BRASÍLIA/DF - O senador Lasier Martins (Podemos) protocolou, na noite de quarta-feira (21), um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes por crime de responsabilidade.
Ele acusa o ministro do STF de uma série de arbitrariedades no contexto das investigações sobre grupo de empresários bolsonaristas.
Em 23 de agosto, Moraes determinou buscas em endereços de oito empresários bolsonaristas, com base em mensagens golpistas enviadas em um grupo de Whatsapp.
Eles ainda tiveram contas bancárias bloqueadas e contas de redes sociais suspensas.
COREIA DO NORTE - A Coreia do Norte disse, esta quarta-feira de manhã, que nunca forneceu armas ou munições à Rússia, ao contrário do que foi noticiado no final de agosto e corroborado por autoridades militares do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Num comunicado, publicado na agência estatal KCNA, o regime de Pyongyang afirmou que "os Estados Unidos e outras forças hostis falaram de uma 'violação de resolução', espalhando rumores sobre 'acordos de armas' entre a República Popular Democrática da Coreia e a Rússia".
"Nunca exportamos armas ou munições antes e não estamos a planear fazê-lo", reafirmou a agência, citando uma fonte do ministério de Defesa Nacional norte-coreano.
No final de agosto, o New York Times noticiou que Moscovo estava a comprar projéteis e foguetes à Coreia do Norte. Mais tarde, o Ministério da Defesa do Reino Unido confirmou, num dos seus relatórios diários sobre a guerra na Ucrânia, que o Kremlin estava a comprar armas à Coreia do Norte, dada a ausência de armamento e a impossibilidade de comprar a outros países, por causa das sanções impostas pelo Ocidente.
Também o Pentágono declarou, no início de setembro, que a Rússia estava a negociar a compra de milhões de mísseis para usar na Ucrânia.
A Coreia do Norte deixou clara a sua tentativa de deitar por terra as informações avançadas pelos EUA, apelando ao país "que feche a boca" e que "pare de fazer circular tais rumores, que parecem direcionados a danificar a imagem" da Coreia do Norte.
As relações diplomáticas entre a Coreia do Norte e a Rússia mantêm-se próximas, depois de décadas de alianças que começaram quando os dois países eram comunistas e a União Soviética apoiou o regime comunista na península da Coreia. A Coreia do Norte é, além da Síria e da própria Rússia, um dos únicos países a reconhecer a autonomia das autoproclamadas repúblicas separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk, cujo reconhecimento pelo Kremlin ajudou a dar início à invasão na Ucrânia.
Os norte-coreanos também ofereceram enviar 100.000 soldados para combater do lado dos russos.
A guerra na Ucrânia já fez mais de 5.900 mortos entre a população civil ucraniana, segundo contam os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização adverte que o real número de mortos civis poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar mortos em zonas ocupadas ou sitiadas pelos russos - em Mariupol, por exemplo, estima-se que tenham morrido milhares de pessoas.
SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta (PL) esteve em visita ao 38º Batalhão da Polícia Militar de São Carlos, onde participou de reunião com o comandante da Corporação, Capitão PM Gonçalves e com o Sub Tenente PM Douglas.
Na oportunidade, o parlamentar relatou sua preocupação com o crescente número de furtos e homicídios em São Carlos. “Tivemos nos primeiros seis meses do ano mais de 2100 furtos, ou seja, uma média de 350 furtos por mês. Entre homicídios - dolosos e tentativas - foram registrados mais de 40 casos nos seis primeiros meses do ano. Quando é empregado o uso da violência, no caso dos roubos, tivemos mais de 260 casos entre janeiro e junho de 2022. Estes números são alarmantes e trazem grande inquietação à população”, afirmou.
O parlamentar destacou o trabalho da Polícia Militar “que não mede esforços para zelar pela segurança pública de todos os cidadãos são-carlenses”, enfatizando a necessidade de uma “união de forças para que juntos possamos tomar medidas efetivas no enfrentamento da criminalidade”. Ele fez questão também de enfatizar o trabalho realizado pela Secretaria de Segurança, através do Secretário Coronel Samir Gardini e toda corporação da Guarda Municipal.
Bruno Zancheta informou que fez um levantamento sobre a situação da segurança pública na cidade, reunindo dados sobre a quantidade de ocorrências policiais registradas e irá encaminhar documento ao governo estadual solicitando maior investimento no município.
“Ao longo deste ano São Carlos o número de homicídios é alarmante e a cidade registra um aumento vertiginoso dos casos de roubos e furtos, índices muito superiores aos verificados em anos anteriores”, declarou.
O vereador observa que “diante desse cenário, é urgente a adoção de reforço na segurança com maior policiamento ostensivo para inibir a ação de bandidos que aterrorizam a população”.
A seu ver, além de buscar um aumento do efetivo policial na cidade, torna-se necessário que se definam ações e estratégias no âmbito municipal para combater a criminalidade. “Precisamos de medidas efetivas e principalmente parcerias para juntos, buscarmos soluções”.
COLÔMBIA - O presidente colombiano, Gustavo Petro, pediu aos países latino-americanos que unam forças para acabar com a guerra às drogas, durante um discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em Nova York nesta terça-feira.
Petro, o primeiro presidente de esquerda a ser eleito na Colômbia, há muito tempo classifica a guerra global contra as drogas como um fracasso, e chegou a usar seu discurso de posse em agosto para pedir uma nova estratégia internacional para combater o narcotráfico.
"De minha América Latina ferida, exijo que vocês acabem com a guerra irracional contra as drogas", disse Petro, enquanto conclamou à comunidade latino-americana em geral a se unir para derrotar aquilo "que atormenta nosso corpo".
O narcotráfico e a guerra às drogas são os principais contribuintes para o conflito armado na Colômbia, de acordo com um relatório da comissão da verdade do país, que foi estabelecida como parte de um acordo de paz de 2016 com os agora desmobilizados guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc.
O país sul-americano, considerado o maior produtor mundial de cocaína, sofre pressão frequente de seu principal aliado, os Estados Unidos, para reduzir a produção da substância.
Reportagem de Oliver Griffin / REUTERS
SÃO PAULO/SP - A eleitora ou o eleitor que perdeu ou teve extraviado seu título eleitoral tem até esta quinta-feira (22), para solicitar a segunda via do documento no cartório eleitoral da zona onde tem cadastro. A previsão consta do artigo 52 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965).
Com poucos dias antes da eleição, o eleitor deve estar quite com a Justiça Eleitoral (JE), ou seja, não poderá ter débitos pendentes, como multas por ausência às urnas ou aos trabalhos eleitorais - como o de mesário -, ou ainda multas em razão de violação de dispositivos do Código Eleitoral, da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) e de leis conexas.
Uma novidade para o pleito deste ano é que, se a eleitora ou o eleitor estiver em situação regular na JE, poderá imprimir o título diretamente na ferramenta Autoatendimento do Eleitor, no Portal do TSE na internet, no campo “Imprimir o título eleitoral”.
Outros documentos para votar
O título eleitoral não é o único documento que possibilita a participação nas eleições. As pessoas aptas a votar podem se apresentar à mesa de votação levando consigo qualquer documento oficial com foto, como a carteira de identidade, a carteira de trabalho, a carteira de motorista ou o passaporte, por exemplo.
Com a situação regular, o indivíduo tem ainda como alternativa ao documento de papel a versão digital do título eleitoral, o e-Título, que pode ser obtido gratuitamente por meio de aplicativo para dispositivos móveis nas lojas virtuais Apple Store e Google Play.
O e-Título também possibilita a apresentação de justificativa eleitoral e oferece uma série de serviços e informações, como a emissão das certidões de quitação eleitoral e de crimes eleitorais; o acesso e a emissão de guia para o pagamento de multas; a consulta ao local de votação; e a inscrição como mesário voluntário, entre outros. Tudo sem a necessidade da ida pessoal ao cartório.
SÃO PAULO/SP - O candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT) voltou a criticar o PT na segunda-feira (19), em entrevista ao Programa do Ratinho, exibido pelo SBT.
O pedetista disse que “até os termos de esquerda foram roubados” pelo Partido dos Trabalhadores.
"O PT, se você deixar, bate sua carteira e vira organização criminosa. Tem exceções? Tem, mas por isso que me afastei para nunca mais chegar perto dessa gente, o mal que o Lula tem feito ao Brasil é muito extenso” falou Ciro.
De acordo com Ciro, Lula “está prometendo picanha e cerveja para o povo e mentindo”.
“O povo brasileiro, indignado com o mais devastador escândalo de corrupção e com a mais grave crise econômica da nossa história, elegeu Bolsonaro. Será que é razoável agora, decepcionado com Bolsonaro, votar no Lula, um dos maiores responsáveis por essa tragédia? Precisamos desarmar essa bomba!”, acrescentou Ciro.
Questionado sobre seu posicionamento político, Ciro disse ter "um projeto de centro-esquerda" e, ao fim de seu tempo, rivalizou novamente seus dois maiores adversários.
“Quero lhe agradecer Ratinho por essa oportunidade, porque meu grande problema é falar com o 'povão'. O sistema hoje está empurrando para o povo o coisa ruim e ou coisa pior [...] Estou pedindo uma oportunidade” finalizou o candidato.
Hoje (20) será a vez de Simone Tebet (MDB) e, na quinta (22), a participação será de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
BRASÍLIA/DF - O presidente do senado, Rodrigo Pacheco, informou ter conversado nesta segunda-feira (19) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre os projetos que podem de viabilizar o pagamento do piso salarial dos enfermeiros, suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O tema foi debatido durante reunião de líderes virtual nesta segunda-feira, antes do encontro entre Pacheco e Guedes.
— O ministro da Economia não emitiu juízo de valor algum em relação a esses projetos. Ele pediu pra recolher cada uma dessas ideias para levar para a equipe econômica fazer uma avaliação, mas não se comprometeu com nenhum deles. Eu considero muito importante, antes do momento da votação, é nós termos o entendimento com o Supremo Tribunal Federal do que se entende como suficiente para poder resolver o problema e implementar o piso nacional da enfermagem — disse Pacheco, que exerce interinamente o cargo de presidente da República, devido à viagem do presidente Jair Bolsonaro à Inglaterra para acompanhar o funeral da rainha Elizabeth II.
O piso de R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras está previsto na Lei 14.434, sancionada em agosto. Neste mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a aplicação da norma por 60 dias. O prazo deve ser usado para que entes públicos e privados da área da saúde esclareçam o impacto financeiro, os riscos para a empregabilidade no setor e eventual redução na qualidade dos serviços.
Os quatro projetos levados ao ministro Paulo Guedes buscam resolver o impacto sobre estados e municípios, que precisam de recursos para custear o pagamento do piso, e também sobre as santas casas e hospitais filantrópicos sem fins lucrativos. Além deles, Pacheco afirmou que o Congresso pode contribuir por meio de emendas parlamentares, inclusive as emendas do relator-geral do Orçamento.
— Outra que foi coisa que foi ventilada também, por mim inclusive, é nós temos a contribuição do Executivo e também do Legislativo por meio do orçamento, considerando que é um problema nacional, é um problema de uma categoria inteira e naturalmente isso gera reflexos para municípios, pra estados e para hospitais filantrópicos que tem papel fundamental para a saúde do Brasil — afirmou.
Pacheco informou que ainda não há data para a reunião com o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, relator da ação que suspendeu o piso. Ele disse esperar que os projetos apresentados sejam suficientes para resolver a questão do custeio.
Para os hospitais privados, Pacheco defendeu a fixação do piso e um período de avaliação do impacto financeiro, para que então o Congresso possa aprovar iniciativas como a desoneração da folha de pagamento, mas apenas na proporção necessária para absorver esse impacto.
Impasses
Para o presidente do Senado, o piso da enfermagem é mais um impasse que se apresenta ao Congresso, como o corte da farmácia popular, o corte nas universidades federais e os vetos a incentivos ao setor cultural previstos nas leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc. Ele também citou a possibilidade de contingenciamento de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), prevista na MP 1.136/2022, editada em agosto, após o Congresso derrubar um veto presidencial que permitiria o corte nesses recursos.
— São soluções orçamentárias e nós esperamos muita boa vontade do Poder Executivo para podermos dar solução a todos esses problemas — afirmou.
Ele também disse que ainda não há data para as sabatinas de autoridades pendentes no Senado, entre elas as de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O cronograma deve ser estabelecido após as eleições.
Fonte: Agência Senado
REINO UNIDO - Multidões saíram às ruas do Reino Unido para se despedir uma última vez da rainha Elizabeth 2ª na segunda-feira (19), data de seu funeral e de seu enterro, em Londres e Windsor. Os eventos marcaram os últimos ritos de um longo adeus iniciado no último dia 8, quando foi anunciada a morte da soberana, aos 96 anos.
As demonstrações de luto começaram naquele mesmo dia, com o povo britânico deixando flores, cartas, pôsteres e até ursinhos de pelúcia nos portões de várias residências da família real. Depois, a protocolar jornada do corpo da rainha do local de sua morte, em Balmoral, na Escócia, foi acompanhada de perto pelo público até a sua chegada à capital inglesa, na terça passada.
O caixão foi exibido por cinco dias no Salão de Westminster, e milhares de britânicos enfrentaram filas gigantescas por uma chance de homenagear pessoalmente a soberana. Era ali que o corpo da rainha repousava até as 6h40 desta segunda quando, ao ser erguido pelos chamados carregadores reais, deu-se início ao funeral de Estado.
Como em procissões anteriores, o caixão foi coberto por uma bandeira com o estandarte real, a Coroa Imperial do Estado e um arranjo com flores de vários jardins da realeza sustentável a pedido do rei Charles 3º, historicamente engajado no ativismo ambiental. A novidade era um cartão visível entre as plantas e assinado pelo monarca, com os dizeres "em memória amorosa e dedicada".
O ataúde foi colocado sobre uma carruagem da Marinha Real, e 142 marinheiros escoltaram o trajeto do coche entre o salão e a abadia de mesmo nome. Atrás dele, estavam os quatro filhos da rainha, o rei Charles e seus irmãos, Anne, Andrew e Edward. E dois dos netos de Elizabeth, os príncipes William e Harry.
A maioria dos membros da realeza presentes usava uniformes. As exceções eram Harry, que renunciou aos seus títulos militares ao romper com a família real no ano passado, e Andrew, que no início do ano foi acusado de abusar de uma adolescente envolvida no esquema de tráfico sexual de Jeffrey Epstein.
Na entrada da abadia, juntaram-se ao cortejo a rainha consorte, Camilla; a esposa de William e princesa de Gales, Kate Middleton; e a mulher de Harry e duquesa de Sussex, Meghan Markle.
Os dois filhos mais velhos de William, o príncipe George, 9, e a princesa Charlotte, 7, também participaram da procissão, marcando a primeira vez que bisnetos de um monarca desempenharam uma função oficial em um funeral de Estado. Segundo a imprensa britânica, a decisão tinha como objetivo mostrar a estabilidade da Coroa, uma vez que George se tornou o segundo na linha de sucessão com a morte de Elizabeth. O caçula de William, Louis, 4, e os filhos de Harry e Meghan, de 3 e 1 ano, não compareceram.
O caixão da rainha encontrou os cerca de 2.000 convidados para o evento, cem deles chefes de Estado como Joe Biden e Emmanuel Macron, já sentados em seus lugares.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, também estava presente, e voltou a falar com dezenas de apoiadores que o aguardavam ao se dirigir à cerimônia pela manhã. Irritado com questionamentos sobre o ato eleitoral que promoveu na véspera e pelo qual foi criticado nacional e internacionalmente, o presidente voltou a chamar o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ladrão e a criticar investigações que apuram esquemas de corrupção envolvendo sua família.
O funeral foi conduzido pelo reverendo David Hoyle, e líderes religiosos e políticos fizeram leituras, incluindo a nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss. Também houve sermão do arcebispo de Canterbury, Justin Welby.
"Nossa falecida majestade declarou, na transmissão do seu 21º aniversário, que toda sua vida seria dedicada a servir a nação. Raramente uma promessa como essa é tão bem cumprida", disse Welby. Ele também citou uma fala da rainha durante o período de isolamento social causado pela pandemia. "A transmissão da falecida majestade durante a quarentena da Covid-19 terminava com 'nos encontraremos novamente'. Uma palavra de esperança. Todos os que seguem o exemplo da rainha e inspiram confiança e fé em Deus podem dizer com ela: 'Nos encontraremos novamente'."
Perto do fim das solenidades, às 11h58 (7h58 em Brasília), a cerimônia foi interrompida, e dois minutos de silêncio foram feitos em todo o Reino Unido.
A quietude foi respeitada inclusive pelas dezenas de cidadãos que optaram por assistir ao funeral em telões erguidos em locais públicos, junto de seus compatriotas. Este foi o primeiro funeral de Estado a ser televisionado no país, numa síntese simbólica das intensas transformações pelas quais o mundo passou durante o longo reinado de Elizabeth ela também foi a primeira soberana a ter sua coroação transmitida pela TV.
Depois do funeral, o caixão foi levado por marinheiros por Londres em um dos maiores cortejos militares já vistos em Londres, com dezenas de membros das Forças Armadas trajando figurinos cerimoniais. Eles marchavam de acordo com a melodia fúnebre tocada pela banda marcial ao mesmo tempo que o Big Ben marcava os minutos ao fundo.
Ao redor, o público escalava postes e subia portões e escadas para tentar avistar a procissão. Alguns usavam roupas formais, como ternos e vestidos pretos, enquanto outros vestiam moletons e roupas de ginástica.
A procissão foi encerrada com a chegada do corpo de Elizabeth 2ª ao Arco de Wellington, monumento construído no Hyde Park no século 19 para comemorar as vitórias do Reino Unido contra Napoleão. Dali, o caixão viajou em um carro fúnebre até o Castelo de Windsor, a oeste de Londres, onde a rainha seria enterrada ao lado de seu marido, Philip. A rota foi mais uma vez acompanhada de perto pelo povo, que batia palmas e jogava flores sobre o veículo.
Uma última cerimônia oficial ainda foi realizada em Windsor, na Capela de Saint George. Ao final dela, a congregação cantou o hino nacional em sua forma atualizada, God Save The King, ou "Deus Salve o Rei" a versão personalizada para Charles da frase que dá título ao hino nacional britânico e que se tornou uma espécie de slogan da monarquia.
"Em meio ao nosso mundo em mudança rápida e frequentemente conturbada, a presença digna e calma [de Elizabeth 2ª] nos deu confiança para enfrentar o futuro, como ela fazia, com coragem e esperança", afirmou David Conner, que conduziu o serviço, para membros emocionados da realeza.
O enterro de fato foi restrito à monarquia, um dos raros momentos dos vários dias de cerimônia em que a família teve sua privacidade preservada.
Quando Diana morreu, em 1997, uma das imagens que correram o mundo foi a de Charles e seus dois filhos ainda adolescentes olhando cabisbaixos o caixão com o corpo da princesa. Quando, no ano passado, o príncipe Philip morreu aos 99 anos em meio à pandemia, foi a imagem de Elizabeth em luto, sozinha na capela do Castelo de Windsor, que comoveu os britânicos.
Agora que o Reino Unido deu seu último adeus à rainha mais duradoura de sua história, talvez a imagem que fique é a de seu filho, o novo rei, parecendo tentar conter as lágrimas.
IVAN FINOTTI / FOLHA de S.PAULO
SÃO CARLOS/SP - O vereador Azuaite Martins de França, presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal, informou que irá solicitar informações da Prefeitura sobre a acusação de direcionar a compra de kits escolares, conforme alegação de duas empresas que participaram da licitação. A informação foi veiculada na sexta-feira (16) pela imprensa. Segundo as empresas, a Secretaria Municipal de Educação “impôs um excesso de especificações e característica fútil para filtrar a concorrência”.
Azuaite informou que o assunto estará em pauta na reunião da Comissão de Educação na próxima semana. “É preciso esclarecer as denúncias, para que não paire dúvida sobre a lisura do processo, o que seria profundamente desabonador para o governo municipal”. Conforme foi noticiado, apesar das reclamações de direcionamento, a Prefeitura realizou o pregão presencial para compra de kits escolares, que terminou com uma única empresa dominando os três lotes negociados.
A licitação foi realizada para aquisição de quase 20 mil kits contendo cadernos, lápis, réguas e outros itens destinados a alunos do ensino fundamental I e II e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A principal reclamação das empresas - conforme noticiou um site - é o excesso de especificações que direcionaria a compra de um tipo particular de régua. A administração pede produto produzido em material PET reciclado, com “formas geométricas vazadas que possibilitem o contorno interno das formas de triângulo, quadrado, retângulo e circulo”. A secretaria ainda exige que “no centro da régua deverá haver um pegador” que “possibilite ao usuário segurar, puxar, girar e apoiar a régua”.
Uma das empresas apontou que a descrição feita pela Prefeitura remete a um produto de marca disponível em site “onde pode se verificar claramente os exatos formatos geométricos exigidos no edital”. Esse fabricante “que não disponibiliza o produto para ampla comercialização no mercado, justamente para ter o monopólio da licitação, fornecendo-os somente para “parceiros comerciais nas licitações previamente direcionadas, onde estas especificações exclusivas são inseridas no edital”.
Outra empresa reclama que as especificações estão demasiadamente complexas e nos parece ter motivação única e exclusiva de direcionar o produto a um fabricante específico além de gerar o encarecimento.
Os concorrentes defendem que não haja uma descrição tão pormenorizada, de forma a dar maior amplitude na concorrência, permitindo que outros fabricantes inclusive de reputação nacional possam ter vez no pregão. Eles argumentaram que a especificação pode filtrar os participantes do edital, permitindo que apenas parceiros de determinada empresa tenham condições de entrar no pregão.
Azuaite afirmou que o processo licitatório deve ser regido pelos princípios constitucionais da isonomia, legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade e da probidade administrativa. “É fundamental que esses preceitos sejam rigorosamente atendidos para que não paire dúvida sobre a lisura desse processo”, afirmou o parlamentar.
“A Câmara Municipal está atenta a seu dever de fiscalizar os atos do Executivo e, quanto a este assunto, precisa reunir todas as informações, para que a denúncia das empresas seja devidamente averiguada”, completou.
SÃO PAULO/SP - Quanto mais perto das eleições, mais pesquisas são realizadas, ou seja, praticamente todos os dias vamos divulgar pra você leitores novos números para corrida presidencial. Hoje, 19, é a vez da pesquisa BTG/FSB, que aponta Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na liderança, com 44% das intenções de voto no primeiro turno, contra 35% de Jair Messias Bolsonaro (PL). Em relação à pesquisa anterior, de 12 de setembro, Lula oscilou 3 pontos percentuais para cima, enquanto o presidente da República se manteve estável. Se considerados apenas os votos válidos, o petista teria 47% e Bolsonaro, 37%.
Já Ciro Gomes (PDT) aparece com 7% e Simone Tebet (MDB), 5%. Como a margem de erro é de 2 pontos percentuais, o pedetista e a emedebista estão tecnicamente empatados. Na comparação com a rodada anterior, os dois oscilaram 2 pontos para baixo. Soraya Thronicke (União Brasil) obteve 1% e os demais candidatos não pontuaram. Brancos/nulos somaram 4%, não sabem ou não responderam foram 3%.
SEGUNDO TURNO
Na simulação de um possível segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o ex-presidente venceria o atual mandatário por 52% a 39%, ante 51% a 38% na pesquisa anterior. Lula venceria Ciro por 48% a 35% e Simone por 50% a 33%.
Agora se o embate for entre Ciro e Bolsonaro, o pedetista venceria o candidato a reeleição por 49% a 41%. Em um eventual segundo turno entre Bolsonaro e Simone a senadora venceria por 48% a 40%.
A pesquisa foi feita entre sexta-feira, 16, e domingo, 18, com 2 mil eleitores, intervalo de confiança de 95%, e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-07560/2022.
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