KIEV - Pelo menos três pessoas morreram e sete ficaram feridas no mais recente ataque russo na região de Kiev. O ataque com drones ocorre numa altura que Moscovo diz estar em curso uma investida ucraniana em Sevastopol.
As defesas antiaéreas ucranianas interceptaram 16 dos 21 drones Shahed-136, de fabrico iraniano, lançados na madrugada desta quarta-feira pela Rússia contra Kiev e as regiões de Zhytomyr e Khmelnytsky, a oeste da capital, informaram as Forças Armadas.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu o ocorrido como uma nova "noite de terror russo".
O ataque resultou em pelo menos três pessoas mortas e outras sete feridas, de acordo com uma avaliação preliminar da administração militar da cidade de Kiev.
Foram também destruídos dois andares de um edifício residencial e um liceu na cidade de Rzhyshchiv, a sul da capital ucraniana.
Desde que a Rússia começou a lançar ataques regulares com drones e mísseis contra o sistema elétrico da Ucrânia e outras infraestruturas críticas, as autoridades de Kiev conseguiram melhorar os sistemas antiaéreos, graças em parte à entrega de equipamento militar ocidental.
Ataque contra península da Crimeia
Por seu lado, a marinha russa anunciou ter repelido um ataque com drones que não causou vítimas no porto de Sevastopol, na Crimeia, anunciou o governador da cidade, Mikhail Razvoshev.
Segundo o governador, não houve vítimas e nenhum navio foi danificado e a situação está "sob controlo".
O ataque com drones ocorreu menos de uma semana após a visita do Presidente russo, Vladimir Putin, à Crimeia, península que foi anexada por Moscovo em 2014.
A Rússia já tinha relatado um outro ataque com drone à Crimeia na terça-feira, igualmente repelido.
por:content_author: DW (Deutsche Welle), Lusa
RÚSSIA - O presidente Xi Jinping afirmou nesta terça-feira que China e Rússia são “grandes potências vizinhas” e “sócios estratégicos”, em uma reunião com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, no segundo dia de visita do presidente chinês a Moscou.
Xi declarou que o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, “seguirá dando prioridade à colaboração estratégica global entre China e Rússia”.
“Somos grandes potências vizinhas e amplos sócios estratégicos”, disse, de acordo com as agências de notícias russas.
KIEV - Três civis foram mortos e dois ficaram feridos em um bombardeio russo contra um prédio residencial na região de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, neste domingo, disseram autoridades regionais.
A administração militar da região disse que as tropas russas dispararam foguetes contra a pequena vila de Kamyanske, que tinha uma população pré-guerra de cerca de 2.600 pessoas.
As autoridades alertaram os moradores da região de que o perigo de bombardeios era constante perto das linhas de frente e os instaram a evacuar.
Reportagem de Olena Harmash / REUTERS
RÚSSIA - A esmagadora maioria da comunidade internacional continua a considerar a Crimeia território da Ucrânia, nove anos depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, começar a retalhar o território ucraniano com a sua anexação.
A 18 de março de 2014, Putin assinou o tratado de anexação para "reintegração da Crimeia na Federação Russa" -- a estratégica península no Mar Negro fazia parte da URSS até ao desmoronamento desta, embora tenha pertencido durante séculos ao Império Otomano.
Hoje, é a reintegração da Crimeia na Ucrânia que está em causa, com as autoridades de Kiev a definirem como objetivo a sua recuperação, no conflito em curso iniciado com a invasão russa em larga escala do território ucraniano, em fevereiro de 2022.
A "reintegração" na Rússia seguiu-se a uma invasão por forças russas em fevereiro de 2014 - na sequência do afastamento em Kiev do presidente ucraniano pró-russo Viktor Yanukovych - e a um apressado "referendo" orquestrado pelas autoridades russas, que concluiu com um apoio de 96,77% à incorporação na Rússia.
Os resultados não foram reconhecidos pela comunidade internacional. O líder russo ratificou a lei de anexação a 21 de março.
A 'receita' de invasão, referendo 'relâmpago' e anexação foi, aliás, seguida pelo Kremlin também em setembro de 2022 depois da ocupação de partes das províncias ucranianas de Kherson, Zaporijia, Donetsk e Lugansk.
Na véspera do aniversário da anexação da Crimeia, o presidente russo, Vladimir Putin, garantiu que a Rússia fará de tudo para evitar ameaças à segurança da península e da cidade portuária de Sebastopol.
"Obviamente, os problemas de segurança são uma prioridade para a Crimeia e Sebastopol, especialmente hoje" com a campanha de guerra russa na Ucrânia às suas portas, sublinhou na sexta-feira o chefe de Estado durante uma videoconferência sobre o desenvolvimento socioeconómico da península.
Perante o líder imposto pela Rússia na Crimeia, Sergei Axionov, o chefe do Kremlin enfatizou que, nove anos atrás, os residentes da Crimeia e Sebastopol tomaram uma "decisão histórica final e inequívoca: tornar-se parte de um único grande país mais uma vez e para sempre".
Com a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia conseguiu criar um corredor terrestre entre o Donbass, no leste da Ucrânia, e a Crimeia, no sul, que precisa de recursos hidrológicos para sua sobrevivência.
O Mar de Azov tornou-se num mar interior russo, garantindo a segurança da Crimeia, que também criou uma linha de fortificações.
Nos últimos treze meses, a Crimeia foi, no entanto, alvo de ataques separados atribuídos à Ucrânia, incluindo em agosto de 2022 uma operação de sabotagem contra um arsenal do exército russo e explosões suspeitas num aeródromo.
Em outubro passado, a ponte da Crimeia, inaugurada pelo próprio Putin para ligar a península ocupada à Rússia, foi fortemente danificada por um ataque atribuído por Moscovo à Ucrânia, mas não reivindicado.
O vice-primeiro-ministro russo, Marat Khusnulin, disse também na sexta-feira que a circulação na ponte será em breve aberta a camiões e que a segunda ferrovia da será reaberta antes de julho.
A Ucrânia nunca deixou de insistir que, mais cedo ou mais tarde, libertará o território ocupado. Em agosto de 2021, Kiev lançou a Plataforma da Crimeia, que procura apoio internacional para a recuperação da península e que este ano pediu à Rússia que cesse imediatamente as hostilidades e retire suas tropas dos territórios ocupados.
Na quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Turquia reiterou que Ancara não reconhece a "anexação ilegal" da Crimeia pela Rússia, após "um referendo ilegítimo realizado em violação do direito internacional".
A situação dos turcos tártaros da Crimeia, que são o povo indígena do território, é prioridade turca, disse o ministério.
"A Turquia continuará a apoiar nossos compatriotas tártaros da Crimeia na sua pátria histórica, a Crimeia, preservando sua identidade e garantindo que vivam em segurança e paz", acrescentou.
Outros países, como a Lituânia, emitiram declarações de condenação da anexação da Crimeia.
A 26 de fevereiro, para assinalar o início da invasão do território, o Departamento de Estado norte-americano emitiu uma curta nota reiterando o reconhecimento da soberania ucraniana.
"Os Estados Unidos não reconhecem e nunca reconhecerão a suposta anexação da península pela Rússia. A Crimeia é da Ucrânia", sublinhou Washington.
LUSA
UCRÂNIA - Bratislava vai entregar treze caças Mig-29 de fabrico soviético à Ucrânia, anunciou esta sexta-feira o primeiro-ministro Eduard Heger. A Eslováquia torna-se no segundo país da NATO, depois da Polónia, a fornecer aviões de combate à Kiev. Moscovo já reagiu e disse que estes aparelhos serão destruídos.
O primeiro-ministro da Eslováquia, Eduard Heger, anunciou que o país vai enviar 13 caças MiG-29 à Ucrânia e também vai fornecer parte do seu sistema de defesa antiaérea.
"Vamos entregar 13 MiG-29 à Ucrânia", uma operação que será coordenada com a Polónia e a Ucrânia.
A Eslováquia torna-se no segundo país da NATO, depois da Polónia, a fornecer aviões de combate à Kiev.
Ontem, a Polónia confirmou o envio, nos próximos dias, de quatro caças MiG-29 para a Ucrânia. O Presidente polaco, AndrzejDuda, prometeu que está a ser preparada a transferência para Kiev de mais caças deste tipo.
O chefe de Estado VolodymyrZelensky tem repetido, nos últimos tempos os apelos ao fornecimento de meios aéreos, mas a maioria dos aliados tem recusado. Todavia, as autoridades ucranianas consideram que os Mig não vão resolver os problemas, lembrando que o país precisa de F16 americanos, mas que os caças vão contribui para reforçar as capacidades da força aérea.
O porta-voz da Casa Branca, JohnKirby, já veio dizer que a decisão polaca "não muda nada", na recusa dos Estados Unidos fazerem o mesmo.
Moscovo já reagiu ao envio de caças por parte da Polónia e Eslováquia, garantindo que estes aparelhos serão destruídos.
"A entrega deste equipamento militar, como já dissemos repetidamente, não pode afectar o resultado" do conflito, disse o porta-voz do Kremlin, DmitryPeskov, reiterando que “este equipamento será destruído", acrescentou.
por RFI
UCRÂNIA - Nove países já se comprometeram a enviar cerca de 150 tanques Leopard para a Ucrânia, revelou esta quarta-feira o chefe do Estado-Maior norte-americano, o general Mark Milley.
Em declarações aos jornalistas no final da décima reunião do grupo de trabalho para a ajuda militar a Kiev, Mark Milley não especificou se este número, de 150 tanques, inclui aqueles que a Alemanha, Polónia e outros países já tinham anunciado que iriam entregar à Ucrânia.
No entanto, Milley especificou que a Suécia decidiu fornecer 10 tanques Leopard e que a Noruega fornecerá dois sistemas de defesa antiaérea NASAM.
O Canadá anunciou, por sua vez, que doará aproximadamente 8.000 cartuchos de munição de 155 mm, bem como 12 mísseis de defesa aérea do inventário das Forças Armadas do Canadá e mais de 1.800 cartuchos de munição de treino para tanques.
"Mas para a Ucrânia proteger o seu território soberano e defender os seus cidadãos a longo prazo, devemos continuar", lembrou, por sua vez, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.
O governante norte-americano assegurou também que a ajuda ao país invadido pela Rússia não vai parar.
"Vamos ajudar a Ucrânia a manter os tanques, viaturas de combate de infantaria e outros veículos blindados que estão a caminho da frente [de combate]. Vamos continuar a treinar com urgência os soldados nas capacidades que estamos a fornecer e nas táticas de manobra e armas combinadas de que precisam para ter sucesso", vincou.
Lloyd enfatizou ainda que a Ucrânia é importante não apenas para os Estados Unidos, mas também para o resto do mundo, porque se trata de defender as regras da ordem internacional.
No início desta reunião virtual, o secretário da Defesa norte-americano apelou aos seus aliados para que se mantenham empenhados e "unidos" no envio de ajuda à Ucrânia.
O Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia liderado pelos Estados Unidos está focado na coordenação da ajuda militar sustentável de longo prazo à Ucrânia e é composta por 54 países: todos os 30 membros da NATO e 24 outros.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.231 civis mortos e 13.734 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
LUSA
UCRÂNIA - Um carro armadilhado matou, esta terça-feira, um funcionário ucraniano que se crê ter cooperado com as forças russas na região ocupada do sudeste do país, segundo a informação avançada pelos meios de comunicação social russos e ucranianos.
A explosão de um dispositivo improvisado, na cidade de Melitopol, causou ferimentos fatais a Ivan Tkach. Uma mulher e uma criança terão, ainda, ficado feridas na sequência do incidente, reporta a agência estatal russa TASS.
O Ukrainksa Pravda deu, por outro lado, conta de que a vítima mortal esteve envolvida na organização da transferência de soldados russos de e para as regiões de Donetsk, de Kherson e da Crimeia.
Por via de uma publicação na rede social Telegram, o presidente da 'We Are Together With Russia', uma organização pró-russa que opera na região de Zaporíjia, acrescentou também que Ivan Tkach tinha já sido rotulado como "traidor", por estar a cooperar com a Rússia no contexto da sua investida militar.
O caso ocorreu em pleno contexto de guerra na Ucrânia, que desde 24 de fevereiro do ano passado tirou já a vida a mais de oito mil civis e feriu outros 13 mil, segundo os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Desde o início do conflito, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
UCRÂNIA - A cidade ucraniana de Bakhmut continua a ser palco de combates violentos, com as forças de Kiev resistindo e tentando repelir os avanços dos militares russos, informou nas últimas horas o comandante das tropas terrestres ucranianas. Oleksandr Syrsky afirmou que o grupo Wagner sofre "perdas significativas". Moscou também confirmou que os combates na cidade estão se tornando difíceis.
As forças russas atacam de várias direções, com o objetivo de “avançar aos distritos centrais”, disse o coronel Syrsky, na segunda-feira (13), à imprensa ucraniana. Ele acrescentou que as tropas ucranianas estão conseguindo repelir os ataques russos e que as unidades paramilitares do grupo Wagner sofrem “perdas significativas” à medida que avançam em volta da cidade, no Leste da Ucrânia.
“A situação em torno de Bakhmut continua difícil. As unidades de assalto de Wagner avançam em várias direções, tentando romper a defesa das nossas tropas e chegar a bairros centrais da cidades”, reafirmou em nota divulgada no Telegram do Media Militar Center da Ucrânia.
“Nos combates violentos, nossas defesas impõem perdas significativas ao inimigo”, reiterou.
Do outro lado, Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo paramilitar russo Wagner, admitiu que quanto “mais perto” estiverem do “centro da cidade, mais difícil será a luta”.
Prigozhin admitiu que as forças ucranianas combatem "ferozmente pela cidade". Por meio do Telegram, Prigozhin disse que “a situação em Bakhmut é muito difícil, o inimigo luta a cada metro".
O chefe do grupo Wagner acrescentou que pretende começar a recrutar mais soldados assim que conquistar a cidade de Bakhmut. "Em particular, começaremos a recrutar novas pessoas das regiões".
As autoridades russas e ucranianas afirmaram, no domingo (12), que centenas de soldados foram mortos em 24 horas nos combates por Bakhmut.
Serhiy Cherevatyi, um porta-voz militar ucraniano, informou que 221 soldados russos foram mortos e mais de 300 feridos em Bakhmut.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que pelo menos 210 ucranianos foram mortos na região mais ampla de Donetsk, na linha de frente.
Zelenskiy
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que mais de mil soldados russos morreram em Bakhmut em menos de uma semana.
Acrescentou que foram destruídos vários depósitos de munições russos.
por 20 - RTP
UCRÂNIA - Autoridades em Mikolaiv, no sul da Ucrânia, informaram na segunda-feira que pelo menos duas pessoas foram mortas e várias ficaram feridas num novo bombardeamento pelas forças russas na área.
O ataque, que teve lugar no início do dia, deixou pelo menos três pessoas feridas, incluindo um rapaz de sete anos, segundo o governador da província do mesmo nome, Vitali Kim.
Ele confirmou que um homem e uma mulher, com 45 e 43 anos respectivamente, morreram de ferimentos graves após o bombardeamento da área de Kutsurub. O menor foi levado para um centro médico numa ambulância", disse Kim numa mensagem no seu canal de Telegramas.
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Sergio Silva / NEWS 360
Kiev – Três civis foram mortos em um bombardeio russo contra Kherson, no sul da Ucrânia, no sábado, e mais um morreu na região de Donetsk, no leste do país, disseram autoridades regionais.
“Hoje as forças de ocupação da Rússia atingiram Kherson novamente. Em uma estrada de Mykolayivsky, perto de uma loja, os destroços de uma bomba mataram três pessoas…”, disse o governador regional, Oleksandr Prokudin, à televisão ucraniana, acrescentando que um carro, vários ônibus e uma propriedade comercial foram danificados.
Prokudin disse que três pessoas, incluindo uma idosa, também foram feridas durante o ataque contra a cidade.
A Ucrânia recuperou Kherson em novembro, após quase oito meses de ocupação das forças russas que a tomaram logo depois do começo da invasão do país. A área agora está sob bombardeios quase constantes das forças russas.
Pavlo Kyrylenko, governador regional de Donetsk, disse que uma pessoa foi morta e pelo menos três civis foram feridos na cidade de Kostyantynivka, após várias séries de bombardeios russos durante o dia.
A região de Donetsk foi sede de alguns dos conflitos mais violentos desde que a Rússia enviou tropas à Ucrânia em 24 de fevereiro do ano passado.
Reportagem de Olena Harmash / REUTERS
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.