45% da população brasileira apresenta algum sintoma de DTM
SÃO CARLOS/SP - Um projeto apoiado pela FAPESP (CEPID-CEPOF), para tratamento de Disfunção Temporomandibular (DTM) e dor orofacial (DOF), com aplicação de Laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom e terapia com vácuo, foi desenvolvido por pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tendo sido publicados quatro artigos clínicos, sendo dois neste último mês de setembro de 2021.
A Disfunção Temporomandibular é considerada uma das dores orofaciais mais comuns, resultado de inflamação e dores que podem aparecer nos músculos da mastigação e na articulação temporomandibular (ATM) que liga a cabeça da mandíbula à base do crâneo. Normalmente, a DTM está associada a um apertamento dental noturno, usualmente conhecido como “bruxismo do sono”, podendo também surgir devido a pequenos traumatismos (pancadas) e vícios posturais, entre outras causas.
Segundo dados recentes, cerca de 45% da população brasileira apresenta sintomas relacionados com essa doença, cuja maior prevalência é em mulheres com idades entre os 20 e 50 anos de idade, sendo que 10% apresentam necessidade de tratamento.
Para o pesquisador do IFSC/USP, Vitor Hugo Panhóca, responsável por estas pesquisas, este novo tratamento, agora feito com duas metodologias inovadoras e distintas, vem na sequência de anteriores pesquisas feitas ao longo dos últimos cinco anos. “De fato, começamos a abordar esta nova metodologia de tratamento em 2015, com métodos aplicando laser e led, sendo que os estudos evoluíram para este novo tratamento feito com dois equipamentos distintos, mas cuja eficácia é semelhante - o laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom ou terapia de vácuo. Estes equipamentos foram desenvolvidos pelo Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT) do IFSC/USP sob a coordenação do Prof. Vanderlei Bagnato”.
O Prof. Dr. Vitor Hugo Panhóca, auxiliado pela Profª. Patricia Eriko Tamae e demais pesquisadores da equipe do Laboratório de Biofotônica, do IFSC USP, já realizaram o atendimento experimental em vários grupos de pacientes, cujos resultados demonstraram uma substancial redução de dor, a reabilitação da abertura da boca (extensão do maxilar) e, com isso, a recuperação de uma boa qualidade de vida nos pacientes portadores de DTM. Em um futuro próximo os pesquisadores irão organizar outros grupos compostos por um maior número de pacientes voluntários, no sentido de comprovar os resultados obtidos com estes procedimentos inovadores.
Confira, abaixo, os artigos publicados sobre este assunto
Treatment of temporomandibular disorder using synergistic laser and ultrasound application. Oral Health Dental Manag,
https://www.longdom.org/archive/ohdm-volume-17-issue-2-year-2018.html
Increased Oral Health-Related Quality of Life Postsynergistic Treatment with Ultrasound and Photobiomodulation Therapy
in Patients with Temporomandibular
Disorders. Photobiomodulation, photomedicine, and laser surgery
https://www.liebertpub.com/doi/abs/10.1089/photob.2019.4697
Synergistic effect of low-level laser and vacuum therapy on the temporomandibular disorder: two cases report. Laser Physics Letters
https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1612-202X/ac20de/meta
Comparison of the Synergistic Effect of Vacuum Therapy or Ultrasound Associated with Low Power Laser Applied in Temporomandibular Disorders. Oral Health Dental Manag,
https://www.longdom.org/archive/ohdm-volume-20-issue-9-year-2021.html
Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP
Instituto de Física de São Carlos (USP) desenvolve dispositivo portátil que pode ser acionado pelo paciente em casa
SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) desenvolveu um dispositivo portátil que pode abrir caminho para o tratamento do câncer de pele, procedimento esse que pode ser realizado pelos próprios pacientes em suas residências.
Através de um estudo ousado e inovador, o novo dispositivo portátil, do tamanho de uma moeda, destina-se ao tratamento do carcinoma basocelular (câncer de pele), com base em Terapia Fotodinâmica (TFD), e que pode ser utilizado pelos pacientes em suas residências, evitando exaustivas viagens e longas permanências nos hospitais.
O estudo e as pesquisas foram feitas por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Hospital Amaral Carvalho (Jaú-SP), e contaram com a participação de quinze pacientes voluntários, cujos resultados foram apresentados no início de outubro, de forma virtual, durante o 30º Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia.
O estudo relata a abordagem experimental de TFD realizada no Hospital Amaral Carvalho, com o equipamento desenvolvido pelo IFSC/USP, cujo protocolo foi batizado de “PDT Home”. O procedimento incluiu a curetagem (pequena raspagem) na lesão, tendo sido aplicado nela um creme de aminolevulinato de metila (20%), seguindo-se a iluminação através de um equipamento padrão (LINCE) de LED de luz vermelha, por vinte minutos. Após esse procedimento foi aplicada uma nova camada de creme e foi fixado, com fita adesiva médica, o novo irradiador portátil de LED, tendo o paciente sido orientado a regressar a sua residência e esperar uma hora e meia para, após esse tempo, ligar o pequeno equipamento (alimentado por bateria) durante duas horas seguidas. Ou seja, o paciente fez uma única sessão, só precisando regressar ao hospital um mês depois para fazer exames de avaliação.
Comparação com anteriores protocolos
Comparativamente ao que era feito em um anterior protocolo com TFD para tratamento do carcinoma basocelular (“Single Visit”), os resultados deste estudo revelaram não só um decréscimo significativo de dor nos pacientes, já que a irradiação emitida pelo novo dispositivo portátil é mais fraca do que a do equipamento tradicional, mas aplicada por um período de tempo maior, como também, um alto índice de conforto, tendo em consideração que o tratamento feito através do protocolo anterior era mais demorado e necessitava ser feito em ambiente hospitalar, ao contrário deste que pode ser feito em casa do paciente. Os benefícios deste novo protocolo são enormes em todos os sentidos: para o paciente, que sente muito menos dores durante o tratamento, podendo fazer o mesmo em casa, sem viajar horas seguidas e permanecer longos períodos de tempo no hospital, como para os próprios estabelecimentos de saúde, que ficam com o pessoal médico mais disponível para atender casos de urgência, além de evitarem aglomerações de espera.
No protocolo anterior, os pacientes dirigiam-se ao hospital, o médico fazia a curetagem e aplicação do creme, ao que deveriam aguardar três horas para, após isso, serem sujeitos a uma irradiação de luz Led durante vinte minutos e a aplicação de nova camada de creme, devendo aguardar mais uma hora e meia. Após esse intervalo, os pacientes recebiam uma nova irradiação de luz Led durante vinte minutos, e só após tudo isso é que ficavam liberados para regressar a suas residências. Com o novo protocolo
Tendo já sido destaque em vários órgãos de comunicação do Reino Unido, este novo dispositivo de TFD portátil é considerado importantíssimo para os pacientes com carcinoma basocelular, principalmente aqueles que vivem em países onde a incidência da luz solar é mais intensa, como no Brasil, onde grande parte dos pacientes precisa viajar algumas centenas de quilómetros para receber tratamento dermatológico especializado.
Ana Gabriela Salvio, pesquisadora do Hospital Amaral Carvalho e principal autora deste estudo, relatou à revista Medical Life Sciences (UK), na edição de 01 de outubro, que “É realmente muito encorajador constatar que os pacientes relataram níveis muito mais baixos de dor com o tratamento em casa”, obviamente já para não falar do conforto. Após o sucesso deste estudo piloto, um ensaio clínico com mais de 200 participantes foi já aprovado, atendendo a que este novo protocolo poderá ter um impacto extremamente positivo no tratamento do carcinoma basocelular no mundo.
O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum, representando cerca de 95% de todos os casos de câncer de pele, geralmente surgindo apresentando pequenas manchas que vão crescendo lentamente ao longo do tempo, mas que não afetam outros órgãos além da pele. Este tipo de câncer é mais comum após os 40 anos, especialmente em pessoas de pele clara, cabelos loiros e olhos claros, que se expõem excessivamente ao sol: no entanto, o carcinoma basocelular pode aparecer em qualquer idade.
Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP
Pesquisa está inserida em um projeto da EMBRAPII- Unidade do Instituto de Física de São Carlos
SÃO CARLOS/SP - Jovens pesquisadoras formadas pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estão iniciando um projeto pertencente à EMBRAPII-Unidade do IFSC/USP, com a participação das empresas “Dermociencia”, empresa de cosmética sediada em nossa cidade, e a “AGTTEC”, empresa dedicada ao beneficiamento do café, localizada na cidade de Dois Córregos (SP), com a finalidade de tratar mulheres portadoras da designada Alopecia Androgenética - comumente conhecida como calvice.
A equipe técnico-científica é constituída pela Drª Alessandra Keiko Lima Fujita, doutora em ciências na área de Biofotônica pelo IFSC/USP e na área de disfunções capilares e pesquisadora responsável por este projeto de pesquisa, Drª Fernanda Carbinatto, farmacêutica e pós-doutoranda do IFSC/USP, e Patricia Kaori Shiraishi, terapeuta capilar especializada em disfunções do couro cabeludo, formada pela Associação Brasileira de Tricologia.
Este projeto, que é bastante interessante, juntou as experiências das duas empresas acima citadas, com o intuito de verificar a eficácia de um composto constituído por pó do café verde e um shampoo neutro.
“Já existem no mercado diversos produtos que contêm o café verde destinados, principalmente, para a área da saúde estética e tratamento capilar. Contudo, a nossa atenção ficou voltada, não para o óleo do café verde, propriamente dito, que é extraído diretamente do grão, mas para um produto derivado dele, chamado “torta”, que é muito rico em cafeína e em ácido clorogênico (antioxidante), explica Fernanda Carbinatto.
Foi a partir de estudos realizados com esse produto que as pesquisadoras chegaram à conclusão que poderiam iniciar uma abordagem com o tratamento experimental para combater a calvície feminina (alopecia androgenética), um projeto que será desenvolvido no espaço “K Quadrado”, em São Carlos.
A chamada de voluntárias mulheres para este tratamento não invasivo e aprovado pelo Comité de Ética, consta apenas na aplicação do produto diretamente no couro cabeludo das pacientes por meio da lavagem no local a ser desenvolvido os testes. Serão dez sessões, duas vezes por semana, com a duração de 40 minutos cada sessão, antecedendo-se sempre a análises microscópicas e macroscópicas da região a ser tratada, tendo como objetivo a recuperação dos fios de cabelos que foram acometidos pela disfunção.
SÃO PAULO/SP - A Universidade de São Paulo (USP) retoma, a partir de hoje (4), as aulas presencias para todos os professores e alunos que estiverem imunizados contra a covid-19. Devido à pandemia de covid-19, a instituição havia suspendido as atividades presenciais, restringindo a entrada nos campi e implementado um sistema de aulas online desde março de 2020.
Segundo a portaria, publicada em agosto no Diário Oficial, são consideradas imunizadas as pessoas que receberam as duas doses da vacina há pelo menos 14 dias.
O semestre letivo da graduação foi iniciado de forma remota em agosto. Nessa etapa de retomada das atividades presenciais, a reitoria recomenda que sejam privilegiadas as atividades de laboratório ou de campo. As aulas teóricas podem continuar de forma remota.
A USP investiu, desde junho, R$ 150 milhões para reforma dos ambientes de ensino e na melhor da infraestrutura para o ensino remoto. Foram reformadas salas de aula, laboratórios e bibliotecas para atender às novas exigências sanitárias.
Além da exigência de vacinação, serão mantidos os protocolos de segurança sanitária, como uso de máscaras e distanciamento social de pelo menos um metro.
Ao justificar o retorno ao ensino e atividades presenciais, a portaria do reitor Vahan Agopyan citou diversos prejuízos causados pelo prolongamento das atividades de forma remota. Segundo o texto, o afastamento dos alunos, em vigor desde março de 2020, pode causar prejuízos à formação e prejudicar especialmente aqueles que necessitam de apoio da instituição.
A reitoria argumentou ainda que a situação tem causado a interrupção das atividades de laboratório e práticas, importantes para a formação dos estudantes.
Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
Chamada para pacientes voluntárias - mulheres com idades entre 40 e 80 anos
SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está convocando pacientes mulheres, com idades entre os 40 e 80 anos, portadoras de artrite reumatóide e cuja incidência da doença atinja as articulações dos dedos das mãos, para um tratamento no âmbito de uma pesquisa inserida em um trabalho de mestrado que será desenvolvido na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC).
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a artrite reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica e auto-imune que pode afetar várias articulações do corpo humano, sendo que a causa é desconhecida, acometendo principalmente mulheres. A doença inicia-se entre os 30 e 40 anos e sua incidência aumenta com a idade.
Os sintomas mais comuns são similares aos da artrite: dor, edema, calor e vermelhidão em qualquer articulação do corpo, sobretudo mãos e punhos. O comprometimento da coluna lombar e dorsal é raro, mas a coluna cervical é frequentemente envolvida.
Calcula-se que, no mundo, existam cerca de 79 milhões de pessoas com a doença, enquanto que no Brasil o número ronda os 2 milhões de pacientes.
A fisioterapeuta Kely Zampieri (43) é a profissional de saúde que ficará responsável pelos tratamentos, utilizando um novo equipamento desenvolvido pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP que conjuga a emissão de luz laser e ultrassom. Formada na UNIARA, com especialização em Geriatria pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Kely Zampieri realiza atualmente seu mestrado em Biotecnologia (UFSCar), desenvolvendo esta pesquisa no Grupo de Óptica do IFSC/USP. Já com experiência na aplicação de terapias conjugadas em pesquisas com pacientes detentores da Doença de Parkinson, igualmente realizadas no IFSC/USP, a fisioterapeuta está esperançosa em obter resultados positivos com este novo tratamento.
“Este tratamento está dedicado apenas aos dedos das mãos das pacientes e vem no sentido de aliviar as dores e diminuir as inflamações causadas pela artrite reumatóide, na perspectiva de devolver uma melhor qualidade de vida na execução das atividades da vida diária. Note-se que este tratamento não substitui, em nenhum caso, a medicação que está sendo - ou foi - prescrita pelos médicos, pelo que as pacientes deverão continuar a mesma”, sublinha a fisioterapeuta. As pacientes voluntárias serão submetidas a 08 sessões deste novo tratamento, realizadas duas vezes por semana, para, no fim, serem feitas as necessárias avaliações.
Para o coordenador da UTF, Dr. Antonio de Aquino Jr. “Espera-se que este tratamento tenha um resultado muito positivo e que este trabalho de mestrado faça toda a diferença em prol do restabelecimento de níveis de qualidade de vida destas pacientes”.
As pacientes interessadas em responder a esta chamada, deverão fazer sua inscrição pelo telefone da UTF - (16) 3509-1351.
Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP
SÃO CARLOS/SP - Mulheres que estão cursando ou finalizaram o ensino médio recentemente podem se inscrever no curso gratuito de programação oferecido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos. O projeto é chamado de Meninas Programadoras. A intenção é estimular o ingresso de mulheres em carreiras relacionadas à computação.
Ao todo são disponibilizadas 120 vagas, divididas em três turmas. As interessadas podem escolher em qual delas desejam se inscrever acessando o site.
Paciente são-carlense recupera totalmente os movimentos em seis semanas
SÃO CARLOS/SP - Com a inauguração da nova Unidade de Terapia Fotodinâmica (UFT), sediada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) mediante uma parceria entre essa instituição e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), uma série de novas pesquisas realizadas no Grupo de Óptica do IFSC/USP proporcionam oferecer à sociedade tratamentos para diversos tipos de doenças, a maioria delas como consequência, ou efeito colateral, de quem teve Sars-CoV-2 (Covid-19), ou de quem ficou isolado em sua residência, ou hospitalizado por longo tempo.
Desta forma, a UTF iniciou no dia 13 deste mês a convocação de pacientes voluntários para tratamentos de dores e inflamação provocadas por artrite, prevenção e tratamento para a má circulação sanguínea nos membros inferiores, tratamento de úlceras venosas e tratamento da capsulite adesiva (ombro congelado), tudo através de novos protocolos com a utilização de equipamentos desenvolvidos pelo IFSC/USP. Hoje vamos falar da capsulite adesiva e de um artigo científico publicado recentemente no “Journal of Novel Physiotherapies” sobre um caso concreto relativo a este novo tratamento que agora está disponível na UTF.
As causas da capsulite adesiva não estão bem determinadas, mas dentre as possibilidades encontram-se alguns fatores, como traumatismo (com ou sem fratura associada), cirurgias, ou causas sistémicas, como a diabetes ou doenças da tiróide. Rigidez muscular e dor são os principais sintomas, que limitam os movimentos ativos e passivos do ombro. A prevalência é estimada entre 2% a 5% da população geral, sendo as mulheres de 40 a 60 anos a população mais acometida pela doença. Dentre os diversos tipos de tratamento atualmente aplicados contam-se a termoterapia, crioterapia eletroterapia, cinesioterapia e massagem direta, com um período de recuperação que varia entre 2 e 3 anos.
O ambulatório reabriu em novo espaço dentro do hospital e vai oferecer 4 novos atendimentos à população
SÃO CARLOS/SP – O Instituto de Física da USP reabriu, na quarta-feira (8), a Unidade de Fotodinâmica na Santa Casa de São Carlos. O ambulatório foi reaberto em uma nova área do hospital. A cerimônia de reinauguração foi realizada no Auditório Alois Partel na Santa Casa. O Provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior; o Prof. Dr. Vanderlei Bagnato, Diretor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP); e o Secretário Municipal de Saúde de São Carlos, Marcos Palermo, fizeram a abertura da cerimônia.
Também estiveram no evento, a Diretora de Práticas Assistenciais da Santa Casa, Vanessa de Freitas; a Gerente Financeira e de Captação de Recursos da Santa Casa, Ariellen Guimarães; a Coordenadora do Santa Casa Clínicas, Daniella Bachiega; a Coordenadora da UTI Covid, Carolina Toniolo Zenatti; o gerente médico da Santa Casa, Roberto Muniz Junior; a Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, Vanessa Soriato Barbuto; o Chefe de Gabinete da Câmara Municipal de São Carlos, Rogério Gianlorenzo; o Gerente da Central de Regulação Ambulatorial da Prefeitura de Araraquara, Rafael Alves Batista; o vereador de Araraquara, Edson Hel; os representantes da MMOptics, Luciano Bagnato e Luis Antônio Oliveira; os representantes da MultiFISIO BRASIL, Fernanda Carbinatto e Daniel Marques Franco; os assessores do IFSC/USP; Ricardo Rheder e Rui Sintra; o responsável financeiro IFSC/USP, Emanuel Carrilho; o Diretor do Instituto de Química de São Carlos, Maurício Schiabel; e o pesquisador do IFSC/USP, Vitor Panhoca.
Com a reinauguração, o grupo de pesquisadores vai oferecer atendimentos à população em 4 novos projetos de pesquisa como explica o pesquisador do IFSC/USP, Antonio Eduardo de Aquino Junior. “A partir da próxima semana, nós estamos iniciando com essas quatro linhas de pesquisas novas, com equipamentos produzidos e desenvolvidos pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), entre eles uma bota de compressão pneumática, que deve auxiliar muito no retorno venoso aos pacientes, também em uma segunda linha, que é o tratamento de capsulite adesiva, ou ombro congelado, que acomete muitas pessoas, teremos também tratamentos de úlceras venosas e câncer de pele”, afirma.
Além desses quatro novos serviços, a Unidade de Fotodinâmica vai continuar os atendimentos em artrose e artrite, fibromialgia e mal de Parkinson, em parceria com a Clínica MultFISIO BRASIL.
Para o fisioterapeuta da MultiFISIO BRASIL, Daniel Marques Franco, esses atendimentos também terão importância especial na recuperação de pacientes pós-covid. “Os pacientes ficam bastante debilitados pelo contágio com esse vírus e a gente está fazendo esses atendimentos também do pós-covid, sempre batendo na tecla de melhora de qualidade de vida do paciente”.
O atendimento para pacientes pós-covid também foi destacado pelo Secretário de Saúde de São Carlos, Marcos Palermo. “Nós enfrentamos problemas difíceis no pós-covid, muitas pessoas sequeladas e pretendemos investir nesse segmento. Já temos uma parceria com o professor Bagnato na questão do CITESC (Centro de Inovação, Ciência e Tecnologia em Saúde de São Carlos) e, com a Santa Casa, nessa parceria muito forte, um hospital de referência regional, um hospital de alta complexidade, que salvou muitas vidas na pandemia, nós fomos felizes no nosso planejamento. Tivemos perdas, mas comparado com cidades do mesmo tamanho, tivemos um número bem inferior. Então, temos que parabenizar a direção da Santa Casa, todo corpo clínico, e as universidades, a USP, e o professor Bagnato por poder oferecer isso aos nossos cidadãos”, comenta.
O professor Dr Vanderlei Bagnato disse que com a reinauguração, o atendimento foi ampliado com o que há de mais moderno em termos de pesquisas científicas. “Nós estamos trazendo para a Santa Casa mais tecnologias do que já tínhamos e também estamos dando continuidade a um serviço que atende a paciente com doenças específicas, como é o caso de Parkinson, Artrite, problemas vasculares, dores lombares e pequenas lesões de câncer de pele, por meio da parceria IFSC-USP e MultFISIO BRASIL. Trouxemos novas tecnologias, inclusive, para reabilitar as pessoas com dores musculares pós-COVID- 19 e problemas de várias naturezas. Esperamos que, com essas novas tecnologias já mais aperfeiçoadas, consigamos dar um apoio a essas pessoas que têm essas doenças e que precisam ser reabilitadas de forma quase que constante, para continuarem a sua vida e seu cotidiano. Aqui juntamos tudo: a ciência, o conhecimento, a tecnologia para o bem-estar da sociedade”, ressalta.
O Provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior, destacou a importância da parceria do hospital com o Instituto de Física da USP. “Essa parceria com a USP é um trabalho que vai trazer muito benefício, não só para a população da nossa cidade e da nossa região, mas sim para todo país. Tecnologia avançada, desenvolvida pela Universidade de São Paulo e que, graças ao trabalho conjunto com a Santa Casa, vai beneficiar os pacientes de forma gratuita”, afirma.
Quem quiser ser um voluntário de uma dessas linhas de pesquisa, pode ligar para o telefone (16) 3509-1351, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
SERVIÇO:
REINAUGURAÇÃO DA UNIDADE DE FOTODINÂMICA DA USP NA SANTA CASA
SEGUNDA A SEXTA-FEIRA - 8H ÀS 17H.
TELEFONE: (16) 3509-1351
Prof. Vanderlei Bagnato torna-se o cientista brasileiro mais premiado no Brasil
SÃO CARLOS/SP - O docente, pesquisador e atual Diretor do IFSC/USP acaba de conquistar o “Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia”, na categoria “Ciência”, tornando-se, assim, o cientista brasileiro mais premiado.
Com o valor de R$500,000.00, este prêmio, instituído em 2019 pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) nas categorias “Ciência” e “Tecnologia”, está já consolidado como a maior premiação científica do Brasil, destacando cientistas que dedicam suas vidas à ciência e tecnologia, beneficiando a sociedade e ajudando a evoluir o mundo, sendo especialmente dedicado a pesquisadores que colocaram nosso país em destaque no cenário científico mundial.
Na chamada de destaque deste prêmio na categoria “Ciência” pode-se ler o seguinte: “Vanderlei Salvador Bagnato: o físico que usou a luz para controlar os átomos e salvar vidas. Se um feixe de luz pudesse transformar o futuro da humanidade? Essa pergunta tem movido os trabalhos de Vanderlei Bagnato, que há mais de três décadas realiza pesquisas nas áreas de Óptica e Fotônica e contribui significativamente para as aplicações da fotodinâmica e da fototerapia nas áreas da Saúde”.
A partir de seus estudos, o físico demonstrou a eficácia da ação fotodinâmica para o controle de infecções, descontaminação de órgãos para transplante e tratamento de doenças como pneumonia, Parkinson e vários tipos de câncer. Essas técnicas foram adotadas por importantes associações brasileiras ligadas à saúde e têm se difundido por mais de 9 países da América Latina.
Antes de suas contribuições para a medicina, Bagnato já havia conquistado notoriedade internacional por suas pesquisas em Física Atômica, sendo um dos pioneiros nos estudos dos átomos frios e da turbulência quântica e o criador do primeiro relógio atômico do Brasil”.
Na categoria “Tecnologia”, o vencedor foi o Dr. Júlio César Fernandes, doutor em Engenharia Elétrica pela Unicamp e CEO da “Idea! Electronic Systems”.
Confira o anúncio do prêmio em - https://premiocbmm.com.br/
*Por: Rui Sintra - IFSC/USP
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