UCRÂNIA - Desde o início da invasão russa na Ucrânia, a guerra no leste europeu é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais e, sem dúvidas, o mais noticiado nos veículos de comunicação. Além do conflito em si, um piloto ucraniano viralizou no TikTok ao fazer vídeos mostrando seu dia a dia pilotando um helicóptero Mil Mi-8 para a Ucrânia.
Com o nome de just.one.more.captain (apenas mais um capitão), o perfil vem fazendo sucesso com vídeos dos momentos tensos da guerra, mas com humor. Confira acima
Mil Mi-8
O Mil Mi-8 é um helicóptero russo desenvolvido na década de 1960 para transporte de carga ou tropas. O Mi-8 é uma das aeronaves mais produzidas do mundo (cerca de 17 mil unidades foram construídas), estando em serviço em mais de 50 países. A Rússia é o seu principal construtor e o maior operador dos helicópteros tipo Mi-8/Mi-17.
RÚSSIA - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou, na quinta-feira (5), a aplicação de um cessar-fogo a suas tropas na Ucrânia nos dias 6 e 7 de janeiro, por ocasião do Natal ortodoxo, um anúncio recebido com frieza por Kiev e seus aliados.
O anúncio acontece depois que o patriarca da igreja ortodoxa russa Kirill, de 76 anos, pediu uma pausa nos combates na véspera do Natal ortodoxo, que será comemorado no sábado.
"Em vista do chamado de Sua Santidade, o patriarca Kirill, instruo o ministro da Defesa da Rússia a introduzir um regime de cessar-fogo ao longo de toda linha de contato entre as partes na Ucrânia", anunciou o Kremlin em nota.
A trégua terá início às 12h locais (6h em Brasília) de 6 de janeiro e vai até as 24h locais (18h em Brasília) de 7 de janeiro, acrescentou.
O anúncio de Putin foi recebido com frieza pelas autoridades ucranianas.
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, garantiu que tratava-se de uma "desculpa para frear o avanço" das tropas de Kiev no Donbass e que serviria para o envio de "equipamentos, munição e aproximar tropas de nossas posições".
"Qual será o resultado? Mais mortes", afirmou.
Mais cedo, o assessor da Presidência ucraniana, Mykhailo Podoliak, classificou o anúncio russo de "hipocrisia" e insistiu em que as tropas de Moscou deveriam abandonar a Ucrânia.
"A Rússia deve deixar os territórios ocupados. Somente então haverá uma 'trégua temporária'. Fique com sua hipocrisia", tuitou.
- "Buscando oxigênio" -
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também não recebeu o anúncio com otimismo.
Vladimir Putin "estava pronto para bombardear hospitais, creches e igrejas" no dia 25 de dezembro e no Ano Novo, criticou durante um discurso na Casa Branca. "Acredito que ele esteja buscando um pouco de oxigênio", acrescentou.
A Alemanha afirmou que o cessar-fogo não garantiria mais "liberdade nem segurança às pessoas que vivem com medo diário sob a ocupação russa".
O Reino Unido insistiu em que Moscou deve retirar "permanentemente suas forças (...) do território ucraniano e acabar com os ataques bárbaros contra civis inocentes".
Tanto a Alemanha quanto os Estados Unidos concordaram nesta quinta-feira em enviar veículos blindados de combate à Ucrânia para ajudar na contraofensiva, anunciou a Casa Branca.
Além disso, Berlim seguirá o exemplo de Washington e também entregará um sistema de defesa antiaérea Patriot a Kiev.
A Rússia está disposta a iniciar um "diálogo sério" com a Ucrânia, mas com a condição de que Kiev aceite "as novas realidades territoriais" que surgiram após a invasão do país, disse Putin ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em conversa por telefone.
O mandatário turco pediu a Putin a aplicação de um "cessar-fogo unilateral" para dar início às negociações de paz com Kiev.
Em setembro, Moscou reivindicou a anexação de quatro oblasts (províncias) que ocupa parcialmente na Ucrânia, assim como já havia feito com a península ucraniana da Crimeia em março de 2014.
Zelensky, no entanto, recusa-se a negociar com a Rússia enquanto Putin estiver no poder, insistindo em que o objetivo é recuperar todos os territórios ocupados.
- "Deixaremos a cidade" -
Os apelos de cessar-fogo ocorrem dias depois de um ataque ucraniano na véspera do Ano Novo com pelo menos 89 soldados russos mortos em Makiivka, na província anexada de Donetsk.
Em um fato pouco comum desde o início do conflito, o Exército russo admitiu este trágico balanço após o bombardeio, o que lhe rendeu duras críticas.
Na frente de batalha, os combates continuam intensos. Em Chasiv Yar, uma localidade situada a menos de 20 km de Bakhmut, os moradores disseram à AFP que um míssil russo havia atingido um edifício, ferindo um homem e uma mulher.
A explosão destruiu as janelas de um edifício contíguo e de um hospital, deixando muitos escombros pelo chão.
"Quando ficar muito difícil, vamos deixar a cidade", declarou Olena, uma moradora, à AFP. "Tenho três cachorros. Já teria partido se alguém aceitasse levá-los, mas ninguém quer", explicou.
Mais ao sul, em Berislav, cidade próxima a Kherson, os bombardeios causaram a morte de duas pessoas, segundo o chefe adjunto da administração presidencial, Kirilo Timochenko.
Outras duas morreram um ataque no oblast de Zaporizhzhia, também no sul, segundo o governador Oleksandr Starukh.
RÚSSIA - O chefe da Igreja Ortodoxa na Rússia, Patriarca Kirill, pediu na quinta-feira uma trégua na guerra na Ucrânia entre sexta-feira e sábado para assinalar as celebrações do Natal Ortodoxo.
"Eu, Kirill, Patriarca de Moscovo e Toda a Rússia, apelo a todas as partes envolvidas no conflito interno para que mantenham um cessar-fogo e estabeleçam uma trégua de Natal a partir do meio-dia de 6 de Janeiro até à meia-noite de 7 de Janeiro, para que a população ortodoxa possa assistir à missa na véspera de Natal e no dia do nascimento de Jesus Cristo", disse ele numa mensagem publicada no website da Igreja Ortodoxa Russa.
A guerra na Ucrânia eclodiu a 24 de Fevereiro por ordem do Presidente russo Vladimir Putin, que dias antes tinha reconhecido a independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, localizadas na região de Donbas (leste) e o cenário de conflito desde 2014.
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
UCRÂNIA - As Forças Armadas russas destruíram na terça-feira um arsenal do exército ucraniano numa nova ofensiva nas proximidades de Kupiansk, Krasno-Limansk e Yuzhno-Donetsk, onde as tropas russas continuam a avançar.
O porta-voz do Ministério da Defesa russo Igor Konashenkov afirmou numa declaração que o arsenal em questão estava localizado na estação ferroviária de Druzhkovka, também na região de Donetsk, e informou que o ataque resultou na destruição de duas instalações de sistemas de lançamento de mísseis múltiplos HIMARS de fabrico norte-americano.
"Como resultado de um complexo confronto com o inimigo nas áreas de Krasnoye, Petrivskoye, Nevelskoye e Pobeda em Donetsk, 90 militares ucranianos foram mortos e dois tanques e cinco veículos armados foram destruídos", disse ele, acrescentando que "mais de 30 militares também foram mortos noutros combates mais a sul, como noticiado pela agência noticiosa Interfax.
Ele disse que "as perdas do inimigo tinham aumentado para 120 mortos e feridos ucranianos". Konashenkov acrescentou que mais de 130 "mercenários estrangeiros" também foram mortos.
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
UCRÂNIA - O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) realizou novas buscas na Igreja Ortodoxa ucraniana em Khmelnitsky (oeste), continuando as ações de Kyiv contra a instituição pelo seu alegado apoio à Rússia.
Agentes da SBU invadiram vários locais da Igreja Ortodoxa na região, incluindo a Catedral de São Miguel, a Igreja dos Santos Mártires, o Convento de Santa Ana Justa em Slavuta, e a Igreja da Santa Ressurreição no distrito de Vinkivtsi.
"Tendo em conta a agressão armada da Rússia, uma das tarefas destas medidas é impedir a utilização das comunidades religiosas como centros da chamada 'paz russa' e proteger a população de provocações e atos terroristas", disse o Serviço de Segurança ucraniano em Khmelnitsky.
As autoridades ucranianas assinalaram que o objetivo destas buscas é encontrar "material proibido", de acordo com a atual legislação de guerra, bem como efetuar controlos a pessoas que possam estar envolvidas em atividades ilegais, em detrimento da soberania da Ucrânia.
Ao abrigo de leis especiais de guerra promulgadas pelo Presidente, Volodimir Zelensky, a Igreja Ortodoxa ucraniana tem sido alvo de atenção devido à sua relação histórica secular com a Rússia.
As detenções e o encerramento de locais de culto levaram muitos líderes ortodoxos a acusar Kyiv de perseguição religiosa.
por Lusa
ALEMANHA - O Ministério da Alimentação e Agricultura da Alemanha oferecerá um auxílio de 14 milhões de euros para que os agricultores da Ucrânia reconstruam a produção agrícola destruída pela guerra. Do total, 9 milhões de euros correspondem ao fornecimento de 125 geradores de energia, além de rações ou sementes para animais.
A produção de frutas e legumes será apoiada com os outros 5 milhões de euros, segundo nota publicada no site oficial do governo alemão.
A destruição da infraestrutura de energia na Ucrânia e os ataques russos direcionados à agricultura têm um impacto significativo no abastecimento de alimentos, disse, em nota, o ministro da Agricultura, Cem Özdemir.
“A coragem e resiliência da Ucrânia e também dos agricultores ucranianos são incrivelmente impressionantes para mim”, reforçou Özdemir.
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UCRÂNIA - As forças armadas ucranianas disseram quinta-feira, 29, que tinham "liquidado" cerca de 800 soldados russos em combates no último dia e acrescentaram que o número de baixas sofridas pelo exército russo é de cerca de 105.000 desde o início da invasão, que começou a 24 de Fevereiro por ordem do Presidente russo Vladimir Putin.
O general do exército ucraniano disse numa mensagem na sua conta do Facebook que 790 militares russos morreram em combate nas últimas 24 horas e observou que "cerca de 104.560" morreram desde o início das hostilidades.
Disse também que 3.018 tanques, 2.004 sistemas de artilharia, 212 sistemas antiaéreos, 283 aviões, 268 helicópteros, 1.717 drones, 653 mísseis de cruzeiro, 16 navios, 4.675 veículos e tanques de combustível e 179 peças de "equipamento especial" tinham sido destruídos.
"O inimigo russo sofreu as perdas mais pesadas no último dia nas direcções de Liman e Bajmut", disse ele. "Os dados estão a ser actualizados. Atinja o ocupante. Vamos ganhar juntos. A nossa força está na verdade", reiterou ele.
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
RÚSSIA - O ministro das Relações Exteriores da Rússia acusou a Ucrânia e o Ocidente de tentar destruir seu país e disse que Kiev tem que aceitar as exigências de Moscou para acabar com a guerra ou então assistir às forças armadas russas as alcançarem no campo de batalha.
Os comentários de Sergei Lavrov, feitos na noite de segunda-feira em meio a intensos combates no leste da Ucrânia, vieram um dia depois que o presidente russo, Vladimir Putin, disse que estava aberto a negociações, mas apenas nos termos de Moscou.
Isso inclui a Ucrânia reconhecer a conquista de um quinto de seu território pela Rússia. Kiev, armada e apoiada pelos Estados Unidos e seus aliados da Otan, diz que recuperará todo o território ocupado e expulsará todos os soldados russos.
– Nossas propostas para a desmilitarização e desnazificação dos territórios controlados pelo regime, a eliminação das ameaças à segurança da Rússia que emanam de lá, incluindo nossas novas terras, são bem conhecidas do inimigo – disse Lavrov à agência de notícias estatal Tass.
– O ponto é simples: cumpra-as para o seu próprio bem. Caso contrário, a questão será decidida pelo Exército russo.
Putin lançou sua invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, chamando-a de “operação especial” para “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia, que ele classificou como um peão do Ocidente que ameaçava a Rússia.
Kiev e o Ocidente dizem que a invasão de Putin equivale a uma apropriação imperialista de terras. Os Estados Unidos e seus aliados impuseram sanções abrangentes à Rússia pela invasão e enviaram bilhões de dólares em assistência ao governo ucraniano.
Na semana passada, quando o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky visitava Washington, os Estados Unidos anunciaram mais 1,85 bilhão de dólares em assistência militar para a Ucrânia, incluindo a transferência do Sistema de Defesa Aérea Patriot, irritando Moscou.
– Não é segredo para ninguém que o objetivo estratégico dos Estados Unidos e seus aliados da Otan é derrotar a Rússia no campo de batalha como um mecanismo para enfraquecer significativamente ou mesmo destruir nosso país – disse Lavrov à Tass.
Embora Moscou tenha planejado uma operação rápida para dominar sua vizinha, a guerra está agora em seu 11º mês, marcada por muitos reveses embaraçosos da Rússia no campo de batalha.
No mais recente ataque para expor falhas nas defesas aéreas russas, um drone que se acredita ser ucraniano penetrou centenas de quilômetros no espaço aéreo russo na segunda-feira, causando uma explosão mortal na base principal de seus bombardeiros estratégicos.
Combates mais intensos
Os combates mais intensos atualmente ocorrem nas províncias orientais de Donetsk e Luhansk, que juntas formam a região industrial de Donbass. A Rússia afirmou em setembro tê-las anexado, junto com as províncias de Kherson e Zaporizhia, no sul, mas não controla totalmente nenhuma delas.
Em sua mensagem de vídeo noturna na segunda-feira, Zelensky chamou a situação na linha de frente em Donbass de “difícil e dolorosa”.
Por Redação, com Reuters
SARATOV - Um ataque com drone atingiu na segunda-feira (26) a principal base de bombardeiros com capacidade nuclear da Rússia, em Saratov, a 800 km da fronteira ucraniana. Ao menos três pilotos morreram em solo.
Os russos dizem que eles foram atingidos por destroços de um antigo drone de longo alcance soviético, presumivelmente lançado por Kiev que não comentou o ataque, o segundo contra a base de Engels-2.
Trata-se do mais importante centro de operação de bombardeiros estratégicos da Rússia, sediando toda a frota de 16 supersônicos Tu-160, o maior avião do tipo no mundo, além de quadrimotores turboélice Tu-95. Engels-2 tem um bunker de armas nucleares que podem ser disparadas por esses aviões.
Mas o que a tornou alvo outra vez foi seu papel na Guerra da Ucrânia: os bombardeiros voam de lá para lançar, ainda do espaço aéreo russo, mísseis de cruzeiro contra posições no país invadido há dez meses.
Blogueiros militares russos foram à rede duvidar da versão oficial, já que, segundo os relatos, os pilotos foram mortos em seus alojamentos. Há também informações não confirmadas por Moscou de que aviões teriam sido atingidos em ação semelhante no começo do mês, ao menos dois bombardeiros foram danificados em outra base, essa próxima da capital.
Até aqui, foram dois ataques contra Engels-2, um contra a base de Diaguilevo, em Riazan, e um terceiro contra o aeródromo de Kursk, mais próximo da Ucrânia. Nesta segunda houve boatos de explosões também em Diaguilevo, mas sem confirmação.
Esses atos têm grande componente simbólico, ao trazer o conflito para o coração da Rússia, onde a propaganda do Kremlin busca diluir as tintas da sua gravidade ainda que, pela primeira vez, Vladimir Putin o tenha chamado de "guerra" na semana passada, contrariando a política oficial que pune quem faz isso.
Militarmente, sugere que os russos não localizaram pela segunda vez um drone inimigo voando sobre 800 km de seu território, embora o efeito prático não seja muito grande. Mais importante foi a destruição de talvez metade do componente aéreo da Frota do Mar Negro, na Crimeia anexada em 2014, em agosto.
Adicionando tensão ao cenário, o FSB (Serviço de Segurança Federal russo) disse ter matado quatro sabotadores ucranianos que tentavam entrar na região fronteiriça de Briansk. Há especulações de que drones menores podem ter sido usados em ataques lançados por infiltrados em solo russo.
A ação contra Engels-2 ocorreu após o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, prometer vingança pelos ataques no fim de semana do Natal, que deixaram mortos e abalaram ainda mais a infraestrutura de energia do país que enfrenta um duro inverno sem luz ou aquecimento em várias cidades, incluindo Kiev.
O político afirmou que, ainda que o número de blecautes venha diminuindo, cerca de 9 milhões de pessoas continuam sem energia no país. No front, segundo Zelenski, a situação permanece "difícil e dolorosa" em porções do Donbass como Bakhmut e Kreminna.
Ao mesmo tempo, Moscou lançou uma grande barragem de artilharia no domingo (25) e nesta segunda, segundo o Ministério da Defesa ucraniano. Foram atingidas dezenas de locais, disse a pasta, nas regiões de Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporíjia, que Putin anexou no papel em setembro, e também em Kharkiv.
O presidente russo recebeu em São Petersburgo líderes de ex-repúblicas soviéticas para uma cúpula da Comunidade de Estados Independentes, da qual a Ucrânia não faz mais parte. Em discurso transmitido pela TV, Putin disse, sem citar a guerra, que desafios e ameaças à região, "especialmente vindos de fora", crescem ano a ano.
"Infelizmente, desentendimentos entre membros da CEI também têm aumentado", completou, em referência a tensões recentes envolvendo, por exemplo, Armênia e Azerbaijão, Quirguistão e Tadjiquistão.
O chanceler Serguei Lavrov, por sua parte, reiterou que o inimigo conhece as exigências de Moscou de "desmilitarizar e 'desnazificar'" a Ucrânia e que cabe a Kiev atendê-las ou deixar que o Exército russo se ocupe disso.
por IGOR GIELOW / FOLHA de S.PAULO
UCRÂNIA - O conselheiro presidencial ucraniano Mikhail Podoliak disse na segunda-feira, 26, que "a Ucrânia é uma sentença de morte" para o Presidente russo Vladimir Putin, antes de sublinhar que Putin "compreende que nem tudo está a correr conforme o planeado".
"Putin pensa que o pode fazer. Para seu grande pesar, quero dizer ao mundo que a Ucrânia é para ele uma sentença de morte", disse, antes de sublinhar que Putin "é um homem cínico que compreende perfeitamente o que está a fazer", segundo a agência noticiosa ucraniana UNIAN.
"Ele compreende precisamente que lidera um regime, que é um cobarde. Ele compreende claramente quando prejudica alguém, porque essa é a essência do seu pensamento, para causar danos às pessoas. Neste caso, não há nada que ele odeie mais do que a Ucrânia. Este é um parâmetro muito importante", disse ele.
Ele disse que o exército russo "está ciente de que o seu país foi roubado" e que "o segundo maior exército do mundo e a sua indústria militar, que todos deveriam temer, não existe". "Compreendem que não havia necessidade de atacar a Ucrânia, que é um país que porá fim a esta guerra, da qual não vão gostar", acrescentou ele.
Podoliak salientou que a Rússia "subconscientemente compreende que historicamente parecerá incapaz" e criticou o facto de "eles irem para um país para matar civis", ao mesmo tempo que salientou que a população russa "não compreende que a inevitabilidade do castigo é um elemento chave da existência da civilização".
Por outro lado, o Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano Dimitro Kuleba disse que Kiev vai pedir esta segunda-feira que a Rússia perca o seu lugar no Conselho de Segurança da ONU, argumentando que "não tem o direito" de o fazer depois de desencadear a guerra.
"Temos uma pergunta muito simples: a Rússia tem o direito de continuar a ser membro do Conselho de Segurança da ONU e de estar na ONU? Temos uma resposta convincente e fundamentada: Não, não a merece", disse Kuleba.
"Estas questões ainda não são discutidas em conferências de imprensa e declarações públicas de Chefes de Estado e de Governo, mas as pessoas perguntam o que é que a Rússia deve tornar-se para que não constitua uma ameaça à paz e à segurança.
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
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