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Pesquisa foi publicada na Scientific Reports, da Nature, e ressalta importância de conservação de espécie única

 

SÃO CARLOS/SP - Machos de libélulas mais coloridos atraem mais fêmeas, independentemente do tamanho, mas também atraem machos rivais. Essa foi uma das conclusões de pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que investigou libélulas da espécie Mnesarete pudica, exclusiva da América do Sul, e única por sua cor e comportamento. O estudo foi publicado pela Scientific Reports, da Nature.  
De acordo com os pesquisadores, as cores das asas têm diversas funções, "como atrair as fêmeas para o território e cortejá-las durante uma dança, lutando contra outros machos; as fêmeas, então, avaliam a cor do oponente para decidir quem vai vencer a luta", explica Rhainer Guillermo Nascimento Ferreira, docente do Departamento de Hidrobiologia (DHb) da UFSCar, um dos autores do artigo, juntamente com Paloma Pena-Firme, aluna de Ciências Biológicas da Universidade.
"A pesquisa foi feita em campo, observando o comportamento dos animais - 120 machos foram observados por 15 minutos cada", explica Ferreira. A partir disso, os pesquisadores observaram que os machos mais coloridos atraíam mais fêmeas, independentemente do tamanho; no entanto, quanto mais fêmeas atraídas para o território, mais machos rivais se aproximavam. "Essa espécie de libélula exibe um comportamento chamado de 'lek', no qual os machos defendem arenas de exibição onde ficam se mostrando para as fêmeas; elas, por sua vez, escolhem o macho de acordo com a coloração das asas", detalha o docente.
Segundo relatado no artigo, o comportamento de "lek", em geral, consiste em ações de cortejo extravagantes por parte do macho tais como exibição do corpo, emissão de feromônios e sinais acústicos para atrair as fêmeas. Os machos da libélula Mnesarete pudica são famosos por sua coloração única de asa e seus rituais de luta e acasalamento. Essas espécies, que vivem próximas a fontes de água, costumam realizar longas exibições aéreas contra machos rivais, voando em círculos ou em disputas face a face. Os machos também fazem complexas exibições de cortejo, mostrando suas asas coloridas às fêmeas.
De acordo com o professor da UFSCar, estudos dessa natureza são importantes para chamar a atenção para a conservação dessas espécies, que possuem comportamentos únicos. "Esse bicho é único no nosso País, com comportamentos muito complexos e belos", salienta. Esses estudos também contribuem para a compreensão de como os animais se reproduzem e como se comunicam, possibilitando entender como esses mecanismos de comunicação dentro de uma espécie evoluíram. "Com isso, podemos  entender, por exemplo, o nosso próprio comportamento e a sua evolução", defende.
O pesquisador destaca, também, a importância da conservação do meio em que vivem essas libélulas. "Alterações no ambiente podem afetar essas espécies, principalmente o desmatamento, que pode, por exemplo, extinguir os poleiros que os machos usam pra se exibir para as fêmeas ou poluir a água onde as larvas vivem", afirma.
O estudo contou com apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e foi desenvolvido no âmbito do Laboratório de Estudos Ecológicos em Etologia e Evolução (Lestes), vinculado ao DHb da UFSCar.
O artigo "Females of the red damselfly Mnesarete pudica are attracted to more ornamented males and attract rival males" pode ser acessado na íntegra no site https://go.nature.com/35l717s.

Sobre o Lestes
O Laboratório de Estudos Ecológicos em Etologia e Evolução (Lestes) tem como objetivo compreender como os processos evolutivos e ecológicos interagem para criar e manter os padrões de biodiversidade. Para atingir esse objetivo, integra diversas áreas do conhecimento, sempre visando à capacitação e integração dos estudantes em Biologia, Zoologia e Comportamento Animal.
As publicações, projetos em andamento e mais informações sobre o Lestes podem ser acessadas no site www.lestes.ufscar.br.

Quarta edição de projeto acontece em novembro no Loteamento Habitacional São Carlos I

 

SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), por meio do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm), em parceria com o Rotary Club de São Carlos - Pinhal (RCSCP) e RPS Engenharia, está realizando mais um projeto de plantio para arborização de espaços públicos em São Carlos. Nesta edição, serão plantadas 100 mudas de espécies nativas, incluindo frutíferas, no Loteamento Habitacional São Carlos I, próximo ao Campus II da Universidade de São Paulo (USP).
O local foi indicado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação de São Carlos, que também é parceira no projeto. Esta edição ganhou a participação especial da construtora RPS Engenharia, que irá executar benfeitorias no local, entre elas, o calçamento de um caminho de terra já utilizado pela população, facilitando a circulação nos dias de chuva.
A iniciativa é vinculada ao projeto de extensão "Valorização de espaços verdes públicos urbanos: integração universidade e sociedade", coordenado pelas professoras Andréa Lúcia Teixeira de Souza e Renata Bovo Peres, ambas do DCAm, com a participação dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm) da Universidade, Gustavo Galetti e Pedro Henrique Godoy Fernandes. Na ação, a UFSCar é responsável pela elaboração do projeto técnico, seleção das espécies a serem plantadas, crescimento das mudas e, também, divulgação. Já o Rotary Club é responsável pela aquisição das mudas, solicitação e obtenção da autorização junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, captação de recursos, contratação da mão-de-obra para execução do projeto - incluindo  adubação do solo, coroamento das mudas para evitar competição com gramíneas, combate a formigas, plantio e manutenção da área pós-plantio.
Esta é a quarta edição do projeto de arborização das áreas verdes públicas de São Carlos. A primeira foi realizada em 2017, com a ação "Praça das Mães e das Mulheres" (na Praça João Paulo II - em frente à pista de skate do bairro Santa Felícia); em 2018, foi realizado plantio com o projeto "Praça dos Pais e dos Filhos" (próxima ao Shopping Iguatemi). A terceira edição ocorreu em 2019, com a inauguração da "Praça dos Advogados", no Jardim Araucária, em parceria com a Associação dos Moradores do bairro (Amja) e a Subseção de São Carlos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ao todo, as quatro edições somam 450 árvores plantadas, com manutenção posterior.

Captação de recursos
Até agora, para esta edição, os parceiros conseguiram captar recursos para o plantio e melhorias de estrutura no local, mas estão buscando outros patrocinadores - que terão suas marcas associadas ao projeto - para ajudar nos custos de manutenção do plantio pelo período de dois anos. Pessoas e empresas interessadas em participar podem entrar em contato com o rotariano Celso Rizzo, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo WhatsApp (16) 99101-2384.
O plantio acontece no dia 24 de novembro, e contará com a presença do Governador do Distrito 4540 do Rotary Internacional, José Francisco Rodrigues Filho, por ocasião de sua visita ao RCSC - Pinhal. A data também segue a indicação técnica da UFSCar, por ser no período de chuvas, favorecendo o desenvolvimento das mudas. A inauguração, no entanto, ainda será marcada pelos parceiros, e deverá contar com food trucks e apresentação musical, em evento aberto ao público.

Documento integra Hospital à rede municipal de atenção à saúde e amplia oferta de atendimento à população

 

SÃO CARLOS/SP - Foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo e do Município de São Carlos, no dia 31 de outubro, o 2º termo Aditivo do Contrato firmado entre a Prefeitura Municipal de São Carlos e o Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, (HU-UFSCar/Esberh), que prevê a integração do Hospital à rede de atenção à saúde, deixando claro quais são as metas quantitativas e qualitativas a serem cumpridas pelo Hospital nos eixos de ensino, assistência, gestão e avaliação, e quais os valores a serem repassados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para execução das metas pactuadas. 
As metas do documento são definidas de acordo com a capacidade instalada e operacional e vão ao encontro das necessidades identificadas e acordadas entre as partes. "Os serviços assistenciais ofertados pelo HU-UFSCar estão em ampliação gradativa desde 2017 e as ampliações realizadas no Ambulatório de Especialidades, Setor de Apoio Diagnóstico e Internação Hospitalar desde então ainda não estavam contempladas no Documento de Contratualização entre o Hospital e a Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos", afirma Valéria Gabassa, Gerente de Atenção à Saúde do HU-UFSCar. 
O documento assinado prevê a prestação de serviço de média complexidade ambulatorial e hospitalar e exames de alta complexidade, no valor de R$ 804 mil mensais. "Os novos serviços contemplam a ampliação do número e variedade de consultas em especialidades médicas do Ambulatório e dos exames de apoio diagnóstico, além do número de leitos para internações hospitalares. No caso das consultas em especialidades, o Hospital dobrou a oferta anteriormente contratualizada. Entre os novos exames estão, por exemplo, as endoscopias, ecocardiografias, angiotomografias e ecocardiografias fetais. Esses dois últimos exames não possuem número de procedimento na tabela SUS, ou seja, nunca foram cobertos pelo sistema de saúde público, privando a população de acesso a eles aqui no Município", destaca Gabassa. 
"Esse passo é importante para ambas as partes, o reajuste de valor não ocorria desde 2016", afirma Ângela Leal, Superintendente do HU, que antecipa a próxima etapa: "já está sendo gestado o 3º Termo Aditivo deste contrato, que incluirá os procedimentos cirúrgicos e atendimento em UTI", conclui.

Inscrições devem ser feitas a partir de hoje, 9 de novembro

 

SÃO CARLOS/SP - A partir de hoje, dia 9 de novembro, o Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas em processo seletivo para ingresso no curso de doutorado, com início em 2021. Estão sendo oferecidas 24 vagas, distribuídas em três linhas de pesquisa: Análise comportamental da cognição; Processos cognitivos e sociais; e Neurociência comportamental e cognitiva.
As inscrições devem ser feitas até o dia 8 de dezembro, exclusivamente pela Internet, por meio do envio de documentação digitalizada e preenchimento de formulário, itens disponíveis no edital, que consta no site do Programa (https://ppgpsi-ufscar.com.br). A taxa é de R$ 50. O processo seletivo é composto por duas etapas eliminatórias: avaliação do projeto de pesquisa e defesa oral do projeto. Mais informações sobre o processo seletivo, como cronograma completo, normas para elaboração do projeto e critérios de seleção estão em https://ppgpsi-ufscar.com.br.
O Programa, criado em 2008, recebeu conceito 6 na última avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); é considerado, portanto, de excelência. Tem área de concentração em Comportamento e Cognição, que representa a tradição de pesquisa desenvolvida por seus docentes, voltada para a produção de conhecimento sobre processos comportamentais básicos (entre eles processos cognitivos e sociais), o desenvolvimento de tecnologia de análise e avaliação desses processos e, também, para a aplicação de conhecimento à solução de problemas sociais.
Sustentada pelos referenciais da Análise do Comportamento e da Ciência Cognitiva, a pesquisa nessa área emprega preferencialmente o método experimental e métodos descritivo-quantitativos, com ênfase na observação direta do comportamento em situações naturais e controladas.

Foi elaborado coletivamente por profissionais de arquitetura e engenharia no período de agosto de 2019 a outubro de 2020.

 

SÃO CARLOS/SP - O Primeiro Código de Obras e Edificações da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foi aprovado pelo Conselho de Administração (CoAd) da Instituição. Sua elaboração se deu, de modo coletivo, por profissionais de arquitetura e engenharia das Secretarias-Gerais de Gestão do Espaço Físico (SeGEF), de Gestão Ambiental e Sustentabilidade (SGAS), de Informática (SIn), das Prefeituras Universitárias (PUs) dos 4 campi e da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Universidade (FAI.UFSCar). A elaboração ocorreu de agosto de 2019 a outubro de 2020.

"Este Código é um marco regulatório do setor de projetos e obras da UFSCar, uma vez que nunca tivemos este tipo de documento. O que propomos com este código é disciplinar, de modo técnico, todas as ações e procedimentos que precisamos ter para projetar, solicitar, autorizar, aprovar edificações, projetos urbanísticos e de infraestrutura física", explica o Prof. Dr. José da Costa Marques Neto, Secretário-Geral de Gestão do Espaço Físico da Universidade.

Elaboração - A Comissão responsável, designada pela Reitoria, dividiu-se em grupos temáticos focados, principalmente, em mapear os seguintes aspectos:

1. Atores Principais;
2. Solicitação, autorização e aprovação de projetos;
3. Fiscalização de obra;
4. Uso e ocupação do solo;
5. Penalidades.

Para a Reitora da UFSCar, Profa. Dra. Wanda Hoffmann, a elaboração deste Código é um grande avanço para a Universidade. "Com cerca de 30 mil pessoas nos 4 campi, a UFSCar tem questões complexas assim como municípios. Temos laboratórios, edifícios com distintas finalidades e campi com diferentes cursos e necessidades, então este Código de Obras, elaborado por uma equipe técnica e multidisciplinar, é um legado à UFSCar", conclui a Reitora.

Esta normativa irá contemplar as novas obras que venham a ser elaboradas a partir de agora. Acesse o Código de Obras e Edificações da UFSCar na íntegra aqui - encurtador.com.br/prxG7

Mais informações podem ser obtidas junto à SeGEF pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Podem participar pessoas com 18 anos ou mais, por meio de preenchimento de formulário online, até 15 de novembro

 

SÃO CARLOS/SP - O Laboratório de Desenvolvimento Humano e Cognição (LADHECO) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) convida pessoas voluntárias para participar de pesquisa intitulada "Habilidades metacognitivas e o processo da escolha profissional", que está sendo realizada por Emanuelle Foresto, estudante de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi), sob orientação de Patrícia Waltz Schelini, docente do Departamento de Psicologia (DPsi) da Instituição.
O objetivo é investigar e compreender melhor os processos de decisão envolvidos na escolha profissional das pessoas, olhando para vários aspectos que podem estar envolvidos nesses momentos, com destaque para as capacidades metacognitivas.
Podem participar do estudo pessoas com 18 anos ou mais, que se encaixem em algum dos seguintes critérios: estar em processo de uma escolha profissional/carreira pela primeira vez, por exemplo, Ensino Médio ou cursinho; ou ter realizado uma escolha e estar pensando em mudar atualmente - por exemplo, estar cursando algo, mas pensando em trocar de área. A participação consiste no preenchimento de formulários online até o dia 15 de novembro, que estão disponíveis em https://bit.ly/2Xhcmr6, com tempo estimado de 15 a 20 minutos, e o sigilo é assegurado.
De acordo com Foresto, ao colaborar com o estudo, o participante contribui para que a área se desenvolva e ofereça atuações cada vez melhores para esse público. Além disso, o preenchimento dos instrumentos pode suscitar o conhecimento de fatores relacionados ao próprio participante e seu ambiente. Mais informações estão disponíveis em https://bit.ly/2Xhcmr6, e dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail forestoemanuelle@estudante.ufscar.br
Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 15234219.9.0000.5504).

Sebastião da Silva, servidor aposentado da Universidade, reside no local há mais de 30 anos.

 

SÃO CARLOS/SP - Sebastião Samuel da Silva é servidor aposentado da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Há mais de 30 anos que ele e sua família residem em uma casa na própria Universidade, na Área Norte do campus de São Carlos.

Ele é marido de Hilda Silva Abreu, que tem uma paixão especial: suas flores. "Quando eu me mudei para cá, não tinha nenhuma flor. Só aquele pé de jaca e os coqueiros. O resto foi tudo eu e meu filho, que eu já perdi, que plantamos", afirmou ela.

Apesar do zelo pela moradia, a família convivia com a incerteza: E se a Universidade ou a Justiça pedissem para eles se mudarem? Afinal, a área é pública e pertence à UFSCar. Pensando nisso, há alguns meses a Universidade vem se empenhando para regularizar a autorização de moradia da família.

"A forma mais adequada que encontramos foi estabelecer um 'Termo de Cessão de Uso Especial para Fins de Moradia (CUEM)'. Este Termo representa um instrumento de política urbana que regulariza a moradia de interesse social em área pública. Como o Sr. Sebastião e sua família preenchem os requisitos legais, procedemos com a regularização da moradia", contou a Profª. Drª. Luzia Cristina Antoniossi Monteiro, Chefe de Gabinete da Reitoria da UFSCar.

Reconhecimento - Após tantos anos de trabalho pela Universidade, o reconhecimento: "A casa é de vocês. Enquanto vocês e os filhos de vocês estiverem neste mundo, vão poder morar aqui", anunciou a Reitora da UFSCar, Profª. Drª. Wanda Hoffmann, que visitou a família para contar a notícia na última sexta-feira, 30 de outubro. 

Emocionado, Sebastião assinou o Termo de Cessão junto à Reitora. "Pelo reconhecimento da Reitora, tenho uma casa para morar pelo resto da minha vida", completou Sebastião Samuel da Silva.

"O Sebastião foi um grande parceiro nos trabalhos de manutenção do campus. Fico muito feliz com a conquista dele e desejo felicidades à família", finalizou o Engenheiro Alex Elias Carlino, Prefeito do campus de São Carlos da UFSCar, que também trabalhou pela regularização da casa de Sebastião.

Para Hilda, esposa de Sebastião, a emoção veio em dobro: "Nem tenho como agradecer. Se eu tivesse que sair daqui, sairia, fazer o quê? Mas, agora, vou poder viver para sempre aqui, com as minhas árvores e com as minhas plantinhas", finaliza.

Estudo, em parceria com a Unicamp e UFRN, aponta semelhança com doenças atuais que acometem humanos

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), identificou o parasita causador de uma doença óssea crônica - a osteomielite - em ossos de dinossauros saurópodes, do grupo dos Titanossauros, com mais de 80 milhões de anos. A descoberta, inédita no mundo, é importante para o entendimento de doenças similares que acometem a espécie humana ainda hoje e cujos mesmos tipos de parasitas já derrubavam os gigantes do Período Cretáceo.
Os ossos fósseis, que correspondem a restos de dinossauros carnívoros e herbívoros, foram encontrados pela equipe do Laboratório de Paleoecologia e Paleoicnologia, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE) da UFSCar, em diversas incursões a campo, na região de Ibirá (SP). "Desde o ano de 2006, esse material vem sendo incorporado à coleção de Paleontologia do DEBE, para que pudesse ser estudado pelos nossos estudantes e por pesquisadores de diferentes instituições", diz Marcelo Adorna Fernandes, docente do DEBE e coordenador do Laboratório da UFSCar.
A presença do microrganismo que causava a osteomielite nos saurópodes foi identificada e passou por análises sob microscópio, que mostraram a existência de parasitas fossilizados na medula óssea. "Foi algo raro e inusitado, pois nunca antes foram encontrados parasitas em ossos de dinossauros, apenas em insetos preservados no âmbar, resina fóssil, e também em coprólitos, fezes petrificadas", aponta Fernandes sobre o ineditismo do estudo.
A osteomielite identificada no fóssil do saurópode ainda é diagnosticada nos dias de hoje. A doença acomete os seres humanos com infecções provocadas por bactérias ou fungos. "Quando um osso é infectado, esses microrganismos podem chegar até à medula óssea, que inflama e diminui a irrigação sanguínea. Devido a isso, ocorre uma necrose no local afetado", explica o professor. Quando a osteomielite é crônica, a infecção atinge áreas externas ao osso e provoca abscessos, com a formação de feridas e úlceras na pele. De acordo com Adorna, outra doença muito parecida com esta do dinossauro é a Leishmaniose, causada por protozoários flagelados, transmitida pela picada do mosquito palha e que pode se manifestar, no ser humano, de diferentes formas - a cutânea, conhecida como Úlcera de Bauru; e a visceral.
No caso do dinossauro, o docente explica que os parasitas se instalaram na região medular do osso. "No entanto, ainda não conseguimos precisar se a doença crônica se instalou primeiro no dinossauro ou se foi o parasita que abriu caminho para a infecção óssea", completa. Fernandes acrescenta que a doença devia causar muita dor e sofrimento ao dinossauro, que já era velho, provocando úlceras na pele, fístulas e secreção purulenta, "o que lhe dava um aspecto de zumbi, daí o apelido de Dinossauro Zumbi".
Para o pesquisador, a descoberta do parasita em animais do passado é importante para compreender as doenças atuais. "Quando começamos a entender o processo infeccioso no nível microscópico, podemos investigar o desenvolvimento de doenças degenerativas e que acometeram os organismos do passado. Ao se comparar com doenças atuais, até mesmo no nível celular, podemos compreender que o resultado das infecções são os mesmos, pois os processos acontecem da mesma maneira. Então, evolutivamente, a relação entre parasita e hospedeiro parece ser tão antiga quanto os próprios dinossauros", conclui.
A pesquisa foi desenvolvida inicialmente no Laboratório de Paleoecologia e Paleoicnologia do DEBE, por Tito Aureliano, mestrando da Unicamp, pesquisador na UFRN e colaborador do Laboratório da UFSCar, sob coorientação do professor Marcelo Adorna Fernandes, e foi divulgada recentemente em publicação internacional (https://bit.ly/3jHR0we). Os pesquisadores elaboraram um vídeo sobre o estudo, que pode ser acessado no canal do Youtube dos Colecionadores de Ossos (https://bit.ly/3kAbQ1U). Participaram também da pesquisa e do artigo, Carolina Santa Isabel, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da UFSCar; Fresia Ricardi-Branco, orientadora e docente da Unicamp; e Aline Ghilardi, ex pós-doutoranda do PPGERN e atual professora e paleontóloga da UFRN.

Pesquisa vai verificar qualidade de vida, do sono, fadiga e saúde mental em mulheres sadias e com doenças reumatológicas

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa de mestrado desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem por objetivo levantar dados sobre como as mulheres estão enfrentando o período de distanciamento social causado pela pandemia da Covid-19, com avaliação da qualidade de vida e do sono, fadiga e saúde mental, comparando mulheres sadias com aquelas que têm doenças reumatológicas. O estudo é realizado pelo mestrando Gabriel Bernardi, sob orientação de Paula Regina Mendes da Silva Serrão, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar.
De acordo com o pesquisador, o distanciamento social é uma medida de segurança necessária nesse momento da pandemia do novo Coronavírus, mas a queda no convívio social, a diminuição das atividades de lazer e a interrupção de atendimentos em algumas unidades de saúde são fatores que podem gerar queda na qualidade de vida da população em geral. Além disso, o próprio ineditismo da atual pandemia causa, segundo Bernardi, aumento da ansiedade e até um estado depressivo nas pessoas. "Mulheres com doenças reumatológicas - fibromialgia, artrose, artrite, osteoporose, lombalgia, lúpus etc - têm um perfil psicossocial que as tornam ainda mais suscetíveis a terem alterações na qualidade de vida, diante do cenário atual", acrescenta o mestrando.
A principal hipótese do estudo é que existam mudanças provocadas pelo distanciamento social na qualidade de vida, do sono, fadiga e saúde mental tanto de mulheres saudáveis quanto das acometidas por doenças reumatológicas. Considerando isso, a partir da pesquisa será "possível gerar protocolos de saúde para intervir nesses aspectos. Intervenções que busquem amenizar esses efeitos negativos e, após a pandemia, preparar o sistema de saúde a dar enfoque para questões além das físicas", afirma Bernardi quanto à aplicação dos resultados do levantamento.
Para realizar a pesquisa estão sendo convidadas voluntárias, a partir de 18 anos, que tenham, ou não, doenças reumatológicas, de qualquer região do País. As participantes precisam responder a este questionário online (https://bit.ly/34Ppqcq), que leva cerca de 15 minutos, e ficará disponível até março de 2021. Mais informações sobre a pesquisa podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (18) 99797-9515. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 36469420.1.0000.5504).

 

Laboratório a céu aberto, fragmento de Cerrado na Universidade possui alto valor ecológico, educacional e científico

 

SÃO CARLOS/SP - No campus de São Carlos, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) conta uma área de Cerrado em que acontecem atividades de ensino, pesquisa, extensão e lazer. Para garantir a preservação do bioma, a Secretaria Geral de Gestão Ambiental e Sustentabilidade (SGAS) da Universidade solicitou que 47 hectares de Cerrado, bem como seus recursos naturais, não sejam explorados.

A Reitora da UFSCar, Profa. Dra. Wanda Hoffmann, apoiou a solicitação e a inseriu na pauta do Conselho de Administração (CoAd). No dia 23 de outubro, o Conselho votou por preservar  esta área de Cerrado de modo permanente.

"O Cerrado da UFSCar é um laboratório a céu aberto. Nas próximas décadas, este fragmento de Cerrado será um diferencial. Estamos em uma área urbana, no interior do Estado de São Paulo, e temos um fragmento de Cerrado. Para a Universidade, isto se reverte em pesquisas e estudos", apresenta Wanda Hoffmann, Reitora da UFSCar e Presidente do Conselho de Administração. "Com esta preservação permanente do Cerrado, trabalhamos de forma real pela proteção deste importante bioma", finaliza a Reitora.

A equipe da SGAS construiu pareceres técnicos sobre as características da vegetação do local e sua importância para a conservação do Cerrado. "Nesta área são realizadas pesquisas em Botânica, Hidrobiologia, Ecologia, Morfologia, Gestão Ambiental, dentre outras. Ressaltamos a necessidade de proteção deste importante remanescente de vegetação de Cerrado, uma vez que no Estado de São Paulo resta apenas 1% da cobertura original de Cerrado", explica a Dra. Raquel Stucchi Boschi, servidora da SGAS.

Importância ecológica - O Cerrado da UFSCar abriga mais de 167 espécies de plantas. Já foram registradas pelo menos 300 espécies de aves, em torno de 20 mamíferos de médio e grande porte, mais de 20 anfíbios, além de uma grande diversidade de macro invertebrados aquáticos e de plantas, muitas das quais de interesse social para a saúde e alimentação. Como exemplo dos mamíferos, há registros da presença do tamanduá-bandeira, da onça-parda, do lobo-guará e do veado-mateiro.

"A preservação desta área de Cerrado é um exemplo para outras Universidades. Confere à nossa Universidade um 'selo verde' de preocupação ambiental. Além da excelência em tecnologia, pesquisa e ciência, também temos esta preocupação ambiental. É um exemplo tanto em nível nacional quanto internacional", afirma a Profa. Dra. Dalva Matos, do Departamento de Hidrobiologia da UFSCar.

Em apresentação ao Conselho de Administração, a Dra. Roberta Sanches, servidora da SGAS, considerou que "o Cerrado da UFSCar possui alto valor ecológico, científico e educacional. No entanto, está exposto devido à expansão urbana e à proximidade com rodovias. Por esta razão, a Universidade solicita maior proteção à área", completou.

Proteção do Cerrado da UFSCar - De acordo com o Novo Código Florestal (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012), o possuidor de um imóvel pode limitar o uso de sua propriedade a fim de conservar ou recuperar recursos ambientais existentes, procedimento que resulta na classificação da área como de "servidão ambiental".

Este procedimento foi seguido pela UFSCar e, agora, o fragmento de Cerrado da Universidade terá seu uso registrado como de "servidão ambiental".

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