do exército ucraniano, salientou que a Rússia "não abandona as suas intenções de destruir infraestruturas críticas" e denunciou que "continua a atacar objetos civis e casas de civis". "O adversário, que sofre perdas pesadas, não para as suas operações ofensivas nos eixos Liman, Bajmut, Avdiivka e Novopavlisk", disse ele.
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
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