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BRASÍLIA/DF - A atividade econômica registrou em agosto um recuo de 1% em relação ao mês anterior e alta de 0,7% no trimestre móvel encerrado no oitavo mês do ano, se comparado ao período concluído em maio. Foi o que apontou a análise da série dessazonalizada do Monitor do PIB-FGV, divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Já na comparação interanual, a economia avançou 4,4% em agosto e 6,7% no trimestre móvel terminado no mesmo mês. Em termos monetários, a estimativa é de que no acumulado do ano até agosto de 2021, em valores correntes, o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e dos serviços produzidos no país), ficou em R$ 5,680 trilhões.

Para o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Cláudio Considera, a economia brasileira continua em trajetória de recuperação em relação à forte queda de 2020 causada pela pandemia da covid-19. Os dados indicam que até agosto a taxa de crescimento do PIB em 12 meses ficou em 3,6%, em relação à verificada nos 12 meses até agosto de 2020, que apresentou queda de 3,1%.

Considera disse que o setor de serviços, que registrou quedas mensais consecutivas e altas entre março do ano passado e igual mês deste ano, desde abril apresenta desempenhos positivo com a taxa acumulada positiva em 12 meses a partir de junho, sendo em agosto de 2,6%. “No setor de serviços tem relevância a atividade de outros serviços, que representa cerca de 15% do PIB, que chegou a ter taxa mensal negativa de 22,8% e que apresentou taxas positivas elevadas desde abril deste ano”, disse.

De acordo com o coordenador, o desempenho positivo do setor de serviços é um reflexo da vacinação contra a covid-19. “Esse desempenho se deve à maior abrangência da vacinação, que possibilitou a maior interação entre as pessoas com idas a hotéis, bares, restaurantes, viagens etc. Isso é compatível com o consumo de serviços por parte das famílias que no mês de agosto cresceu 8,2%”, explicou.

Pandemia

Segundo o Ibre, “por causa da influência da pandemia da covid-19 nos fatores sazonais de 2020, que podem não estar realmente relacionados à sazonalidade, foi realizado no relatório divulgado nesta terça-feira um exercício adicional com relação a série com ajuste sazonal”.

O Ibre informou que alguns institutos de estatística internacionais estão analisando esses impactos e, “por essa razão, além do ajuste sazonal habitual que contempla o período de janeiro de 2000 a agosto de 2021, foi realizado adicionalmente o ajuste sazonal para 2020 e 2021 considerando os fatores sazonais referentes a 2019 e o fator calendário corrente”.

Conforme os pesquisadores, os resultados mostram que, se forem utilizados os fatores sazonais da série do PIB do período de 2000 até 2019, a taxa de variação em agosto de 2021 aponta para queda de 2,3%, inferior à de 1% observada considerando todo o período de 2000 até agosto de 2021. “Esses resultados sugerem que as taxas ajustadas sazonalmente devem ser analisadas com cautela, pois a pandemia pode ter influenciado os fatores sazonais não apenas por razões econômicas como também estatísticas”, indicou o relatório.

CHINA - O crescimento econômico da China registrou uma desaceleração mais significativa que o esperado no terceiro trimestre, no momento em que o país sofre uma crise energética e o setor imobiliário enfrenta políticas mais rigorosas, revelaram os dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (18).

A recuperação da segunda maior economia mundial perdeu força após a rápida retomada posterior à pandemia, com um crescimento de 4,9% do PIB (Produto Interno Bruto) em ritmo anual no terceiro trimestre, anunciou o ONS (Escritório Nacional de Estatísticas).

O resultado representou uma desaceleração após o avanço de 7,9% no período de abril a junho.

"Devemos considerar que estão aumentando as incertezas no cenário internacional e que a recuperação econômica interna ainda é instável e desigual", afirmou o porta-voz do ONS, Fu Linghui.

"O crescimento foi afetado por uma queda no setor imobiliário, amplificado recentemente pelos problemas da Evergrande", explicou Louis Kuijs, diretor para Economia Asiática da Oxford Economics.

Após a divulgação do PIB, a maioria das ações asiáticas recuou na sessão desta segunda-feira.

Apelos do presidente da China, Xi Jinping, na sexta-feira, por progressos em um imposto sobre propriedade há muito aguardado, para ajudar a reduzir as lacunas de riqueza, também azedaram o clima.

As dificuldades da gigante imobiliária Evergrande, que acumula dívida de mais de 300 bilhões de dólares, afetaram o ânimo dos possíveis compradores do setor.

O Banco Central da China, no entanto, afirmou que qualquer impacto da Evergrande será controlável. O presidente da instituição, Yi Gang, afirmou no domingo em um seminário que as autoridades estão atentas aos problemas com um possível não pagamento de algumas empresas.

Yi também afirmou que o PIB chinês deve crescer quase 8% este ano.

Kuijs, porém, destacou que o país sofreu um "golpe adicional em setembro" com os apagões e cortes na produção devido a uma aplicação estrita das metas climáticas e de segurança por parte dos governos locais.

Ele explica que o problema foi visível na queda da produção industrial, que desacelerou a 3,1% na comparação anual até setembro.

"O PIB frágil do terceiro trimestre reflete uma combinação de fatores negativos, como interrupções na cadeia de abastecimento", comentou Rajiv Biswas, economista chefe para Ásia-Pacífico do IHS Markit.

Analistas da Fidelity International disseram que, embora os temores do setor imobiliário estejam no "epicentro do choque", o obstáculo econômico é exacerbado pelo problema de energia, por fechamentos regionais e a estratégia de Covid zero, que atingiu o setor de serviços.

"A única surpresa no resultado do PIB chinês é que não foi ainda menor", declarou Paras Anand, diretor de investimentos para Ásia-Pacìfico da Fidelity.

EUA - A economia dos Estados Unidos cresceu um pouco mais rápido do que o calculado inicialmente no segundo trimestre, elevando o nível do PIB (Produto Interno Bruto) acima do seu pico pré-pandemia, com enormes estímulos fiscais e vacinações contra a Covid-19 impulsionando os gastos.

A economia cresceu 6,6% em taxa anualizada, informou o Departamento de Comércio ontem (26) em sua segunda estimativa de crescimento do PIB para o trimestre de abril a junho. O índice foi revisado para cima em relação ao ritmo de expansão de 6,5% divulgado em julho.

Economistas consultados pela Reuters esperavam um crescimento de 6,7% no segundo trimestre. A economia cresceu a uma taxa de 6,3% no primeiro trimestre, recuperando as perdas acentuadas sofridas durante os dois meses de recessão da pandemia.

As revisões para cima do crescimento do PIB do último trimestre refletiram um ritmo de gastos do consumidor muito mais robusto do que o inicialmente estimado. O governo desembolsou cheques de estímulo a algumas famílias norte-americanas de média e baixa renda durante o trimestre.

O Federal Reserve manteve sua postura de política monetária ultraflexível, mantendo a taxa de juros em níveis historicamente baixos e impulsionando os preços do mercado de ações.

Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da economia dos EUA, também aumentaram com a vacinação, que alimentou a demanda por serviços como viagens aéreas, hospedagem em hotéis, restaurantes e entretenimento.

Mas a força parece ter perdido impulso no início do terceiro trimestre em meio a um ressurgimento de novas infecções por Covid-19 causadas pela variante Delta.

 

Mercado de trabalho

Relatório separado do Departamento do Trabalho, também divulgado nesta quinta-feira, mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram 4 mil, para um número com ajuste sazonal de 353 mil na semana encerrada em 21 de agosto. Economistas consultados pela Reuters previam 350 mil novos pedidos para a última semana.

Pelo menos 25 Estados liderados por governadores republicanos retiraram os programas de auxílio a desempregados financiado pelo governo federal, incluindo um benefício de US$ 300 semanais, que as empresas afirmam estar incentivando os norte-americanos desempregados a permanecer em casa.

Não há, entretanto, evidências de que a retirada antecipada dos benefícios tenha levado a um aumento nas contratações nesses Estados. Os auxílios governamentais expirarão em 6 de setembro.

“Os dados do mercado de trabalho e outros indicadores não mostram nenhum efeito claro até agora”, disse Peter McCrory, economista do JPMorgan em Nova York. “O choque negativo da demanda decorrente dessa perda de receita pode levar à perda de empregos.” (com Reuters)

 

 

*Por: FORBES Brasil

JAPÃO - O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu 0,3% entre abril e junho na comparação com o trimestre anterior, de acordo com resultados oficiais preliminares que mostram que a economia do país resiste, apesar da crise sanitária.

O crescimento evita que a terceira maior economia mundial entre em recessão técnica, termo utilizado quando um país tem resultado negativo durante dois trimestres consecutivos.

A economia japonesa registrou queda de 0,9% no primeiro trimestre do ano.

O PIB foi sustentado por um aumento do consumo das famílias (+0,9%) e pelos investimentos das empresas, apesar das restrições em vigor pela pandemia.

Estas informações "sugerem que os gastos das famílias desenvolveram uma imunidade" ante as medidas adotadas por razões sanitárias, afirmou o analista Tom Learmouth da Capital Economics.

O aumento das exportações (2,9%) foi ofuscado pelo aumento das importações (5,1%), mas a tendência deve mudar no segundo semestre, segundo os analistas.

Uma parte do Japão continua em estado de emergência devido à pandemia. A medida limita as viagens e os horários de funcionamento de bares e restaurantes, principalmente. Mas não parece ser muito útil, já que o país registra desde o fim de julho a onda mais grave de coronavírus, principalmente devido à variante delta, muito mais contagiosa.

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No momento, apenas 35% da população está totalmente vacinada.

 

 

*Por: AFP

LONDRES - A economia dos países mais ricos vai encolher duas vezes mais do que na crise da covid-19, se os governos não conseguirem lidar com o aumento das emissões de gases de efeito estufa. De acordo com um novo relatório, divulgado esta segunda-feira pela organização não governamental (ONG) Oxfam, as nações do G7 podem perder 8,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) por ano até 2050.

O custo anual para enfrentar os impactos da crise climática vai superar o custo econômico da pandemia. Em 2050, as nações do G7 - o grupo dos países mais industrializados do mundo - podem perder em média 8,5% do PIB a cada ano (o equivalente a US$ 4,8 trilhões), ou seja, o dobro dos 4,2% atingidos pelas perdas econômicas geradas pela covid-19, se as alterações climáticas continuarem sem ser controladas ou revertidas.

As conclusões foram divulgadas na segunda-feira (7) em novo relatório da Oxfam, baseado na investigação do Swiss Re Institute.

"O mundo pode perder cerca de 10% do valor econômico total em meados do século se as alterações climáticas permanecerem na trajetória atualmente prevista e se o Acordo de Paris e as metas de emissões líquidas zero para 2050 não forem cumpridas", alerta o relatório.

Os especialistas acrescentam que os países do G7 podem ver as suas economias encolherem duas vezes mais do que agora que enfrentam a pandemia, nos próximos 30 anos, se a temperatura global subir 2,6ºC. Entre os motivos estão as perdas causadas pelo calor e a saúde das populações com as mudanças extremas da temperatura, o aumento do nível do mar, as secas e inundações e a redução de produtividade dos terrenos agrícolas, que podem impedir o crescimento econômico dessas nações.

A economia do Reino Unido, por exemplo, pode perder 6,5% ao ano até 2050 com as políticas e projeções atuais, em comparação com os 2,4% se as metas do acordo climático de Paris fossem cumpridas.

Mas há países que serão ainda mais prejudicados, incluindo a Índia, cuja economia pode encolher cerca de 25% devido ao aumento de temperatura. Também a Austrália vai perder cerca de 12,5% da sua produção e a Coreia do Sul arrisca-se a perder quase um décimo do seu potencial econômico.

Por essa razão, a Oxfam apela ao G7 para que estabeleça novas metas climáticas na preparação para a COP26. Os líderes dos países do G7 - Reino Unido, Estados Unidos (EUA), Japão, Canadá, França, Alemanha, Itália - e a União Europeia (UE) vão reunir-se, na Cornualha (Reino Unido), na próxima sexta-feira (11), para debater a economia global, as vacinas contra a covid-19, os impostos sobre as empresas e a crise climática.

 

Economias mais desenvolvidas

De acordo com os dados do documento, relativamente à exposição a "riscos climáticos severos resultantes das alterações climáticas", o sudeste da Ásia e a América Latina provavelmente serão "os mais suscetíveis a condições de seca". Por outro lado, muitos países no norte e no leste da Europa, devem sofrer mais impactos devido a chuvas intensas e inundações.

O Índice de Economia do Clima, apresentado no relatório, indica que "muitas economias avançadas no Hemisfério Norte são menos vulneráveis ​​aos efeitos gerais das alterações climáticas, estando menos expostas aos riscos associados e com melhores recursos para lidar com isso". Os EUA, o Canadá e a Alemanha, por exemplo, estão entre os dez países menos vulneráveis aos impactos da crise climática, tanto em nível ambiental e de saúde da população quanto em nível econômico. Portugal também aparece nos primeiros lugares como um dos países menos vulnerável a impactos físicos das alterações climáticas.

Essas descobertas, avisa a Oxfam, fazem sobressair a necessidade de as nações reduzirem as emissões de carbono mais rapidamente.

"A crise climática está devastando vidas nos países mais pobres, mas as economias mais desenvolvidas do mundo não estão imunes", afirma no relatório o CEO da Oxfam GB, Danny Sriskandarajah.

"O governo do Reino Unido tem uma oportunidade única numa geração de liderar o mundo em direção a um planeta mais seguro e habitável para todos", acrescentou. "Deve forçar todos os tendões diplomáticos para garantir o resultado mais forte possível no G7 e na COP26 e liderar pelo exemplo, transformando promessas em ações e revertendo decisões autodestrutivas, como a proposta da mina de carvão em Cumbria e cortes na ajuda internacional".

Já Jerome Haegeli, economista-chefe do grupo Swiss Re, considera que "as alterações climáticas são o risco número um de longo prazo para a economia global, e ficar onde estamos não é uma opção - precisamos de mais progresso por parte do G7".

Isso significa "não apenas obrigações de reduzir o CO2, mas também ajudar os países em desenvolvimento".

Segundo Haegeli, também a distribuição de vacinas contra a covid-19 é uma forma de ajudar os países em desenvolvimento, "já que as suas economias foram duramente atingidas pela pandemia e precisariam de ajuda para se recuperar num caminho verde, em vez de aumentar os combustíveis fósseis".

A Swiss Re concluiu que as políticas e as atuais promessas dos governos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa ainda são inadequadas para cumprir as metas do acordo de Paris.

 

Países em desenvolvimento

Antes da COP26, o Reino Unido pede a todos os países para apresentarem promessas mais duras sobre a redução das emissões de carbono, a fim de cumprir as metas de Paris e de limitar o aquecimento global abaixo de 2ºC.

Mas esse limite está cada vez mais ameaçado, visto que as emissões de gases de efeito estufa devem aumentar drasticamente este ano, para o segundo maior aumento já registrado, devido à recuperação da recessão da covid-19 e ao aumento do uso de carvão.

"O risco climático é um risco sistêmico, que pode ser gerido por meio de uma ação política global coordenada. Existe uma oportunidade única de tornar as nossas economias mais verdes", afirmam os especialistas no relatório.

Contudo, a ajuda internacional tem sido o principal obstáculo para muitos, e tem sido descrita como um desastre diplomático já que o sucesso da COP26 dependerá, em parte, de o Reino Unido conseguir persuadir outras nações ricas na cúpula do G7 a apresentarem promessas muito maiores de assistência financeira aos países em desenvolvimento, de forma a ajudar os países pobres a reduzir suas emissões e a lidar com os impactos da degradação do clima.

O país mais afetado no G7 seria a Itália, que deve perder 11,4% do PIB a cada ano. Mas os países em desenvolvimento seriam duramente atingidos, com a Índia sofrendo perdas de 27% no PIB e as Filipinas, 35%.

O primeiro Registro de Ameaças Ecológicas (ETR), do Instituto de Economia e Paz, alertou também que a crise climática pode levar ao deslocamento de mais de 1,2 bilhão de pessoas até 2050, considerando as ameaças à sua sobrevivência como desastres naturais, escassez de alimentos e água, criando novas tendências de migração. Além disso, o Banco Mundial revelou, recentemente, que haverá entre 32 milhões e 132 milhões de pessoas a mais vivendo em condições de pobreza extrema até 2030, devido ao aquecimento global.

O relatório da Oxfam reitera ainda que os governos do G7 não estão cumprindo a promessa de contribuir com US$ 100 bilhões para ajudar os países em desenvolvimento, estimando-se que tenha entregado até agora apenas US$ 10 bilhões para projetos e iniciativas de adaptação climática.

Atualmente, apenas o Reino Unido e os EUA concordaram em aumentar o financiamento dos níveis atuais. A França, por sua vez, pretende manter os níveis atuais de financiamento climático, e o Canadá, a Alemanha, o Japão e a Itália ainda não confirmaram se pretendem manter ou aumentar os investimentos verdes nos países menos desenvolvidos.

 

 

*Por RTP

BRASÍLIA/DF - O Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 4,1% em 2020, totalizando R$ 7,4 trilhões. Essa é a maior queda anual da série iniciada em 1996 e interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB (a soma dse todas as riquezas produzidas no país) acumulou alta de 4,6%.

O PIB per capita alcançou R$ 35.172 no ano passado, recuo recorde de 4,8%. No quarto trimestre, que fechou o resultado de 2020, o PIB cresceu 3,2%. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (3), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o resultado é efeito da pandemia de covid-19, quando diversas atividades econômicas foram parcial ou totalmente paralisadas para controle da disseminação do vírus. “Mesmo quando começou a flexibilização do distanciamento social, muitas pessoas permaneceram receosas de consumir, principalmente os serviços que podem provocar aglomeração”, disse.

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Retração nos serviços

Os serviços recuaram 4,5% e a indústria, 3,5%. Segundo o IBGE, esses dois setores somados representam 95% da economia nacional. Já a agropecuária teve alta de 2,0%.

O menor desempenho dentro dos serviços foi o de outras atividades de serviços com retração de 12,1%. Nelas, estão incluídos os restaurantes, academias e hotéis. De acordo com Rebeca Palis, os serviços prestados às famílias foram os mais afetados negativamente pelas restrições de funcionamento.

“A segunda maior queda ocorreu nos transportes, armazenagem e correio (-9,2%), principalmente o transporte de passageiros, atividade econômica também muito afetada pela pandemia”, explicou.

Ainda no setor de serviços, as atividades de administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social registraram recuo de 4,7%, o comércio de 3,1%, informação e comunicação de 0,2%. As atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados tiveram movimento diferente em 2020 e subiram 4,0%, como também as atividades imobiliárias com alta de 2,5%.

Na indústria, o destaque negativo da queda de 3,5% foi o desempenho da construção (-7,0%), que voltou a cair depois da alta de 1,5% em 2019. Outro dado negativo observou-se nas indústrias de transformação (-4,3%), influenciadas pela queda na fabricação de veículos automotores, outros equipamentos de transporte, confecção de vestuário e metalurgia. Eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos tiveram retração de 0,4%. Já as indústrias extrativas subiram 1,3%. A explicação é a alta na produção de petróleo e gás, o que compensou a queda da extração de minério de ferro.

Os aumentos da soja (7,1%) e do café (24,4%) ajudaram a agropecuária a crescer 2,0%. Os dois produtos tiveram produções recordes na série histórica. Mas algumas lavouras observaram variação negativa na estimativa de produção anual, como a laranja (-10,6%) e o fumo (-8,4%). “Isso decorreu do crescimento da produção e do ganho de produtividade da agricultura, que suplantou o fraco desempenho da pecuária e da pesca”, observou a coordenadora.

 

Famílias

Na comparação com o ano anterior, todos os componentes relativos à demanda caíram em 2020. O consumo das famílias teve o menor resultado da série histórica (-5,5%). Conforme a coordenadora de Contas Nacionais, isso pode ser explicado, principalmente pela piora no mercado de trabalho e a necessidade de distanciamento social.

O consumo do governo recuou 4,7% e também foi recorde. O motivo é o fechamento de escolas, universidades, museus e parques ao longo do ano. Depois de uma sequência positiva de dois anos, os investimentos - a Formação Bruta de Capital Fixo - caíram 0,8%. A balança de bens e serviços registrou queda de 10% nas importações e 1,8% nas exportações.

 

 

*Por Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil

SÃO PAULO/SP - O Monitor do PIB-FGV sinaliza que a atividade econômica retraiu 4% em 2020. O dado foi divulgado ontem (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Pela ótica da produção, dos três grandes setores (agropecuária, indústria e serviços), apenas a agropecuária cresceu no ano (2%). Enquanto pela ótica da demanda, todos os componentes retraíram, com destaque para o consumo das famílias com recuo de 5,2% no ano.

Para o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera, a expressiva queda de 4% da economia em 2020 consolida retrações disseminadas em diversas atividades econômicas, em decorrência da pandemia de covid-19.

Segundo ele, embora a economia tenha acelerado no final do ano, com crescimento de 3,4% no quarto trimestre e de 1% em dezembro, nas comparações com os períodos imediatamente anteriores e com iguais períodos do ano de 2019, os resultados não foram suficientes para compensar a perda expressiva que o Produto Interno Bruto (PIB - a soma de bens e serviços produzidos no país) sofreu, principalmente, no segundo trimestre.

“Os desafios para 2021 mostram-se grandes a partir deste cenário, tendo em vista que devido ao crescimento lento de 2017-2019 a economia foi capaz de recuperar as perdas da recessão de 2014-2016. Com o choque adverso enfrentado em 2020, que ainda não foi totalmente eliminado, os resultados de 2014, pico da série histórica, parecem cada vez mais distantes de serem alcançados”, afirmou em nota.

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Em termos monetários, estima-se que o PIB de 2020, em valores correntes, alcançou a cifra de R$ 7 trilhões, 434 bilhões e 248 milhões.

O resultado do PIB de 2020 interrompeu a trajetória de crescimento que se estendia por três anos e retornou ao patamar de 2016. A preços constantes de 2020, o PIB de 2020, embora seja um pouco maior que o de 2016, ainda é inferior aos do período 2017 a 2019. A valores de 2020, o PIB per capita equivale a R$ 35.108, menor valor desde 2008.

Já a taxa de investimento da economia foi de 16,1% em 2020, a maior desde 2015 (17,3%).

Análise trimestral e mensal

Na análise trimestral, o PIB apresentou, na série com ajuste sazonal, crescimento de 3,4% no quarto trimestre, em comparação ao terceiro trimestre, mostrando aceleração da atividade econômica no final do ano. Em relação ao quarto trimestre de 2019, o PIB apresentou retração de 0,8%.

Na análise mensal, o PIB teve crescimento de 1% em dezembro, na comparação com novembro. Na comparação interanual, o resultado do PIB de dezembro foi de crescimento de 1,4%; o primeiro resultado positivo após nove meses consecutivos de quedas.

Consumo das famílias

Segundo a pesquisa, o consumo das famílias retraiu 5,2% em 2020, em comparação a 2019. Este componente, que foi um dos principais responsáveis pelo crescimento da economia, após a recessão de 2014-2016, apresentou expressivo recuo em 2020, com a disseminação da pandemia de covid-19.

O consumo de serviços foi o que mais recuou em 2020 devido, principalmente à retração do consumo de serviços de alojamento e alimentação, saúde privada e serviços gerais prestados às famílias.

Na análise mensal interanual, o consumo de produtos não duráveis e duráveis cresceu em dezembro de 2020. O forte crescimento de 10,2% do consumo de produtos duráveis foi devido ao aumento do consumo de todos os segmentos que compõem este tipo de bens.

O consumo de produtos não duráveis cresceu devido, principalmente, ao consumo de produtos alimentícios e farmacêuticos, padrão recorrente no ano de 2020. A maior queda continuou sendo a do consumo de serviços, por causa, sobretudo, das retrações do consumo de alojamento, alimentação e demais serviços prestados as famílias, todos dependentes da interação social, dificultada devido à pandemia.

Investimentos

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que são os investimentos, recuou 2,9% em 2020, em comparação a 2019. O componente de máquinas e equipamentos, que apresentou maior contribuição para o crescimento da FBCF ao longo de 2018 e 2019, foi o principal responsável pela retração em 2020. O segmento de máquinas e equipamentos que mais influenciou neste expressivo recuo foi o de automóveis, camionetas e utilitários.

Na comparação interanual, a FBCF cresceu 14,5% em dezembro de 2020, devido, principalmente, ao crescimento de 36,3% do componente de máquinas e equipamentos. Esse aumento foi disseminado entre diversos segmentos, porém os de caminhões e ônibus; tratores e outras máquinas agrícolas e; máquinas e equipamentos mecânicos em geral foram os que tiveram maiores destaques positivos.

Exportação

A exportação retraiu 1,9% em 2020, em comparação a 2019. Os segmentos exportados que recuaram no ano foram os bens intermediários, os serviços e os bens de capital; com destaque para este último que contraiu 33,5% no ano. Em contrapartida, os segmentos que apresentaram desempenho positivo foram os de produtos agropecuários, produtos da extrativa mineral e os bens de consumo.

Importação

A importação apresentou retração de 10,3% em 2020 na comparação com 2019. À exceção da importação de produtos agropecuários, que cresceu 2,3% no período, todos os demais segmentos recuaram em 2020. A importação de serviços foi a principal responsável pela queda na importação com recuo de 28,4%, no ano.

Apesar de apenas dois segmentos da importação terem crescido em dezembro, o total da importação aumentou 10,3% na comparação interanual. Mesmo com as quedas nos demais componentes, o crescimento expressivo dos bens intermediários (39,7%) e dos bens de capital (34,8%) impulsionaram o total importado.

 

 

*Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil

MUNDO - A França e a Espanha registraram uma recessão massiva em 2020 e quedas recordes do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 de 8,3% e 11%, respectivamente. Os números divulgados nesta sexta-feira (29) pelos dois países demonstram o impacto direto em suas economias da crise sanitária gerada pela pandemia de Covid-19.

Os números são inéditos desde a criação do Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee) da França, em 1946, que publicou hoje uma primeira estimativa da dinâmica da economia francesa no ano passado. No entanto, a queda do PIB francês não é tão pessimista quanto previa a instituição.

O Insee apostava em uma contração de cerca de 9% e o governo chegou prever uma queda de 11%. No entanto, a economia francesa conseguiu resistir melhor ao segundo lockdown, imposto no final de 2020, com um recuo de 1,3% no último trimestre. Ela foi penalizada sobretudo pela queda de 5,4% no consumo devido ao fechamento das lojas.

No mesmo período, o comércio exterior e os investimentos já demonstravam sinais de recuperação; esse último com uma alta de 2,4%. Já as exportações deram um salto de 4,8%, bem mais do que as importações (+1,3%).

Segundo o balanço, as perdas foram "mais moderadas do que as constatadas no primeiro lockdown, entre março e maio de 2020". Já no último trimestre, o PIB "foi inferior de 5% em relação ao ano passado", ressalta o Insee.

No entanto, as consequências da crise sanitárias são gritantes. Depois de registrar um crescimento de 1,5% em 2019 - um dos mais importantes da zona do euro - 2020 foi palco de uma recessão recorde para a França desde a Segunda Guerra Mundial.

A epidemia de Covid-19 levou o governo a restringir a atividade econômica para frear as contaminações, resultando em graves perdas para o país. O consumo teve uma queda de 7,1% no conjunto de 2020. Já o investimento registrou um recuo de 9,8%.

A crise sanitária também perturbou as trocas comerciais. As exportações tiveram uma queda de 16,7% enquanto as importações baixaram em 11,6%.

 

Queda de 11% do PIB na Espanha

A Espanha viu seu PIB degringolar de 11% em 2020 em relação ao ano anterior, de acordo com as primeiras estimativas publicadas nesta sexta-feira. O governo espanhol trabalhava com uma previsão de queda de 11,2%. Já o Fundo Monetário Internacional era mais pessimista e previa um recuo de 12,8%.

A economia do país foi extremamente castigada pelo lockdown rigoroso imposto entre março e abril, com duas semanas de pausa total das atividades consideradas não essenciais. Durante o verão no Hemisfério Norte, a Espanha conseguiu se recuperar, especialmente devido ao salto do setor turístico. Mas as medidas impostas para frear a segunda onda da Covid-19 voltaram a mergulhar o país na recessão.

O resultado foi mais de meio milhão de desempregados, em particular nos setores do turismo e da hotelaria. Enquanto isso, o país continua lutando contra a epidemia, contabilizando mais de 57 mil mortos e 2,7 milhões de casos de Covid-19.

 

 

*Por: RFI

MUNDO - A economia global deve crescer 4% em 2021 depois de encolher 4,3% em 2020, disse o Banco Mundial nesta última terça-feira (5), embora tenha alertado que o aumento das infecções por covid-19 e atrasos na distribuição das vacinas podem limitar a recuperação para apenas 1,6% neste ano.

A previsão semestral do Banco Mundial mostrou que o colapso na atividade devido à pandemia do novo coronavírus foi ligeiramente menos grave do que o previsto anteriormente, mas a recuperação também estava mais moderada e ainda sujeita a consideráveis riscos negativos.

"A perspectiva de curto prazo permanece altamente incerta", disse o Banco em um comunicado. "Um cenário negativo em que as infecções continuem a aumentar e o lançamento de uma vacina seja adiado pode limitar a expansão global a 1,6% em 2021."

Com o controle bem-sucedido da pandemia e um processo de vacinação mais rápido, o crescimento global pode acelerar para quase 5%, disse o banco em seu último relatório de Perspectivas Econômicas Globais.

Mais de 85 milhões de pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus e quase 1,85 milhão morreram desde que os primeiros casos foram identificados na China, em dezembro de 2019.

A pandemia deve ter efeitos adversos duradouros na economia global, agravando uma desaceleração já projetada antes do início do surto, e o mundo pode enfrentar uma "década de decepções com o crescimento" a menos que reformas abrangentes sejam implementadas, disse o Banco Mundial.

Contrações mais superficiais nas economias avançadas e uma recuperação mais robusta na China ajudaram a evitar um colapso maior na produção global geral, mas as interrupções foram mais agudas na maioria dos outros mercados emergentes e economias em desenvolvimento, disse o órgão.

O Produto Interno Bruto agregado de mercados emergentes e economias em desenvolvimento -- incluindo a China -- deve saltar 5% em 2021, após uma contração de 2,6% em 2020.

A economia da China deve expandir 7,9% este ano, depois de subir 2% em 2020, afirmou o Banco.

Excluindo a China, os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento devem apresentar alta de 3,4% em 2021, após contração de 5% em 2020.

A renda per capita caiu em 90% dos mercados emergentes e economias em desenvolvimento, levando milhões de volta à pobreza, com a redução da confiança do investidor, o aumento do desemprego e a perda de tempo de educação diminuindo as perspectivas de redução da pobreza no futuro, disse o Banco.

A crise também desencadeou aumento nos níveis de dívida entre os mercados emergentes e economias em desenvolvimento, com a dívida do governo saltando 9 pontos percentuais do PIB, o maior ganho anual desde o final dos anos 1980.

"A comunidade global precisa agir rápida e vigorosamente para garantir que a última onda de dívida não termine com crises de dívida", disse o relatório, acrescentando que as reduções nos níveis da dívida seriam a única maneira de alguns países voltarem à solvência.

O ressurgimento de infecções paralisou uma recuperação nascente nas economias avançadas no terceiro trimestre, com a produção econômica desses países agora devendo subir 3,3% em 2021, em vez de 3,9% como inicialmente previsto, disse o órgão.

O Banco Mundial projeta que o PIB dos EUA vai expandir 3,5% em 2021, depois de contração estimada de 3,6% em 2020. A zona do euro deve registrar crescimento da produção de 3,6% este ano, depois de queda de 7,4% em 2020.

 

 

*Por Andrea Shalal / REUTERS

IBC-BR (Índice de Atividade), que serve para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses, subiu 0,86% em outubro ante setembro

 

BRASÍLIA/DF - A atividade econômica brasileira apresentou o sexto mês consecutivo de alta. O BC (Banco Central) informou nesta segunda-feira (14) que seu IBC-BR (Índice de Atividade) subiu 0,86% em outubro ante setembro, na série já livre de influências sazonais.

Conhecido como "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br é um parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

Em setembro, o avanço havia sido de 1,29% e, em agosto, de 1,39% (dado revisado).

Apesar do resultado positivo em outubro, as riquezas brasileiras ainda acumulam queda de 4,92% em 2020, em razão da crise gerada pela pandemia de coronavírus.

Na comparação anual do IBC-BR, a queda do índice no último mês de outubro é de 2,61% em relação ao mesmo mês de 2019.

Reação tímida
Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, apesar de percebidos em fevereiro, se intensificaram em todo o mundo a partir de março em razão da crise sanitária. Nos últimos seis meses, porém, o IBC-Br já demonstrou reação.

De setembro a outubro, o índice desassonalizado (livre de influência) passou de 135,59 para 136,75.

Por R7
 

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