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SALTO - Cada vez que Alfonso Formoso precisa abastecer viaja para outro país. Dirige cerca de 30 quilômetros de Salto, cidade onde vive no Uruguai, até a vizinha Concordia, na Argentina. No caminho, vai ao supermercado e janta algo. Seu bolso agradece. A economia uruguaia, no tanto.

Diante da constante desvalorização do peso argentino, dezenas de milhares de uruguaios atravessam diariamente as pontes localizadas em três pontos ao longo da fronteira fluvial de mais de 800 km que separa os dois países para aproveitar os bens e serviços muito mais baratos a oeste do rio Uruguai.

"Às vezes, vou duas vezes por semana. Ainda ontem vim com um amigo", disse Formoso à AFP em um restaurante em Concordia. "Nem olhamos muito para o preço", confessa este universitário de 23 anos.

Diego Labeque Drewanz, coordenador argentino do Centro de Fronteira Concordia-Salto, destaca o crescimento do fluxo de pessoas, que tem provocado filas de veículos de seis quilômetros de extensão.

"Tivemos picos de até 14 mil pessoas por dia", afirma.

A média diária é de 8,8 mil desde janeiro.

O fenômeno se agravou após as eleições primárias na Argentina, em agosto. Depois delas, o governo desvalorizou o peso em cerca de 20%, ante a forte pressão sobre o dólar que obrigava o Banco Central a utilizar suas minguadas reservas para apoiar a taxa cambial.

Na Argentina, onde, ao contrário do Uruguai, o acesso ao mercado cambial é restrito, a desvalorização ampliou a distância entre o dólar oficial, referência de preços, e o dólar negociado no mercado negro.

Com este aumento do dólar paralelo, a diferença de preços entre Salto e Concordia "estaria acima de 200% em média" e, em alguns itens, "iria para mais de 300%", explicou à AFP Gimena Abreu, do Observatório Econômico da Universidade Católica do Uruguai (UCU).

O último levantamento da UCU, feito em julho, mostrou que Salto estava 126% mais cara, muito acima dos 42% de julho de 2015, quando esse indicador começou a ser elaborado.

 

- "Abissal" -

Muitos uruguaios se mudaram para a Argentina, onde sua renda aumenta.

"É abissal a diferença!", exclama Carlos Garcilar, um mecânico de 65 anos que acaba de se aposentar e aluga um apartamento em Concordia por um quinto do valor que pagaria em Salto.

Maikol Horvat, um segurança de 39 anos, procura uma casa para ir com toda a família para Villa Zorraquín, na Argentina, perto da ponte binacional.

"Vou continuar trabalhando em Salto e viajar todos os dias", disse ele à AFP.

Em Concordia, colocou combustível por menos da metade do que custa em Salto e foi ao supermercado. No Uruguai, com a mesma quantia, "compramos duas, três coisas", completou.

Segundo o presidente do Centro de Comércio de Concordia, Adrián Lampazzi, a afluência de uruguaios "não chega a compensar" a "crise deste lado", em uma cidade que também detém o triste recorde de ser a mais pobre da Argentina.

No salão M&W, Ezequiel Rubin atende muitas uruguaias. "Eles gastam sem problema e deixam boas gorjetas. Para nós, funciona", comenta.

 

- "Tsunami" -

Em Salto, sente-se o golpe econômico. O departamento registra uma das maiores taxas de desemprego do Uruguai (12,8%), segundo dados oficiais.

"Tivemos que demitir funcionários e temos pessoas com seguro-desemprego", diz María del Carmen Villar, dona da Farmácia Pasteur.

Os itens de farmácia, principalmente os medicamentos, estão entre os mais afetados pela diferença de preços com a Argentina.

Rodolfo Germano, gerente do posto de gasolina Parada 19, também lamenta a queda nas vendas, mesmo com a redução de impostos para a gasolina de fronteira disposta no Uruguai.

"Há contrabando de todos os produtos, incluindo de combustíveis", denuncia.

Mais de 100 mil pessoas viajaram do Uruguai para a Argentina em um fim de semana prolongado em agosto. O número representa 3% da população uruguaia.

A presidente do Centro Comercial de Salto e da Confederação Empresarial do Uruguai, Vera Facchin, adverte que o gasto dos uruguaios na Argentina deve chegar perto de US$ 1 bilhão (R$ 4,97 bilhões na cotação atual) em 2023. Esse valor equivale a um ponto do Produto Internacional Bruto (PIB) nacional, segundo o Centro de Estudos para o Desenvolvimento.

"Este é um problema que pareceria ser do litoral, mas que escalou em nível nacional", afirma.

Germano alerta: "É como quando o mar recua por um tsunami. Gostamos de pegar os caracóis que cobriam o oceano, mas depois vem a onda e destrói".

 

 

AFP

BRASÍLIA/DF - Cada vez mais utilizado pelos brasileiros na hora de pagar contas e transferir dinheiro, o Pix alcançou recorde de transações na última quarta-feira (6). Foram 152,7 milhões de transferências instantâneas, segundo o Banco Central (BC). Essa marca superou o recorde anterior de 142,4 milhões de transações em 4 de agosto.

“Os números reforçam a forte adesão de pessoas e empresas ao Pix”, avalia o Banco Central.

Na última quarta-feira (6), as transações somaram R$ 76,1 bilhões. Isso significa que cada transferência em tempo real teve valor médio de R$ 498,42.

Mais da metade (55,86%) das transferências feitas na quarta-feira foram entre pessoas físicas. O BC ressalta “as transações de pessoas físicas (PF) para pessoas jurídicas (PJ) como o principal vetor do crescimento recente”. Em setembro de 2022, a transação PF-PJ era 22,5% do total. Em agosto, alcançou 33,3%.

“A maturação do Pix, a conveniência no seu uso e o desenvolvimento de soluções de integração pelo mercado estão permitindo maior diversificação nos casos de uso, aumentando sua importância no bom funcionamento da economia nacional”, complementa o Banco Central.

 

Números do Pix

Lançado pelo BC em novembro de 2020, o país tem atualmente 650,7 milhões de chaves Pix. São 153 milhões de usuários cadastrados, sendo 92% pessoas físicas. De cada 100 transações, 60 são feitas por pessoas de 20 a 39 anos.

 

 

Por Bruno de Freitas Moura* - Agência Brasil

SÃO CARLOS/SP - O Sicoob Crediacisc e a OAB São Carlos organizaram uma palestra que irá ocorrer no dia 19 de setembro, 19 horas, na Casa do Advogado (rua Alexandrina, 992), sobre Educação Financeira e os benefícios de fazer parte de uma cooperativa de crédito. O evento integra a programação dos 18 anos do Sicoob Crediacisc, única cooperativa de crédito nascida em São Carlos.

Os diretores Marcos Martinelli (presidente), José Fernando Domingues (Administrativo) e Adão Luís Garcia (Operacional) falarão sobre as diferenças de estar no sistema financeiro por meio de uma cooperativa de crédito, benefícios, vantagens e quais os serviços e produtos que os profissionais liberais têm acesso de forma mais ágil e vantajosa de que nos bancos tradicionais. O presidente Martinelli pretende apresentar temas sobre educação financeira, open finance credit score.

Para Martinelli, entidades como OAB São Carlos, Acisc, AEASC, Ciesp, Sindispan e CPP foram fundamentais na consolidação do Sicoob Crediacisc. "São entidades e instituições são-carlenses que sempre nos apoiaram porque entenderam que nascemos aqui para fortalecer desenvolvimento econômico e social da comunidade", frisa.

O diretor operacional da cooperativa lembra que embora o Sicoob Crediacisc tenha nascido exclusivamente para atender micro e pequenos empresários, há três anos se tornou de livre admissão. "Qualquer pessoa pode vir a ser um cooperado ou cooperada", explica Garcia. "Durante essa campanha de novos associados, também reduzimos a integralização de capital inicial para R$ 20,00 e removemos qualquer empecilho no ingresso de novos cooperados", salienta.

"Vamos falar para os advogados e advogadas que o Sicoob Crediacisc tem três pontos de atendimento em São Carlos, que oferece diversos serviços e produtos, e que as negociações em cooperativa podem ser mais vantajosas do que com os bancos tradicionais", detalha Martinelli.

A cooperativa de crédito oferece para advogados e outros profissionais liberais produtos como financiamento, carteira de investimentos, home bank, atendimento personalizado nas unidades, e uma gama de apoios relacionados à educação financeira. "E uma vez cooperado, a pessoa tem a perspectiva de participar dos resultados obtidos, já que não visamos lucro, qualquer superávit é repassado aos cooperados em assembleia", registra o diretor presidente.

Para o presidente da OAB São Carlos, doutor Renato Barros, a palestra será importante para aproximar ainda mais as duas entidades, apresentar aos mais jovens as vantagens de uma cooperativa de crédito. "Nossa intenção é fortalecer o exercício da advocacia e ajudá-los no seu desenvolvimento econômico é uma parte essencial desse processo", disse.

TÓQUIO - A economia do Japão cresceu menos do que o inicialmente estimado no segundo trimestre e os salários caíram em julho, lançando dúvidas sobre as projeções do banco central de que a demanda interna sólida irá manter o país no rumo da recuperação.

As despesas de capital e o consumo privado caíram no período de abril a junho, de acordo com dados revisados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta sexta-feira, ressaltando a situação frágil da economia japonesa, que já está enfrentando o enfraquecimento do crescimento da China e dos Estados Unidos.

Os salários reais ajustados pela inflação caíram em julho pelo 16º mês consecutivo, em um sinal de que as famílias continuaram a sentir o impacto do aumento dos preços, segundo dados separados, o que é um mau presságio para o consumo.

"As exportações fracas para a China podem estar deixando os fabricantes japoneses cautelosos em relação aos investimentos. A esperança é de que as empresas do setor de serviços possam compensar essa falta, embora o consumo lento possa desencorajá-las a gastar dinheiro também", disse Takeshi Minami, economista-chefe do Instituto de Pesquisa Norinchukin.

A economia do Japão cresceu 4,8% em termos anualizados entre abril e junho, segundo os dados revisados, abaixo da estimativa preliminar de crescimento de 6,0% e das previsões do mercado para uma expansão de 5,5%.

O principal fator por trás da redução foi uma queda de 1,0% nos gastos de capital, em comparação com uma leitura preliminar estável, lançando dúvidas sobre a visão do Banco do Japão de que gastos corporativos robustos sustentarão a economia pós-pandemia do Japão. O declínio revisado foi maior do que a previsão do mercado de uma queda de 0,7%.

O consumo privado, que representa mais da metade da economia, caiu 0,6% em relação ao trimestre anterior no período de abril a junho, em comparação com uma queda preliminar de 0,5%.

As exportações permaneceram sólidas no segundo trimestre, com a demanda externa líquida contribuindo com 1,8 ponto para o crescimento do PIB, sem alterações em relação à leitura preliminar.

Mas os embarques para a China caíram 13,4% em julho, marcando o oitavo mês consecutivo de quedas. As exportações totais caíram 5,0% em relação ao ano anterior na primeira metade de agosto, após um declínio de 0,3% em julho, sugerindo que a desaceleração global está afetando a economia.

Como a demanda doméstica fraca levou a quedas nas importações, o superávit em conta corrente do Japão registrou um valor recorde para o mês de julho, segundo dados separados divulgados nesta sexta-feira.

"Não ficarei surpreso se o Japão sofrer dois trimestres consecutivos de contração durante o restante deste ano", disse Minami, da Norinchukin. "A chance de um fim antecipado da política monetária ultrafrouxa está diminuindo."

A economia do Japão teve uma recuperação tardia da pandemia de Covid-19 este ano, já que o aumento dos custos de vida e a da demanda global fraca obscurecem as perspectivas.

Diante de tais incertezas, as autoridades do Banco do Japão enfatizaram sua determinação de manter a política monetária ultrafrouxa até que a recente inflação impulsionada pelos custos se transforme em aumentos de preços impulsionados pela demanda doméstica e por um maior crescimento dos salários.

 

 

Por Leika Kihara e Yoshifumi Takemoto / REUTERS

BRASÍLIA/DF - A Caixa Econômica Federal chegou a R$ 2,5 bilhões em dívidas de clientes repactuadas através do Desenrola, o programa de renegociação de dívidas do governo federal. O número se refere ao período entre 17 de julho, data em que o programa foi lançado, até a última quarta-feira, 6.

Segundo o banco, foram regularizados 131, 2 mil contratos comerciais que estavam em atraso, para cerca de 102,4 mil clientes. A Caixa afirma ainda que mais de 142 mil pagamentos foram realizados à vista, o que representa 91,2% das dívidas.

A Caixa tem renegociado dívidas dos clientes através de todos os canais, do físico aos digitais. O programa permite a regularização de contratos em atraso com desconto de até 90% à vista, ou o parcelamento em até 120 meses, com entrada e primeira parcela em 30 dias.

Na atual fase, o programa permite que os bancos renegociem dívidas de clientes com renda entre dois salários mínimos e R$ 20.000 mensais. Uma nova fase, que deve começar neste mês, deve incluir as dívidas não-bancárias, e também as de clientes de menor renda, caso em que haverá garantia do Tesouro.

 

 

Estadao Conteudo

BRASÍLIA/DF - A produção de grãos no Brasil na safra 2022/23 está estimada em 322,8 milhões de toneladas, acréscimo de 50,1 milhões de toneladas quando comparada com o ciclo 2021/22. A alta é de 18,4%. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os dados consolidam a estimativa recorde de produção no país.

Na quarta-feira (6), o órgão divulgou o 12º Levantamento da Safra de Grãos, momento em que a colheita se encerra. O resultado é reflexo tanto de uma maior área plantada, chegando a 78,5 milhões de hectares, quanto de melhor produtividade média nas lavouras, saindo de 3.656 quilos por hectares para 4.111 quilos por hectare.

A soja ainda é o produto com maior volume colhido no país, com produção recorde estimada em 154,6 milhões de toneladas, crescimento de 23,2%. Segundo a companhia, os efeitos do La Niña se concentraram no Rio Grande do Sul, mas ainda assim em menor escala que no ciclo anterior. Nos demais estados, o clima se mostrou bastante favorável, mesmo com alguns atrasos verificados no período do plantio e da colheita.

“Nesta temporada, a soja apresentou recuperação de produtividade em Mato Grosso do Sul, no Paraná e em Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, também houve melhora no desempenho das lavouras, porém limitado devido às condições climáticas não favoráveis durante o desenvolvimento da oleaginosa”, explicou a Conab.

As informações sobre os efeitos do clima nas safras são disponibilizadas regularmente pelo órgão no Boletim de Monitoramento Agrícola.

Outras culturas

Para o milho também é esperada a maior colheita já registrada na série histórica. Nas três safras do cereal, a produção deverá chegar a 131,9 milhões de toneladas, incremento de 18,7 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior.

O arroz e feijão apresentam cenários distintos. Segundo a Conab, no caso dos dois produtos, houve redução da área de plantio devido à concorrência com outras culturas mais rentáveis. Para o arroz, a melhora da produtividade não foi suficiente para compensar a menor área, resultando numa queda de produção de 6,9%, chegando a 10 milhões de toneladas. Já para a leguminosa, o bom desempenho das lavouras assegura colheita total de 3,04 milhões de toneladas, 1,7% acima do resultado da safra anterior.

Entre as culturas de inverno, foi confirmado o crescimento de 11,8% na área cultivada de trigo no país, chegando a 3,45 milhões de hectares, e uma produção estimada em 10,82 milhões de toneladas. O resultado é 2,5% acima da obtida na safra anterior.

Comércio

“Os bons resultados da safra brasileira colocam o país como principal exportador de soja e milho na safra 2022/23”, destacou a Conab.

Para a soja, é esperado que o volume exportado chegue a 96,95 milhões de toneladas. Para o milho, a estimativa da companhia indica embarques em torno de 50 milhões de toneladas, ultrapassando as exportações norte-americanas.

“O bom cenário para as vendas ao mercado internacional é verificado também para farelo e óleo de soja, com exportações estimadas em 21,82 milhões de toneladas e 2,6 milhões de toneladas respectivamente”, acrescentou.

Para o algodão, a produção recorde permite recomposição nos estoques finais da ordem de 59%, atingindo 2,1 mil toneladas. As exportações podem atingir 1,7 milhão de toneladas nesta safra.

Citando dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a Conab informou que, em agosto de 2023, foram exportadas 104,3 mil toneladas de algodão, o segundo melhor desempenho para o mês na série histórica, superando em 66,1% o mesmo período do ano passado.

Os boletins das safras de grãos estão disponíveis no site da Conab.

 

 

Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil

RÚSSIA - Encarar as críticas internacionais ou ir embora? Após dezoito meses de ofensiva na Ucrânia, muitas empresas ocidentais avaliam os prós e os contras de continuar presente na Rússia.

 

- Custo financeiro -

A Universidade de Yale, nos Estados Unidos, calcula que cerca de 100 empresas das sete economias mais avançadas (G7) permanecem em operação na Rússia.

No entanto, "continuamos observando uma tendência de diminuição nas atividades das empresas ocidentais em território russo", indica à AFP o economista Julien Vercueil, especializado em Rússia.

Uma das últimas a deixar o território foi a rede de fast-food Domino's, no dia 21 de agosto. Perante um "contexto cada vez mais difícil", a empresa americana anunciou o fechamento de 142 estabelecimentos em todo o país.

"A guerra cria condições desfavoráveis para as empresas estrangeiras na Rússia, qualquer que seja sua decisão", destaca Vercueil.

O Financial Times examinou as contas anuais de 600 multinacionais europeias e apontou que a perda de pelo menos 100 bilhões de euros (US$ 108 bilhões, R$532 bilhões na cotação atual) "após a venda, encerramento ou redução das suas atividades na Rússia".

Os setores que mais perderam foram os das petrolíferas, como a britânica BP, uma das primeiras a sair totalmente da Rússia em 27 de fevereiro de 2022, em um custo estimado em mais de 22 bilhões de euros (US$ 23 bilhões, R$ 113 bilhões).

 

- Má reputação e boicote -

As empresas que escolhem ficar, no entanto, sofrem consequências significativas na reputação, afirma o economista Vercueil.

"Os ucranianos, e particularmente (o seu presidente) Volodimir Zelensky, fazem um esforço para destacar que essas empresas estão financiando a guerra russa através dos lucros obtidos no território" da Rússia, acrescentou o especialista.

Os gigantes da alimentação e da distribuição, dos quais muitos permaneceram na Rússia, são alvos frequentes de ataques.

"Essas empresas explicam que continuam suas atividades por razões humanitárias, mas é uma mentira cínica", diz o professor Jeffrey Sonnenfeld, especializado em responsabilidade social das empresas na Universidade de Yale.

O especialista crítica que, além de promover a economia russa, os grandes grupos entraram no jogo do presidente russo Vladimir Putin ao tranquilizar os consumidores com sua presença.

A decisão de continuar na Rússia desencadeou movimentos de boicote em países aliados da Ucrânia. A americana Mondelez, por exemplo, viu seus produtos bloqueados em várias empresas e instituições dos países escandinavos.

 

- Incerteza -

Para as empresas, continuar com seus serviços na Rússia significa se expor a um quadro jurídico incerto.

"Permanecer quando o ambiente jurídico é agora abertamente caracterizado pela arbitrariedade e pela depredação estatal em detrimento dos interesses estrangeiros é perigoso", sinaliza Vercueil.

Segundo um decreto, a Rússia pode "assumir temporariamente o controle de empresas" de países considerados "hostis", diz o advogado Vladimir Tchikine, especializado em direito comercial na Rússia.

Oficialmente, porém, as empresas permanecem na posse dos seus proprietários estrangeiros. Neste verão, por exemplo, o Estado russo assumiu unilateralmente o controle dos ativos da Danone e da Carlsberg no país.

O quadro legislativo favorece eventualmente as empresas. No final de agosto, as autoridades russas eliminaram a exigência das empresas estrangeiras solicitarem autorização para transferir dividendos das suas subsidiárias russas para a sua empresa matriz.

 

 

AFP

AUSTRÁLIA - O PIB australiano subiu 0,4% no segundo trimestre em relação ao ano anterior devido a um aumento nos investimentos de capital e um aumento nas exportações de serviços, enquanto o consumo interno continua a esfriar,o Australian Bureau of Statistics disse na quarta-feira.

O crescimento do PIB ficou em linha com as estimativas dos economistas numa pesquisa da Bloomberg News, enquanto os analistas numa pesquisa da Reuters esperavam um crescimento do PIB de 0,3%. Ambas as pesquisas foram divulgadas hoje, quarta-feira.

Numa base de 12 meses, o PIB subiu 2,1%, acima dos 1,8% previstos numa pesquisa da Reuters.

“Este foi o sétimo aumento consecutivo no PIB trimestral, e o crescimento anual permaneceu acima da tendência, refletindo a ausência de perturbações significativas da COVID-19, como bloqueios, em 2022-23”, disse Katherine Keenan, chefe de contas nacionais do ABS.

O PIB foi impulsionado pelo aumento dos investimentos públicos e privados, com a formação bruta total de capital fixo a subir 2,4% devido, em parte, ao aumento das despesas com infra-estruturas de saúde e transportes e com a defesa.

Um maior investimento em maquinaria e equipamento de transporte por parte do sector privado também contribuiu para o aumento.

As exportações de serviços aumentaram 12,1%, à medida que os serviços de viagens para turistas e estudantes internacionais recuperaram após a pandemia da COVID-19.

A redução dos estrangulamentos da cadeia de abastecimento global contribuiu para um aumento de 2,5% nas exportações, especialmente em matérias-primas mineiras, à medida que os stocks das empresas eram eliminados e os envios aumentavam.

Contudo, os preços de exportação caíram 8,2% durante o trimestre, para o seu ponto mais baixo desde o segundo trimestre de 2009, liderados pela queda dos preços do carvão e dos combustíveis minerais. Os preços de importação caíram 0,3%, enquanto os termos de troca caíram 7,9% durante o trimestre relatado.

Os gastos das famílias continuaram a ser subtis, aumentando 0,1%, à medida que os consumidores se concentravam em bens e serviços essenciais em vez de bens discricionários. A única exceção são as vendas de veículos, que aumentaram 5,8% com o aumento da oferta.

O rácio das famílias em relação à poupança caiu para 3,2%, o valor mais baixo desde o segundo trimestre de 2008.

“A queda no rácio de poupança das famílias foi impulsionada pelo aumento dos juros a pagar sobre as habitações, do imposto sobre o rendimento a pagar e do aumento dos gastos das famílias devido às pressões crescentes do custo de vida”, acrescentou Keenan.

Os preços internos subiram 1,2% devido ao aumento dos aluguéis, bem como ao aumento dos preços dos bens de capital que foram afetados pela depreciação do dólar australiano.

O PIB nominal, que não é ajustado pela inflação, caiu 1,2% no segundo trimestre EM RELAÇÃO AO TRIMESTRE ATRÁS, mas saltou 9,7% ano a ano.

 

 

por Repórter ADVFN

BRASÍLIA/DF - Um levantamento da Receita Federal mostrou que o Brasil perdeu um total de 427.934 empresas entre micro, pequeno, médio e grande porte, sendo um saldo negativo para empresas abertas no país. O número de queda é frequente desde 2021, e mostra o setor industrial como o mais afetado pela esfriamento da MPMEs, segundo dados levantados pelo g1.

  • Desde o 4º trimestre de 2021, pelo menos 750 mil empresas foram fechadas;
  • 2,08 milhões de empresas enquanto 2,83 milhões foram fechadas;
  • No setor industrial, enquanto 7.810 empresas industriais, outras 25.151 foram encerradas;
  • Em números absolutos, no setor de comércio, foram fechadas 129.515 empresas no 2º trimestre de 2023, contra 61.685 aberturas.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Receitas e Rendas informa que a adesão ao novo Programa de Recuperação Fiscal (REFIS) já pode ser realizada online para os contribuintes que vão quitar suas dívidas à vista com desconto de 100% em multas e juros. Para fazer a adesão e gerar a guia de pagamento basta clicar em http://simonline.saocarlos.sp.gov.br/.
Já o contribuinte que pretende parcelar em até 10 vezes, com desconto em multas e juros de 90% ou em 20 parcelas com desconto de 80%, deve procurar diretamente a unidade do SIM (Serviços Integrados do Município). O valor mínimo da parcela é de R$ 50,00 para pessoas físicas e R$ 80,00 para pessoas jurídicas.
O Refis possibilita que o contribuinte inadimplente regularize seus débitos fiscais junto aos cofres do município até 31 outubro de 2023, sendo aplicado a todos os impostos municipais, incluindo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Progresso e Habitação de São Carlos (PROHAB), Fundação Educacional São Carlos (FESC) e a Fundação Pró-Memória.
Vale lembrar que o munícipe que descumprir três parcelas consecutivas ou seis alternadas, automaticamente perde o direito ao benefício. Quem aderiu ao Refis anterior poderá fazê-lo novamente, desde que reconheça a dívida originalmente confessada, com os descontos das parcelas quitadas.
O secretário municipal de Receitas e Rendas, Leandro Maestro, menciona que as pessoas interessadas em quitar suas dívidas devem procurar o próprio órgão credor para negociação. “Quem tiver débito, por exemplo, com o SAAE, deverá procurar diretamente a autarquia para fazer o REFIS, enquanto, no SIM, será feito o refinanciamento apenas dos débitos da Prefeitura. Quem participou do último REFIS, em 2021, e, por acaso, não pagou aquele financiamento e quer aderir ao novo, deve fazer um novo acordo”, ressalta Maestro.

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