Condição dolorosa atinge pacientes com Diabetes Mellitus Tipo-2
SÃO CARLOS/SP - A neuropatia periférica é uma complicação muito comum relacionada com diabetes e ocorre em aproximadamente 50% dos casos. A dor neuropática acomete três quartos das pessoas com neuropatia periférica diabética e é caracterizada por uma dor diferenciada, crônica, difícil de ser tratada e com poucos estudos relacionados a ela, caracterizando-se por formigamento, sensação picadas de agulha, queimação, pontadas, choques elétricos e câimbras, especialmente nos pés ou nas pernas.
A neuropatia periférica diabética é uma condição dolorosa que atinge, com o passar do tempo, os pacientes com Diabetes Mellitus (Tipo-II), e que agora está sendo investigada por pesquisadores do Grupo de Óptica do IFSC/USP no sentido de ser implementado um tratamento não invasivo e indolor. A pesquisa inicia-se agora com a chamada de sessenta (60) voluntários de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 45 e 70 anos, que não sejam dependentes de insulina e que apresentem pelo menos entre 7 a 13 anos com diagnóstico de Diabetes Mellitus (Tipo-II).
Conforme explica a fisioterapeuta e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia - Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Juliana da Silva Amaral Bruno, responsável por esta pesquisa no Grupo de Óptica do IFSC/USP e sob a orientação do Prof. Vanderlei Salvador Bagnato (IFSC/USP), “Os pacientes serão avaliados e através de métodos e testes específicos poderão ser classificados com neuropatia periférica leve, moderada ou grave, sendo que seguidamente serão submetidos ao novo tratamento. A literatura relata que o diagnóstico precoce da neuropatia faz com que as terapias tradicionais, juntamente com dieta equilibrada e atividade física, reduzam os sintomas da neuropatia periférica. Mas, nossa intenção é ir mais longe, ou seja, queremos prevenir complicações futuras pela perda da sensibilidade protetora, que pode acarretar lesões cutâneas, infecções, amputações na região dos pés e das mãos e, em estágios mais graves, até causar morte”.
Nas técnicas tradicionais de avaliação utilizam-se filamentos (o mais utilizado é o monofilamento de 10 gramas), o diapasão, que verifica a sensibilidade vibratória, sensibilidade térmica (quente e frio) e o reflexo Aquileu. Contudo, nesta pesquisa os cientistas vão realizar a avaliação não só com esses métodos, como também através de um equipamento detentor de uma tecnologia que classifica, em tempo real, o nível da neuropatia através da propagação do impulso do nervo sural, para ssim se compararem os resultados. “Esse nervo sural é essencialmente sensitivo, formado a partir dos ramos cutâneos dos nervos tibial e fibular comum, e que se estende desde a fossa poplítea pelas regiões posterior e lateral da perna até a superfície lateral do calcanhar e pé. A tecnologia utilizada nesta pesquisa avalia a velocidade e a amplitude de condução elétrica do nervo”, pontua a pesquisadora, acrescentando que esse tipo de avaliação irá contribuir para comparar as técnicas tradicionais e esse equipamento não invasivo, portátil e com tecnologia de ponta.
A partir dessa avaliação, os pacientes voluntários ingressarão no novo tratamento, cujo foco é estimular o nervo para recuperar e reduzir os sintomas da neuropática periférica, com a realização de vinte e quatro sessões, duas vezes por semana, em dias alternados, com uma duração total de três meses. Este projeto de pesquisa será realizado no NAPID – Núcleo de Apoio à Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento, localizado na Rua Riachuelo, nº 171, Centro, São Carlos, contando com uma parceria da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos.
Os pacientes interessados em se inscrever nesta pesquisa deverão entrar em contato pelo WhasApp (16) 99708-3702.
SÃO CARLOS/SP - Com o objetivo de oferecer mais comodidade, melhor localização e um espaço moderno, a partir da próxima quarta-feira, dia 10 de julho, as unidades de Vendas, Relações Empresariais, Saúde Ocupacional Unimed (SOU), Unifácil e Relacionamento Pessoa Física da Unimed São Carlos serão transferidas para um novo prédio, estrategicamente localizado na região central da cidade.
Na Av. São Carlos, nº 2433, passa a atender os departamentos de Vendas, Relacionamento Pessoa Física e Relações Empresariais. Já na Av. Dr. Carlos Botelho, nº 1986, serão instaladas as unidades do SOU e Unifácil. Mesmo estando no mesmo prédio, as unidades terão duas entradas separadas para facilitar o acesso dos beneficiários e clientes, garantindo mais praticidade e comodidade.
O novo espaço com mais de 1000m² foi planejado a fim de proporcionar mais conforto e agilidade no atendimento, além de uma infraestrutura completa, moderna e mais ampla, facilitando o acesso.
O que essas unidades oferecem?
Vendas
O Comercial da Unimed São Carlos é responsável pela comercialização de planos de saúde individuais e familiares (Pessoa Física) e planos de saúde coletivos empresariais (Pessoa Jurídica). Nossa equipe de consultores está apta a lhe orientar sobre contratação de planos, portabilidade, orçamentos, cotações, propostas, entre outros assuntos.
Relações Empresariais
O setor de Relações Empresariais (RE) é responsável pelo relacionamento com as empresas clientes da Unimed São Carlos, com assuntos como reajustes, orientações, negociações, entre outros.
SOU
O SOU oferece serviços completos em saúde e segurança no trabalho, visando auxiliar as empresas no que se refere ao atendimento das legislações, com foco na prevenção em diminuir o absenteísmo por meio da gestão de saúde e prevenir os riscos relacionados a acidentes e doenças no trabalho. Os serviços podem ser contratados de forma independente por qualquer empresa, mesmo por aquelas não clientes dos produtos de assistência médica Unimed São Carlos.
Unifácil
O Unifácil é uma modalidade de plano com rede dirigida e local próprio para atendimento dos beneficiários.
Relacionamento Pessoa Física
A área de Relacionamento Pessoa Física tem como objetivo dar as boas-vindas e prestar um atendimento individualizado, no pós-venda, aos beneficiários ativos em planos Individuais/Familiares
Para mais informações, entre em contato com nossa Central de Atendimento pelo telefone (16) 2107-7333, WhatsApp (16) 2107-8300 ou através do nosso site www.unimedsaocarlos.com.br.
SÃO CARLOS/SP - Na última Sessão Ordinária, terça-feira (25), a Câmara Municipal de São Carlos aprovou a ficha orçamentária para receber R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) de emenda parlamentar encaminhada pelo deputado federal Celso Russomanno a pedido do vereador Malabim (PRD).
Esse recurso será utilizado em atividades que englobam a saúde do município, como custeio de exames e procedimentos e a compra de remédios.
Malabim ressalta a importância dessa conquista para aliviar a fila de espera daqueles que necessitam de exames e remédios e agradece ao deputado federal Celso Russomanno pela destinação e atenção que vem dando a São Carlos.
EUA - Pesquisadores de Harvard fizeram uma parceria com o Google para criar a maior base de dados da estrutura do cérebro humano na resolução utilizada. Eles conseguiram mapear cada célula e sinapse de uma pequena amostra de cérebro. Com as novas imagens, a equipe identificou fenômenos que ainda não têm explicação.
Eles utilizaram um 1 milímetro cúbico de volume de um córtex saudável retirado durante uma cirurgia em uma mulher com epilepsia. O procedimento servia para que os cirurgiões alcançassem a parte do cérebro que precisava ser operada. De forma mais específica, a amostra de córtex veio do lobo temporal anterior e tem seis camadas de células.
Para transformar a amostra em imagem, os pesquisadores utilizaram um microscópio eletrônico, técnica utilizada para investigar de forma detalhada estruturas biológicas e inorgânicas. Os dados capturados pelo telescópio foram, então, reconstruídos pelo computador.
Apesar da amostra utilizada ser pequena, as imagens exibiram 57 mil células e 150 milhões de sinapses – pontos de conexão onde o sinal atravessa de um neurônio para o outro. Isso resultou em um total de 1,4 milhão de gigabytes de dados. A partir disso, surgiu a necessidade da parceria com o Google, que disponibilizou uma inteligência artificial de processamento de imagens.
Por conta da vasta quantidade de dados, os pesquisadores ainda não conseguiram analisar todas as informações disponíveis. Para tornar o esforço conjunto ainda maior, eles compartilharam os dados online e disponibilizaram ferramentas de análise.
Entre os achados que surpreenderam os cientistas, estão as fortes conexões entre os pares de neurônios. Em alguns casos, havia dezenas de sinapses conectando as mesmas duas células. Conexões tão fortes não foram encontradas nos cérebros de ratos. Outro ponto intrigante foi a existência de células que tendem a ficar em uma imagem simétrica a outra, como um espelho.
Eles também identificaram a ocorrências de axônios espiralados. Essa estrutura faz parte do neurônio e é responsável por carregar o sinal para fora da célula. Havia poucos axônios em espiral e, em alguns casos, eles ficavam na superfície de uma outra célula. Mas a função e o porquê dos axônios espiralados ainda são desconhecidos.
As imagens obtidas pela equipe mostram como os neurônios estão conectados de forma intensa. Apenas um neurônio tem mais de 5 mil axônios de outras células chegando a ele e levando os sinais, o que resulta em inúmeras sinapses.
Leia o estudo completo na revista Science.
Ramana Rech / ESTADÃO
SÃO CARLOS/SP - O Superintendente do Hospital Universitário da UFSCar (HU-UFSCar), Fábio Neves, apresentou em encontro realizado na última semana, o trabalho que o HU tem realizado e investimentos destinados a aprimorar as condições do atendimento prestado à população de São Carlos e região. A apresentação se deu em reunião na Santa Casa de São Carlos, com participação de representantes da Prefeitura Municipal e do Departamento Regional de Saúde 3 e a convite da Comissão de Saúde da Câmara Municipal. A pauta principal foi a superocupação das unidades de pronto atendimento (UPA) e dos prontos-socorros hospitalares conveniados ao SUS (Sistema Único de Saúde).
No encontro, o Superintendente relembrou que todos os atendimentos do HU-UFSCar são regulados pela Secretaria Estadual de Saúde, abrangendo 24 municípios da região, com uma média de 3000mil pessoas atendidas por mês. Os pacientes são encaminhados ao HU-UFSCar de acordo com as especialidades previstas em contrato, com base no sistema Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (CROSS).
Na ocasião, Neves esclareceu que o Hospital tem atendido, inclusive, um número de pacientes acima do previsto em contrato com a Secretaria Municipal de Saúde. O instrumento prevê 130 internações mensais e, nos últimos dois meses, o HU-UFSCar tem atendido o dobro disso, o que gera déficit financeiro para o Hospital.
"Reconhecemos os desafios orçamentários e estamos sempre em busca de mais recursos para o HU. Nós temos a infraestrutura e mais leitos para ampliar o número de internações, mas precisamos que o contrato seja ajustado, para termos a viabilidade financeira para manter esses leitos em funcionamento. Já vimos informando a Secretaria Municipal de Saúde, da necessidade de conversarmos e rever o contrato, adequando-o para a necessidade atual de atendimentos. Este encontro é importante justamente para apontarmos os pontos que precisam ser aprimorados e, juntos, buscar a solução para a ampliação dos leitos nas unidades de saúde pública do Município", ressaltou o Superintendente na reunião.
Fábio também enfatizou que o maior problema é a insuficiência de leitos clínicos para dar suporte à Rede de Urgência e Emergência regional. Com a falta de leitos, não há vazão dos pacientes que estão em observação nas UPAs e nos prontos-socorros hospitalares, gerando superlotação. A partir do cenário atual apresentado pelas unidades de atendimento em saúde, ficou acordado que será feito estudo para que seja viabilizada pelo Município a ampliação do número de leitos no convênio com o HU-UFSCar.
Investimentos
Recentemente, o HU-UFSCar abriu quatro novos leitos para atendimento de pacientes com dengue; em 2023, inaugurou novas áreas assistenciais (Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Unidade de Internação Pediátrica), com 29 leitos, e administrativas (Apoio Operacional e Central de Resíduos); além da Unidade de Pesquisa Clínica (UPC), com infraestrutura adequada e uma equipe qualificada e especializada na realização de estudos clínicos para o desenvolvimento de novos medicamentos e insumos para a saúde.
O Hospital conta também com leitos para atendimento em saúde mental, que recebem pacientes de São Carlos, Ibaté, Dourado, Ribeirão Bonito, Descalvado e Porto Ferreira. Durante pandemia da Covid-19, a unidade de saúde teve um papel fundamental no atendimento a pacientes de São Carlos e região, registrando uma das menores taxas de mortalidade na UTI Covid em nível nacional, 30%, ante 52,9% da média nacional, segundo a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).
As melhorias, mesmo diante do cenário de restrições orçamentárias, têm sido resultado de uma gestão administrativa atenta às necessidades da população e às oportunidades de captação de novos recursos.
SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa de São Carlos realizou no domingo (30/06) a captação de fígado, rins e ossos de uma mulher de 58 anos. Ao menos três pessoas devem ser beneficiadas com os órgãos. Em 2024, já foram realizadas sete captações.
Após a morte encefálica da paciente ser constatada no sábado (29), a família autorizou o procedimento. A captação do fígado foi realizada por uma equipe especializada da Santa Casa de São José dos Campos. Os rins e ossos foram captados por profissionais do Hospital das Clínicas, de Ribeirão Preto e Marília, respectivamente.
O procedimento contou ainda com o apoio da Comissão Interna Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Santa Casa de São Carlos.
O enfermeiro da CIHDOTT, Tiago Clezer, explicou que, após a morte encefálica da paciente ser constatada e a família autorizar a doação, começa o processo de contato com a Organização de Procura de Órgãos (OPO) de Ribeirão Preto. São realizados alguns exames para decidir quais órgãos podem ser doados de acordo com o quadro clínico. Após a decisão, inicia-se a organização para agendar a cirurgia, o que ocorre em até seis horas, do agendamento até a remoção dos órgãos.
“É uma oportunidade da vida continuar para outras pessoas. É preciso que você fale para sua família em vida e que avise que quer ser um doador, porque quem vai autorizar são os familiares”, disse.
FILA POR TRANSPLANTE NO BRASIL
De acordo com dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (01/07), 72.623 pessoas aguardam por transplante no Brasil.
Em 2024, já foram realizados 12.379 transplantes no país. Doe órgãos! Salve vidas!
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, seguindo determinação do Governo do Estado, prorrogou novamente a campanha de vacinação contra a influenza (gripe) até 14 de julho. A medida tem como objetivo ampliar a cobertura vacinal, prevenindo desta forma demais complicações respiratórias.
Estão habilitadas a se vacinar até 14 de julho todas as pessoas com seis meses ou mais de idade – crianças, adolescentes, adultos e idosos –, bastando comparecer a um local de vacinação munida de carteira de vacinação, documento com foto e CPF.
Até o momento foram aplicadas em São Carlos 51.812 doses contra a influenza, o que corresponde a uma cobertura de 43,31% dos grupos prioritários, sendo que os idosos atingiram 45,81%, as crianças 39,68%, as gestantes 16,62% e as puérperas 5,91%. A população alvo é de 101.723 pessoas.
O ar seco propicia a proliferação do vírus da influenza, facilitando a transmissão de doenças respiratórias como gripe, rinite, além do agravamento de quadros de asma e sinusite.
Em São Carlos, a imunização acontece nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e Unidades de Saúde da Família (USF’s), com exceção das unidades da Vila São José e do Botafogo, que passam por reforma, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30.
SÃO CARLOS/SP - São Carlos registrou neste ano, 7.210 casos positivos, sendo 6.593 autóctones e 617 importados (410 novos casos).
Para Chikungunya foram registradas 143 notificações, com 85 casos descartados, 02 positivos, sendo 1 autóctone e 1 importado e 56 aguardando resultado de exame.
Para Zika foram registradas 25 notificações, com 24 casos descartados e 1 aguardando resultado de exame.
Para Febre Amarela foram registradas 3 notificações, com 3 casos descartados.
Foi registrada a primeira morte por dengue no município. Trata-se de uma mulher de 74 anos com comorbidades que veio a óbito em 12/05/24. Outros 8 casos continuam em investigação.
SÃO CARLOS/SP - Com o objetivo de oferecer agilidade, segurança e comodidade aos pacientes usuários das unidades de urgência e emergência e ao corpo médico, a Secretaria Municipal de Saúde, através do Departamento de Gestão do Cuidado Hospitalar, informa que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) da Vila Prado, Santa Felicia e Cidade Aracy passaram a emitir atestados médicos com dispositivo QR Code. Uma ferramenta moderna que permite a conferência da procedência do atestado médico emitido na consulta, com dados referentes à essa emissão.
Daniele Robles, diretora do Departamento de Gestão do Cuidado Hospitalar, explica que muitos empresários tem procurado as UPAS para checar a emissão de atestados de seus colaboradores. “Por força da legislação não podemos dar essa informação. A única informação permitida é se o médico estava de plantão e se a pessoa fez ficha de atendimento, entretanto, quando a pessoa não passou, provavelmente o atestado é falso”, relatou.
A Secretaria Municipal de Saúde lembra que as três UPAS atendem em média 1.000 pacientes/dia e a emissão do atestado com QR Code de validação oferece a possibilidade de conferir a veracidade do documento.
A Secretaria Municipal de Saúde ressalta que pelo Art. 154 do Código Penal não é permitido passar informação sobre a ficha de atendimento do paciente, porque se trata de um dado sigiloso.
Pela Resolução 1931/2009 do Código de Ética Médica, o médico também não pode passar nenhuma informação a respeito do prontuário do paciente.
Já pelo Art. 85 é vedado ao médico “permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade” e no Art. 89 “liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando autorizado, por escrito, pelo paciente, para atender ordem judicial ou para a sua própria defesa. Quando requisitado judicialmente o prontuário será disponibilizado ao perito médico nomeado pelo juiz. Quando o prontuário for apresentado em sua própria defesa, o médico deverá solicitar que seja observado o sigilo profissional.
“Só se fornece a informação sobre a ficha de atendimento por ordem judicial ou quando existe inquérito policial. Quando há indícios de fraude e de falsificação, orientamos que se realize um boletim de ocorrência para que através do inquérito policial, aja a notificação e aí sim possa se fornecer a ficha de atendimento, porque se existe indícios é função da Policia Civil essa investigação”, orientou Daniele Robles.
Especialista da Hapvida NotreDame Intermédica explica que doença atinge cerca de 30% da população mundial, principalmente crianças
RIBEIRÃO PRETO/SP - Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a anemia é definida como uma condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal em virtude de alguns fatores, como carência de um ou mais nutrientes essenciais, como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas, o que gera riscos à saúde que podem se agravar sem o tratamento adequado. Ainda segundo a OMS, 30% da população global é anêmica, principalmente crianças de até dois anos de idade e mulheres adultas, apesar de também poder acometer adolescentes, homens e idosos.
No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) aponta que mais de 20% das crianças abaixo de cinco anos apresentam a doença, assim como cerca de 29% das mulheres adultas. Devido a isso, a campanha Junho Laranja foi criada no intuito de diagnosticar, prevenir e tratar precocemente a anemia.
De acordo com a hematologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Harsumi Iwamoto, há vários tipos de anemias, que podem ocorrer por diversos motivos. “Há as anemias carenciais, desencadeadas por deficiência de ferro, ácido fólico ou vitamina B12. Há também as anemias que ocorrem devido a problemas na medula óssea, a fábrica do sangue, como é o caso de leucemias, mieloma múltiplo, anemia aplásica ou síndromes mielodisplásicas. Temos também as anemias hereditárias, como a doença falciforme, talassemias, esferocitose hereditária etc. E ainda podemos ter anemia por excesso de destruição das células sanguíneas, conhecido como hemólise, que pode ser tanto de origem hereditária, quanto autoimune”, explica.
Sintomas
Os sintomas são geralmente inespecíficos e dependem do tipo de anemia, do valor da hemoglobina (quanto mais baixo, maior o desconforto) e da velocidade de instalação dessa condição. “Anemias que se desenvolvem de forma insidiosa tendem a ser menos sintomáticas do que aquelas de início súbito, mesmo com valores semelhantes de hemoglobina”, ressalta.
A especialista esclarece que para evitar a anemia são necessários alguns cuidados, como manter uma alimentação adequada, que ofereça uma ampla variedade de micro e macronutrientes, além de evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
“Além disso, há grupos de risco mais suscetíveis, como gestantes, bebês prematuros e crianças de seis meses a dois anos de idade, pois recebem suplementação de ferro de forma profilática; adolescentes, devido ao estirão do crescimento e ao início da menstruação; pessoas que já fizeram cirurgia gástrica; e pessoas com doenças disabsortivas, como a doença celíaca”, complementa.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico se dá por meio do hemograma, que mostra a presença ou não da anemia, mas geralmente são necessários outros exames complementares para diagnosticar qual o tipo.
“Podem ser exames de sangue, como dosagem de vitaminas, de produtos de degradação das hemáticas, função tireoidiana, testes sorológicos e, em alguns casos, indica-se o exame da medula óssea, com mielograma ou biópsia”, elucida Hatsumi.
Segundo a médica, o tratamento vai depender da causa da anemia. “Como são diversas causas, há inúmeros tratamentos disponíveis. De forma geral, sempre devemos investigar a carência de algum nutriente e fazer a reposição quando necessário. Doenças oncohematológicas geralmente são tratadas com quimioterapia. As anemias hemolíticas autoimunes são manejadas com corticoterapia ou imunossupressores. Para casos graves de anemia, pode ser necessária a transfusão de sangue. Mas cada caso deve ser avaliado individualmente”, conclui.
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