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Tecnologia desenvolvida por pesquisador da UFSCar otimiza uso já feito por agricultores para diminuir custos

 

SÃO CARLOS/SP - Não é de hoje que agricultores brasileiros usam óleos vegetais - inclusive óleo de soja comprado no supermercado - em motores de tratores e máquinas agrícolas, substituindo o diesel derivado do petróleo, insumo que representa parte significativa dos custos desses produtores. No entanto, a solução não é recomendada pelos especialistas, porque resíduos gerados na combustão do óleo vegetal, dentre outros fatores, danificam esses motores construídos para uso do diesel.
Agora, um motor modificado e correspondente adequação de combustível desenvolvidos por pesquisador do Departamento de Engenharia Mecânica (DEMec) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) podem significar a viabilidade dessa alternativa. O motor, alimentado por óleo de soja aquecido e etanol altamente hidratado - etanol misturado com água -, representaria não só a possibilidade de autossuficiência do produtor rural, mas também uma alternativa ambientalmente mais adequada, por ser de fonte renovável e, também, pela reabsorção de gás carbônico gerado na combustão pela safra seguinte, via fotossíntese.
A tecnologia está inserida em um programa de pesquisa que busca também outras alternativas bioenergéticas para substituição dos combustíveis fósseis, como, por exemplo, a produção de querosene de aviação renovável. Liderada por Márcio Turra de Ávila, docente no DEMec, a pesquisa que resultou no motor movido a óleo de soja foi desenvolvida durante seu estágio de pós-doutorado na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP).
Uma das possibilidades de substituição do diesel derivado do petróleo é o biodiesel. No entanto, seu processo de produção também tem alto custo. Os óleos vegetais, apesar de mais baratos, apresentam dificuldades técnicas derivadas de sua viscosidade que, na solução desenvolvida pelo pesquisador da UFSCar, foi abaixada pelo aquecimento a partir da rejeição de calor pelo motor. Essa modificação, associada ao uso do etanol misturado com água, resultou, nos testes realizados, em eficiência semelhante à do motor movido a diesel de petróleo, com bom nível de combustão e redução na emissão de quase todos os poluentes.
A tecnologia foi patenteada, e ainda serão necessários os testes em campo, com máquinas em operação por alguns milhares de horas, para comprovação da sua plena viabilidade. No entanto, nos últimos anos, flutuações no mercado internacional associadas às intempéries climáticas e, principalmente, à pandemia, elevaram muito o preço do óleo de soja no Brasil, afastando possíveis parceiros para a realização desses testes. "Além da questão ambiental, da economia e da questão estratégica de dominarmos a produção de energia no próprio país, há também um aspecto social importante, pelos empregos gerados na cadeia agrícola. Por isso, seguimos confiantes no valor da tecnologia", afirma Ávila.
Inscrições estão abertas e devem ser feitas pela Internet

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Conservação da Fauna (PPGCFau) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceira com a Fundação Parque Zoológico de São Paulo, divulgou o edital do processo seletivo de alunos regulares para o curso de mestrado profissional, com ingresso no primeiro semestre de 2022. As inscrições podem ser realizadas até 1º de fevereiro.
Todo o processo será realizado de forma remota. São ofertadas 10 vagas em diferentes temáticas, distribuídas nas duas linhas de pesquisa do Programa: "Biologia e Genética da Conservação" e "Gestão e Manejo in situ e ex situ". O processo seletivo terá três etapas: prova de Língua Inglesa; prova de conhecimentos específicos (Conservação da Fauna); e análise do currículo. 
Todo o processo seletivo será feito de maneira remota

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulgou os editais do processo seletivo de alunos regulares para os cursos de mestrado e doutorado, com ingresso em agosto de 2022. As inscrições poderão ser feitas de 4 a 15 de abril. Todo o processo será realizado de forma remota. 
São ofertadas 42 vagas de mestrado e 22 de doutorado, distribuídas nas três linhas de pesquisa do Programa: "Descrição, Análise e Processamento automático de línguas naturais"; "Ensino e Aprendizagem de Línguas"; e "Linguagem e Discurso". Dessas vagas, 25% são destinadas a candidatos a vagas de Ações Afirmativas. 
O processo seletivo do mestrado e doutorado terá três etapas: avaliação do projeto de pesquisa (eliminatória); arguição do projeto de pesquisa e entrevista acadêmica (eliminatória); avaliação da súmula curricular (classificatória).

Pesquisa de iniciação científica realizada na UFSCar mostrou queda nas atividades físicas nos últimos anos da graduação

 

SÃO CARLOS/SP - Pesquisa de iniciação científica realizada por graduandos em Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) mostrou que 49,3% dos estudantes do curso eram sedentários, evidenciando que a falta de atividades físicas é mais grave entre aqueles cursando os últimos anos da formação. O estudo, orientado por Meliza Goi Roscani, docente do Departamento de Medicina (DMed), investigou possíveis relações entre o nível de atividade física e o perfil clínico, depressivo e fatores cardiovasculares em 85 dos 240 estudantes matriculados no curso de Medicina da UFSCar no momento da realização da pesquisa.
O trabalho é fundado na constatação de que, durante seu período de formação profissional, estudantes de Medicina são expostos a fatores estressantes e situações de alto grau de competitividade que podem aumentar sua vulnerabilidade a desenvolverem certos hábitos, como o consumo de bebidas alcoólicas e a própria redução da atividade física, levando a piora na qualidade de vida.
O consumo de álcool foi registrado por 40% do grupo participante da pesquisa. O uso de drogas ilícitas foi reportado por 9,5% das pessoas, e 7% foram classificadas com perfil depressivo segundo a escala utilizada, sendo 10 no grau leve, 6 no moderado e nenhum estudante com depressão grave. Apenas 3,5% apresentava fatores de risco para doença cardiovascular (como diabetes, hipertensão e obesidade), o que é esperado para a faixa etária do grupo. A pesquisa envolveu também a realização de testes eletrocardiográficos, nos quais 13% dos estudantes apresentaram alguma anormalidade, sem diferença significativa entre ativos e inativos.
A orientadora do estudo destaca a relevância do achado sobre redução da atividade física nos últimos anos da formação. "Os quinto e sexto anos foram os períodos em que eles menos realizaram atividades físicas, o que pode estar relacionado com o início das atividades práticas bastante intensas no ambiente hospitalar, no internato, com as quais acabam ficando muito envolvidos. Esta é uma indicação importante não só para a Medicina, mas também para as outras áreas da Saúde que ficam bastante no ambiente hospitalar", afirma Roscani. "Como sabemos, a atividade física tem ação na promoção de saúde e bem estar, e por isso é importante o estímulo à sua prática, e não apenas na Medicina, mas entre todos os estudantes", complementa.
Os resultados da pesquisa foram publicados na Revista de Medicina da USP, em artigo intitulado "Relação do nível da atividade física com o perfil clínico, eletrocardiográfico e depressivo de estudantes de medicina" (acesso via www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/185947). Assinam o trabalho, além de Roscani, os egressos do curso de Medicina da UFSCar Paula T. Fujioka, Vanessa T. Nagaoka, Ingo L. Heinritz e Getulio P. L. Ferraz, além de Lana Kummer, que segue em seu período de formação na Universidade.
Pós-Graduação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) capacita psicólogos e fonoaudiólogos

 

SÃO CARLOS/SP - O mercado de trabalho para profissionais especializados em Neuropsicologia vem crescendo em todo o mundo. O aumento da expectativa de vida e o surgimento de novos tratamentos para Alzheimer, Parkinson, Paralisia Cerebral, Depressão, Autismo ou mesmo para sequelas de acidente vascular cerebral (AVC), dentre outros, criou uma demanda por especialistas capazes de investigar o comportamento e o cérebro, apontar suas potencialidades e a melhor terapia para cada caso em específico.
"Profissionais capacitados para examinar pacientes com testes padronizados - para ter acesso a dados precisos e identificar a origem psicológica ou neurológica que gera algum tipo de comportamento - podem melhorar a qualidade da vida da população. São importantíssimos. Eles devem estar presentes em diferentes setores de instituições de saúde e educação para otimizar os serviços prestados", afirma o professor Sérgio Leme da Silva, docente do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar.
A Neuropsicologia engloba o estudo do cérebro, seu desenvolvimento, a sua funcionalidade, transtornos psicológicos e as neuropatologias da infância, da adolescência e do envelhecimento. Dividida em Avaliação e Reabilitação, os profissionais da área usam de métodos específicos para analisar as condições de cada tipo de indivíduo. Após identificar possíveis prejuízos, funcionalidades perdidas, comportamentos adaptados, cognições compensadas e áreas cerebrais afetadas, ainda são coletadas informações referentes ao histórico familiar, social e clínico para traçar um perfil do paciente.
"Já na Reabilitação Neuropsicológica são realizadas algumas intervenções necessárias para melhorar ou adaptar alguma dificuldade para que aquela pessoa possa ser reinserida na sociedade, se possível. Não há limites para o desenvolvimento do cérebro humano. Ele responde a estímulos externos como treino, aprendizagem e atividade física e, assim, pode se modificar", descreve o professor.
Uma das mais importantes atribuições desse campo é a emissão do laudo neuropsicológico. O documento, que reúne os resultados obtidos durante a avaliação, deve ter todas as análises recebidas durante os testes feitos. Dessa maneira, ainda é possível auxiliar na tomada de decisões de outras áreas, fornecendo dados e ajudando a responder, por exemplo, se dificuldades expressas por uma criança são frutos de alienação parental, de violência doméstica ou por bullying na escola. "Para além da área da saúde, no setor educacional o profissional capacitado em Neuropsicologia pode ajudar a identificar o motivo de um aluno ter dificuldades de aprendizagem, por exemplo, ou se um determinado tipo de comportamento está relacionado a algum estado emocional", conta o docente. 
De acordo com o professor da UFSCar, fonoaudiólogos também podem atuar na área da Neuropsicologia, investigando problemas de linguagem, identificando comprometimentos e propondo estratégias de estimulação que melhorem a comunicação. "Para isso, é preciso aprofundar os conhecimentos sobre as relações entre cérebro e habilidades cognitivas, bem como a percepção, memória, linguagem oral e escrita, dentre outros. Além disso, é necessário saber reconhecer a expressão corporal das emoções, além de ter conhecimentos sobre administração e gestão de equipes interdisciplinares", ressalta Silva. 
Infelizmente, na visão do especialista, o Brasil ainda engatinha nessa área em nível de atendimento. "Quem aproveita muito é a elite, mas escolas e serviços públicos, que também deveriam ter um profissional com esse conhecimento, ainda não têm. Com o objetivo de qualificar graduados nas áreas de Educação e Saúde, a UFSCar oferece uma pós-graduação que trabalha tópicos básicos para o atendimento da criança ao idoso, do diagnóstico ao tratamento", lembra o professor. O "Curso de Especialização em Neuropsicológica Clínica: Avaliação e Reabilitação" aborda diversas formas de levantar dados clínicos e hipóteses por meio de instrumentos padronizados de avaliação das funções neuropsicológicas, que permitam diagnosticar e estabelecer qual o melhor tipo de intervenção necessária e específica.
O curso é voltado para psicólogos e fonoaudiólogos. Com aulas didáticas, práticas, além de atividades de pesquisa e leitura, a pós-graduação segue uma bibliografia atualizada. São abordados o funcionamento do cérebro, doenças da infância e do envelhecimento, além de temas como desenvolvimento, plasticidade cerebral e ética no atendimento clínico. A especialização oferece também aos alunos a oportunidade de vivência da prática clínica em parceria com a Unidade Saúde Escola (USE) e a Clínica Escola do Departamento de Psicologia, ambos da UFSCar. As aulas começam no dia 28 de janeiro. Inscrições em www.box.ufscar.br. Na página há mais informações, como valores de investimento.
Inscrições devem ser feitas pela Internet

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para o processo seletivo voltado à contratação de professor substituto para o Departamento de Terapia Ocupacional (DTO), do Campus São Carlos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Está sendo ofertada uma vaga na área de Terapia Ocupacional (TO), subárea Disfunção Física. É requisito ter graduação em TO e título de mestre em TO ou em uma das áreas de avaliação da Capes: Ciências da Saúde, Ciências Humanas ou Interdisciplinar.
As inscrições devem ser feitas até o dia 21 de janeiro, pelo site concursos.ufscar.br, seguindo as instruções do edital. A seleção será composta por análise do currículo documentado, de caráter eliminatório e classificatório. 
O regime de trabalho será de 20 horas semanais e o processo seletivo terá validade de um ano, que poderá ser prorrogada por igual período, no interesse da Instituição. Todas as informações devem ser conferidas no edital, disponível em concursos.ufscar.br, na opção Fase de Inscrição>Professor Substituto>São Carlos.
Universidade Federal de São Carlos oferece duas especializações com inscrições abertas até 23/1

 

SÃO CARLOS/SP - As mudanças constantes de tecnologia exigem que o profissional se atualize e acompanhe a evolução para melhorar sua produtividade. O desenvolvimento de sistemas é uma atividade complexa, que exige conhecimento do domínio do problema, bem como criatividade e senso crítico, além de uma boa comunicação com os clientes e com a equipe. É necessário ainda conhecer a plataforma utilizada e estar atento às novas ferramentas disponíveis no mercado, incorporando aquelas que possibilitem ganhos de produtividade. Para capacitar profissionais da área, estão abertas, até o dia 23 de janeiro, as inscrições para os cursos de pós-graduação lato sensu em Computação, oferecidos pela UFSCar. Em 2022, há vagas para duas especializações, em "Desenvolvimento de Software para Web" e "Infraestrutura de Tecnologia da Informação".
O curso de Desenvolvimento de Software para Web apresenta aos estudantes metodologias ágeis - que podem automatizar processos de construção, além de linguagens e ambientes computacionais presentes atualmente nas grandes empresas. A grade curricular oferece um amplo treinamento profissional, que aborda os diversos passos do ciclo da criação de programas, desde a concepção, passando por planejamento de testes, até a implementação. Ao longo das aulas, são tratados a qualidade do código, a experiência do usuário, a interação humano-computador, conceitos de usabilidade e acessibilidade e técnicas para o design e avaliação.
Já o Curso de Especialização em Infraestrutura de TI qualifica os profissionais em tecnologias, serviços, suporte e aplicações de redes. Dentre outros assuntos, são abordadas gerência, arquitetura e segurança, além de processos de autenticação. Ainda são discutidos os conceitos relacionados a sistemas criptográficos, proteção de perímetro, gestão da informação, monitoramento, configuração de permissões e de controles de acesso. Ao longo das aulas, são apresentadas as principais soluções disponíveis no mercado para o gerenciamento de projetos e produtos, assim como normas de cabeamento estruturado e conteúdo sobre roteamento em redes de computadores. Também há disciplinas sobre Internet das Coisas, suas aplicações na indústria, como implementar, conectividade através de novas tecnologias, protocolos de transmissão de dados e estratégias de análise.
Ambos os cursos têm 360 horas de duração, com encontros às sextas-feiras, das 19h às 23h, e aos sábados, das 8h às 12h e das 13h às 15h. Milhares de profissionais já se especializaram nas pós-graduações ofertadas pelo Departamento de Computação da UFSCar. Com aulas dinâmicas, professores experientes e um currículo atual, os cursos, que visam proporcionar crescimento no mercado de trabalho, são destinados para pessoas que atuam em diferentes vertentes, seja na área de projetos, seja na de implantação, gerenciamento ou suporte. Os interessados podem se inscrever pelo site www.latosensu.dc.ufscar.br, no qual há mais informações, como valores de investimento. Após o término do período de inscrições, haverá um processo seletivo por análise curricular. Os selecionados deverão realizar a matrícula entre os dias 26 e 31 de janeiro. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo WhatsApp (16) 9 9155-0569.
Projeto visa transformar a vida de jovens em situação de vulnerabilidade social por meio da Educação e da Ciência

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa Futuro Cientista (PFC) da UFSCar conquistou o terceiro lugar do Prêmio Péter Murányi 2021-22, edição Educação. O Programa tem o objetivo de estimular competências para a ciência e o empreendedorismo entre jovens talentos de escolas públicas e de unidades de acolhimento institucional (antigos orfanatos). Liderado pelo professor Fábio de Lima Leite, do Departamento de Física, Química e Matemática (DFQM-So) do Campus Sorocaba da UFSCar, o PFC acompanha os alunos participantes até o ingresso no Ensino Superior. Para isso, oferece um verdadeiro plano de vida ao estudante, permitindo que jovens promissores e potenciais talentos, em situação de vulnerabilidade, tenham acesso à universidade, consolidando a inclusão e a igualdade de oportunidades. 
Os espaços educativos criados pelo PFC nas escolas conveniadas são direcionados para aplicação de conteúdo científico e tecnológico, métodos de investigação e raciocínio lógico, além do trabalho com temas relacionados a valores e relações humanas, no contexto da sociedade contemporânea. O Programa é direcionado a estudantes a partir do quinto ano do Ensino Fundamental I e oferece acompanhamento até o terceiro ano do Ensino Médio. Para participar, os critérios são: vulnerabilidade socioeconômica, bom comportamento e bom rendimento escolar. "No entanto, jovens fora desse perfil também podem ser ‘convocados’ e, a partir do ingresso no Programa, têm que apresentar mudanças de postura e melhores notas. Não queremos apenas levá-los à universidade, mas transformar a vida de cada um", afirma Leite.
Dentre as atividades realizadas no escopo do PFC, estão o "Clube do Livro", que propõe a leitura de pelo menos um livro a cada dois meses; o "Concurso de Literatura", do qual cada estudante tem que participar a cada semestre, apresentando uma redação; a "Maratona do Conhecimento", que prepara os jovens especificamente para as provas dos vestibulares; e o curso "Plano de Vida", por  meio do qual cada estudante construirá um plano de vida, acompanhado pelo Coordenador do PFC e com a participação dos pais.
Além disso, ao longo da passagem pelo Programa, os alunos devem montar em grupo um "Clube de Ciência" e desenvolver um projeto científico que será apresentado nos Encontros de Futuros Cientistas, promovidos pelo PFC ao final de cada ano. Os projetos são supervisionados por coordenadores do Programa que atuam em cada escola conveniada e também são publicados em livros periódicos que compilam todas as iniciativas criadas pelos jovens. Também são promovidas visitas aos laboratórios da UFSCar e de outras instituições de ensino e pesquisa, atividades culturais e ações voltadas ao desenvolvimento da inteligência emocional.
Atualmente, são credenciadas ou estão em fase de credenciamento ao PFC as cidades de Anhembi, Cesário Lange, Charqueada, Coronel Macedo, Iperó, Itu, Rio Claro, Salto, Salto de Pirapora, São Roque, Sorocaba e Tatuí. O PFC atende cerca de 600 jovens e pelo menos outros mil já passaram pelo Programa. "Muitos deles chegaram à universidade pública e se destacam nas carreiras escolhidas. Estamos cumprindo nossa missão", destaca Leite.
"Este projeto planta o gérmen das ciências naqueles que somente sonham com elas. Transforma este sonho numa possibilidade regada de trabalho. É um programa altamente inclusivo, no qual as ciências poderão lograr florescer", afirma Vera Murányi Kiss, Presidente da Fundação Péter Murányi, entidade promotora da premiação.
Para o professor Fábio Leite, a conquista do Prêmio Péter Murányi é o reconhecimento de todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pela equipe do Programa e da UFSCar ao longo dos últimos anos. "O prêmio reconhece o impacto que o PFC tem na sociedade e na vida dos jovens. Pegamos pelas mãos jovens sem nenhuma perspectiva de futuro e levamos até a universidade; nesta caminhada, atuamos para além da educação e transformamos vidas", afirma. "Preciso agradecer o trabalho da Pró-Reitoria de Extensão e da Fundação de Apoio Institucional da UFSCar, grandes parceiras do PFC, além de toda a comunidade universitária no nome dos professores Ismail Barra Nova de Melo e Luis Carlos de Faria, que estiveram comigo no início desse trabalho. Para mim, é uma honra e um orgulho representar a UFSCar por meio de um projeto como esse. Estou muito feliz; esse prêmio - um dos mais respeitados do País na área - é uma grande conquista!", conclui o Coordenador.
O PFC é uma tecnologia social certificada pela Fundação Banco do Brasil desde 2017 e recebe apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com a concessão de 11 bolsas de Iniciação Científica Júnior e financiamento para a promoção dos Encontros de Futuros Cientistas.

Sobre o Prêmio Péter Murányi 
O Prêmio Péter Murányi 2021-22 recebeu 208 trabalhos de todo o Brasil. Os vencedores foram selecionados por um júri formado por representantes de instituições nacionais e internacionais ligadas à área da Educação, integrantes de universidades federais, estaduais e privadas, personalidades e membros da sociedade. O valor total do prêmio é de R$ 250 mil, divididos entre o vencedor (R$ 200 mil), o segundo colocado (R$ 30 mil) e o terceiro (R$ 20 mil). A cerimônia de entrega ocorrerá em abril de 2022.
O Prêmio é promovido anualmente, com temas que se alternam a cada edição: Educação, Saúde, Ciência & Tecnologia e Alimentação. Cada área é, portanto, revisitada a cada quatro anos. A premiação conta com o apoio da Academia Brasileira de Ciências (ABC); Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp); Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp); e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Estudo da UFSCar foi reconhecido no XIV Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia

 

SÃO CARLOS/SP - No último mês de outubro, Ana Carolina de Paula Basílio, estudante do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGeo-So), do Campus Sorocaba da UFSCar, foi a vencedora do prêmio de melhor dissertação de 2021, na categoria Ensino de Geografia - "Nidia Nacib Pontuschka" -, concedido pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (Anpege), durante o XIV Encontro Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia. A pesquisa vencedora, intitulada "(De)formados pela pele: a escola-periférica e a escola-excepcional fragmentada como (re)produtoras de desigualdades", foi realizada sob orientação da professora Lourdes de Fátima Carril e coorientação do professor Marcos Roberto Martines, ambos do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So), do Campus Sorocaba da UFSCar.
A pesquisa visou problematizar a narrativa de "crise da escola pública" e analisar as diferenças qualitativas na formação de estudantes de escolas estaduais periféricas e centrais, considerando marcas corpóreas de classe, raça e gênero. "A experiência empírico-teórica como estudante e docente-pesquisadora em escolas estaduais suscitou questionamentos sobre a narrativa de crise da escola pública - comumente expressa em problemas de evasão e distorção escolar -, e colocou-me diante da questão-problema: seria a crise realidade de todas as escolas públicas?", pergunta Basílio.
Segundo a pesquisadora, estudos demonstram que os problemas educacionais são perpassados por questões socioeconômicas, territoriais e psicoemocionais, de modo a ser fundamental à análise considerar as especificidades de cada rede de ensino, cada escola e mesmo de cada estudante. "Para dar conta de entender tais especificidades, cunhei as noções de escola-periférica - escola localizada na periferia urbana e frequentada, majoritariamente, por estudantes negros; e de escola-excepcional - escola que apresenta bom desempenho, sendo exceção no interior de uma suposta crise educacional. A hipótese era de que a crise educacional não era uma realidade de todas as escolas estaduais, mas um projeto de (de)formação de estudantes negros e periféricos, os quais denominei conceitualmente como corpos negros-periféricos e corpos negros-periféricos deslocados - esse último, morador da periferia, mas estudante da escola central", descreve.
A seleção das escolas-sujeito da pesquisa deu-se a partir do desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) de 2018. Foram selecionadas a Escola Estadual "Professora Wanda Costa Daher", que naquele ano figurava na última posição, e a Escola Estadual "Professor Aggêo Pereira do Amaral", que apresentava o segundo melhor desempenho do município de Sorocaba. "Balizada pelas metodologias da pesquisa-ação e pesquisa participante, acompanhei o cotidiano escolar de estudantes do terceiro ano do Ensino Médio, a fim de identificar como suas corporeidades influenciavam em suas performances escolares", conta Basílio.
No decurso da pesquisa, foi possível identificar que questões de classe, raça e gênero, imbricadas à localização geográfica, são fundamentais à análise das performances escolares, e que a "crise da escola pública" historicamente tem cor e endereço, atingindo mais fortemente a escola-periférica e os corpos negros-periféricos. "Diferenças socioeconômicas entre os estudantes e a ‘carência cultural’ eram comumente evocadas pelo corpo escolar para justificar seu baixo desempenho e determinar condutas pedagógicas específicas como uma aprendizagem ‘nivelada por baixo’. Porém, tanto a pobreza quanto a suposta ‘carência cultural’ seguiam tendências raciais. A distorção escolar, por exemplo, era uma realidade da escola-periférica ‘Professora Wanda Costa Daher’, mas, entre estudantes negros, a taxa de repetência correspondia a 67%", destaca a pesquisadora.
Ainda de acordo com os resultados obtidos, na escola-excepcional "Professor Aggêo Pereira do Amaral", as marcas raciais fragmentavam o interior da própria escola, transmutando-a em escola-fractal. Na questão de distorção, por exemplo, identificou-se que 43,5% dos alunos do noturno repetiam entre um e três anos, e 36,7% dos alunos da manhã repetiam entre um e dois anos. Contudo, à luz da questão racial o quadro tornava-se mais dramático: 45% dos estudantes negros do período noturno repetiam entre um e três anos, e 36,7% da manhã entre um e dois anos; enquanto que 42,4% dos brancos do período noturno e 33,9% da manhã repetiam entre um e dois anos.
"Os dados e os relatos de estudantes e professores revelaram que, na corrida educacional, estudantes negros, sobretudo do período noturno, eram lesados e preteridos. Em suma, cotidianamente identificam-se abismos entre as realidades dessas escolas: de um lado a preparação consistente e constante para o vestibular, doutro a luta contra as fomes de pão e reconhecimento; de um lado a possibilidade de usufruir de espaços de lazer e cultura na cidade, doutro a obrigatoriedade de mentir o bairro para conseguir se inserir precocemente no mercado de trabalho e fugir ao estigma; de um lado o apoio familiar e os meios para sonhar; e doutro a ausência paterna e a privação ao sonho. Violências ora explícitas, ora dissimuladas que refletiam nos boletins, no (não) reconhecimento com a escolarização formal, em sua saúde mental e na projeção sobre o futuro", sintetiza a pesquisadora.
Para ela, "essa pesquisa exprime como escolarizar-se é um processo árduo aos corpos negros- periféricos, e não por uma incapacidade historicamente atrelada à população negra por explicações educacionais, psicológicas e culturais embebidas em racismo científico, mas devido ao próprio racismo estruturante da sociedade brasileira. Ser negro e tentar escolarizar-se é ter que lidar com livros didáticos alvos; com leis que se escrevem, mas não se cumprem; com preterimentos; com a fome; com a distância dos bairros periféricos de espaços de lazer e cultura; é lidar, inclusive, com a institucionalização de um capital cultural embranquecido, que não dialoga com o cotidiano de parcela significativa da população. Não considerar a intersecção entre raça, classe e gênero para entender as desigualdades que não são apenas educacionais, mas sociais, é contribuir com o discurso neoliberal, que põe nas costas da juventude negra e periférica a responsabilidade pelas cicatrizes que a marcam".
E como os resultados podem ajudar a transformar essa realidade educacional? Segundo a orientadora do estudo, as políticas públicas educacionais devem pensar os mais diversos ângulos da configuração escolar brasileira. Assim, "a análise do território e da etnicidade é um importante indicador para pensar e organizar currículos e práticas pedagógicas culturalmente e socialmente relevantes no sentido de que os sujeitos da escola se reconheçam no território escolar. Refletir sobre a escola periférica é levar em consideração a multiculturalidade brasileira, com o fim de enfrentar as desigualdades como parte do esquema racial brasileiro instituído, e sua força dinâmica de apartar um segmento grande da educação de qualidade. Além disso, torna-se urgente implementar a legislação que instituiu a História da África e da Cultura Afrobrasileira e Indígena (Lei 11.745/08), capacitando toda a rede escolar com o objetivo de renovar as práticas educacionais", defende a professora Lourdes de Fátima Carril.
Inscrições são gratuitas e devem ser feitas pela Internet

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som (PPGIS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulgou o edital para seleção de alunos especiais. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas de 3 de janeiro a 14 de fevereiro pela Internet. As aulas serão realizadas em ambiente virtual, no primeiro semestre de 2022.
São ofertadas três disciplinas: Audiovisual multiplataforma: teorias e modelos de análise; Análise e interpretação de narrativas fílmicas realistas e alegóricas; e Estratégias narrativas do melodrama no cinema. A inscrição pode ser feita em uma ou mais disciplinas. A seleção será realizada por meio da análise da documentação dos candidatos, conforme instruções do edital (https://bit.ly/3yqFONz).
O resultado será divulgado no dia 22 de fevereiro. As aulas têm início previsto a partir do dia 8 de março. O cronograma e todas as informações sobre a seleção devem ser conferidos no edital, disponível no site do PPGIS (www.ppgis.ufscar.br). Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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