EUA - O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, revogou medida do antecessor, Donald Trump, que vetava a entrada de alguns imigrantes no país por suposto "risco para o mercado de trabalho".
Com a decisão, Biden inverteu com efeito imediato a decisão de Trump, anunciada em 22 de abril de 2020, nos primeiros meses da pandemia de covid-19, que atingiu duramente a economia dos EUA e atrasou a criação de emprego.
A decisão de Trump, prorrogada em junho de 2020 e depois em 31 de dezembro de 2020, determinava a suspensão da entrada de imigrantes e não imigrantes que representassem risco durante a recuperação econômica, após a pandemia.
Joe Biden defendeu agora que impedir a chegada dessas pessoas não faz avançar os interesses da América. "Pelo contrário", acrescentou, "prejudica os Estados Unidos, inclusive ao impedir membros de famílias de cidadãos americanos e residentes permanentes legítimos de se reunirem com familiares".
De acordo com o decreto, a decisão do antecessor também prejudica as indústrias americanas que utilizam talentos de todo o mundo. Além disso, "prejudica os indivíduos que foram selecionados para receber a oportunidade de se candidatarem, e aqueles que receberam vistos de imigrantes por meio da Lotaria da Diversidade de Vistos".
Além de reverter a decisão da administração anterior, Biden instruiu os secretários de Estado, Trabalho e Segurança Interna a reverem "quaisquer regulamentos, ordens, documentos de orientação, políticas e quaisquer outras ações similares" desenvolvidos sob o decreto anterior e, se necessário, emitir novas disposições, de acordo com a atual política.
*Por RTP
VIENA - Cabe aos Estados Unidos dar o primeiro passo para salvar o acordo nuclear com o Irã, disse o embaixador do Irã em Genebra na Conferência sobre Desarmamento, patrocinada pela ONU, na quarta-feira.
“A responsabilidade recai sobre o ofensor em retornar, reiniciar e compensar os danos, bem como assegurar que eles não renegarão novamente”, disse o embaixador Esmaeil Baghaei Hamaneh.
“Há um caminho a seguir com uma sequência lógica, como o ministro (das Relações Exteriores iraniano) (Mohammad Javad) Zarif descreveu recentemente.”
*Reportagem de François Murphy / REUTERS
EUA - O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, disse nesta 2ª feira (22.fev.2021) que a China está pronta para reabrir o diálogo com os Estados Unidos, mas pediu, como 1º passo, que os norte-americanos parem de interferir em seus assuntos internos, como nas questões de Tibete, Hong Kong, Xinjiang e Taiwan.
Wang ressaltou que, recentemente, as relações entre os 2 países “esbarraram nas maiores dificuldades desde o estabelecimento de laços diplomáticos”, e pediu que Biden derrube “tarifas irracionais” sobre os produtos chineses.
Os comentários do ministro reforçam a pressão que a China vem exercendo para que o governo Biden retire medidas adotadas por seu antecessor, Donald Trump.
Isso inclui assuntos comerciais e tecnológicos que levaram Trump a aumentar as tarifas sobre as importações chinesas, em 2017, e impor proibições ou outras restrições às empresas de tecnologia chinesas e ou de intercâmbio acadêmico.
Trump também aumentou os laços militares e diplomáticos com Taiwan, região autogovernada reivindicada pela China como seu próprio território, e sancionou autoridades chinesas por abusos contra minorias muçulmanas em Xinjiang e repressão às liberdades em Hong Kong.
Embora Biden tenha prometido maior engajamento e um tom mais ameno na diplomacia dos EUA, não está claro se ele fará alguma mudança fundamental nas políticas em relação à China.
Wang disse que a China não tinha “nenhuma intenção de desafiar ou substituir os Estados Unidos” e estava pronta para coexistir pacificamente e buscar o desenvolvimento comum.
O ministro disse que os EUA deveriam reativar todos os níveis de diálogo –interrompidos durante o governo Trump, segundo Wang– e observou que uma recente ligação entre Biden e o presidente chinês Xi Jinping foi um passo positivo.
“A reparação da relação bilateral danificada permitiria que os 2 lados trabalhassem juntos no combate à pandemia, às mudanças climáticas e à recuperação econômica global”, afirmou.
Sobre o comércio, Wang disse que a China defenderia os direitos das empresas norte-americanas, mas espera que os EUA “ajustem suas políticas o mais rápido possível”.
Os EUA também precisam derrubar restrições nas áreas de mídia, educação e circulação de pessoas para reverter declínios acentuados no número de chineses estudando nos EUA e visitas de chineses para turismo ou negócios, disse Wang.
“Espero que os 2 lados trabalhem juntos para conduzir o navio gigante das relações China-EUA de volta ao curso de um bom desenvolvimento para um futuro brilhante, sem limites.”
WASHINGTON - A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA suspendeu na sexta-feira a negociação de mais títulos, que registraram saltos nos preços e nos volumes de negociação desde o final de janeiro em meio ao interesse da mídia social.
A SEC suspendeu temporariamente as negociações da Marathon Group Corp, Affinity Beverage Group Inc e Sylios Corp começando na sexta-feira e terminando em 4 de março, disse a SEC em declarações publicadas em seu site.
As suspensões são o esforço mais recente da SEC para abordar o crescente interesse dos investidores de varejo impulsionado por conversas em plataformas de mídia social, principalmente em um aumento e subsequente queda nos preços das ações da GameStop Corp. Na semana passada, o regulador suspendeu a negociação de uma ação extinta.
A negociação volátil dos chamados "estoques de meme", ativos que atraem súbito interesse de investidores de varejo em meio a discussões em plataformas de mídia social, deixou tanto os fundos de hedge quanto os investidores de varejo sofrendo grandes perdas nas últimas semanas. O tumulto do mercado atraiu o escrutínio de reguladores federais e estaduais, bem como de legisladores dos EUA, que interrogaram na quinta-feira executivos do corretor online Robinhood, do market maker Citadel Securities e de fundos de hedge.
Em cada uma das três declarações separadas detalhando as suspensões de negociação de sexta-feira, a SEC disse que “certas contas de mídia social podem estar envolvidas em uma tentativa coordenada de influenciar artificialmente” os preços das ações.
A SEC tem analisado as ações de todos e quaisquer participantes envolvidos nas negociações recentes. A possível má conduta que a SEC está investigando, de acordo com seu presidente em exercício, inclui: manipulação de mercado; se os corretores de varejo violaram as regras de acesso justo ao restringir a compra; o papel dos fundos de hedge com posições curtas nas empresas, incluindo se havia dados suficientes e transparência sobre suas apostas; e se as empresas aproveitaram a alta para levantar fundos.
Todos os três títulos suspensos na sexta-feira tiveram aumentos repentinos em seus preços e volumes de ações na ausência de qualquer notícia publicamente disponível, disse o regulador. A SEC alertou ainda os corretores e outros corretores para se certificarem de que cumpriram as regras de proteção ao investidor quando as negociações forem retomadas.
*Reportagem de Chris Prentice / REUTERS
EUA - Os Estados Unidos se reintegraram oficialmente ao Acordo de Paris sobre o clima na sexta-feira (19), revigorando a luta global contra a mudança climática, enquanto o governo do presidente Joe Biden planeja cortes drásticos nas emissões de gases de efeito estufa para as próximas três décadas.
Cientistas e diplomatas estrangeiros saudaram a volta dos EUA ao tratado, que se tornou oficial 30 dias depois de seu presidente, Joe Biden, determinar a medida em seu primeiro dia no cargo.
Desde que quase 200 países assinaram o pacto de 2015 para evitar a mudança climática catastrófica, os EUA foram o único a sair. O ex-presidente Donald Trump adotou a ação, alegando que uma ação climática seria cara demais.
O enviado dos EUA para o clima, John Kerry, participa hoje de eventos virtuais para marcar a volta dos EUA, aparecendo com os embaixadores do Reino Unido e da Itália, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e o enviado de ambição climática da ONU, Michael Bloomberg.
Biden prometeu traçar uma rota para zerar as emissões norte-americanas até 2050. Cientistas disseram que essa meta está alinhada ao que é necessário, mas enfatizaram que as emissões mundiais precisam cair pela metade até 2030 para evitar impactos mais devastadores do aquecimento global.
Kerry e a conselheira climática doméstica de Biden, Gina McCarthy, estão elaborando novos regulamentos e incentivos com o objetivo de acelerar a produção de energia limpa e a transição dos combustíveis fósseis.
Essas medidas formarão a espinha dorsal da próxima meta de redução de emissões de Washington, ou Contribuição Determinada Nacionalmente, anunciada antes de uma cúpula climática global de líderes que Biden presidirá em 22 de abril. A próxima conferência climática da ONU será em Glasgow, em novembro.
Biden também já assinou mais de uma dúzia de decretos relacionados à mudança climática e mobilizou todas as agências federais para que ajudem a moldar a reação do governo.
Apesar do entusiasmo com a volta dos EUA às negociações mundiais, especialistas dizem que o caminho à frente não será fácil. As metas climáticas de Biden enfrentam desafios políticos nos EUA, a oposição de empresas de combustíveis fósseis e alguma preocupação de líderes estrangeiros com o vaivém norte-americano nas diretrizes para o clima.
*Por Valerie Volcovici - Repórter da Reuters
O Irã "reverterá imediatamente" as ações relacionadas ao seu programa nuclear quando as sanções dos Estados Unidos (EUA) forem suspensas, disse hoje (19) o ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, reiterando a posição de Teerã quanto à proposta de Washington de retomar as conversações.
Na quinta-feira (18), o governo do presidente norte-americano, Joe Biden, disse estar pronto para ressuscitar um acordo de 2015, entre o Irã e potências mundiais, que o ex-presidente Donald Trump abandonou em 2018 antes de reativar sanções ao Irã.
Quando as sanções forem suspensas, "reverteremos imediatamente todas as medidas corretivas. Simples", disse o chanceler no Twitter.
Também na quinta-feira, Zarif tuitou que as "medidas corretivas" de seu país são uma reação a violações do acordo cometidas pelos EUA, o Reino Unido, a França e Alemanha. China e Rússia também são signatárias do pacto.
Mais cedo, Zarif afirmou, em entrevista divulgada em um site do governo, que os EUA não somente descumpriram suas obrigações, mas mantêm a "pressão máxima fracassada" de Trump, apesar de afirmar que estão dispostos a retomar o acordo nuclear.
"Portanto, os europeus precisam notar que a pressão sobre o Irã não funciona, e que comentários inúteis tampouco servem para algo", disse Zarif, acrescentando: "Assim que virmos medidas dos Estados Unidos e da Europa para o cumprimento de suas obrigações, reagiremos imediatamente e retomaremos nossos compromissos."
*Por Parisa Hafezi - Repórter da Reuters
EUA - Sabemos que exoplanetas são comuns na nossa galáxia, mas questões de vida alienígena e civilizações extraterrestres são tema de especulação desde sempre. Dado que ainda não encontramos evidências de nenhum dos dois, os astrônomos estão atualmente interessados em como podemos encontrá-los. Uma nova pesquisa sugere um método peculiar: procurar poluição.
O trabalho foi aceito para publicação no Astrophysical Journal, e nele a equipe responsável por esta pesquisa discute como o dióxido de nitrogénio (NO2) pode ser utilizado para encontrar civilizações alienígenas. Na Terra, o gás é um subproduto da combustão, e poderia ser visível nas observações da atmosfera de planetas distantes com os telescópios de última geração.
Os astrônomos procuram alguns marcadores de vida na atmosfera desses exoplanetas. Estas são bioassinaturas. Mas agora também exploram as “tecnossignaturas” – moléculas que estariam presentes no ar daqueles mundos distantes na presença de civilizações industrializadas.
Descobrir dióxido de nitrogénio fora da Terra não seria assim tão linear. O gás também é produzido naturalmente, então os astrônomos terão que estimar se o sinal que observam é suficiente para ser produzido por uma sociedade tecnológica.
“Na Terra, cerca de 76% das emissões de NO2 são devidas à atividade industrial”, explicou Giada Arney, da NASA Goddard, coautor do artigo. “Se observarmos mais NO2 do que os nossos modelos sugerem ser plausível de fontes não industriais, então o restante do NO2 pode ser atribuído à atividade industrial”.
Nuvens e outros aerossóis também podem criar falsos positivos. Para a próxima etapa deste projeto, a equipa deseja criar modelos melhores para a atmosfera dos planetas, para que possa ter uma abordagem mais realista de como seria um sinal de dióxido de nitrogénio.
*Por: ISTOÉ DINHEIRO
ERBIL - Um ataque de foguete contra forças lideradas pelos EUA no norte do Iraque matou na segunda-feira um empreiteiro civil e feriu um militar dos EUA, disse a coalizão dos EUA no Iraque, no ataque mais mortal em quase um ano.
A barragem de foguetes atingiu uma base aérea militar ocupada pela coalizão liderada pelos EUA no Aeroporto Internacional de Erbil. Duas autoridades americanas disseram que o empreiteiro morto não era americano. A coalizão disse que outras cinco contratadas foram feridas, sem dar mais detalhes.
O ataque, reivindicado por um grupo pouco conhecido que algumas autoridades iraquianas dizem ter ligações com o Irã, aumenta a tensão no Oriente Médio, enquanto Washington e Teerã exploram um possível retorno ao acordo nuclear iraniano.
Grupos armados alinhados com o Irã no Iraque e Iêmen lançaram ataques contra os Estados Unidos e seus aliados árabes nas últimas semanas, incluindo um ataque com drones a um aeroporto saudita e foguetes contra a embaixada dos EUA em Bagdá.
A maioria dos incidentes não causou baixas, mas manteve a pressão sobre as tropas e aliados dos EUA na região nos primeiros dias da presidência de Joe Biden.
O governo de Biden está avaliando um retorno ao acordo nuclear com o Irã, que seu antecessor Donald Trump abandonou em 2018, que tinha como objetivo conter o programa nuclear iraniano.
Aliados dos EUA, como a França, disseram que qualquer nova negociação deve ser estrita e incluir a Arábia Saudita, o principal inimigo regional do Irã. O Irã insiste que só retornará ao cumprimento do acordo de 2015 se Washington suspender as sanções paralisantes.
A tensão EUA-Irã frequentemente se manifestou em solo iraquiano.
Um ataque de drones dos EUA que matou o mentor militar do Irã, Qassem Soleimani, em Bagdá, em janeiro de 2020, colocou a região à beira de um confronto em grande escala.
Um ataque de foguete a uma base no norte do Iraque em março do ano passado matou um britânico e dois americanos.
O ataque de foguete de segunda-feira em Erbil, capital da região autônoma curda no Iraque, foi o mais mortal contra as forças da coalizão desde então.
Fontes de segurança curdas disseram que três foguetes atingiram o aeroporto e pelo menos outros dois pousaram nas proximidades. Repórteres da Reuters ouviram várias explosões e viram um incêndio começar perto do aeroporto.
As tropas dos EUA ocupam uma base militar adjacente ao aeroporto civil. Uma terceira autoridade dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse que o ferimento do militar americano foi uma concussão.
Um grupo que se autodenomina Saraya Awliya al-Dam assumiu a responsabilidade pelo ataque à base liderada pelos EUA, dizendo que tinha como alvo a “ocupação americana” no Iraque. Ele não forneceu evidências para sua afirmação.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na segunda-feira que os Estados Unidos ficaram "indignados" com o ataque.
Em um comunicado, Blinken disse que havia entrado em contato com o primeiro-ministro do Governo Regional do Curdistão, Masrour Barzani "para discutir o incidente e prometer nosso apoio a todos os esforços para investigar e responsabilizar os responsáveis".
Grupos que algumas autoridades iraquianas dizem ter ligações com o Irã reivindicaram uma série de ataques com foguetes e bombas nas estradas contra as forças da coalizão, empreiteiros que trabalham para a coalizão e instalações dos EUA - incluindo a embaixada em Bagdá - nos últimos meses.
O governo do Iraque, sob o primeiro-ministro Mustafa al-Kadhimi, aliou-se aos Estados Unidos contra as milícias alinhadas com o Irã, mas tem lutado para colocar os poderosos grupos paramilitares sob controle.
*Reportagem de John Davison em Erbil, Ahmed Rasheed; reportagem adicional de David Shepardson / REUTERS
ORLANDO - A seleção feminina de futebol já está reunida em Orlando (Estados Unidos) para disputa do She Believes, torneio amistoso que serve de preparação para a Olimpíada de Tóquio (Japão). A equipe comandada pela técnica Pia Sundhage se apresentou nesta última segunda-feira (15) à tarde.
Na chegada à concentração, as jogadoras e a comissão técnica foram submetidas a exames de PCR, seguindo protocolo de saúde de combate ao novo coronavírus (covid-19). A delegação já havia realizado testes de swab nasal (cotonete) quatro e dez dias antes da apresentação. A avaliação prévia detectou a presença do vírus na lateral Fabi Simões, do Internacional, que foi cortada. A zagueira Kathleen, da Inter de Milão (Itália), foi chamada no lugar.
Mudança na #SeleçãoBrasileira para o Torneio She Believes! Kathellen está convocada para substituir Fabiana. Saiba mais >> https://t.co/wueidSeZzA pic.twitter.com/6fNMXKRoF9
— CBF Futebol (@CBF_Futebol) February 11, 2021
“É a nossa antepenúltima data Fifa [período destinado a partidas entre seleções]. É um importante torneio, disputado contra seleções muito qualificadas, então, será um bom teste e conforme vai afunilando, chegando mais próximo da Olimpíada, os jogos ficam mais importantes”, destacou a zagueira Bruna Benites, do Internacional, à CBF TV.
O Brasil estreia no She Believes na próxima quinta-feira (18), às 18h (horário de Brasília), contra a Argentina, única seleção presente no torneio que não estará em Tóquio. No domingo (21), o desafio será contra as anfitriãs norte-americanas, atuais bicampeãs mundiais, às 17h. No próximo dia 24, as brasileiras encaram o Canadá às 18h. Os jogos serão no Exploria Stadium, em Orlando.
*Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional
MANILA - Os Estados Unidos estão fornecendo às Filipinas ajuda militar equivalente a outros países asiáticos, disse um importante porta-voz do governo na segunda-feira, apoiando as exigências do presidente Rodrigo Duterte para que Washington pague mais.
Duterte disse na semana passada que os Estados Unidos deveriam pagar mais se quiserem manter o Acordo de Forças Visitantes (VFA) de duas décadas, que ele cancelou unilateralmente no ano passado em uma resposta irada a um aliado que teve seu visto negado.
“Se tivermos laços muito fortes com um aliado muito forte, então acho que também haverá uma quantidade maior de assistência financeira a ser dada”, disse o porta-voz presidencial Harry Roque em uma reunião regular.
Roque citou um estudo do Stimson Center, com sede em Washington, que mostrou que as Filipinas receberam US $ 3,9 bilhões em apoio ao contraterrorismo dos EUA de 2002 a 2017, em comparação com os US $ 16,4 bilhões do Paquistão no mesmo período.
“Conseguimos $ 3,9 bilhões. Isso é uma quantia enorme? Isso é um troco em comparação com o que outros países estavam recebendo ”, disse ele.
As forças armadas dos dois países têm laços estreitos, forjados durante décadas de exercícios conjuntos que aumentaram a capacidade das forças filipinas, ao mesmo tempo que proporcionaram aos Estados Unidos uma posição importante em uma região onde o poder e a influência da China estão crescendo.
Oficiais de defesa de ambos os países estão tentando salvar o VFA, que sustenta o Tratado de Defesa Mútua e um Acordo de Cooperação de Defesa Reforçada. Duterte ameaçou desfazer-se de todos eles.
A embaixada dos EUA em Manila não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Em dezembro, ele disse que as Filipinas receberam a maior ajuda militar dos EUA na região do Indo-Pacífico, tendo recebido 33 bilhões de pesos (US $ 689 milhões) em hardware.
Roque disse que Duterte estava defendendo o interesse nacional e não cometendo extorsão, como alguns críticos, incluindo o vice-presidente Leni Robredo, disseram. Seu pedido era de indenização, porque a presença rotativa de tropas americanas colocava as Filipinas em risco.
Duterte instruiu Robredo sobre a formulação da política externa, dizendo que o poder de determinar e moldar as relações externas está nas mãos do presidente.
“Não é dinheiro que estou pedindo ... devemos receber armas e armamentos que possam nos colocar em pé de igualdade com os países em guerra conosco”, disse Duterte em um discurso transmitido pela televisão tarde da noite.
Ele disse a Robredo, que foi eleito separadamente e deve ser a aposta presidencial da oposição nas eleições do próximo ano: “Você não está qualificado para se candidatar à presidência. Você não conhece o seu papel no governo. ”
O porta-voz de Robredo não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
*Reportagem de Karen Lema; Edição de Martin Petty e Giles Elgood / REUTERS
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.