O presidente da Câmara de São Carlos organizou ato na rodovia, lançou um abaixo-assinado online e irá realizar audiência pública no dia 11 de novembro
SÃO CARLOS/SP - Um abaixo-assinado online lançado pelo presidente da Câmara Municipal de São Carlos, vereador Roselei Françoso (MDB), já reuniu mais de duas mil e duzentas assinaturas contra a instalação de uma praça de pedágio no quilômetro 255 da rodovia Washington Luís, no município de Ibaté.
Para assinar, basta entrar no site peticaopublica.com.br e procurar por “Abaixo assinado contra Pedágio na Rodovia SP310 KM 255 – entre os municípios de São Carlos, Ibaté e Araraquara”, ou direto no link, https://peticaopublica.com.br/
A petição pública será encaminhada às autoridades estaduais como forma de protesto de políticos e moradores dos três municípios – Araraquara, Ibaté e São Carlos – que serão mais diretamente afetados pelo novo pedágio, caso ele venha a ser construído, e também pelos demais municípios que formam essa região do Estado.
Desde o dia 21 de outubro, quando a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) realizou a primeira audiência pública e apresentou a possibilidade de construir novas praças de pedágios nas rodovias paulistas, as autoridades municipais dos três municípios se organizaram para protestar.
“Logo no dia 22 falamos com os presidentes das Câmaras de Ibaté e Araraquara e agendamos um importante ato de protesto no dia 26 no km 255 da rodovia”, lembra Roselei. “E no dia 27 estivemos em peso na audiência pública da Artesp ocorrida em Araraquara”, conta.
Para Roselei, o governo do Estado erra ao propor a construção de mais praças de pedágios para a região. “Não tem um político, nem um cidadão favorável a essa proposta absurda, e o abaixo-assinado irá fortalecer essa luta”, explica.
SÃO PAULO/SP - A Comissão Partidária das Prévias do PSDB decidiu ontem que 92 prefeitos e vice-prefeitos de São Paulo não estão aptos a participar do processo de escolha do candidato tucano à Presidência nas eleições de 2022. A impugnação dos nomes, sob alegação de suspeita de fraude, foi feita em outubro por presidentes de diretórios aliados ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. A decisão atinge a base eleitoral do governador paulista, João Doria – ele e Leite são os principais adversários na disputa interna marcada para o dia 21.
Os 92 filiados excluídos das prévias representam pouco menos de 10% dos cerca de mil prefeitos e vices do PSDB – o voto desse grupo tem peso de 25% no colégio eleitoral do partido. As acusações de fraude acirraram ainda mais a disputa interna. Doria e Leite vêm “caçando” apoio nas bases tucanas dos próprios rivais.
O colegiado das prévias definiu, por unanimidade, que todos os 92 nomes indicados foram lançados no sistema do partido com datas de filiação retroativas e, portanto, “destituídas de credibilidade”. “Destes, 44 filiados enviaram esclarecimentos ao Diretório Nacional apresentando declarações e fichas de filiação que não se prestam para fins de comprovação regular da filiação até o dia 31/5/2021 (o prazo-limite)”, disse o colegiado em nota divulgada ontem. Os demais 48 filiados nem sequer apresentaram as informações.
“A comissão entendeu que todos os 92 nomes não estão aptos a participar do Colégio Eleitoral das Prévias e devem ser excluídos automaticamente da lista de eleitores”, disse o comunicado assinado pelo senador José Aníbal (SP), que preside a comissão.
ETIÓPIA - O governo central da Etiópia declarou na terça-feira, 2, estado de emergência nacional, devido aos confrontos na região do Tigré, após forças insurgentes declararem que estão ganhando território e considerando marchar para a capital, Adis Abeba. O anúncio ocorre dois dias depois de o primeiro-ministro Abiy Ahmed pedir que cidadãos peguem em armas para se defenderem da Frente Popular de Libertação do Tigré (FPLT), que luta há um ano contra o governo federal.
O estado de emergência restringe a realização de protestos e proíbe a disseminação de informação ou propaganda de apoio a grupos considerados terroristas, como os rebeldes do Tigré. Além disso, é proibido o porte de armas por pessoas que não estejam autorizadas pelas autoridades nacionais.
Por essa razão, autoridades da capital etíope pediram na manhã desta terça-feira para cidadãos registrarem suas armas e se prepararem para cooperar com forças da segurança para defender suas vizinhanças.
LONDRES - O Reino Unido deu à França nesta segunda-feira 48 horas para recuar em uma disputa sobre pesca que ameaça degenerar em uma crise comercial mais ampla entre duas das maiores economias da Europa, ou enfrentar um processo tortuoso nos termos do acordo comercial do Brexit.
As desavenças pós-Brexit a respeito da pesca culminaram na semana passada na apreensão pela França de um pesqueiro britânico, o Cornelis Gert Jan, em águas francesas perto de Le Havre. A França ameaça adotar sanções a partir de 2 de novembro que poderiam prejudicar o comércio através do Canal da Mancha.
As medidas poderiam incluir verificações alfandegárias e sanitárias adicionas de bens britânicos e a proibição de embarcações do Reino Unido em alguns portos da França.
"Os franceses fazem ameaças completamente insensatas, inclusive às Ilhas do Canal e ao nosso setor pesqueiro, e precisam retirar estas ameaças, ou então usaremos os mecanismos do nosso acordo comercial com a UE (União Europeia) para agir", disse a secretária britânica das Relações Exteriores, Liz Truss, ao canal Sky News.
"Os franceses se comportam injustamente. Isto não está dentro dos termos do acordo comercial. E se alguém se comporta injustamente em um acordo comercial, você tem direito de agir contra eles e buscar algumas medidas compensatórias. E é isto que faremos se os franceses não recuarem", disse Truss.
Indagada sobre o tempo que a França tem para isso, ela disse: "Esta questão precisa ser resolvida nas próximas 48 horas".
O Reino Unido e a França se desentendem há décadas em relação às áreas de pesca ricas nos arredores de seus litorais do norte, mas uma nova crise iniciou-se em setembro depois que os franceses acusaram os britânicos de não disponibilizarem licenças suficientes para barcos de seu país pescarem na zona de 6 a 12 milhas náuticas distante das praias britânicas.
O Reino Unido diz que emitiu licenças para embarcações capazes de provar que pescaram anteriormente em suas águas, uma exigência central dos pescadores britânicos, que temem que os barcos franceses acabem com sua renda.
O presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, debateram a disputa sobre pesca nos bastidores da cúpula do G20 em Roma, mas não conseguiram conciliar as diferenças.
As relações bilaterais se tornam cada vez mais tensas desde que o Reino Unido votou pela desfiliação da União Europeia em 2016. Recentemente, Londres firmou um pacto de segurança firmado pelos britânicos com os Estados Unidos e a Austrália que não ajudou a restabelecer a confiança.
*Por: Guy Faulconbridge e Alistair Smout / REUTERS
SÃO PAULO/SP - O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro retorna ao Brasil na segunda-feira, 1.º, vindo dos Estados Unidos, e já iniciou o movimento para ampliar as conversas políticas sobre sua possível candidatura ao Palácio do Planalto, em 2022, como alternativa da terceira via ao presidente Jair Bolsonaro e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com o fim do contrato de consultoria que tinha com a Alvarez & Marsal, Moro está liberado para atuar politicamente e vai se filiar ao Podemos no próximo dia 10, em Brasília. O convite para a cerimônia já começou a ser distribuído.
"Juntos, podemos construir um Brasil justo para todos", diz o texto, com a foto do ex-ministro, emoldurada por uma bandeira do Brasil. O ato de filiação ocorrerá em grande estilo, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Antes, no entanto, Moro vai se reunir com integrantes de outros grupos que têm simpatia por sua provável candidatura. O primeiro alvo dessas tratativas é o União Brasil, partido que surge com a fusão do DEM e do PSL.
Na ala do antigo PSL estão possíveis aliados de Moro, caso ele decida bater o martelo e concorrer mesmo à Presidência – a outra opção é a disputa por uma vaga ao Senado. Na terça ou quarta-feira, o ex-ministro deve conversar com o deputado Júnior Bozzella (SP), que hoje é vice-presidente do PSL e manterá o posto no União Brasil.
Dirigentes da nova legenda têm dito que pretendem discutir a possibilidade de um projeto próprio ao Planalto e já possuem pelo menos dois pré-candidatos em seus quadros: o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o apresentador José Luiz Datena. Há no União Brasil, porém, um grupo influente que defende o apoio à reeleição de Jair Bolsonaro. Uma outra corrente quer que o partido se junte ao projeto que Moro deverá liderar no Podemos. É justamente essa temperatura que o ex-juiz da Lava Jato vai medir na conversa com Bozzella, da qual também deve participar a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu (SP).
Bozzella tem elogiado Moro, com quem costuma conversar informalmente, e diz que o União Brasil deve colocar no seu radar a possibilidade de apoiá-lo, caso ele confirme sua candidatura. “O momento é de união e despreendimento, de abrir mão dos projetos e vaidades pessoais em prol de uma única bandeira: a do Brasil! Só o esforço de todos nesse sentido será capaz de viabilizar a terceira via”, postou o deputado nas suas redes sociais sobre a reunião que deverá ter com Moro.
Antes da criação do União Brasil, Moro também já vinha conversando com Mandetta, que integra as fileiras do DEM. Os dois e mais o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), jantaram juntos no dia 30 de setembro, em São Paulo, para alinhar um projeto de terceira via. Em caso de vitória nas prévias do PSDB, é improvável que Doria aceite abrir mão de sua candidatura presidencial, o que impediria uma aliança em torno do nome de Moro. Mesmo assim, os três continuam trocando ideias sobre a melhor maneira de romper a polarização entre Lula e Bolsonaro, identificada até agora pelas pesquisas.
Marcelo de Moraes / ESTADÃO
BRASÍLIA/DF - Na quarta-feira, 27, véspera do julgamento em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquivaria, por unanimidade, o pedido de cassação da chapa Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão, o presidente quebrou o silêncio decretado desde que insuflou apoiadores contra juízes da Suprema Corte e criticou a Justiça Eleitoral por levar a cabo o julgamento que poderia tirá-lo do cargo. “A que ponto chegou o TSE? Tem certas coisas que nem tem que colocar em pauta, tem que arquivar”, disse em entrevista à Jovem Pan News.
As ações de investigação que pediam a cassação da chapa presidencial de fato foram arquivadas, mas nos bastidores do TSE ministros trabalham há meses para deixar pronto um segundo capítulo com potencial demolidor para o presidente, capaz de impedi-lo até de ter o mais comezinho dos direitos de um candidato: o de registro de sua candidatura.
A ideia é inflar o inquérito administrativo aberto pelo TSE contra o presidente na época em que ele atacou a higidez das urnas eletrônicas e enxertá-lo com provas que demonstrem que desde já Bolsonaro está atuando ilegalmente em uma pré-campanha eleitoral. Com isso, partidos políticos, o Ministério Público Eleitoral e o próprio TSE, à revelia da equipe do procurador-geral Augusto Aras, considerado complacente com o chefe do Executivo, podem tomar para si as provas de agora e as futuras e trabalhar para que o registro de candidatura de Jair Bolsonaro seja negado.
Uma das hipóteses aventadas pelos magistrados é transformar os autos em inquérito judicial, uma espécie de investigação coordenada pelo TSE nos moldes dos inquéritos tocados pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar ataques aos ministros, e utilizá-los para conter apoiadores mais estridentes do presidente, cortar o financiamento de futuros canais propagadores de fake news e atuar como arma de contenção dos arroubos presidenciais. Integrantes do TSE ouvidos por VEJA sob reserva avaliam que já existem elementos, por exemplo, para questionar a campanha à reeleição por abuso de meios de comunicação, um dos requisitos para cassação ou rejeição de registro, pelo fato de o presidente ter utilizado a TV Brasil, uma emissora pública, para espalhar fake news sobre urnas eletrônicas e realizar atos de campanha antecipada, apresentando personagens como o ministro da Justiça Anderson Torres como potencial candidato em 2022.
Além do caso da TV Brasil, que suspendeu a programação normal para transmitir o que os magistrados avaliam como ato de campanha do presidente, o tribunal quer deixar engatilhadas provas que envolvem o financiamento das motociatas de Bolsonaro, a produção de lives, a desmonetização de canais bolsonaristas que espalham notícias fantasiosas e dão suporte ao ex-capitão e o suposto pagamento de manifestantes em atos como o de Sete de Setembro.
Não foi, portanto, à toa que apesar de não cassado o presidente e o vice no julgamento, o TSE entendeu que existe uma espécie de atalho que pode punir Bolsonaro no ano que vem. Para os ministros, o uso de aplicativos de mensagens com o objetivo de promover disparos em massa, contendo desinformação e mentiras sobre adversários, pode, sim, configurar abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social. “Essa tese é que ficará como legado nosso para conter, reprimir e até tornar inelegíveis quem ultrapassar os limites. Não se irá aguardar a formalização de ações para apurar abusos e crimes. No curso ou na antecedência da eleição, nós iremos reprimir quem vier com ataques ilegais e abusivos”, disse a VEJA um ministro do TSE.
“O TSE firmou posicionamento que certamente balizará o comportamento dos candidatos e partidos para as eleições de 2022”, completa o advogado Rodrigo Pedreira, membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep). O ministro Mauro Campbell, que assume a partir de agora a corregedoria e a relatoria do inquérito administrativo, já avisou a interlocutores que vai manter a postura do seu antecessor, Luis Felipe Salomão, que incomodou o Planalto ao determinar a suspensão de repasses feitos a canais bolsonaristas.
Rafael Moraes Moura / VEJA.com
ROMA - O Brasil sediará o encontro anual de presidentes e primeiros-ministros do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, em 2024. O anúncio foi feito durante a divulgação do documento final da reunião do grupo, que terminou ontem (31) em Roma.
A cidade brasileira para sede do encontro ainda não foi definida. Esta é a primeira vez que o Brasil é escolhido como anfitrião para uma cúpula de líderes do G20 desde a criação do grupo, em 1999. Em 2008, ocorreu um encontro de ministros das Finanças do G20 em São Paulo.
No próximo ano, o encontro de líderes do G20 ocorrerá na ilha de Bali, na Indonésia. Em 2023, a sede será Nova Délhi, na Índia.
Documento final
O documento final do G20 foi assinado por todas as 20 maiores economias do planeta: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.
Neste ano, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, não compareceram ao encontro, mas enviaram representantes.
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - O vereador Azuaite França (Cidadania) protocolou na Câmara Municipal uma moção de repúdio ao posicionamento dos deputados estaduais que votaram favoravelmente à aprovação do projeto de lei que acaba com a meia-entrada em eventos culturais, educativos, esportivos, de lazer e entretenimento. A autoria do projeto é do deputado Arthur do Val (Patriotas).
O projeto de lei No. 300 foi aprovado na última quarta-feira (27) pelo plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O direito à meia-entrada beneficia idosos, pessoas com deficiência, estudantes e professores em salas de cinema, cineclubes, teatros, espetáculos musicais e circenses, eventos educativos, esportivos, de lazer e de entretenimento ou similares promovidos por entidades públicas ou privadas no estado.
Azuaite observa que o direito à meia-entrada para categorias específicas é previsto em leis federais, como o Estatuto do Idoso, que garante o direito a idosos com mais de 60 anos. Outra norma regulamenta a meia-entrada a pessoas com deficiência, estudantes e jovens de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos, além de legislação estadual que garante este direito aos profissionais da educação pública das redes estadual e municipais.
O vereador afirma que a lei do deputado “é inconstitucional por confrontar legislação federal e atenta contra a possibilidade de que os setores sociais contemplados com o benefício do pagamento da meia-entrada possam ter o acesso facilitado a eventos culturais, educativos, esportivos e de lazer”.
“Chega a ser bizarra a artimanha retórica usada pelo deputado ao propor o pagamento da meia-entrada a todas as pessoas com idade entre zero e 99 anos, pois, como ele próprio sugere, bastaria os promotores dos eventos duplicarem o valor cobrado do público em geral, e assim a meia-entrada passaria, automaticamente, a ser o preço padrão cobrado pelas bilheterias”, afirma Azuaite.
Em sua opinião, a proposta impossibilitaria o acesso de um grande contingente de pessoas aos eventos culturais, esportivos e de entretenimento e lazer em todo o estado de São Paulo, “pois os preços dos ingressos nestes eventos aumentariam e, com certeza, este setor da economia seria mais uma vez duramente atingido, como foi do início da pandemia causada pelo Coronavírus até o momento presente”.
Azuaite solicita que a moção seja encaminhada aos deputados estaduais, às lideranças partidárias no Congresso Nacional, ao governador João Dória, às entidades estudantis e aos sindicatos dos profissionais da Educação do Estado e do Município, e aos membros dos Conselhos Estaduais e Municipais do Idoso, da Educação, da Cultura e do Esporte e Lazer.
São Paulo/SP - O governo federal conseguiu ao menos parcialmente liminares judiciais que proíbem eventuais bloqueios da greve dos caminhoneiros, marcada para a segunda-feira, nas rodovias federais de Santa Catarina, de partes do Paraná e das estradas federais que interligam a refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, no Rio Grande do Sul. Os pedidos foram feitos pela Advocacia Geral da União (AGU).
O Tribunal de Justiça de São Paulo também deferiu liminar, solicitada pela CCR Nova Dutra, proibindo o estacionamento no acostamento da rodovia Presidente Dutra e o seu bloqueio pela categoria. A Justiça Federal do Paraná proibiu, em outra decisão, o bloqueio dos trechos da rodovia BR-116 do Paraná e Santa Catarina sob a responsabilidade da concessionária Autopista Planalto Sul, autora do pedido.
As liminares solicitadas pela AGU têm como réus as entidades de caminhoneiros que organizam a paralisação: Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL). Os pedidos judiciais das concessionárias de rodovias citam apenas “pessoas incertas e não conhecidas”.
No Paraná, o juiz federal substituto de plantão Ricardo Cimonetti de Lorenzi Cancelier, atendendo ao pedido da União, determinou multa de R$ 100 milhões à entidade que obstruir ou dificultar a passagem em rodovias federais de Curitiba e outros 28 municípios. O magistrado determinou ainda multa de R$ 2 mil por pessoa na manifestação por hora e autorizou as forças policiais a usar medidas “necessárias, proporcionais e suficientes” ao resguardo da ordem e a solicitar dados pessoais, como CPF, RG, idade, profissão e residência, dos participantes.
Na rodovia Dutra, a juíza Flávia Martins de Carvalho proibiu o estacionamento de veículos destinados à manifestação de caminhoneiros ou a outros protestos organizados por centrais sindicais, órgãos de classe ou movimentos sociais, por toda extensão do trecho sob concessão da CCR, de São Paulo ao Rio de Janeiro, sob multa de R$ 300 mil por dia de descumprimento. A magistrada determinou ainda o distanciamento mínimo de 500 metros de participantes da manifestação das praças de pedágio e que o comando da Polícia Rodoviária Federal seja oficiado para ajudar no cumprimento das medidas.
No Rio Grande do Sul, o juiz federal Ricardo Humberto Silva Borne determinou a “imediata desocupação das rodovias federais ou outros bens da União” que interligam a refinaria Alberto Pasqualini. O magistrado estabeleceu multa de R$ 10 mil por pessoa que participe da manifestação e de R$ 100 mil por entidade caso haja bloqueio das vias. O juiz federal Ivori Luis da Silva Scheffer determinou multa de R$ 5 mil por pessoa e de R$ 100 mil por entidade que organize ou apoie manifestação que bloqueie o trânsito de veículos e pessoas em rodovias federais de Santa Catarina, além de ter autorizado a desobstrução das estradas “com uso de força policial nos limites legais.”
A liminar obtida pela Autopista Planalto Sul, concessionária dos trechos da BR-116 no Paraná e em Santa Catarina, determina que qualquer manifestante que pretenda interditar rodovias seja identificado e intimado a se abster, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A juíza federal Vera Lúcia Feil Ponciano determinou também o envio de ofícios à Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar para cumprimento das medidas.
As liminares se somam a outras já conquistadas pelo governo federal em Goiás e no Porto de Santos. Em Pernambuco, o juiz federal Allan Endry Veras da Silva negou pedidos de liminar da AGU para determinar multas e autorizar o recolhimento de dados pessoais de manifestantes no Estado.
Paralisação está mantida, diz entidade
O presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, disse ao Estadão/Broadcast desconhecer as liminares obtidas pelo governo contra possíveis interdições e ocupações de rodovias durante a paralisação de caminhoneiros marcada para esta segunda-feira, 1º. Segundo Dias, o movimento está mantido.
"No dia primeiro estamos nas pistas e temos de ser ouvidos pelo governo para resolver a nossa situação", afirmou. O CNTRC é uma das entidades que organiza o movimento, junto com a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL).
Cícero Cotrim e Isadora Duarte / ESTADÃO
SÃO CARLOS/SP - O prefeito Airton Garcia e o secretário de Saúde, Marcos Palermo, acompanhados do presidente da Câmara Municipal, Roselei Françoso, dos vereadores Lucão Fernandes, presidente da Comissão de Saúde do Legislativo e Dé Alvim, receberam na manhã de sexta-feira (29/10), no Paço Municipal, o superintendente do Hospital Universitário (HU-UFSCar), Fábio Neves e Valéria Gabassa, Gerente de Atenção à Saúde do hospital.
Na pauta da reunião, solicitada pela Câmara Municipal, o aumento do número de cirurgias eletivas a partir de janeiro de 2022. Em julho desse ano foi assinado um termo aditivo entre o HU-UFSCar e a Prefeitura de São Carlos para a realização de 105 cirurgias eletivas ao mês de pequeno e médio portes. Para a realização dessas cirurgias estão sendo repassadas seis parcelas de R$ 141 mil mensais, totalizando R$ 846 mil. Os recursos são provenientes de emenda parlamentar do deputado federal Celso Russomanno conquistada pelo vereador Malabim no valor de R$ 500 mil, além de recursos do próprio município.
Até dezembro desse ano devem ser realizadas 700 cirurgias no HU, porém hoje a fila para as eletivas ultrapassa 5.500 usuários do SUS. Esse acúmulo se deve a pandemia já que essas cirurgias ficaram suspensas por muito tempo.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Roselei Françoso, disse que a proposta é garantir a ampliação das cirurgias eletivas em São Carlos. “O HU faz, hoje, 105 cirurgias por mês, totalizando 1.200 por ano. Mas há uma capacidade de aumentar esse número para até 6.000 cirurgias ano, o que para nós é fundamental. Mas o hospital mostra que precisa ser algo continuado, não dá para ser mutirão porque envolve servidores de carreira e concursos públicos. Por isso, não há outra forma de executar a não ser através de um planejamento para 2022. E é justamente isso que a direção do HU pede ao município, por isso marcamos essa reunião”, explicou Roselei Françoso.
O superintendente do Hospital Universitário, Fábio Neves, disse que essas cirurgias, hoje, ocupam apenas 20% da capacidade do HU. “A grande limitação é custeio, além da contratação de médicos anestesistas. De modo que essa reunião foi para articular o começo dos encaminhamentos políticos para a conquista de financiamento e atração da mão de obra necessária para o município. A próxima etapa é o ajuste entre as equipes técnicas do hospital e da Secretaria de Saúde para os alinhamentos de quantas, quais e em que meses ocorrerão as cirurgias. Mas, como primeiro passo, foi muito positiva a reunião já que a ideia é dar início à ampliação do volume cirúrgico já no começo do ano que vem”.
Marcos Palermo, secretário municipal de Saúde, afirmou que essa demanda de aumento na quantidade de cirurgias eletivas é antiga em São Carlos. “O município vai ver qual mecanismo legal existe para ajudar nessa contratação de médicos anestesistas para que possamos, também, ajudar o hospital. Nós temos hoje, na cidade, mais de 5.500 pessoas que aguardam algum tipo de cirurgia, como hérnia, vesícula, oftalmologia, enfim. É claro que esse acúmulo também se deve ao fato de que os centros cirúrgicos por um ano e meio ficaram parados por causa da COVID-19, fazendo apenas cirurgias de alta complexidade, de urgência ou emergência”.
O prefeito Airton Garcia disse que o município tem interesse em fazer mais contratualizações com o próprio HU e outros hospitais de São Carlos. “Não podemos deixar que uma cirurgia simples se torne uma cirurgia complexa ou de emergência”.
A regulação da fila de espera das cirurgias é realizada pela Secretaria Municipal de Saúde. O município também tem contratualizadas cirurgias eletivas com a Santa Casa. De janeiro desse ano a 21 de outubro, o hospital já fez 633 cirurgias eletivas.
O secretário de Planejamento e Gestão, Luís Antonio Panone e o chefe de gabinete da Prefeitura, José Pires (Carneirinho) também participaram da reunião.
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