PERU - O governo do Peru rejeitou na última sexta-feira (2) um pedido da candidata presidencial Keiko Fujimori de buscar uma auditoria internacional da eleição de 6 de junho, deixando-a com poucos recursos para derrubar a aparente liderança de seu rival Pedro Castillo.
O ministro da Justiça, Eduardo Vega, explicou em carta enviada a Fujimori - conservadora e filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori - que legalmente o governo não pode intervir enquanto o júri eleitoral do país analisa suas denúncias de supostas irregularidades.
Fujimori alegou fraude, embora não tenha fornecido provas públicas disso, e buscou uma recontagem das cédulas, bem como uma intervenção internacional.
*Por Marco Aquino / REUTERS
SÃO CARLOS/SP - Na última segunda-feira (28), a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres realizou sua reunião mensal, na qual o tema debatido foi a importância do Centro de Referência da Mulher (CRM) no atendimento especializado às mulheres vítimas de violência. Além das integrantes da Frente, a atividade contou com a participação da Secretária Municipal de Cidadania, Glaziela Solfa e do comandante da Guarda Municipal, Michael Yabuki.
Durante a reunião foram apresentadas as experiências exitosas do CRM Heleieth Saffioti, de Araraquara; Casa da Mulher Jauense de Jáu, Vem Maria - CRM de Santo André e a Casa Beth Lobo, de Diadema. Todas as profissionais que atuam neste serviço, relataram suas vivências e reforçaram a importância do equipamento público na prestação de um serviço específico e eficiente no atendimento às mulheres. Foi observado ainda o crescente número de casos de violência durante a pandemia.
Em São Carlos, o Centro de Referência da Mulher foi inaugurado em 2008, chegando a atender em média 40 mulheres por mês. Além de desempenhar o papel de formação e articulação da rede de atendimento às mulheres.
A vereadora Raquel Auxiliadora, que preside a Frente Parlamentar, ressaltou que desde o ano de 2015 (ano do seu fechamento), a reabertura do Centro de Referência da Mulher de São Carlos passou a ser a palavra de ordem de todo movimento em defesa das mulheres. “Esse tem sido nosso grito nas marchas do 8 de março, nas falas da tribuna livre da Câmara e nos espaços institucionais; como na última Conferência de Políticas para as Mulheres de 2019, em que foi a proposta mais votada. Também apareceu como demanda popular apresentada no Plano Plurianual do município, para os próximos quatros anos”, explicou.
Ainda segundo a vereadora, a norma técnica específica dos CRM não foi revogada, elemento central que reestrutura a jurisprudência da reabertura do Centro. “São equipamentos da política pública especial de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher, vinculam-se administrativamente ao órgão gestor das políticas para as mulheres no município onde estão localizados, que tem como finalidade, encaminhar para atendimento e/ou atender a mulher em situação de violência e fornecer subsídios técnico e estatísticos sobre a questão da violência contra as mulheres para gestores”, comentou Raquel, ao ler a norma.
Como a atividade teve a participação de várias cidades do Brasil, foi proposta ainda a construção de um dia nacional em defesa dos equipamentos públicos de atendimento às mulheres.
As reuniões da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres são abertas a todas e todos que tenham interesse em participar e debater o tema. O próximo encontro (virtual) está agendado para 28 de julho, quarta-feira, às 19 horas.
REINO UNIDO - Mais de um milhão de doses de vacinas da Pfizer, mantidas em Israel e cuja validade termina no final de julho, podem ser desperdiçadas por falha nas tentativas de negociar um acordo de troca com o Reino Unido, segundo o ‘The Guardian’.
Segundo o jornal, inicialmente Israel iria oferecer estas vacinas ao Reino Unido em troca de um número semelhante de injeções que o país devia receber da Pfizer, em setembro. No entanto, autoridades israelitas adiantaram que o negócio foi prejudicado por “problemas técnicos”.
O Canal 12 de Israel informou que a Pfizer rejeitou um pedido do país para estender a data de validade das vacinas. A empresa disse que não poderia garantir que as doses estariam seguras depois de 30 de julho, o que coloca em causa a viabilidade das mesmas.
Além disso, um plano para transferir cerca de um milhão de doses da Pfizer para a Cisjordânia também foi cancelado no mês passado, depois de líderes palestinianos terem dito que não poderiam aceitar vacinas perto do seu prazo de validade.
Isto significa que essas doses podem ser jogadas fora pelo governo de Israel, que com o fim do prazo de validade à vista, não deverá ter outra opção. Ainda assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselhou os países a não jogar fora nenhuma dose de Covid-19 fora do prazo, enquanto se faz uma pesquisa adicional para saber se podem ser viáveis durante mais tempo.
Adam Finn, professor de pediatria da Universidade de Bristol e membro do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização do Reino Unido, disse esperar que uma solução seja encontrada em breve.
*Por: ISTOÉ DINHEIRO
BRASÍLIA/DF - O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto na sexta-feira (2) para ampliar a atuação das Forças Armadas na repressão a delitos ambientais no estado de Rondônia. No início da semana, o presidente havia assinado o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ambiental válido para toda a Amazônia. A medida, no entanto, se restringia a operações em áreas de propriedade ou posse da União, como terras indígenas, áreas federais de preservação, imóveis da União, entre outros, e estava também limitada às regiões com maior incidência de queimadas e desmatamento.
Para atuar em outras áreas, os governos estaduais precisariam fazer um requerimento de solicitação ao presidente da República. A ação em outras áreas somente poderá ser realizada se houver pedido do respectivo governador do estado ao presidente da República. Foi o que aconteceu em relação ao governo de Rondônia, que formulou um requerimento despachado favoravelmente. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.
Desde 2019, foram autorizadas duas operações das Forças Armadas na Amazônia, chamadas Verde Brasil 1 e 2. A mais recente se encerrou em abril. A renovação da atuação dos militares na região havia sido anunciada pelo vice-presidente Hamilton Mourão no início do mês. De acordo com Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia, o custo da nova operação será de R$ 50 milhões, no período que vai de 28 junho a 31 de agosto.
*Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse na 5ª feira (1º.jul) que a “lei do mandante” pode ser votada nas próximas duas semanas pela Câmara. Trata-se de proposta derivada da MP (medida provisória) 984 de 2020.
A medida mudava as regras para transmissão de eventos esportivos e poderia prejudicar a TV Globo. O então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido-RJ), deixou o prazo de validade do texto expirar sem que o projeto fosse votado.
Arthur Lira disse, na saída da reunião de líderes de bancada, que o projeto poderá ser alterado.
“A lei do mandante [pode ser votada], que chegou a nosso pedido como projeto de lei, não como medida provisória, para que o Congresso pudesse debater e discutir, fazer um texto adequado, sem efeito imediato”, declarou o presidente da Câmara.
Lira teve, na 4ª feira (30.jun), reunião sobre o assunto. Recebeu dirigentes, como o ex-deputado Jovair Arantes, cartola do Atlético Goianiense, e o diretor do Flamengo Aleksander Santos.
A proposta é o PL (projeto de lei) 2336 de 2021. O relator é o deputado Júlio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF).
O texto, da forma como foi enviado pelo governo (leia a íntegra, 152 KB), adiciona à lei um trecho que dá ao clube mandante do jogo de futebol o direito de negociar a transmissão da partida.
Isso significa que, se o projeto for aprovado e entrar em vigor com esse conteúdo, o clube mandante poderá vender os direitos de transmissão sozinho, sem necessidade de acordo com o adversário. Atualmente a conversa precisa envolver também o visitante.
Isso favoreceria os clubes com maior apelo popular. E poderá prejudicar a Globo, que hoje detém direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro.
O texto permitiria que uma outra emissora negocie apenas com o Flamengo, por exemplo, e retire da Globo os jogos do clube mais popular do país. Ou mesmo que o time tenha o jogo transmitido apenas em suas redes sociais.
A medida provisória da qual o projeto foi derivado foi editada 1 dia depois de Jair Bolsonaro receber no Palácio do Planalto o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim. Bolsonaro costuma desqualificar o Grupo Globo em seus discursos.
O projeto do governo também determina que os parágrafos 5º e 6º do artigo 27-A da Lei Pelé não valham para o futebol.
Ou seja: o Executivo quer que times dessa modalidade possam ter como patrocinadoras com logotipo em suas camisas emissoras de rádio ou TV. A medida provisória liberava essa prática para todas as modalidades, revogando os artigos 5º e 6º.
Houve um caso em que o Vasco da Gama, em 2001, exibiu gratuitamente a logomarca do SBT, principal concorrente da TV Globo, como provocação. O dirigente do clube carioca era Eurico Miranda, que fazia diversas críticas à emissora que tinha os direitos de exibição dos jogos.
A proposta inclui árbitros de campo (não os do VAR) e treinadores no rateio de 5% da receita dos “direitos desportivos audiovisuais”. A legislação atual contempla só os atletas.
Para vigorar, o texto precisa do voto favorável da maioria dos deputados que participarem da votação e, depois de aprovação do Senado –também por maioria simples. Além da sanção presidencial.
*Por: Caio Spechoto / PODER360
EUA - Tropas do Exército dos Estados Unidos e membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) começaram a retirada da base aérea de Bagram, no Afeganistão. A informação foi fornecida por um oficial de defesa do país norte-americano e publicada pela Reuters nesta 6ª feira (2.jul).
“Todos os soldados americanos e membros das forças da Otan deixaram a base aérea de Bagram“, disse o oficial de segurança dos EUA sob condição de anonimato.
A base aérea de Bagram, considerada a mais importante do Afeganistão, recebeu militares norte-americanos por quase duas décadas. O local era usado para lançar aviões contra o Talibã e outros grupos.
Na madrugada desta 6ª feira (2.jul), uma autoridade afegã afirmou que a base deve ser oficialmente entregue em uma cerimônia neste sábado (3.jul).
Os militares norte-americanos coordenaram uma guerra aérea a partir da base de Bagram, cerca de 60 km ao norte de Cabul, desde 2001. A retirada das forças simboliza o fim do envolvimento militar dos EUA no país.
A base será entregue ao governo afegão no momento em que o país enfrenta uma crescente guerra contra o Talibã.
Em junho deste ano, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse ao seu homólogo afegão, Ashraf Ghani, que “os afegãos terão que decidir seu futuro“. Ghani respondeu dizendo que o seu trabalho agora era “administrar as consequências” da retirada dos EUA.
Em troca da retirada, o Talibã prometeu travar o terrorismo internacional em solo afegão. O grupo também se comprometeu a entrar em negociações com seus rivais afegãos, mas, até então, pouco progresso foi feito nesse sentido.
GUERRA DO AFEGANISTÃO
A guerra do Afeganistão é a mais longa da história dos EUA. Em quase 20 anos de combate, mais de 2.400 soldados americanos morreram e pelo menos 20.000 ficaram feridos. O conflito também vitimou cerca de 47 mil civis e dezenas de milhares de membros das forças de segurança do Afeganistão.
A guerra teve início em outubro de 2001, com a caçada ao líder da Al-Qaeda e mentor dos ataques de 11 de setembro, Osama Bin Laden. Ele foi morto por tropas norte-americanas durante operação no Paquistão.
*Por: PODER360
ESPANHA - O Tribunal Comercial de Madri (Espanha) ordenou na quinta-feira (1º de julho) que a Uefa cancele todas as sanções legais impostas a Real Madrid, Barcelona e Juventus por planejarem a criação da Superliga Europeia.
A corte também instruiu a Uefa a não adotar nenhuma medida para tentar excluir os três clubes, que são os últimos dos 12 times originalmente por trás da liga dissidente, de suas competições, incluindo a Liga dos Campeões.
O tribunal determinou que a Uefa não pode forçar os organizadores a dissolverem formalmente a Superliga e impediu a entidade de impor uma multa de 100 milhões de euros aos times que tentarem se integrar à liga.
O Campeonato Inglês a e Federação Nacional de Futebol da Itália também devem descartar quaisquer sanções a clubes que inicialmente se filiaram ao projeto, segundo a corte.
Anunciada em abril, a Superliga provocou furor entre torcedores, governos, jogadores e técnicos, e o projeto desandou menos de 48 horas depois de seu lançamento quando os seis times ingleses se retiraram.
Visando dissuadir futuras ligas dissidentes, a Uefa buscou impor penalidades altas aos clubes rebeldes, mas suspendeu procedimentos disciplinares em junho.
Manchester United, Liverpool, Manchester City, Chelsea, Tottenham Hotspur, Arsenal, Milan, Inter de Milão e Atlético de Madri abandonaram o projeto.
*Por Belén Carreño, Inti Landauro, Nathan Allen e Richard Martin / REUTERS
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria de Cidadania e Assistência Social, foi incluída pelo Governo do Estado de São Paulo no Programa SP Acolhe, que vai oferecer auxílio de R$ 300,00 para famílias em situação de vulnerabilidade social que perderam ao menos um membro da família para a COVID-19 desde o início da pandemia do novo coronavírus. O programa faz parte do Bolsa do Povo, benefício de proteção social também oferecido pelo Estado de São Paulo.
A iniciativa vai beneficiar famílias inscritas no CadÚnico (Cadastro Único) até 19/02/21 com renda mensal de até três salários mínimos que tenham perdido ao menos um familiar vítima de COVID-19, podendo ser pai, mãe, avô, avó, filho, filha ou outro parente, desde que a morte tenha ocorrido dentro do núcleo familiar. O programa considera todas as estruturas familiares, exceto a unifamiliar (uma única pessoa), com filhos de todas as idades.
De acordo com Glaziela Solfa Marques, secretária de Cidadania e Assistência Social de São Carlos, 25 famílias serão beneficiadas pelo SP Acolhe em São Carlos. “Temos 15 mil famílias cadastradas no CadÚnico e 25 se enquadram no perfil do programa. O valor será pago diretamente pelo Governo do Estado por meio de voucher com senha e login gerado no Portal Bolsa do Povo, que permitirá o saque nos caixas eletrônicos do Banco do Brasil e Banco 24 Horas. Gradualmente, os beneficiários receberão cartão magnético do programa”, explica a secretária, lembrando que as famílias podem confirmar a elegibilidade e confirmação de cadastro no Portal Bolsa do Povo no https://www.bolsadopovo.sp.gov.br/ disponibilizando o número do NIS (Número de Identificação Social).
O programa vai beneficiar 11.026 famílias em todo o estado, com 11.143 auxílios, totalizando repasse estadual de R$ 20 milhões. O benefício de R$ 1,8 mil será pago em seis parcelas mensais de R$ 300,00 entre os meses de julho e dezembro de 2021.
SÃO CARLOS/SP - O vereador Azuaite Martins de França (Cidadania), presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal, lamentou a atitude de vereadores que recusaram o ingresso na pauta da sessão de terça-feira (29), do projeto de Decreto Legislativo de sua autoria, que institui a comemoração do Ano do Centenário de Paulo Freire, para discussão e reflexão do pensamento e obra do patrono da educação brasileira.
Oito vereadores negaram expressamente seu apoio para que o projeto fosse discutido e votado na última sessão plenária online do semestre legislativo. Outros oito parlamentares, incluindo o autor, concordaram com a inclusão em pauta, mas pelo Regimento Interno eram necessárias 14 adesões. Dois vereadores preferiram abster-se.
Os vereadores que se negaram a discutir e votar o projeto foram: André Rebello, Ubirajara Teixeira (Bira), Cidinha do Oncológico, Gustavo Pozzi, Malabim, Moisés Lazarine, Robertinho Mori e Sérgio Rocha. Foram favoráveis à inclusão da proposta o autor Azuaite França e os vereadores Dimitri Sean, Djalma Nery, Elton Carvalho, Marquinho Amaral, Professora Neusa, Raquel Auxiliadora e Roselei Françoso. Abstiveram-se os vereadores Bruno Zancheta e Rodson Magno do Carmo.
Azuaite afirmou esperar que os vereadores que se opuseram à votação na terça-feira reavaliem seu posicionamento. “São Carlos é conhecida como a Capital do Conhecimento e seus representantes no Parlamento saberão estar à altura deste título, acolhendo a proposta para celebrar o centenário de um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial”, afirmou.
Pelo projeto, os eventos de comemoração do centenário de nascimento de Paulo Freire deverão ser coordenados pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara Municipal. Uma comissão deverá ser criada, composta por representantes das secretarias municipal e estadual de Educação, do conselho municipal, dos cursos de nível superior de Educação e Pedagogia das universidades públicas e privadas do município, das entidades de profissionais da Educação com representação no município e pesquisadores de Educação.
Após a derrubada da inclusão da matéria em pauta na sessão, o presidente da Câmara, vereador Roselei Françoso, que atua na Educação, deixou claro que se posicionou favorável à urgência da votação e destacou que na rede municipal de Educação existe um forte e importante trabalho realizado com a doutrina de Paulo Freire.
Como prevaleceu a recusa dos parlamentares, o processo passou a ter tramitação comum, sendo remetido às comissões técnicas da Câmara.
“PEDAGOGIA DO OPRIMIDO” - O educador Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife. Tendo vivenciado a pobreza e a fome na infância, durante a depressão de 1929, ele construiu um método de alfabetização inovador e se tornou uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Seu livro, Pedagogia do Oprimido, está entre as obras mais citadas em trabalhos e textos sobre Educação por todo o mundo.
A partir das primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, o método Paulo Freire foi adotado primeiramente em Pernambuco.
Em resposta aos eficazes resultados, o governo brasileiro aprovou a multiplicação dessas primeiras experiências num Plano Nacional de Alfabetização, que previa a formação de educadores em massa e a rápida implantação de 20 mil núcleos (os "círculos de cultura”) pelo País. Em 1964, meses depois de iniciada a implantação do Plano, o golpe militar extinguiu esse esforço. Freire foi encarcerado por 70 dias. Em seguida passou pela Bolívia e trabalhou no Chile por cinco anos para o Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã e para a FAO da ONU. Em 1967, durante o exílio chileno, publicou no Brasil seu primeiro livro, Educação como Prática da Liberdade.
Freire foi convidado para ser professor visitante da Universidade de Harvard em 1969. No ano anterior, ele havia concluído a redação de seu mais famoso livro, Pedagogia do Oprimido, que foi publicado em várias línguas; mas no Brasil, por causa da ditadura só foi publicado em 1974. Depois de um ano em Cambridge, Freire mudou-se para Genebra, na Suíça, trabalhando como consultor educacional do Conselho Mundial de Igrejas. Durante esse tempo, atuou como consultor em reforma educacional em colônias portuguesas na África, particularmente na Guiné-Bissau e em Moçambique.
Com a Anistia em 1979, Freire pôde retornar ao Brasil, mas só o fez em 1980. Exerceu o cargo de secretário de Educação de São Paulo, de 1989 a 1991, quando criou o Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), um modelo de programa público de apoio a salas comunitárias de alfabetização de jovens e adultos que até hoje é adotado por numerosas prefeituras, inclusive aqui em São Carlos, e outras instâncias de governo.
Falecido em 2 de maio de 1997, neste ano de 2021 Paulo Freire completaria 100 anos de idade.
JAPÃO - O famoso Monte Fuji, patrimônio mundial do Japão, reabriu hoje (1º) aos alpinistas, depois de ter mantido todas as rotas fechadas desde o verão passado como medida de precaução contra a pandemia de covid-19.
A montanha, com 3.776 metros de altura, situada na ilha de Honshu, a cerca de 100 quilômetros a sudoeste de Tóquio, reabriu uma das quatro principais vias de subida. Serão permitidas escaladas até 10 de setembro, de acordo com as autoridades de Yamanashi, que alertaram os visitantes a ter em conta interrupções dos serviços de transporte devido à pandemia.
O pico mais alto do país e símbolo sagrado dos japoneses é um vulcão ativo que atravessa Yamanashi e Shizuoka e só pode ser escalado durante a época de verão, entre julho e agosto.
Uma segunda rota, que atravessa a província de Shizuoka, deverá abrir em 10 de julho.
Devido à suspensão da época de escalada no ano passado, a montanha ficou sem receber visitantes durante quase dois anos.
Os operadores dos alojamentos da área melhoraram as instalações como medida de prevenção de infecções, e converteram quartos duplos em individuais, reduziram a capacidade para metade, oferecendo desinfetantes e máscaras aos visitantes.
Na estação 8, um total de 21 pessoas permaneceram nas instalações na noite dessa quarta-feira para iniciar a marcha. No entanto, o tempo chuvoso forçou uma descida antecipada, de acordo com o diário japonês Asahi.
Fuji, Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), atraiu cerca de 236 mil alpinistas durante a última época aberta, em 2019, de acordo com dados do Ministério do Ambiente do Japão.
As quatro rotas para o topo do vulcão foram fechadas durante toda a estação em 2020 e, pela primeira desde 1960, como medida de precaução.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3,94 milhões mortes no mundo, resultantes de mais de 181,7 milhões de casos de infecção, segundo balanço da agência francesa AFP.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no fim de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Por RTP
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.