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SÃO CARLOS/SP - Foi lançado oficialmente no dia 06 do corrente mês, sob os auspícios do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) e do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), o livro “Bernhard Gross – entrevista e outros escritos”, uma publicação organizada por Alfredo Tiomno Tolmasquim*, Antonio Augusto Passos Videira* e Cássio Leite Vieira*, que aborda, ao longo das suas 106 páginas, a última entrevista dada em 2001 por aquele que, para muitos, é o “pai” da física moderna no Brasil. Comemorando o 90º aniversário da chegada deste cientista ao Brasil, a publicação apresenta, ainda, a carreira do Prof. Bernhard Gross, diversos textos sobre o início da física no Brasil e a disseminação internacional dessa área do conhecimento desenvolvida no nosso país.

O lançamento do livro ocorreu nas instalações do MAST e igualmente de forma online, com as presenças do diretor do órgão, Prof. Marcio Pereira Rangel, da diretora do INT, Profª Iêda Maria Vieira Caminha, e dos autores da publicação. De forma remota, o diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, marcou presença e agradeceu a realização do evento, bem como a forma como os autores do livro souberam relatar a vida científica do Prof. Bernhard Gross, tendo ressaltado a importância do homenageado para a pesquisa em física da matéria condensada, principalmente nos eletretos, que teve um grande impacto no então denominado Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC/USP).

“Nos anos 1980, o Grupo de Eletretos desenvolveu microfones de eletreto num projeto para a Telebras, a partir dos conhecimentos gerados pelo Prof. Gross. Um projeto de cooperação para transferir tecnologia para a sociedade, como esse da Telebras, era uma marca do trabalho do Prof. Gross que teve contribuições importantes tanto para a física fundamental quanto para a tecnologia”, pontuou o docente na sua participação online, tendo igualmente sublinhado que, além de ter sido um cientista de renome internacional, o Prof. Bernhard Gross deixou uma marca indelével no IFSC/USP. “Essa marca está devidamente perpetuada no reconhecimento que o IFSC/USP prestou ao Prof. Gross, atribuindo o seu nome ao nosso Grupo de Polímeros, bem como na Biblioteca e no “Prêmio Bernhard Gross”, atribuído todos os anos aos estudantes com alto desempenho acadêmico. O Prof. Gross era um ser humano de grandes qualidades, cujas humildade e generosidade eram faces marcantes em sua personalidade”, sublinhou o diretor do IFSC/USP, que agradeceu a oportunidade por estar representando, no evento, toda a comunidade de sua Unidade, especialmente os colegas do “Grupo de Polímeros Bernhard Gross”.

*Alfredo Tiomno Tolmasquim – Pesquisador Titular do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST);

*Antonio Augusto Passos Videira – Professor Titular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e pesquisador visitante no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF);

*Cássio Leite Vieira – Jornalista especializado em ciências exatas e historiador de Física;

IA detecta texto em pergaminho romano carbonizado há quase 2 mil anos

 

SÃO CARLOS/SP - Equipe composta por pesquisadores do IFSC/USP conquistou no início deste mês o 2º lugar ex aequo com mais duas equipes internacionais no “Vesuvius Challenge 2023 Grand Prize”, um desafio cuja missão é utilizar a Inteligência Artificial (IA) na leitura de pergaminhos romanos carbonizados em uma biblioteca da cidade “Herculano”, após a erupção do Vesúvio em 79 d.C.

Compuseram a equipe o Prof. Odemir Bruno, do IFSC/USP, o Mestrando em Física Computacional no IFSC/USP, Elian Rafael Dal Prá, o Pós-Doutorando no IFSC/USP, Leonardo Scabini, o administrador de sistemas, Sean Johnson, o graduando de Ciências de Computação no ICMC/USP, Raí Fernando Dal Prá, o graduando de Física no IFSC/USP, João Vitor Brentigani Torezan, o mestrando em Engenharia Química no GIMSCOP/UFRGS, Daniel Baldin Franceschini, o graduando de Enfermagem na UNOPAR, Bruno Pereira Kellm e o empreendedor Marcelo Soccol Gris. Saliente-se que o Prof. Odemir Bruno, o Mestrando Elian Rafael Dal Prá e o Pós-Doutorando Leonardo Scabini, pertencem ao Grupo de Computação Científica do IFSC/USP.

O “Desafio do Vesúvio”, mais do que uma competição de aprendizado de máquina e visão computacional que no final do ano de 2023 explorou o enigma dos “Papiros de Herculano” e concedeu mais de US$ 1 mi em prêmios, é considerada, acima de tudo, uma grande colaboração internacional onde a ciência saiu grandemente beneficiada. A etapa que se encerrou no final de 2023 desafiava pesquisadores a decifrar, pela primeira vez,  algumas passagens completas de um dos pergaminhos. Os cientistas deveriam desenvolver algoritmos que pudessem detectar tinta em imagens de tomografia computadorizada obtidas dos papiros carbonizados, que consequentemente revelariam o texto neles contido. A equipe vencedora deste desafio, que faturou US$ 700 mil, foi constituída pelos jovens pesquisadores Youssef Nader (Alemanha), Luke Farritor (Estados Unidos) e Julian Schillinger (Suíça). Às outras três equipes, incluindo a equipe de brasileiros, foi concedido o posto de segundos colocados e dividiram um prêmio de US$ 150 mil.

 

Contextualizando

“Herculano” foi uma cidade localizada na comuna moderna de Ercolano, Campânia, Itália, tendo sido enterrada sob as cinzas provocadas pela erupção do vulcão do Monte Vesúvio. Como a cidade vizinha de Pompeia, “Herculano” é famosa por ser uma das poucas cidades antigas que ficou preservada - mais ou menos intacta - após a ação do vulcão, pois as cinzas que cobriram a cidade também a protegeram contra saques e intempéries. Embora hoje seja menos conhecida do que Pompeia, ela foi a primeira - e por muito tempo a única - cidade enterrada pelo vulcão Vesúvio a ser encontrada (em 1709), enquanto Pompeia só foi revelada a partir de 1748 e identificada em 1763.

Ao contrário do que aconteceu em Pompeia, o material que cobriu “Herculano” - principalmente piroclástico - carbonizou e ao mesmo tempo preservou as madeiras e diversos objetos, como telhados, camas e portas, além de outros materiais de base orgânica, como alimentos e papiros.

 

Para entender a história

No ano de 79, o Monte Vesúvio entrou em erupção e, na cidade de “Herculano”, vinte metros de lama quente e cinzas enterraram uma enorme villa que pertencia ao sogro daquele que muitos consideram ter sido o primeiro Imperador de Roma -  Júlio César. No interior, havia uma vasta biblioteca com rolos de papiro. Os pergaminhos foram carbonizados pelo calor dos detritos vulcânicos, mas, curiosamente, essa ação também provocou a sua preservação. Durante séculos, enquanto praticamente todos os textos antigos expostos ao ar se deterioravam e desapareciam, a biblioteca da “Vila dos Papiros” (assim se chamava) subsistia no subsolo, intacta.

No ano de 1750, um fazendeiro descobriu a vila enterrada e um de seus funcionários, ao cavar um poço, encontrou um pavimento de mármore. As escavações revelaram belas estátuas e afrescos, bem como centenas de pergaminhos carbonizados e acinzentados, apresentando-se extremamente frágeis. Mas, a tentação de abri-los era grande, já que, se lidos, isso mais do que duplicaria o corpus de literatura que existe desde a antiguidade.  Infelizmente, as primeiras tentativas de abrir os pergaminhos provocaram a destruição de grande parte deles. Entretanto, alguns foram cuidadosamente desenrolados por um monge ao longo de várias décadas, tendo-se descoberto que continham textos filosóficos escritos em grego. Mais de seiscentos pergaminhos permanecem ainda hoje fechados e ilegíveis.

Em 2015, o pesquisador, Dr. Brent Seales, da Universidade de Kentucky (EUA), junto com sua equipe, foi pioneiro no designado “desembrulhamento virtual”, ao conseguir ler o pergaminho de En-Gedi (um oásis localizado a Oeste do Mar Morto, perto de Massada, e que é mencionado diversas vezes nos escritos bíblicos) sem abri-lo, utilizando para isso a tomografia de raios X e visão computacional. Descoberto na região do Mar Morto, em Israel, o pergaminho contém um texto do livro de Levítico - o terceiro livro da Bíblia hebraica.

Desde então, a técnica de “desembrulhamento virtual” emergiu como um campo em crescimento com múltiplos sucessos. O trabalho de Brent Seales e de sua equipe mostrou que a indescritível tinta de carbono dos pergaminhos de “Herculano” também pode ser detectada através de tomografia de raios X, estabelecendo as bases para o citado “Desafio do Vesúvio”.

 

O IFSC/USP entre os melhores

O “Desafio do Vesúvio” - ou “Vesuvius Challenge” - foi lançado em março de 2023 para reunir os pesquisadores de todo o mundo para lerem os pergaminhos de “Herculano”. Junto com outros prêmios, foi estipulado um Grande Prêmio destinado à primeira equipe que recuperasse 4 passagens de 140 caracteres de um pergaminho, dando-se início à descoberta do quebra-cabeça dos papiros de “Herculano”, após 275 anos.

Mas, a busca para descobrir os segredos dos pergaminhos está apenas começando. A edição de 2023 do “Desafio do Vesúvio” foi marcante, já que abriu as portas para algo sem precedentes: o acesso a pergaminhos que não são lidos há cerca de dois milênios, com a participação de equipes de pesquisadores. Nesta edição de 2023 do “Vesuvius Challenge - Grand Prize”, a grande vitória do IFSC/USP, que participou da “competição”, não foi apenas alcançar o 2º Prêmio, em igual posição com outras duas equipes internacionais, mas sim integrar um grupo extraordinário de pesquisadores que empreenderam um enorme trabalho para atingirem essa extraordinária meta.

A metodologia utilizada pela equipe do IFSC/USP para fazer a leitura dos pergaminhos consistiu em escanear um papiro carbonizado, tendo sido feita uma tomografia utilizando um acelerador de partículas e, com essa geometria do papiro, ele precisou ser “desenrolado”. A partir dessa ação, a equipe precisou obter algum sinal da tinta desse papiro, ou seja, algo que começasse a formar letras. Conforme explica Elian Rafael Dal Prá, cujo sua participação teve origem em seu trabalho de Iniciação Científica, a parte de pegar, escanear e desenrolar o papiro foi realizada pelo próprio pessoal do “Desafio do Vesúvio” e, a partir daí, esse resultado foi enviado para todos os que estavam participando dos estudos desses dados, sendo que a proposta foi exatamente tentar achar o sinal de tinta.

Contudo, houve uma pessoa - Casey Handmer -, que descobriu que havia um sinal de rachadura nesses dados - designado “crackle”- que sinalizava a tinta da escrita. “Dessa forma, foi possível descobrir muitas  letras nesses papiros que já estavam escaneados e planificados. ”Basicamente, o que fizemos foi aplicar um método de Inteligência Artificial (IA), um método de aprendizado de máquina que buscasse esses padrões de “crackles”, pontua Elian. Para essa ação, ele pediu ajuda a alguns amigos, que compuseram a equipe, para tentar encontrar esses “crackles”, algo que se concretizou através da criação de um banco de dados para fazer com que o algoritmo de aprendizagem de máquina aprendesse isso. “A partir daí, o que fizemos foi jogar na IA repetidamente os dados que criamos, que aprendemos, até formarmos os textos”, sublinha Elian.

Quando as dificuldades de sua  iniciação científica aumentaram e o prazo para o desafio ficava mais curto, por sugestão de seu orientador, Elian entrou em contato com Leonardo Scabini, Pós-Doutorando do grupo de computação interdisciplinar  do IFSC-USP, para fazer parte do time. “Leonardo contribuiu positivamente desde a nossa primeira conversa. O impacto de cada bate-papo era notável no treinamento dos modelos. Sua ajuda foi essencial para que conseguíssemos fazer esse projeto a tempo”, afirma Elian. Na sequência, Elian também contactou com um administrador de sistemas - o norte americano Sean Johnson - que igualmente teve um importante papel na resolução desse problema. “Sean possuía uma grande intimidade com os dados. Ele nos ajudou muito e teve papel fundamental para conseguirmos um resultado mais legível no final da competição”, relata o mestrando do grupo de computação interdisciplinar. “Foi um processo muito interativo”, destaca Elian.

Em relação à “competição” propriamente dita e no que diz respeito ao primeiro colocado, Elian afirma que a disponibilidade de recursos e o tempo para a concretização do projeto foram um desafio. O time que iria vencer o desafio já tinha vencido etapas anteriores, como detectar as primeiras letras no pergaminho, em agosto, levando-os a alcançar resultados muito bons na etapa final de 2023. “Eles já tinham resultados bons. Em novembro nós não tínhamos quaisquer resultados próprios e foi basicamente o resultado deles que fez com que iniciássemos todo o nosso processo; foi uma corrida contra o tempo”, destaca Elian.

 

Próximos passos - Abrindo novas fronteiras

Para Leonardo Scabini, a partir do momento em que foi divulgado o prêmio dessa etapa da competição, todo o código, modelo e os resultados obtidos pelos participantes ficaram públicos, sendo que a próxima etapa será bem mais complexa. “O que eles conseguiram fazer foi ler em torno de 5% apenas de um pergaminho. Agora, a próxima etapa é a restante leitura e já tem gente trabalhando nisso, sendo que estamos nos organizando para o próximo passo. Contudo, já vi gente usando os resultados não só da equipe que venceu o “Desafio do Vesúvio”, como os nossos também. Então, apesar de ter existido uma classificação, com um primeiro lugar e  três equipes colocadas em segundo lugar, as contribuições de todos se somaram e quem ganha é a ciência e a humanidade. Para a próxima etapa estamos nos organizando para continuar ativamente pensando em como melhorar o nosso time e como melhorar a nossa IA”, esclarece Leonardo.

Em relação ao desafio propriamente dito, o Prof. Odemir Bruno destaca que a contribuição científica é muito mais valiosa do que o prêmio financeiro da competição. O desafio de ser revelado um pergaminho carbozinado há 2000 anos e praticamente considerado no passado como impossível de ser lido, demonstra o grande potencial da inteligência artificial. “Muito se fala sobre a Inteligência Artificial na mídia, na maioria das vezes posicionando-a como uma ameaça. Entretanto, ao revelar um conteúdo histórico de valor inestimado, a área da inteligência artificial, se revela com uma nova revolução na Ciência, com potencial para trazer grandes benefícios para a humanidade. Não devemos temer o conhecimento, devemos compreende-lo e usá-lo para nossa continua evolução.

Ainda em relação ao desafio, o cientista destaca que as 4 equipes vencedoras conseguiram resolver o problema seguindo caminhos diferentes.  “Na Ciência, as contribuições se somam, agora que os códigos das 4 equipes foram publicados, com eles podem ser desenvolvidos métodos ainda mais eficientes. Os novos métodos, baseados nos 4 vencedores podem ser usados  tanto na continuidade do problema dos pergaminhos como em outras áreas.

E, se os cientistas conseguiram ler um pergaminho que se carbonizou há dois mil anos, existe a firme convicção de que eles poderão olhar para a lâmina de um microscópio e detectar uma célula tumoral, ou olhar uma nanoestrutura e descobrir um material novo. “Certamente que sim. Futuramente, seremos capazes de olhar para a estrutura de uma máquina, de um avião, e detectar falhas com uma razoável antecedência, prevenindo dessa forma possíveis catástrofes. A IA pode realizar coisas que hoje parecem impossíveis - por exemplo, descobrir a cura para uma doença ou detectar o surgimento de um tumor em tempo hábil. Isso demonstra que estamos vivendo uma revolução na ciência, tudo por conta da IA e com certeza a humanidade vai ser beneficiada. O que é importante é que na ciência tudo se soma”, conclui o pesquisador.

 

O conteúdo desvendado no pergaminho

Os fragmentos revelados no pergaminho - provavelmente escritos pelo filósofo Filodemo de Gádara -, discutem conceitos da filosofia epicurista sobre a busca pelos prazeres da vida, enfatizando a importância da música, da alimentação e de como desfrutar dos prazeres cotidianos de forma equilibrada. Ele explora a filosofia de que o prazer é o bem supremo, mas destaca a necessidade de entender corretamente o que constitui um prazer verdadeiro, sugerindo uma reflexão sobre a moderação e o valor dos prazeres simples. Finalmente, o pergaminho conclui, em tradução direta: “…pois [não] nos abstemos de questionar algumas coisas, mas de compreender/lembrar outras. E que seja evidente para nós dizer coisas verdadeiras, como muitas vezes poderiam ter parecido evidentes!”

A participação do IFSC/USP neste desafio - que tem sua continuação mais para a frente -  mostra que a ciência brasileira é muito competitiva internacionalmente, mesmo com recursos e verbas bem inferiores aos que os países desenvolvidos possuem. Será uma questão de criatividade que supera tudo e todos? Talvez!!! O certo é que a ciência brasileira está forte, consolidada e competitiva.

Para conferir o artigo submetido pela equipe do IFSC/USP ao “Vesuvius Challenge”, acesse - https://github.com/erdpx/vesuvius-grand-prize

 

 

 

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está abrindo vagas para médico em início de carreira - já com CRM ativo -, dentista e fisioterapeuta em final de curso de graduação para desenvolverem atividades em pesquisas de laserterapia na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC).

Os interessados deverão enviar o respectivo CV para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) inicia no próximo dia 07 de dezembro as comemorações do seu 30º aniversário com um evento que integrará o lançamento do livro intitulado “Além das Facetas - os passos e os feitos de Yvonne Mascarenhas”, da autoria do Prof. Antonio Carlos Hernandes, marcado para as 16h30 desse dia, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”.

Fará ainda parte do  evento a apresentação do novo logotipo do IFSC/USP, que assinala a efeméride, um momento cultural com as participações da pianista Heloisa Fernandes e do flautista Antonio Carrasqueira, seguindo-se uma sessão de autógrafos com a presença da Profª Yvonne Mascarenhas.

As comemorações do 30º aniversário do IFSC/USP irão se prolongar até dezembro de 2024.

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) apresenta no próximo dia 22 do corrente mês, às 19h00, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas, mais uma edição do programa “Ciência às 19h00”, com a participação do Prof. Tito Aureliano, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DINOlab - UFRN), que dissertará sobre o tema "Paleontologia em 60 minutos".

Tendo em consideração que a humanidade surgiu há pelo menos 300 mil anos e que já foi alvo de inúmeras doenças e desastres naturais, sobretudo com a crescente mudança climática, o certo é        que todos esses desafios também foram enfrentados por outros seres que dominaram este planeta no passado, incluindo dinossauros, que aqui resistem a todos os mesmos desafios há mais de 233 milhões de anos.

Nesta edição do “Ciência às 19 Horas”, palestra, o paleontólogo convidado apresentará um olhar para o passado para que se possa compreender como diferentes grupos de organismos sobreviveram a esses desafios e o que eles têm a ensinar sobre o nosso futuro.

Inovações tecnológicas do IFSC/USP já beneficiaram cerca de cinco mil pacientes de todo o país

 

SÃO CARLOS/SP - A Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF), localizada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC), fruto de uma feliz parceria entre essa entidade e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está comemorando oito anos de sua criação, com uma atividade intensa dedicada à saúde e à qualidade de vida da sociedade.

As largas dezenas de pesquisadores que passaram por essa Unidade ao longo destes anos - pós-doutorandos, doutorandos, mestrandos e alunos de iniciação científica - contribuíram em larga escala para a formação de novos profissionais que viriam auxiliar no desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias à base de laser e protocolos para tratamento de pacientes com os mais variados quadros clínicos - câncer de pele, onicomicose (micose da unha), úlceras venosas diabéticas e arteriais, fibromialgia, artrose e sequelas de Covid, entre outros. É um vasto trabalho desenvolvido e executado no IFSC/USP, que culminou com a introdução de novas metodologias dedicadas aos mais diversos tratamentos e o lançamento de vários equipamentos que foram absorvidos pela indústria nacional e que hoje se encontram ao dispor de todos, tudo isso tendo como foco a sociedade.

Para o Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, coordenador da UTF, essa Unidade está se renovando a cada dia, sendo que, nos últimos anos, foram adicionados protocolos para a realização de novos tratamentos para doenças, como, por exemplo, tendinite, burcite, capsulite adesiva, sequelas pós-covid e, ainda estudos sobre o sono. A área de odontologia, coordenada pelo pesquisador e pós-doutorando do IFSC/USP, Dr. Vitor Hugo Panhóca, também tem estado em destaque, com o desenvolvimento de vários projetos de tratamentos relacionados, entre outros, com a recuperação de olfato e paladar (sequelas da Covid), mucosite, paralisia facial e, mais recentemente, minimizando as consequências da Doença de Parkinson, com resultados muito expressivos. Uma das mais recentes pesquisas na UTF, atualmente em curso, diz respeito às substanciais alterações tecnológicas que foram feitas visando potencializar a utilização do laser em processos de cicatrização, estando neste momento ocorrendo a fase experimental de tratamentos em fissuras mamárias, um projeto liderado pela pesquisadora Drª Sabrina Peviani, fisioterapeuta e especialista em saúde da mulher, em estreita colaboração com a médica pediatra Dra. Renata Bagnato, cuja missão é acompanhar de perto os processos. “De fato, estamos testando um novo dispositivo tecnológico diferenciado, à base de laser, cujo objetivo é facilitar o processo de cicatrização das fissuras mamárias, já que elas provocam bastantes dores nas lactantes, criando impactos negativos na amamentação. É uma visão diferenciada por parte do cientista do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, responsável por todas as pesquisas desenvolvidas na UTF”, pontua Antonio de Aquino Junior.

Com cerca de cinco mil atendimentos registrados ao longo destes oito anos, a UTF continua seu caminho na busca por inovações tecnológicas desenvolvidas no IFSC/USP, devidamente aprovadas e posteriormente disseminadas entre os profissionais de saúde, beneficiando, assim, todos quantos necessitam de atendimento e tratamentos para as mais diversas doenças.

SÃO CARLOS/SP - A Comissão de Relações Internacionais do Instituto de Física de São Carlos (CRInt-IFSC/USP), por meio de seus coordenadores - Profs. Gregório C. Faria e Diogo Boito, abriu as inscrições para a participação de estudantes de graduação de fora do Brasil oriundos de todo o mundo para o programa de estágio internacional (International Undergraduate Internships Programa) que ocorrerá pelo período de dois meses, em suas instalações, entre 2023 e 2024.

O objetivo da CRInt do IFSC/USP é dobrar o número de alunos estrangeiros que participaram do programa anterior, intitulado Jhoti, Cortes & Salazar Scholarships, (7) em 2022, onde houve 250 candidaturas, pretendendo acolher este ano um total de até 15 estudantes. Os estágios ocorrerão entre os meses de novembro de 2023 e 2024, de forma a englobar as férias de verão que acontecem nos dois hemisférios.

“É uma expansão do fantástico programa iniciado anteriormente pelo Prof. Richard Garratt e que obteve um enorme sucesso, que nesse momento teve como foco os alunos residentes na América Latina, com ênfase em estágios com projetos que envolvessem pesquisa na área de ciências biológicas. Agora, a intenção é dar um passo em frente e expandir esse programa de intercâmbio internacional para alunos de todo o mundo, convidando-os a passar dois meses no IFSC/USP e em qualquer área de pesquisa que integra o nosso Instituto”, sublinha o Prof. Gregório Faria.

As excelentes experiências vivenciadas pelos alunos que anteriormente participaram deste programa e pelos próprios pesquisadores do IFSC/USP em anos anteriores fizeram com que a diretoria do Instituto imediatamente apoiasse e patrocinasse a expansão programática da iniciativa. “O principal foco é atrair estudantes talentosos para o IFSC/USP e mostrar a consistência deste programa de intercâmbio internacional, mantendo intactos os patrocínios e metas anteriores, bem como a importância de seu crescimento e ampliação, havendo a intenção de institucioná-lo com periodicidade anual”, complementa o Prof. Diogo Boito.

Este renovado programa já conta com cerca de vinte professores do IFSC/USP que se dispuseram a acompanhar, orientar e trabalhar em suas áreas de pesquisa com os alunos estrangeiros que forem selecionados a partir dos projetos que os mesmos submeterem à CRInt, algo que merece o agradecimento dos responsáveis por este intercâmbio internacional.

A duração dos estágios será de dois meses, sendo que os alunos selecionados terão direito a acomodação inteiramente por conta do IFSC/USP, sendo que as verbas para manutenção de cada um, bem como o ticket-aéreo, serão atribuídos após análise individual de cada candidato. Alunos mais carentes serão fortemente apoiados pela organização.

Todas as informações sobre as candidaturas para este programa de intercâmbio internacional estão presentes no cartaz abaixo, com o prazo final para a inscrição marcado para o dia 08 de outubro deste ano, sendo que os interessados em se inscrever deverão preencher o devido formulário em:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScBxT_y2XbQ9FjQcU4iVAOqTyMyzr2x9R-svHlhVqB4vyX30Q/viewform?pli=1

Palestras e oficinas reforçam ações afirmativas

 

SÃO CARLOS/SP - Numa iniciativa conjunta de todas as Comissões de Inclusão e Pertencimento do Campus USP de São Carlos e com o incondicional apoio dado pelas diretorias das Unidades aí sediadas, realizou-se no dia 21 do corrente mês nas instalações do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP, a iniciativa “Letramento Racial”, com a participação de Lucas Módolo, consultor em Relações Raciais com foco no tema das bancas de hereoidentificação e na modelagem de programas de diversidade e de ações afirmativas pelo Estado e pelo mundo corporativo. Com uma rica experiência em ações afirmativas, Módolo percorre essa ação tanto do ponto de vista para o entendimento da motivação das escolhas feitas através dos critérios que a USP e a legislação brasileira adotam para as cotas, como no processo antifraude que se deve instituir para garantir que haja justiça em todo o processo.

Através de uma palestra seguida de uma oficina, ambas repetidas nos dois períodos do dia, esta ação foi pensada tendo em consideração o momento importante pelo qual a Universidade passa, ao decidir discutir e adotar, também, as ações afirmativas no que concerne aos concursos para admissão de servidores técnicos administrativos e docentes. A reserva de 20% das vagas será aplicada para os concursos com abertura de três vagas ou mais. Para as seleções com uma ou duas vagas, os candidatos pretos, pardos ou indígenas receberão pontuação diferenciada a partir da regulamentação estadual.

Bancas de heteroidentificação

O que a USP prevê, tanto nos processos de ingresso na graduação, como agora no ingresso de servidores não docentes e docentes, é a realização de um procedimento dividido em duas etapas. A primeira, diz respeito a uma autodeclaração, onde o candidato se autodeclara preto ou pardo, seguindo-se a realização de uma banca de heteroidentificação que, na prática, valida a etapa anterior e garante o acesso às vagas reservadas ou à pontuação diferenciada a que faça jus. A Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP tem já em curso uma iniciativa, em formato virtual, de formação das pessoas que pretendam fazer parte dessas bancas, só que as Comissões de Inclusão e Pertencimento do Campus da USP de São Carlos entenderam que essa iniciativa de formação deveria ser presencial, pela necessidade de se poder abranger o maior número de pessoas interessadas em se candidatar a compor as citadas bancas de heteroidentificação. Foi baseada nesses pressupostos que se promoveu a iniciativa “Letramento Racial”, cujos resultados foram extremamente positivos, conforme explica o Prof. Fernando Paiva, Presidente da Comissão de Inclusão e Pertencimento do IFSC/USP.

“Lucas Módolo é um profissional da área de Direito, formado pela Faculdade de Direito da USP, que desde há algum tempo tenta entender a modelagem de programa de ações afirmativas e a consequente existência de fraudes na experiência brasileira de implementação da política de cotas raciais. Foram, como citado acima, uma palestra seguida de uma oficina, repetidas nos dois períodos do dia, onde os participantes tiveram a oportunidade de aprender sobre temas relacionados ao racismo no Brasil, que dão origem à desigualdade racial encontrada em diferentes espaços da sociedade, inclusive na universidade. Além disso, aprenderam sobre questões técnicas que nortearam as escolhas da USP no que se refere aos critérios adotados. As oficinas foram constituídas por simulações de bancas de heteroidentificação, incluindo questões protocolares, como, por exemplo, a recepção e abordagem feitas ao candidato, e questões mais técnicas acerca do processo de heteroidentificação propriamente dito”, pontua Paiva.

Desequilibrio racial

A USP tem vindo a sofrer um forte desequilibrio racial, cuja origem reside na própria sociedade. Fernando Paiva sublinha que a lei de cotas veio com base nessa análise sociológica e histórica, que evoluiu para uma desigualdade muito acentuada, inclusive em termos de condições, sendo que o reflexo disso se evidenciou antes da instituição dessa política. “Anteriormente - e ainda hoje isso se verifica, embora com menos intensidade - no ingresso na graduação, a Universidade tinha essencialmente um conjunto de alunos brancos. Essa disparidade é de certa forma estranha, particularmente quando consideramos que a população brasileira possui considerável percentual de pessoas pretas ou pardas. Quando isso não se enxerga na Universidade,  você começa a perceber que tem algo errado. Não diferente é a situação quando consideramos servidores e docentes da USP”, observa o Prof. Fernando Paiva.

A partir deste ano, a USP toma uma decisão importante ao indicar que os concursos passam a ser regidos pela nova regra, ou seja, dando a oportunidade das pessoas se autodeclarem pretos, pardos ou indígenas, com o intuito detendo acesso às vagas ou bonificações previstas na resolução aprovada pelo Conselho Universitário. As bancas de heteroidentificação, que deverão ser o mais heterogéneas possível em termos de representação racial, de gênero e nível de formação, assumem um papel crucial neste processo que visa reparar uma questão histórica que culmina em uma inadequada representação racial na Universidade, em todos os seus campi.

O Prof. Fernando Paiva faz questão de agradecer ao ICMC/USP pela disponibilização de suas infraestruturas que serviram de base para a realização da iniciativa “Letramento Racial”.

“Os laboratórios estão cheios de jovens fazendo aquilo para o qual estão destinados - ser cientistas”

 

SÃO CARLOS/SP - Uma delegação do Russian Quantum Center (RQC), composta por dez cientistas, visitou no dia 18 deste mês de agosto as instalações do Grupo de Óptica do IFSC/USP, tendo sido recebida pelo coordenador do grupo, Prof. Vanderlei Salvador Bagnato. Pela primeira vez no Brasil e verdadeiramente interessado em todos os pormenores relativos ao funcionamento e características dos laboratórios, o grupo de cientistas manteve diálogos com os alunos de pós-graduação e com os pesquisadores seniores da área, tendo, inclusive, trocado várias experiências através da realização de um seminário.

O Prof. Ruslan Yunusov, que liderou a equipe, mostrou-se bastante impressionado com as pesquisas que são desenvolvidas no IFSC/USP e com a quantidade de laboratórios que se encontram instalados em nosso Instituto, particularmente aqueles que estão dedicados exclusivamente às áreas de óptica e fotônica. “É de fato impressionante verificar a quantidade de experimentos que estão sendo realizados aqui e com a participação ativa de jovens pesquisadores. Na maioria dos locais onde se faz ciência e se executam experimentos, apenas vemos grandes salas, equipamentos dos mais variados estilos, mas esses espaços geralmente estão vazios, embora as pesquisas se desenrolem. Aqui, não vemos isso. Vemos os laboratórios cheios de jovens fazendo aquilo para o qual estão destinados - serem cientistas”, sublinha Ruslan.

O objetivo da visita da delegação de cientistas russos foi aprofundar a colaboração que existe com o IFSC/USP desde há algum tempo, detectando quais as áreas em que eles poderão colaborar mais intensamente em projetos de interesse comum, sendo que dentro de algum tempo apresentarão diversas propostas para aproximar e consolidar essa colaboração científica, onde sobressaem as áreas de física quântica, fotônica e biofotônica, entre outras.

O que é o RQC

Criado em 2012, o Russian Quantum Center (RQC) é uma organização de pesquisa não governamental que se dedica à realização de pesquisas fundamentais e aplicadas no campo da física e de tecnologias quânticas modernas - computação quântica, simulação, comunicação e sensoriamento, bem como no desenvolvimento e comercialização de novas tecnologias e dispositivos baseados em efeitos quânticos.

Localizado nas imediações de Moscou, o RQC congrega doze laboratórios, empregando mais de 170 pesquisadores, assumindo-se como um centro de ciência e tecnologia sem fins lucrativos exclusivo para a Rússia, tendo assumido, em pouco tempo, uma posição de liderança, inclusive mundial, em seu campo de pesquisa. Os destaques científicos do RQC, que germinaram no início deste século, dizem respeito a sensores supersensíveis, fotomultiplicadores de estado sólido, lasers de femtossegundos, cardiógrafos magnéticos supersensíveis e outros – destinados aos setores financeiro, de telecomunicações, saúde e outros. O principal desenvolvimento em curso é um sistema de comunicação quântica para transmissão de dados completamente segura nos setores bancário, governamental e outros.

Conceitos básicos da colaboração com o RQC

De fato, o IFSC/USP vem colaborando há cerca de vinte anos com os cientistas da Federação Russa em múltiplos aspectos relacionados com a ciência fundamental, incluindo as ciências quânticas. Muitos cientistas russos têm visitado e permanecido algum tempo no nosso Instituto, sendo que dessas interações resultaram muitos trabalhos relevantes, comprovando, assim, essa tradição de colaboração.

Para o Prof. Vanderlei Bagnato, que acompanhou a visita da delegação russa, o RQC de Moscou foi criado exatamente porque já se visualiza uma nova revolução científica baseada em conceitos que só agora se estão consolidando como possíveis de serem aplicados diretamente em problemas relevantes. “Nós tivemos o avanço do conhecimento na mecânica, exatamente com a designada Revolução Industrial e com ela o conceito da conversão da energia: nascia, então, a máquina a vapor. As máquinas deixaram de ser abastecidas através da força humana, passando a ser geridas com o intelecto humano. Isso permitiu ao mundo criar uma forma diferente de produção - e o mundo mudou”, enfatiza Bagnato.

O mundo unido a caminho de uma nova revolução científica

O caminho da ciência não parou, muito pelo contrário, aumentou sua velocidade, já que na esteira dessa Revolução Industrial aconteceu o evento da eletricidade, que estava “preso” nas mãos dos cientistas. Em poucos anos ele começou a fazer parte do cotidiano das sociedades, reforçando assim o campo dessa mudança, acabando por emendar com a outra revolução que se seguiu, que foi a Revolução da Eletrônica, que ainda a estamos vivendo. “Normalmente, uma revolução científica acontece quando as pessoas têm conhecimento suficiente de uma área para depois a disseminarem. A mecânica quântica era um conceito que era importante ser entendido para mudar a concepção de certas tecnologias - GPS, relógio atômico, computação quântica, novos sensores de gravimetria de campo magnético, etc.. Então, estamos no limiar de uma nova revolução - a Revolução Quântica - e para que ela seja bem sucedida, para que não tenha problemas, é necessário que haja um entrelaçamento de competências no mundo todo, para que não existam países que fiquem à margem dela. Você tem centros de pesquisa quântica na Europa, nos Estados Unidos, na Rússia e na China, só para dar alguns exemplos, enquanto no Brasil ainda estamos bem devagar, motivo pelo qual devemos aprofundar relações com esses centros que estão evoluindo rapidamente. A vinda da delegação de cientistas russos foi exatamente para estreitar os laços que permitam a participação de todo o mundo em algo que irá despontar com uma nova tecnologia que deverá estar disponível para todos, sem excepção, num contexto global”, afirma Vanderlei Bagnato.

Uma colaboração com todos os centros de pesquisa independente de sua origem

“Sendo que a base da vida é atômica e molecular, são os desvios nesse nível que têm consequências no mundo macroscópico”, pondera Vanderlei Bagnato, reforçando a necessidade de, com esses conceitos, por exemplo, se começar a entender as bases das doenças em nível molecular para se poder atuar de forma pioneira. “Iremos colaborar com todos os centros de pesquisa, independente de sua origem, para globalizar esses conceitos. O RQC, por exemplo, já se prepara para enviar pesquisadores para colaborarem em trabalhos aqui, no IFSC/USP”, conclui Bagnato.

A ciência quântica não é só tecnologia, já que existem desafios muito grandes em diversas áreas, como, por exemplo, na saúde e em materiais. Segundo Bagnato, o importante é que existe a necessidade de se chegar a esse nível de entendimento para que diversas perguntas possam ser respondidas. Porque é que evoluímos da forma como aconteceu até agora?... Porque é que a espécie humana é da forma como se apresenta?... Podemos prolongar mais a vida do ser humano?.. Como?...

SÃO CARLOS/SP - A Profª Drª Cristina Kurachi, uma das principais pesquisadoras do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), será a convidada especial em mais uma edição do programa “Ciência às 19 Horas” que ocorrerá no próximo dia 22 de agosto, às 19h00, no Auditório “Prof. Sérgio Mascarenhas”.

Este evento, gratuito e aberto a todos os interessados, está integrado na “SIFSC-13” - 13ª Semana Integrada da Graduação e Pós-Graduação do Instituto de Física de São Carlos - USP”.

A pesquisadora convidada irá falar sobre a trajetória do desenvolvimento da tecnologia da terapia fotodinâmica para o câncer de pele não melanoma e os caminhos percorridos dos laboratórios de pesquisa à recomendação para incorporação no SUS.

De fato, o Grupo de Óptica do IFSC/USP iniciou as pesquisas em terapia fotodinâmica em 1999 e, desde então, os pesquisadores do grupo vêm adquirindo conhecimento e desenvolvendo equipamentos e protocolos para diversas aplicações da terapia fotodinâmica no tratamento do câncer e lesões infectadas.

Nesta apresentação, Cristina Kurachi apresentará a trajetória do desenvolvimento, desde os experimentos de bancada e nos modelos animais, os ensaios clínicos para aperfeiçoamento e validação do método, até a recente recomendação da CONITEC para a incorporação no SUS da terapia fotodinâmica como método de tratamento do carcinoma basocelular.

Em sua apresentação, a pesquisadora discutirá a importância da pesquisa básica e clínica, do desenvolvimento dos equipamentos e da parceria com os colaboradores clínicos e empresas, resultando nesse exemplo de sucesso um desenvolvimento científico que ultrapassou os muros da Universidade para chegar à sociedade brasileira.

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