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Radio Sanca Web TV - Segunda, 10 Janeiro 2022

SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal de São Carlos agendou para esta sexta-feira (14) às 15h30 uma audiência pública na Sala das Sessões do Edifício Euclides da Cunha para discutir assuntos relacionados a “Políticas Públicas do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de São Carlos: infraestrutura, recursos humanos e manutenção das viaturas”.

 A realização do evento foi solicitada pelo presidente do Legislativo, Roselei Françoso, e pelos vereadores Elton Carvalho e Ubirajara Teixeira – Bira. Os três parlamentares estiveram no SAMU nesta segunda-feira (10) para ouvir as demandas dos servidores e conhecer as principais necessidades. Com a audiência, pretendem debater ideias, projetos e buscar soluções de maneira conjunta.

 A audiência pública será transmitida ao vivo pelo canal 8 da NET, pela Rádio São Carlos AM 1450 e online pelo Facebook, Youtube e site oficial da Câmara.

 A população também poderá participar de forma online, por meio do link da plataforma do Zoom abaixo:

https://us06web.zoom.us/j/87343121013?pwd=WXdvVXQ3TVZxODJIZXlabnZRTlVQUT09

Publicado em Política

SÃO CARLOS/SP - A Copa São Paulo de Futebol Júnior vai ter mais uma disputa em São Carlos nesta quarta-feira (12/01), a partir das 18h, no Estádio Luís Augusto de Oliveira (Luisão). A disputa será entre Falcon/SE X Velo Clube/SP.

Os torcedores que pretendem assistir esse jogo precisam fazer o agendamento no site da Prefeitura de São Carlos no http://agendamento.saocarlos.sp.gov.br/agendamentoCopinha.php para a retirada dos ingressos. Todos precisam cumprir os protocolos sanitários, como uso de máscaras e apresentar o comprovante de vacinação com duas doses da vacina ou teste PCR realizado com 48 horas antes da partida.

Considerada o maior torneio de base do país, disputado desde 1969, a Copinha reúne esse ano 128 equipes dos 26 estados e do Distrito Federal, que jogam em 32 sedes, distribuídas por 30 cidades paulistas. A competição vai até dia 25 de janeiro, aniversário da capital paulista. A final faz parte das festividades da data. Segundo a FPF estão participando dessa edição da Copinha mais de 3 mil atletas.

São Carlos abriga o Grupo 11 com a participação do Grêmio São-Carlense, São Carlos FC, América FC/MG e Falcon/SE. Como os dois times da cidade não se classificaram para essa etapa, permanecem na disputa o time de Minas e do Sergipe.

Publicado em Esportes

SÃO CARLOS/SP - São Carlos registra mais um óbito por COVID-19, totalizando 547 mortes pela a doença no município. O óbito é de um homem de 70 anos, internado em hospital público desde 23/12/2021, com comorbidades. O paciente já tinha recebido as duas doses da vacina contra a COVID-19.

INTERNAÇÃO - Nesta terça-feira (11/01) 10 pessoas estão internadas em leitos de UTI/SUS Adulto para COVID-19, sendo 6 positivas para doença, 2 com suspeita e 2 negativas para COVID-19. Na enfermaria SUS infantil 8 crianças estão internadas, porém 6 negativaram para COVID-19 e 2 estão com a doença. Na UTI/SUS Pediátrica 2 crianças com resultado negativo para o coronavírus permanecem internadas.

Publicado em Coronavírus

SÃO CARLOS/SP - Três jovens, sendo de 16, 17 e 18 anos foram detidos pela Guarda Municipal na noite de ontem, 10, na Rua Rubens de Abreu Sampaio, cruzamento com a Rua José Quatrochi, no bairro Santa Felícia, em São Carlos.

De acordo com informações, os GMs realizavam patrulhamento, quando avistaram os jovens em atitude suspeita e assim foram abordados.

Em revista corporal nada de ilícito foi encontrado, mas como o local já é conhecido nos meios das autoridades, nas proximidades foi localizado 89 pinos de cocaína e uma maquininha de cartão de crédito e débito.

Diante de tudo, o trio foi conduzido à Central de Polícia Judiciária, onde o joven de 17 anos confessou que realizava o tráfico na região.

Os averiguados foram liberados e os objetos apreendidos.

Publicado em Policial

BRASÍLIA/DF - Cerca de 22 milhões de brasileiros recebem, neste ano, o abono salarial, com valor total de mais de R$ 20 bilhões, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência.

Trabalhadores do setor privado, inscritos no PIS, receberão o abono salarial deste ano no período de 8 de fevereiro a 31 de março, pela Caixa. Para servidores públicos, militares e empregados de estatais, inscritos no Pasep, o pagamento vai de 15 de fevereiro a 24 de março, pelo Banco do Brasil.

Tradicionalmente, o abono salarial é pago ao longo do ano seguinte ao trabalhado ao longo de 12 meses, com cada lote correspondendo ao mês de nascimento do empregado. Agora, o pagamento será feito em apenas dois meses.

Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, historicamente, tanto a identificação quanto o pagamento dos beneficiários eram feitas pelos bancos públicos federais, o que foi questionado por órgãos de controle que recomendaram a separação das atividades. Outra recomendação é que os pagamentos ocorressem num mesmo ano.

“Buscando atender a recomendação dos órgãos de controle, o governo federal internalizou no Ministério a identificação e passou a ter em tempo real e online o controle integral da política do abono salarial, desde a recepção dos dados transmitidos pelos empregadores, até o processo de identificação e pagamento”, explicou o ministério.

Pagamento

Trabalhadores da iniciativa privada com conta corrente ou poupança na Caixa receberão o crédito automaticamente no banco, de acordo com o mês de seu nascimento.

Os demais beneficiários receberão os valores por meio da poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, também de acordo com o calendário de pagamento escalonado por mês de nascimento.

O pagamento do abono do Pasep ocorre via crédito em conta para quem é correntista ou tem poupança no Banco do Brasil. O trabalhador que não é correntista do BB pode efetuar a transferência via TED para conta de sua titularidade via terminais de autoatendimento e portal www.bb.com.br/pasep ou no guichê de caixa das agências, mediante apresentação de documento oficial de identidade.

Confira abaixo as datas de pagamento:

Trabalhadores da iniciativa privada que recebem pela Caixa Econômica Federal

Mês de nascimento Data do pagamento
Janeiro 8 de fevereiro
Fevereiro 10 de fevereiro
Março 15 de fevereiro
Abril 17 de fevereiro
Maio 22 de fevereiro
Junho 24 de fevereiro
Julho 15 de março
Agosto 17 de março
Setembro 22 de março
Outubro 24 de março
Novembro 29 de março
Dezembro 31 de março

Trabalhadores do setor público, que recebem pelo Banco do Brasil

Final da inscrição Data do pagamento
0 15 de fevereiro
1 15 de fevereiro
2 17 de fevereiro
3 17 de fevereiro
4 22 de fevereiro
5 24 de fevereiro
6 15 de março
7 17 de março
8 22 de março
9 24 de março

Quem tem direito

Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS/PASEP há, pelo menos, cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos.

Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

Valor

O valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2020. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 101, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo cheio, de R$ 1.212.

Consulta

De acordo com o ministério, a partir do dia 22 de janeiro, é possível consultar a situação do benefício por meio da Carteira de Trabalho Digital ou no portal Gov.br para saber se tem direito, qual o valor do abono salarial, a data e o respectivo banco de recebimento. A central Alô Trabalhador, telefone 158, também estará disponível para atendimento.

A partir de fevereiro, o trabalhador do setor privado também poderá consultar a situação do benefício e a data de pagamento nos aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem.

No caso dos trabalhadores vinculados ao Pasep, a consultar do saldo é na página Consulte seu Pasep. Há também a opção de ligar para a Central de Atendimento do Banco do Brasil (4004-0001, capitais e regiões metropolitanas, ou 0800 729 0001, interior).

Minas Gerais e Bahia

Os trabalhadores residentes nos estados de Minas Gerais e Bahia, em áreas em situação de emergência, receberão o abono no primeiro dia de pagamento: 8 de fevereiro para o PIS e 15 de fevereiro para o Pasep.

Nessas regiões de emergência, o ministério estima um total de 107 mil trabalhadores que podem receber o abono. Os recursos previstos nessas localidades são da ordem de R$101.992.054,32.

Para ter direito ao benefício antecipado, os empregadores devem possuir domicílio nos municípios declarados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional em emergência por meio da Portaria nº 3.115, de 10 de dezembro de 2021, no Estado de Minas Gerais, e Portaria nº 3.123, de 10 de dezembro de 2021, no Estado da Bahia.

 

 

 

*Colaborou Wellton Máximo.

Por Agência Brasil*

Publicado em Economia

SÃO CARLOS/SP - Uma mulher compareceu à Central de Polícia Judiciária (CPJ), para registrar uma ocorrência de agressão no último domingo (09), na Vila Monteiro, em São Carlos.

Segundo consta, a vítima foi atender o portão onde a suposta agressora teria ido buscar um cachorro que ela estaria escondendo. A vítima disse que não havia cão nenhum em sua casa, foi quando a suposta agressora se revoltou e teria desferido socos na dona de casa e ameaçado de morte.

O caso será investigado.

Publicado em Policial

RIO DE JANEIRO/RJ - William Bonner 58 anos, foi afastado do "JN" após Renata Vasconcellos positivar para Covid-19. Segundo o jornalista, ele aguarda o resultado do teste PCR, mas até então está sem sintomas da doença.

Segundo o colunista Ancelmo Gois, Renata Vasconcellos testou positivo e segue isolada. Por esse motivo, o ex-marido de Fátima Bernardes, aguarda o resultado do teste do PCR.

William Bonner está isolado à espera do PCR

De acordo com o jornalista, o procedimento de afastamento foi feito como uma medida de segurança, mas ele está sem sintomas da doença: “Sintomas: nenhum. Mas, pela segurança de todo mundo, o protocolo é ficar isolado até obter o resultado negativo do P-C-R. Amanhã saberemos. Melhoras, duquesa @renatavasconcellosoficial!”, comentou William em seu Instagram.

Renata Vasconcellos positiva para Covid-19

 

Em seu perfil na rede social, Renata colocou apenas na legenda “vai passar” e recebeu apoio de seguidores e fãs: “Vai sim! obrigada por ser sempre a nossa pontinha de esperança em um futuro melhor. você nem tem a dimensão do quanto tem sido bálsamo em nossas vidas. dias melhores virão!”, disse logo a princípio uma seguidora. “Vai passar sim! Só precisa a gente ter força e muita fé! Que tudo isso vai passar!!”, reforçou uma segunda. “Que passe, e deixe ensinamentos. Negacionismo nunca mais!!!”, disparou ainda uma terceira.

Na segunda, o “Jornal Nacional” foi apresentado por Ana Luiza Guimarães e Hélter Duarte.

 

 

JETSS

Publicado em TV

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda, firma parceria com a Fundação CASA São Carlos para ministrar o curso “Trabalho em Equipe” para os jovens em cumprimento de medidas socioeducativa.

O curso tem como objetivo orientar e preparar o cidadão na busca de um emprego compatível com seus interesses, habilidades, qualificação profissional e competências.

“Nós entendemos a situação de vulnerabilidade social em que se encontram os menores, e realizar uma parceria com objetivo de empregabilidade é além de ampliar os horizontes conhecidos desta juventude, apresentar uma alternativa de realidade à aquela em que eles estão inseridos”, afirmou Murilo Locatti, diretor do Departamento de Trabalho e Emprego para a Juventude.

Para Danieli Fernanda Favoretto Valenti, chefe de Gabinete, respondendo pelo expediente da Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda, “a preparação do menor infrator para enfrentar os desafios do mercado de trabalho pode ser vista como ferramenta de inclusão satisfatória, além de auxiliar no desenvolvimento e na melhoria da autoestima. O preconceito, o medo e a desinformação ainda preponderam sobre a consciência social solidária. As políticas públicas são essenciais para tentar incluir esses jovens em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho”.

A previsão é que o curso tenha início em abril e termine em junho; o programa deve promover habilidades e competências para preparação de currículo, técnica de procura de vagas, saúde pessoal, planejamento financeiro, empreendedorismo, entre outros.

Publicado em Cidadania

Docente do Senac São Carlos orienta sobre como criar um projeto paisagístico e usar elementos naturais para compor o espaço

SÃO CARLOS/SP - O verde das plantas está cada vez mais presente em casas e apartamentos, propiciando aos moradores um clima acolhedor. A constatação é de Camila Postigo dos Santos, docente da área de design de interiores do Senac São Carlos. Isso porque, segundo ela, ao mesmo tempo que preenche espaços e torna a decoração mais interessante, a construção de um jardim pode trazer mais naturalidade à rotina, melhorar a qualidade do ar e favorecer a sensação de bem-estar. E para quem deseja ter um local destinado às plantas e flores, a docente orienta sobre o cultivo e o planejamento de espaços verdes.

Os primeiros passos, conforme indica Camila, são definir o local e o tamanho do jardim, pensar na posição do sol em relação ao terreno, para que as plantas recebam a quantidade adequada de luz natural, pesquisar as melhores espécies para o ambiente, além de entender o pH do solo e a disponibilidade de água. “Os jardins podem servir como espaços de lazer, área de estar ou apenas ser um lugar contemplativo. O importante é definir o que se espera desse ambiente”. A profissional reforça também a importância de saber o que é viável, o que cabe no local e o que condiz com a necessidade de uso.

É preciso ainda escolher as espécies mais adequadas para cada ambiente, compreendendo se elas ficarão em espaços fechados ou ao ar livre. “Não se esqueça que um jardim necessita de cuidados diários para se manter saudável”, pontua a docente do Senac. “E a definição do tamanho do jardim será fundamental, pois, a partir do local disponível, é possível dimensionar a quantidade dos demais insumos (mudas, adubos, ferramentas) e definir como será o projeto paisagístico”.

Camila também explica que, em um lugar onde não há terra ou pouco espaço, os vasos são uma ótima opção. Entretanto, é importante atentar-se para o uso de espécies que sejam adequadas para essa forma de plantio. Uma vantagem da alternativa é que esses recipientes podem ser reposicionados facilmente e são encontrados em diversas cores, tamanhos, formas e texturas.

Outra possibilidade para quem deseja unir a funcionalidade dos vasos com o poder medicinal de algumas espécies é apostar em plantas com qualidades fitoterápicas ou medicinais. “A maioria delas também são usadas em temperos, como o alecrim, manjericão, hortelã, babosa e a melissa, todas com dupla utilidade e que se adaptam bem em vasos”, ressalta.  

 

Aprendizado

           Para quem pretende conhecer mais sobre o assunto e as técnicas de plantio, o Senac São Carlos está com inscrições abertas para os cursos do Senac Online - ao vivo: Horta Orgânica Caseira, entre outros. Para mais informações e inscrições, acesse ao Portal Senac: https://www.sp.senac.br.

 

Serviço:

Senac São Carlos

Local: Rua Episcopal, 700 – centro, São Carlos/SP

Informações: https://www.sp.senac.br/senac-sao-carlos

Publicado em Educação

PORTO ALEGRE/RS - "Catastrófica. Assim o biólogo Júlio César Bicca-Marques, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), qualifica a redução populacional de algumas espécies de macacos silvestres, em consequência dos surtos de febre amarela nas regiões Sudeste e Sul.

Desde 2016, quando começou o atual surto de febre amarela, as populações de bugios (Alouatta spp.), bastante suscetíveis ao vírus causador da doença, sofreram uma redução estimada de 80%. O número de saguis-da-serra (Callithrix flaviceps) e de sauás (Callicebus nigrifrons) encolheu também nessa proporção e o de macacos-pregos (Sapajus spp.) caiu à metade. De micos-leão-dourados (Leontopithecus rosalia), concentrados nas matas do estado do Rio de Janeiro, morreram 30%. As estimativas constam em um artigo publicado em outubro de 2021 na American Journal of Primatology, do qual Bicca-Marques é um dos autores.

A febre amarela foi o tiro de misericórdia para muitas populações de primatas silvestres, que já sofriam com a fragmentação florestal, caça e tráfico, atropelamentos, eletrocussão [morte por descarga elétrica], outras doenças e a concorrência com espécies invasoras, comenta o biólogo Leandro Jerusalinsky, coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O Ministério da Saúde registrou 23 mil mortes de macacos com suspeita de febre amarela de 2014 a 2019; em boa parte dos casos foi confirmada a morte com essa causa, inclusive em espécies ameaçadas de extinção.

Para proteger animais que possam ser transferidos para áreas despovoadas, pesquisadores do Rio de Janeiro estão, pela primeira vez, aplicando a vacina de uso humano contra febre amarela em macacos de espécies suscetíveis ao vírus causador da doença mantidos em cativeiro ou nos de vida livre que podem ser capturados. Até agora, 44 micos-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas), 19 micos-leão-dourados (Leontopithecus rosalia) e micos-leão-pretos, L. chrysopygus) e 11 bugios (Alouatta clamitans, A. discolor e A. caraya) do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ), em Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, receberam o imunizante.

A soroconversão [taxa de produção de anticorpos] é acima de 90%, comemora o veterinário Marcos Freire, assessor científico do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz a vacina. A vacina contra a febre amarela, como as contra sarampo, rubéola, caxumba e poliomielite, é produzida com vírus vivo atenuado, mas, assegura Freire, o risco de causar eventos adversos graves em animais tem se mostrado muito baixo, como com as pessoas.

Agora, os pesquisadores estão definindo a dose ideal para cada espécie de macaco, menor que a usada para as pessoas. A dose fracionada equivalente a 1/5 da completa, aplicada em 2018 durante o surto da doença em seres humanos mostrou-se tão eficaz quanto a inteira. Os resultados do estudo com os bugios do CPRJ estão detalhados em um artigo publicado em fevereiro de 2021 na Journal of Medical Primatology. Os trabalhos com os micos-leão ainda não foram publicados, por causa de atrasos nas análises das amostras de sangue colhidas antes e depois da vacinação.

Por enquanto, para vacinar os bugios e os micos do CRPJ, usamos apenas três frascos de cinco doses humanas cada um, diz o veterinário Alcides Pissinatti, coordenador do CPRJ. Ele pensou em vacinar os animais do Centro em 2016, ao imaginar que a febre amarela poderia chegar ao Rio, já que havia se instalado em Minas Gerais e no Espírito Santo. Sua proposta encontrou resistência inicial de primatologistas e ecólogos, que estranharam a ideia de imunizar animais silvestres. Freire aderiu de imediato.

Obtidas as autorizações iniciais, os primeiros animais vacinados, ainda em 2017, com o propósito de comparar os efeitos de diferentes doses e formulações, foram 44 micos-leão-de-cara-dourada (L. chrysomelas) indevidamente soltos em matas de Niterói, resgatados pela organização não governamental Pri.matas, por não serem originalmente do estado, e levados para o CPRJ. Logo depois começou a mortandade de micos nas matas do Rio, diz Pissinatti.

Em seguida, com base no experimento inicial, 24 micos de três espécies (L. chrysomelas, L. rosalia e L. chrysopugus) receberam uma dose única da vacina atenuada humana diluída. Os resultados mostraram que o uso da vacina era seguro e induzia a produção de anticorpos contra o vírus causador da febre amarela.

Os testes no CPRJ motivaram a ampliação do estudo, que, se bem-sucedido, confirmará o efeito da vacina. Obter as autorizações dos órgãos oficiais, porém, não foi simples porque a vacina de uso humano ainda não havia sido testada em macacos no Brasil e a princípio poderia interferir nas estratégias nacionais de acompanhamento da febre amarela. Fui ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que me mandou para o Ministério do Meio Ambiente, que me mandou para o da Saúde, conta Pissinatti.

Após as aprovações oficiais, em meados deste ano o biólogo Carlos Ruiz-Miranda, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), com sua equipe e colegas da Bio-Manguinhos e da Associação Mico-Leão-Dourado, começou a vacinar os micos-leão-dourados que vivem soltos em fragmentos florestais próximos à Reserva Biológica de Poço das Antas, nos municípios de Silva Jardim e Casimiro de Abreu, na região central do estado do Rio de Janeiro, seguindo os métodos definidos no CPRJ.

De um total previsto de 150 micos da fase experimental, os pesquisadores vacinaram cerca de 120. Em uma avaliação prévia, detectamos a produção de anticorpos em 47 dos 50 animais de que coletamos sangue, diz Ruiz-Miranda. Não temos nenhuma evidência de efeito negativo da vacina.

Os micos são capturados com relativa facilidade: são pequenos, com comprimento de até 30 centímetros (cm) e peso próximo a 800 gramas, e gostam de bananas, usadas para atraí-los. Os animais vacinados recebem também um microchip e uma tatuagem em forma de V na face interna de uma das coxas para serem acompanhados, depois de devolvidos à natureza.

 

Em Santa Catarina

A biomédica Zelinda Hirano conseguiu em dezembro as autorizações e pretende começar em fevereiro de 2022 a vacinação de 44 bugios-ruivos do Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial (Cepesbi)? Projeto Bugio, do qual ela é fundadora e coordenadora voluntária, em Indaial, Santa Catarina. Diferentemente dos micos de Poço das Antas, esses estão em cativeiro.

Em 2019, a febre amarela chegou a Santa Catarina. Um dos macacos do Cepesbi foi infectado e morreu, justificando a vacinação dos moradores das áreas próximas. Para evitar outras mortes, Hirano instalou telas nos recintos dos macacos para impedir a entrada dos mosquitos transmissores do vírus. Segundo ela, os animais se incomodaram com a temperatura mais alta e a dificuldade em ver o exterior, mas nenhum se infectou. O vírus, porém, circulou pela região. A Secretaria Estadual de Saúde registrou 137 macacos mortos em 2021 por causa da febre amarela, que infectou também oito pessoas, das quais três morreram; nenhuma tinha se vacinado.

Em março de 2021, eliminada a proibição de expedições imposta pela pandemia, Hirano voltou à mata de 40 hectares próxima ao Cepesbi (1 hectare corresponde a 10 mil m2). Ali viviam 57 bugios, em cinco grupos. Alguns eu conhecia havia 30 anos. Chorei muito quando vi que só tinham restado três, de um dos grupos.

Os bugios mantidos em cativeiro que serão vacinados poderiam eventualmente repor os de populações que colapsaram. Vamos ter de estudar muito para definir quando, onde e como soltar os animais vacinados, frisa Hirano. Temos de considerar também a variação cromossômica entre as populações de bugios da Mata Atlântica. Não podemos misturar os grupos aleatoriamente. Seu plano converge com a orientação definida pelo CPB em setembro de 2021, após três meses de debates com especialistas de instituições de pesquisa, recomendando a vacinação de bugios a serem utilizados para repovoamento.

Além dessa recomendação, alinhada com os planos de ação nacional para conservação de espécies ameaçadas, há outros critérios a serem seguidos para levar um animal de um lugar para outro. Para aumentar as chances de sucesso, é fundamental saber a origem dos animais, assegurar que tenham boa saúde, conhecer o comportamento deles, considerar que se trata de animais sociais, que vivem em grupos, e ter um bom diagnóstico sobre a área onde será realizada a liberação, diz Jerusalinsky. Nos anos 1980, lembra ele, as primeiras tentativas de repovoar matas com micos-leoões-dourados não deram certo porque os animais tinham vivido em cativeiro e não sabiam como se virar na mata. A saída foi misturá-los com animais que viviam soltos e os ensinaram a procurar alimentos e a sobreviver na natureza.

Os bugios de vida livre, que servem como sentinelas da febre amarela, não serão vacinados, mas as populações remanescentes ganharão o reforço dos animais vacinados em cativeiro, ressalta Pissinatti. Quando o vírus causador dessa doença chega a uma região, os animais dessa espécie infectados pelos mosquitos que carregam o vírus morrem rapidamente, motivando as equipes de vigilância epidemiológica a iniciarem campanhas de vacinação dos moradores de áreas próximas.

O veterinário e epidemiologista Adriano Pinter, pesquisador da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), que não participa desses trabalhos, sugere: Talvez fosse possível vacinar os animais de parques públicos, como o Horto Florestal ou o Parque Fontes do Ipiranga, em São Paulo. Seria uma forma de diminuir o risco de urbanização da febre amarela, em locais onde os bugios poderiam ser picados por mosquitos urbanos, potenciais transmissores do vírus. Por enquanto os surtos têm sido de febre amarela silvestre, transmitida por mosquitos diferentes dos envolvidos na febre amarela urbana, registrada pela última vez no Brasil na década de 1940.

De imediato, uma equipe da Divisão da Fauna Silvestre (DFS) da prefeitura de São Paulo, em conjunto com colegas do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) e da Sucen, se prepara para vacinar 34 bugios-ruivos mantidos no Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres (CeMaCAS), instalado no Parque Anhanguera, na zona norte da cidade, no primeiro semestre do próximo ano, seguindo os métodos estabelecidos pelo CPRJ e pela Fiocruz. Depois da vacinação, pretendemos começar a repor as populações perdidas, como as da Cantareira e do Horto, diz o veterinário Marcello Schiavo Nardi, da DFS.

 

Os bugios da Tijuca

Diferentemente dos micos, é difícil capturar bugios de vida livre, o primeiro passo para vaciná-los. Bugios são macacões, com 45 a 60 cm de comprimento e de 4 a 7 quilogramas (kg) de peso. Comem folhas (e não banana), vivem entre 20 e 30 metros (m) de altura, no alto das árvores, e raramente descem.

Em 2017, o biólogo Marcelo Rheingantz, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), participou da captura de um bugio no Parque Nacional da Tijuca, de 4 mil hectares, na cidade do Rio de Janeiro. A pata do animal estava machucada por causa de um radiotransmissor que os pesquisadores haviam instalado no ano anterior e precisava ser retirado. Os pesquisadores gastaram cerca de 20 dardos com anestésico até acertar o bicho. Depois de acertar temos meia hora, mas o bicho pode ficar dependurado pelo rabo ou cair e se machucar. Se cair, temos de ampará-lo com uma rede, ele conta. Capturado após 10 dias de perseguição, o animal foi tratado e voltou para a vida livre.

Em 2014, Rheingantz coordenou a liberação de quatro bugios (dois machos e duas fêmeas) no Parque Nacional da Tijuca, como detalhado em um artigo de outubro de 2017 na Perspectives in Ecology and Conservation. Ali, o último avistamento de um deles tinha sido feito pelo naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882) ao visitar o Rio de Janeiro, em 1832, durante sua viagem ao redor do mundo.

Esperávamos que os bugios ficassem juntos, mas eles se separaram logo após a soltura, ele conta. Depois, uma das fêmeas morreu e outra se juntou a um macho e teve cinco filhotes. Para reforçar a população de macacos dessa espécie no Parque da Tijuca, ele pretende soltar mais sete animais do CPRJ (seis fêmeas e um macho), após serem vacinados. O ideal seria ter lá pelo menos 10 grupos sociais, com um total de 50 adultos, para evitar cruzamentos na mesma família e ter uma boa diversidade genética.

Segundo Rheingantz, soltar animais vacinados ou vaciná-los em campo pode ser também uma estratégia para recuperar as populações de espécies ameaçadas de extinção. Uma delas é o mico-leão-dourado, que passou de 200 indivíduos na década de 1970 para cerca de 3.600 com os esforços de conservação, mas caiu para estimados 2.400 após os surtos de febre amarela. Uma das dificuldades para recuperar as populações de macacos é que, mesmo vacinando animais em cativeiro e, quando possível, os que vivem soltos, os filhotes não nascem com os anticorpos contra o vírus da febre amarela.

No Rio Grande do Sul, surtos de febre amarela em 2001, de 2007 a 2009 e em 2019 causaram a morte de milhares de macacos. Matas onde antes ouvíamos bugios silenciaram, diz Bicca-Marques. Em vista da redução populacional, o bugio-ruivo foi classificado como vulnerável na lista de espécies ameaçadas do Ministério do Meio Ambiente. Nas matas de Florianópolis, já é considerado extinto.

 

Artigos científicos

BERTHET, M. et al. Dramatic decline in a titi monkey population after the 2016–2018 sylvatic yellow fever outbreak in Brazil. American Journal of Primatology. v. 83, n. 12, e23335.

FERNANDES, A. T. da S. et al. Safety and immunogenicity of 17DD attenuated yellow fever vaccine in howler monkeys (Alouatta spp.). Journal of Medical Primatology. v. 40, n. 1, p. 36-45. fev. 2021.

FERNANDEZ, F. A. S. et al. Rewilding the Atlantic Forest: Restoring the fauna and ecological interactions of a protected area. Perspectives in Ecology and Conservation. v. 15, n. 4, p. 308-14. out. 2017.

Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa Fapesp de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original.

 

 

*Por Carlos Fioravanti em Pesquisa Fapesp

Publicado em Natureza

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