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ALEMANHA - Ruas, praças e bairros divididos da noite para o dia. Famílias separadas. Amigos do outro lado da fronteira. No dia 13 de agosto de 1961, a construção do Muro de Berlim, na Alemanha, surpreendeu a população. O marco divisor entre Alemanha Ocidental e Oriental foi mantido por 28 anos e se tornou símbolo da Guerra Fria.

De um lado, a República Federal da Alemanha, conhecida em português pela sigla RFA, que seguiu o plano de reconstrução do capitalismo norte-americano na Europa Ocidental. Do outro, a República Democrática Alemã, com a sigla RDA, sob influência da União Soviética.

Durante o período pós-Segunda Guerra Mundial, estima-se que 2,7 milhões de alemães deixaram o Leste da Alemanha por motivos políticos, econômicos e pessoais. Para impedir esse êxodo e reafirmar a soberania do governo do lado oriental, a RDA colocou em prática um plano ultrassecreto, chamado de Operação Rosa.

Na madrugada de um domingo, as tropas da RDA fecharam a fronteira e deram início à construção de um muro. Os moradores acordaram com barreiras de arames farpados onde ainda não havia a estrutura de concreto. Pedestres não puderam mais transitar entre os dois lados. A circulação de transporte rodoviário e ferroviário também foi cortada.

Depois de pronto, o Muro de Berlim tinha mais de três metros e meio de altura e mais de 110 quilômetros de extensão. Toda a área era monitorada por guardas, com ordem de atirar em quem tentasse furar o bloqueio.

As pessoas tocam os restos do Muro de Berlim no memorial do muro na Bernauer Strasse, em Berlim, Alemanha.

Memorial do Muro de Berlim na Bernauer Strasse, em Berlim, Alemanha - Fabrizio Bensch/Reuters/Direitos reservados

De acordo com dados do Memorial do Muro de Berlim, desde a construção até a queda, em 1989, pelo menos 140 pessoas foram mortas no local. Além disso, 251 pessoas morreram durante ou após os controles de travessia.

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O que restou do muro hoje é um museu a céu aberto. Ali é possível aprender mais sobre os conflitos que permearam a divisão do país e conhecer as histórias das vítimas, assim como ter acesso a depoimentos de testemunhas oculares.

 

 

*Por Beatriz Evaristo - Repórter da Rádio Nacional

SÃO CARLOS/SP - O vereador Marquinho Amaral protocolou uma moção de congratulação para o pesquisador Dr. Glaucius Oliva, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), que foi eleito vice-presidente da Regional Paulista da Academia Brasileira de Ciências (ABC), no último dia 6 de agosto.

Segundo o vereador, a eleição foi realizada de forma virtual, para a escolha do ocupante do cargo após a morte do professor Oswaldo Luís Alves. O mandato de Oliva, assim como o de toda a diretoria, segue até maio do ano que vem.

Oliva é professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo em São Carlos (IFSC-USP). É coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CIBFar/Cepid) da Fapesp, Doutorado em cristalografia de proteínas pela Universidade de Londres (1988), seus principais interesses de pesquisa estão centrados em biologia estrutural e química medicinal aplicados ao planejamento e desenvolvimento de novos fármacos, com particular ênfase em doenças infecciosas endêmicas brasileiras.

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“O Dr. Glaucius lidera uma equipe de pesquisas com composição multidisciplinar de físicos, biólogos e químicos. Também tem liderado projetos em colaboração com empresas farmacêuticas nacionais. A nova etapa que se inicia será, sem dúvida, de grandes realizações para a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e notadamente para a Ciência Brasileira e o desenvolvimento do país”, declarou Marquinho.

SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta (PL) realizou uma visita na sede do Serviço Integrado de Transporte Sanitário (SITS) a pedido dos servidores públicos daquele setor.

“Gostaria de destacar o esforço de todos os servidores, que, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, realizam um trabalho diferenciado. A saúde de nossa cidade é prioridade do meu mandato, ainda mais nesse cenário pandêmico que estamos passando. Estou protocolando documentos cobrando a secretaria de saúde para melhorar e estruturar do SITS”, disse o vereador.

Ele frisou a situação caótica do prédio onde está instalado o SITS e o estado preocupante de manutenção e conservação dos veículos que compõem a frota que diariamente atende a população.

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“O SITS (Serviço Integrado de Transporte Sanitário) é responsável por realizar o transporte de pacientes de nossa cidade – muito deles, acamados e bastante debilitados – para consultas, cirurgias e exames. A situação caótica das instalações do prédio e principalmente das viaturas me deixou muito preocupado. Há portas quebradas, péssimo estado de conservação e uma demora excessiva para que as ambulâncias sejam consertadas. Temos veículos que esperam meses e meses para receber a manutenção necessária. É inadmissível que isso aconteça. Estarei conversando com o secretário da Saúde, e precisamos encontrar uma solução. Temos que modernizar a frota para atender da melhor forma possível toda população.” disse Bruno Zancheta.

SÃO PAULO/SP -  A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (13) Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB.

A prisão foi solicitada pela PF na quarta (4), pela delegada Denisse Ribeiro, e autorizada por Alexandre de Moraes, do STF. Ele também determinou o cumprimento de busca e apreensão.

A operação ocorre no âmbito da investigação sobre suposta organização criminosa digital voltada a atacar as instituições a fim de abalar a democracia.

Essa apuração foi aberta por Moraes em julho após o procurador-geral da República, Augusto Aras, pedir o arquivamento dos inquéritos dos atos antidemocráticos.

Jefferson foi preso na cidade de Comendador Levy Gasparian (RJ), por volta das 9h10 da manhã.

Moraes assinou o mandado sobre o presidente do PTB sem a manifestação da PGR, que não cumpriu o prazo dado de 24 horas para se posicionar.

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As investigações em andamento na Polícia Federal por ordem do TSE e do STF são obstáculos para Jair Bolsonaro colocar em prática a promessa de diminuir a pressão no enfrentamento com ministros por causa do voto impresso.

 

 

*Por: CAMILA MATTOSO / FOLHA

CABUL - O grupo terrorista talibã tomou, na quinta-feira (12), a estratégica cidade de Ghazni, a 150 quilômetros (km) da capital, Cabul. É a décima capital de província a cair em uma semana, segundo um conselheiro provincial. As autoridades acreditam que a conquista dessa cidade, localizada na estrada principal Cabul-Kandahar, tenha como objetivo tomar a capital afegã.

Posso confirmar que Ghazni caiu esta manhã nas maõs dos talibãs. Eles assumiram o controle de áreas-chave da cidade: o gabinete do governador, a sede da polícia e a prisão", disse à agência France-Presse o chefe do conselho provincial de Ghazni, Nasir Ahmad Faqiri, acrescentando que os combates ainda ocorrem em algumas áreas.

Hoje, o grupo insurgente já controlava toda a cidade e tinha invadido uma prisão e libertado cerca de 400 presidiários, confirmou uma autoridade local. Os talibãs invadiram ainda a sede da polícia de Ghazni e o gabinete do governador.

O ataque começou por volta da meia-noite, com confrontos com as forças de segurança que estavam nas ruas. Segundo a mesma fonte, às 8h (hora local) o grupo terrorista já controlava a maior parte da cidade.

"O comandante da polícia local e o governador estavam desesperados e não tinham outra opção a não ser se render", acrescentou a autoridade. "As pessoas estão se escondendo em suas casas, ninguém está cá fora".

A conquista de Ghazni pelos insurgentes é um duro golpe para o governo afegão, visto que a cidade está numa estrada principal que liga Cabul ao sul do Afeganistão. A invasão da décima cidade ocorre, ainda por cima, dois dias depois de os talibãs terem tomado a cidade-chave de Pul-e-Khumri, a 225 km ao norte da capital, garantindo o controle de um entroncamento rodoviário estratégico que liga Cabul ao norte e ao oeste do país.

O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje que a Alemanha não vai enviar nem mais um centavo para o Afeganistão, caso os talibã tomem por completo o país. Da última vez que o movimento esteve no poder, o regime impôs punições a quem ouvisse música, não usasse barba ou não cumprisse regras religiosas.

Já a Turquia, que gera o aeroporto de Cabul, sugeriu que ele se mantenha em operação e ofereceu mais apoio militar para combater a ofensiva terrorista.

Cabul

Quase um terço das 34 capitais de província do país estão agora sob controle do grupo terrorista. À medida que os talibãs tomam o território, dezenas de milhares de afegãos vão abandonando suas casas. Centenas de pessoas foram mortas ou feridas nas últimas semanas.

Também foram registrados confrontos com civis e forças de segurança afegãs, nesta quinta-feira, em Lashkar Gah, uma das maiores cidades na província de Helmand.

O governo, contudo, acredita que vai conseguir defender e manter Lashkar Gah, embora tenha havido um atentado suicida com carro-bomba ontem contra a sede da polícia regional. Alguns agentes renderam-se aos militantes, outros fugiram para o gabinete do governador, que ainda estava nas mãos das forças do governo, disse Nasima Niazi, um deputado de Helmand.

Embora a capital afegã não tenha sido oficialmente ameaçada, o ritmo diário a que os talibãs tomam o resto do país faz com que as autoridades temam não conseguir defender e impedir a invasão a Cabul.

Analistas norte-americanos consideram que a ofensiva em marcha tem como objetivo cercar a capital, isolando as forças afegãs ao norte, para conquistar a região ou para forçar o governo à rendição. Os EUA temem que Cabul seja tomada em menos de três meses.

Os talibãs lançaram grande ofensiva contra as forças do governo de Cabul no início de maio, após o anúncio da retirada final das forças internacionais do Afeganistão, que deve estar concluída no final deste mês.

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Localizado na Ásia, o Afeganistão faz fronteira com seis países (Paquistão, Tajiquistão, Irã, Turquemenistão, Uzbequistão e China), sendo a paquistanesa a mais extensa, com 2.670 km.

 

 

*Por RTP

SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal de São Carlos realizou na terça-feira (10) mais um encontro virtual do projeto Visite a Câmara Online. Participaram da atividade os alunos do Programa Educação para o Trabalho do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) de São Carlos, com a orientação das professoras Allyne Cristina dos Santos e Carolina de Almeida.

Desde 2009, o Poder Legislativo Municipal realiza o Visite a Câmara, projeto de caráter educativo que promove a visita de grupos às instalações da Casa de Leis como forma de incentivar a participação política dos cidadãos e a divulgação da história são-carlense. Com a pandemia de Covid-19, o projeto presencial teve que ser suspenso, mas foi retomado de forma virtual.

Durante o encontro, funcionários da Câmara apresentaram informações sobre a história do Legislativo Municipal, o funcionamento da Biblioteca Jurídica, a organização das atividades legislativas e a separação de poderes no país. Também foram discutidos assuntos como as funções dos vereadores e como a população pode participar das atividades da Câmara.

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COMO AGENDAR - O agendamento para o Visite a Câmara Online deve ser realizado via e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Qualquer dúvida, entrar em contato com a Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal pelos telefones 3362-2088 ou 3362-2087.

CHILE - O Chile começou, na quarta-feira (11), a administrar vacinas de reforço contra a covid-19 àqueles já imunizados com a CoronaVac, em uma tentativa de garantir o sucesso de uma das campanhas de vacinação em massa mais rápidas do mundo.

O país sul-americano está oferecendo uma dose da AstraZeneca para cidadãos com 86 anos ou mais que tomaram as primeiras vacinas antes de 31 de março.

Filas de cidadãos idosos, ansiosos para a aplicação das vacinas, começaram a se formar nos centros de imunização de bairros da capital, Santiago, em uma fria manhã de inverno.

“Eles chegaram muito cedo, como em um dia de eleição, muito bem vestidos, muito felizes”, disse Rodolfo Carter, prefeito da comuna de La Florida, nos arredores da cidade. "Acho que é um grande sinal de esperança."

A forte campanha do Chile teve mais de 67% de sua população totalmente vacinada, predominantemente com a CoronaVac, da fabricante chinesa Sinovac. Mas as autoridades disseram, na semana passada, que estudos mostraram que uma dose de reforço era necessária para aumentar a imunidade.

"Estudos têm mostrado que em aproximadamente seis meses há uma diminuição (de anticorpos) e é por isso que decidimos dar essa dose de reforço", disse o ministro da Saúde, Enrique Paris, a repórteres.

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O Chile se junta aos Estados Unidos, à Alemanha, França e a Israel ao administrar as doses de reforço, apesar do apelo da Organização Mundial da Saúde para esperar até que mais pessoas no mundo possam receber a primeira dose.

 

 

* Reportagem adicional de Aislinn Laing

Por Reuters*

BRASÍLIA/DF - A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de quarta-feira (11), por 339 votos a 123, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 125/11, que prevê mudanças nas regras eleitorais.  Conforme acordo entre a maior parte dos partidos, foi retirado do texto da relatora, deputada Renata Abreu (Podemos-SP), o uso do distritão puro nas eleições de 2022 para deputados. O tema foi votado como destaque, assim como outros pontos do texto.

O distritão puro prevê a eleição dos candidatos que obtiverem mais votos no pleito, sem levar em conta os votos dados aos partidos, como ocorre no atual sistema proporcional.

Durante a votação, o destaque que retirava o distritão do texto foi aprovado pelos parlamentares por 423 a favor, 35 contra e 4 abstenções. Pelo acordo, haveria a retirada do distritão e a manutenção da volta das coligações partidárias, item que também foi retirado do texto e votado como destaque. Esse item foi aprovado por 333 a favor, 149 contra e 4 abstenções. Para as alterações valerem para as eleições de 2022, a PEC precisa ser aprovada até o início de outubro, ou seja, um ano antes do pleito.

Além do distritão e das coligações partidárias, outros itens da proposta foram votados como destaques, como o artigo que determina que os votos de candidatas mulheres e negras sejam computados em dobro para fins de cálculo da distribuição do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral que ocorrerem entre 2022 e 2030. O destaque foi aprovado pelos parlamentares.

A PEC também prevê, entre outras alterações, o adiamento das eleições em datas próximas a feriados, e a que altera a data de posse do presidente da República que, a partir de 2027, que passaria a ser realizada em 5 de janeiro, e dos governadores e prefeitos, que seriam empossados em 6 de janeiro.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) determinou que a votação de cinco destaques para encerrar o primeiro turno e o segundo turno da PEC ocorrerá nesta quinta-feira (12). A sessão está marcada para as 10h.

Votação de PEC

Por se tratar de Proposta de Emenda à Constituição, o texto precisa ser aprovado por três quintos dos parlamentares, o correspondente a 308 votos favoráveis, em dois turnos de votação. Se aprovado, a matéria segue para o Senado, onde precisa de 49 votos, também em dois turnos.

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Para que as novas normas estejam em vigor nas eleições de 2022, as mudanças têm de ser incorporadas à Constituição até o início de outubro.

 

 

*Por Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - Apesar da derrota da proposta do voto impresso na Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro manteve nesta quarta-feira (11) ataques à Justiça Eleitoral e insinuações sem provas sobre a segurança das eleições brasileiras.

Em conversa com apoiadores horas após a derrota, Bolsonaro disse que deputados que votaram pela PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso não acreditam no trabalho do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e afirmou ainda que o resultado das eleições do ano que vem não será confiável.

"Números redondos: 450 deputados votaram ontem [terça-feira]. Foi dividido, 229 [a favor], 218 [contra], dividido. É sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE. Não acreditam que o resultado ali no final seja confiável", disse o presidente.

"Hoje em dia sinalizamos uma eleição... não é que está dividida. Uma eleição onde não vai se confiar no resultado das apurações", declarou aos seus apoiadores.

Nesta terça (10), dia em que Bolsonaro foi protagonista de um desfile de veículos militares em frente ao Palácio do Planalto, visto como uma forma de pressionar os demais Poderes, a PEC do voto impresso foi derrotada pelo plenário da Câmara.

A proposta foi usada como pretexto para seguidas manifestações golpistas do presidente.

Foram 229 a favor do texto, 218 contra e uma abstenção. Eram necessários ao menos 308 votos dos 513 deputados —60%— para que a proposta de impressão do voto dado pelo eleitor na urna eletrônica fosse adiante. Ou seja, faltaram 79 votos para que a PEC fosse aprovada. Diante do resultado, ela foi arquivada.

Nesta quarta, Bolsonaro voltou a alimentar teorias da conspiração sobre a fragilidade dos sistemas internos do TSE e sobre a existência de um suposto plano para eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "na fraude". As falas do mandatário foram transmitidas por um site bolsonarista.

"O que a gente quer —repito aqui— é uma maneira de a gente comprovar que em quem o João ou a Maria votou, o voto foi para aquela pessoa. Não tem explicação o que estão fazendo."

"Querem na verdade levar, eleger, uma pessoa na fraude. Uma pessoa que há pouco tempo esteve à frente no Executivo e foi uma desgraça o que aconteceu", disse Bolsonaro.

Em outro trecho, Bolsonaro disse estar "feliz com o Parlamento" após o resultado da votação. Ele também afirmou que alguns deputados que foram contra a PEC o fizeram por terem sido "chantageados".

"Quero agradecer à metade do Parlamento que votou favorável ao voto impresso. Parte da outra metade, que votou contra, que entendo que votou chantageada. Uma outra parte que se absteve, não são todos, alguns ali que não votaram com medo de retaliação", disse.

Um dia antes, Bolsonaro acusou o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE e integrante do STF, de "apavorar" parlamentares contra o voto impresso. "O ministro Barroso apavorou alguns parlamentares, e tem parlamentar que deve alguma coisa na Justiça, deve no Supremo. Então o Barroso apavorou."

Já o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) foi na linha contrária da de Bolsonaro. Questionado sobre o voto impresso, ele afirmou que o assunto está "encerrado". "Para mim está encerrado, o Congresso decidiu está decidido", disse, ao chegar ao gabinete da Vice-Presidência, anexo ao Palácio do Planalto.

"Nós não conseguimos o número de votos necessários, minha avaliação era que era difícil conseguir os 308 votos. Apesar de termos a maioria de votos, mas não foi o número necessário para uma mudança."

"Acho que o assunto foi colocado, a própria Justiça Eleitoral acho que ela vai se esforçar para, dentro do processo que existe, dar mais publicidade e transparência. Acho que no final das contas saímos bem disso daí", afirmou.

A análise do mapa da votação que rejeitou a adoção do voto impresso mostra que os dois principais partidos do centrão, PL e PP, foram cruciais para enterrar na Câmara a bandeira de Jair Bolsonaro, também pretexto para seus discursos golpistas.

Apesar de serem aliados do presidente da República, as duas siglas deram apenas 27 votos a favor da medida, um terço de suas bancadas. Outros 36 deputados dessas duas legendas votaram contra e 18 se ausentaram, o que, na prática, contou como voto contrário à PEC.

Ou seja, se PP e PL tivessem se mobilizado totalmente a favor do voto impresso, a medida ficaria bem mais próxima de ser aprovada —em vez dos 79 votos a menos (uma PEC precisa de 308 ou mais votos), faltariam apenas 25.

O PP lidera o centrão e tem a Casa Civil, comandada pelo presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira. A Câmara também é presidida pelo partido, com Arthur Lira (PP-AL), que nesta terça afirmou esperar que esse assunto esteja encerrado entre os deputados.

Nos bastidores, o centrão nunca se envolveu de corpo e alma na defesa do voto impresso, considerando essa uma bandeira dos bolsonaristas radicais. Na reta final da discussão, ainda pesou contra o agravante de Bolsonaro intensificar o discurso contra os Poderes.

Em uma atitude diferente das grandes siglas do centrão, partidos que se opõem a Bolsonaro, mas não integram a esquerda, racharam, apesar do discurso público de seus presidentes contrários ao voto impresso.

Em junho, presidentes de 11 legendas se reuniram e fecharam acordo para votar contra a medida.

Nesta terça, porém, PSDB, MDB e DEM se dividiram. Os tucanos deram 14 votos a favor da medida, mais do que os que votaram contra (12). Cinco se ausentaram, e Aécio Neves (MG) foi o único a se abster, o que, na prática, contou como voto contra.

MDB e DEM deram 28 votos a favor da medida e 33 contra (entre faltosos e votos não). O PSD de Gilberto Kassab pendeu mais para o lado do voto impresso —20 votos a favor da medida e apenas 15 contra (entre votos não e faltosos).

Ao final da votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), agradeceu ao plenário pelo "comportamento democrático de um problema que é tratado por muitos com muita particularidade e com muita segurança".

"A democracia do plenário desta Casa deu uma resposta a esse assunto. E na Câmara eu espero que esse assunto esteja definitivamente enterrado"​, afirmou.

A abstenção registrada foi do deputado Aécio Neves (PSDB), que, em 2014, pediu auditoria no resultado das eleições após perder por estreita margem para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A votação desta terça-feira (10) enterra a proposta que mobilizou a escalada de ataques de Bolsonaro a integrantes do STF e do TSE e que agravou uma crise entre os Poderes.

A tensão foi apimentada com a apresentação de blindados das Forças Armadas em Brasília, vista como tentativa de intimidação no dia de votação da PEC do voto impresso.

Desde antes de assumir, Bolsonaro tem alimentado suspeitas contra as urnas eletrônicas, apesar de jamais ter apresentado qualquer indício concreto de fraude nas eleições.

Baseado nessas falsas suposições, e em um cenário de queda de popularidade e de maus resultados em pesquisas de intenção de voto, já ameaçou diversas vezes a realização da disputa do ano que vem.

Arthur Lira disse ter ouvido de Bolsonaro o compromisso de que respeitaria o resultado do plenário da Câmara —apesar da desconfiança inclusive de aliados do presidente.

A votação ocorreu horas após um desfile militar patrocinado por Bolsonaro, que reuniu na manhã desta terça cerca de 40 veículos, todos da Marinha, entre blindados, caminhões e jipes.

A parada militar passou ao lado da praça dos Três Poderes, onde estão o Palácio do Planalto (sede do Executivo), o Congresso Nacional (Legislativo) e o Supremo Tribunal Federal (Judiciário).

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Interpretado como uma tentativa de demonstração de força do presidente no momento em que aparece acuado e em baixa nas pesquisas, o desfile foi alvo de uma série de críticas do meio político, sendo tratado como mais uma tentativa do Planalto de pressionar outros Poderes e de buscar a politização das Forças Armadas.

 

 

*Por: RICARDO DELLA COLETTA / FOLHA

SANTOS/SP - O governador Geraldo Alckmin admitiu publicamente, pela primeira vez, que vai deixar o PSDB, sigla à qual é filiado desde 1988, para disputar o governo do Estado por outro partido. Em entrevista à TV Tribuna de Santos, no litoral paulista, Alckmin foi questionado sobre a notícia de que deixaria a legenda da qual foi um dos fundadores, conforme antecipado pelo Estadão. "Devo realmente sair. A definição será nas próximas semanas", disse

Em caráter reservado, aliados do governador afirmam que o anúncio oficial será no dia 28 de agosto. Por ora, Alckmin ainda não deve falar sobre seu novo partido, mas o PSD de Gilberto Kassab é o destino mais provável. Alckmin e o ex-governador Marcio França (PSB) estão muito próximos e devem dividir o mesmo palanque no ano que vem, em uma coligação que deve ter o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, como candidato ao Senado.

Fundador do partido - do qual se orgulha de ter a assinatura nº 7 - Alckmin ficou isolado no PSDB quando o governador João Doria que foi seu "afilhado" político, decidiu filiar seu vice, Rodrigo Garcia, ao PSDB para disputar o Palácio dos Bandeirantes enquanto ele planeja disputar a Presidência.

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Interlocutores de Doria tentaram nas últimas semanas abrir um canal de diálogo com Alckmin e sinalizaram que ele poderia disputar o Senado na vaga que hoje é de José Serra. Em um jantar no início de agosto, na capital, tucanos próximos ao ex-governador tentaram convencê-lo a ficar no partido e disputar prévias contra Rodrigo Garcia. O ex-governador, porém, disse aos aliados que não teria como enfrentar a máquina do governo, segundo tucanos ouvidos pela reportagem.

 

 

*Por: R7

*ESTADÃO CONTEÚDO

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