Estima-se que o tipo B afete mais de 1 milhão de brasileiros; capital brasileira enfrenta surto da doença em 2024
SÃO PAULO/SP - Estamos no Julho Amarelo, o mês de conscientização e de reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais. A hepatite é uma doença que atinge o fígado e compromete suas funções. Os tipos mais comuns são causados pelos vírus A, B e C e, na maioria das vezes, as infecções são silenciosas ou assintomáticas. Estima-se que 520 mil pessoas tenham hepatite C no Brasil, mas não têm acesso ao diagnóstico e tratamento. Já para a hepatite B, a estimativa feita pelo Ministério da Saúde é de quase 1 milhão de casos, com apenas 300 mil diagnosticados.
Apesar de ser uma infecção que pode ser prevenida, como por exemplo, pela vacina, surtos pontuais da doença, que ocorrem quando há um número acima do comum de casos infecciosos, ainda acontecem. No ano passado, São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC) entraram em alerta após registrarem um crescimento no número de casos. Em 2024, desde o início do ano, outra capital brasileira está passando por um surto de contaminação de hepatite A. Curitiba (PR) já registrou, até o momento, 228 casos e 5 mortes confirmadas.
"As hepatites virais são doenças infecciosas de etiologia viral que acometem o fígado, inflamando-o inicialmente e prejudicando toda a sua função biológica, que é a de eliminar toxinas e metabolizar nutrientes e hormônios. Essas alterações podem ser leves, moderadas ou graves, como a cirrose hepática e o câncer de fígado. Quando se apresentam sintomas, estes são, comumente, cansaço, febre, mal-estar geral, tonturas, enjoos, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras", destaca a infectologista do Hospital Vita, Dra. Marta Fragoso.
Transmissão e prevenção
A transmissão das hepatites pode ocorrer de diversas formas, como por meio da ingestão de alimentos ou água contaminada, pelo contato com secreções contendo o vírus ou em práticas sexuais sem proteção. Nas hepatites B e C, além dessas formas, elas também podem ser transmitidas da mãe para o filho durante a gestação, em uma transmissão vertical. “Sua forma de transmissão se dá por meio do contato com sangue ou secreções contaminadas, principalmente entre profissionais de saúde, usuários de drogas injetáveis que compartilham agulhas e seringas, e em procedimentos invasivos de saúde com dispositivos ou equipamentos sem esterilização adequada”, explica a infectologista.
Apesar de grande parte dos casos de hepatites não apresentarem sintomas, elas podem trazer complicações. A hepatite A, por exemplo, pode ser fulminante, enquanto as hepatites B e C podem causar cirrose, câncer (principalmente de fígado) e até mesmo a morte. O tipo C costuma se tornar crônico. A principal forma de prevenção é por meio da vacinação, que protege contra os tipos A, B e até o D, que, apesar de não ser comum, só contamina pessoas que já contraíram o tipo B.
A vacina pentavalente, que protege contra a hepatite B, além de proteger contra difteria, tétano, coqueluche e influenza tipo B, é aplicada logo após o nascimento. Para a hepatite A, a vacina deve ser aplicada entre 12 e 23 meses de vida. O saneamento básico adequado, a higiene das mãos e dos alimentos, além de práticas sexuais seguras, também são formas eficazes de prevenção.
Diagnóstico
O diagnóstico das hepatites é feito por meio de exames de sangue, nos quais se pesquisa a presença de anticorpos. É possível detectá-los por até seis meses após a contaminação. Como grande parte dos casos são silenciosos e assintomáticos, o diagnóstico precoce possibilita um tratamento certeiro, diminuindo as chances de complicações ou até mesmo da hepatite C ser descoberta em sua fase crônica.
A taxa de cura das hepatites pode chegar a 95%, principalmente se descoberta no início. A Mobius, empresa que desenvolve e comercializa produtos destinados ao segmento de medicina diagnóstica focada em biologia molecular, oferece testes moleculares para a detecção de hepatite B e C. A tecnologia possibilita um diagnóstico rápido, em poucas horas, além de auxiliar na conduta médica.
A hepatite é tratada com medicamentos antirretrovirais, mas isso pode ser inviável quando o vírus apresenta resistências causadas por mutações específicas. O teste HBV realiza a genotipagem para detecção da resistência a medicamentos, possibilitando um tratamento mais assertivo e personalizado na escolha do melhor medicamento. Na hepatite C, o teste HCV avalia as mutações em NS5B, 5UTR, NS5A, NS5A GT2 e NS3, e também identifica a melhor opção de tratamento, impactando diretamente no prognóstico da infecção.
"Os exames moleculares da Mobius desempenham um papel importante na detecção precoce e precisa das hepatites B e C. As soluções são capazes de identificar o material genético e auxiliar na escolha dos melhores medicamentos disponíveis para o tratamento. A precisão dos exames proporciona resultados confiáveis, permitindo que os profissionais de saúde iniciem o tratamento rapidamente, antes que complicações sérias possam se desenvolver. Isso não só melhora as chances de recuperação do paciente, mas também reduz o risco de transmissão para outras pessoas", destaca Rafaela Carvalho, Business Partner Comercial da Mobius.
O tratamento das hepatites varia de acordo com a condição de cada paciente. De acordo com a Dra. Marta Fragoso, a hepatite A não possui tratamento específico, apenas o alívio dos sintomas, mas em caso de insuficiência hepática grave, o acompanhamento deve ser hospitalar. No caso da hepatite B, ela pode ser aguda ou crônica; na fase aguda, os sinais e sintomas são de curta duração e podem ser tratados com medicações. Já na fase crônica, que é quando a doença dura mais de seis meses, costuma-se utilizar medicamentos antivirais para reduzir os riscos de progressão para casos mais graves. A hepatite C também é tratada com antivirais de ação direta, buscando evitar remédios que sobrecarregam as funções do fígado.
O clima seco prejudica a expulsão de agentes alergênicos e fatores como a poluição e poeira podem agravar a situação
SÃO PAULO/SP - O clima seco e a falta de umidade pode trazer diversos prejuízos para a nossa saúde e um deles diz respeito à ocorrência de doenças alérgicas, que podem aumentar por conta dessas condições.
Segundo a alergista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Sarah Aguiar Nunes, o clima seco interfere na fluidificação das nossas mucosas (nariz e brônquios) e, portanto, o muco fica mais denso nas superfícies respiratórias. “Com isso, temos mais dificuldades em expulsar agentes irritativos e alergênicos. O resultado disso é a piora das doenças alérgicas respiratórias. Além das doenças respiratórias, o clima seco interfere em outros sistemas do organismo, como por exemplo a pele, tornando-a mais ressecada e piorando as doenças alérgicas cutâneas”, alerta ela.
A médica destaca que entre os sintomas mais comuns estão a sensação de olho e nariz ressecados, mas que outros sintomas como coceira local, vermelhidão, espirros e congestão nasal, também podem ocorrer. “O lacrimejamento e coriza apesar de parecer ambíguos, podem ocorrer, pois são sintomas consequentes de uma resposta inflamatória secundária ao clima seco e aos alérgenos (como por exemplo a poeira e pólens)”, afirma a especialista.
Para além dessa irritação natural do clima seco, os incômodos podem ser maiores por conta dos alergenos do ambiente, como ácaros, pelos de gato, cachorro, fungos e pólens, além de partículas que incluem a poluição, vírus e bactérias, que ficam mais tempo suspensas no ar. Isso, segundo a alergista, favorece a inalação desses agentes, o que piora as alergias. Outra condição agravante, de acordo com ela, é o risco de infecções virais e bacterianas (como sinusites e pneumonias).
Para evitar essas condições é possível tomar algumas atitudes na própria residência e em outros locais. “O uso de umidificadores ou mesmo uso de bacias com água ou toalhas úmidas no ambiente auxiliam na evaporação da água e melhora a qualidade do ar. Outra medida importante é evitar o uso de vassouras ao limpar a casa para não espalhar poeira (preferir panos úmidos ou aspiradores de po que contenham filtro HEPA)”, destaca a profissional.
Mas, ressalta Sarah, também é preciso tomar cuidados importantes em relação às mucosas e com o próprio corpo. “A umidificação das mucosas por meio da lavagem nasal com soro fisiológico é essencial nessa época. Além disso, o consumo de água durante o dia deve ser aumentado. Nos casos de pessoas com alergias respiratórias é importante o uso das medicações inalatórias e nasais de forma contínua”, finaliza a médica, ressaltando que o acompanhamento médico também é algo importante.
Em "Laura: Uma Maternidade Especial", livro recém-publicado pela Editora Inverso, Suely Schmidt fala sobre trajetória de resiliência e amor
FLORIANÓPOLIS/SC - No silêncio de um quarto de hospital, há 33 anos, começou a jornada de Suely Schmidt, uma mãe que teve a vida totalmente transformada quando recebeu a notícia de que sua filha, Laura, tinha síndrome de Down e, mais tarde, diagnosticada com autismo severo. Essa trajetória de resiliência e amor deu vida ao livro "Laura: Uma Maternidade Especial", obra recém-lançada pela editora Inverso.
Com uma narrativa honesta, Suely compartilha os desafios, as descobertas e as alegrias de criar Laura, desde o diagnóstico inesperado. “Lembro como se fosse hoje o dia em que ela nasceu. Os médicos estavam conversando durante o meu parto e, de repente, ficou um silêncio total. Quando o médico me apresentou a minha filha, não colocou ela no meu colo, mostrou ela à distância e eu achei estranho. No dia seguinte, antes de trazê-la, ele veio na porta do quarto e disse para mim: ‘a sua filha tem todos os estigmas do mongolismo’. Foi assim - dessa forma e com esses termos - que o mundo caiu em cima de mim”, relembra Suely.
A obra também trata de temas essenciais como a falta de uma rede de apoio para famílias em situações semelhantes, estigmas sociais e inclusão - da dificuldade de encontrar escolas adequadas para atender às necessidades de Laura, passando pela busca por tratamentos médicos e o acesso a medicamentos, até o suporte necessário para enfrentar o isolamento social causado pela pandemia de Covid-19.
A ideia de escrever o livro "Laura: Uma Maternidade Especial" ganhou força em 2022, quando Laura foi levada para uma instituição especializada. Até então, Suely escrevia esporadicamente sobre suas experiências e sentimentos. Estes escritos iniciais serviram como uma forma de processamento emocional para Suely. Após discutir o projeto com outras pessoas e receber estímulos positivos, especialmente de outras mães de pessoas com deficiência, ela decidiu levar adiante o projeto de transformar suas reflexões em livro.
“Eu conto a minha história toda desde a gravidez até dois anos atrás. Tudo o que eu vivi com ela, as minhas dificuldades, os meus erros e os meus acertos. É uma história de aceitação e de amor, mas também de realidade. Escrevi para que outras mães que vivem situações semelhantes possam encontrar forças e não se sintam sozinhas”, relata Suely.
Causa da pessoa com deficiência virou missão da família
Para além de ser uma história de luta e superação, Laura é também uma celebração da diversidade e da beleza única de cada ser humano. O nascimento dela aproximou a família do setor social. Suely impulsionou uma série de iniciativas importantes em prol da causa das pessoas com deficiência. Deu palestras, ajudou a fundar a Reviver Down, uma associação que luta em prol de pessoas com a síndrome de down, foi uma das fundadoras da Lar Assistido, organização que divulgava a importância de criar moradias assistidas para pessoas com deficiência intelectual, além de participar da criação do Ambulatório de Síndrome de Down no Hospital de Clínicas.
"A Laura foi um presente na minha vida. Com o passar do tempo, aprendi muito com ela e me tornei uma pessoa melhor. O meu filho mais velho, Alexandre, tomou um rumo pela área social. Fundou a ASID, que trabalha pela inclusão socioeconômica da pessoa com deficiência. Meu ex-marido também fez parte de várias associações. Foram todos trabalhos desenvolvidos graças à Laura”, finaliza Suely.
Serviço
Laura, Uma Maternidade Especial - Suely Schmidt
Editora Inverso, 144 páginas
Sobre a autora
Suely Schmidt nasceu em Santa Catarina, é formada em História e Nutrição, Mestra em Educação e Doutora em História. Tem dois filhos e dois netos. Após o nascimento de Laura, que tem síndrome de Down, participou da criação da Associação Reviver Down, em Curitiba, cujo objetivo foi a junção de pais na busca de informações e trocas de experiências acerca dessa síndrome. Também participou da criação do Ambulatório de Síndrome de Down no Hospital de Clínicas da UFPR.
SÃO PAULO/SP - O Ministério da Agricultura confirmou, em nota nesta quinta, 17, que foi detectado um foco da doença Newcastle (DNC) em um estabelecimento comercial de avicultura de corte em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul.
O ministério informou que o diagnóstico positivo foi recebido às 16h do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como laboratório de referência internacional para o diagnóstico da DNC. De acordo com a pasta, a doença de Newcastle é uma doença viral que afeta aves domésticas e silvestres e causa sinais respiratórios seguidos por manifestações nervosas.
Segundo o ministério, a investigação da doença foi conduzida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, a qual encaminhou as amostras para a análise laboratorial no LFDA. "O Mapa esclarece que o estabelecimento avícola foi imediatamente interditado, incluindo suspensão de movimentação das aves, a partir do primeiro atendimento pela secretaria", disse a pasta na nota.
O Ministério afirmou também que vai aplicar, juntamente com o órgão estadual, os procedimentos de erradicação do foco. Esse protocolo é previsto no "Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle". O protocolo prevê o abate sanitário e a eliminação de todas as aves e desinfecção do local. "Também será realizada investigação complementar em raio de 10 km ao redor da área de ocorrência do foco, além de outras medidas que forem necessárias conforme avaliação epidemiológica", acrescentou a pasta.
Por fim, o Ministério esclarece que o consumo de produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) "permanece seguro e sem contraindicações".
POR ESTADAO CONTEUDO
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, realizou nesta quarta-feira (17/07), no auditório do Museu da Ciência de São Carlos “Prof. Mário Tolentino”, a capacitação de 30 novos Agentes de Combate às Endemias (ACE’s).
Os novos agentes receberam treinamento de todas as atividades de controle de vetores para poder auxiliar as equipes efetivas a realizar o trabalho de combate ao Aedes aegypt na cidade.
Denise Scatolini, chefe de Seção de Informação, Educação e Comunicação do Departamento de Vigilância em Saúde ressaltou que são 30 agentes e três líderes de equipes que vão implementar o trabalho de combate às endemias nas áreas mais críticas da cidade. “Apesar de estarmos no período de inverno, ainda tem incidência de Dengue na cidade porque o período de transmissão não cessou. Os novos ACE’s devem iniciar o trabalho na próxima semana, após realizarem o treinamento de todas as atividades de controle de vetores. Um grande reforço que recebemos porque eles vão nos ajudar a fazer este trabalho e aprender sobre como é fazer controle e educação em saúde na cidade”, salientou Denise Scatolini.
A capacitação dos novos agentes reforça o time dos ACE’s que já realizam visitas domiciliares voltadas para esclarecimento de dúvidas sobre a Dengue, eliminação de focos, criadouros entre outras orientações à comunidade, além de intensificar as ações que a SMS desenvolve no processo de combate ao mosquito transmissor da Dengue, Zika, Chikungunya e outras arboviroses.
Em São Carlos já foram registradas esse ano 24.445 notificações para Dengue, com 7.633 casos positivos, sendo 6.983 autóctones e 650 importados. Para Chikungunya foram registradas 147 notificações, com 91 casos descartados, 03 positivos, sendo 2 autóctones e 1 importado e 56 aguardando resultado de exame. Para Zika foram registradas 25 notificações, com 24 casos descartados e 1 aguardando resultado de exame. Para Febre Amarela foram registradas 3 notificações, com 3 casos descartados.
A cidade registra até esse momento 1 morte por Dengue. Outros 10 casos continuam em investigação.
SÃO CARLOS/SP - O Departamento de Vigilância em Saúde informa que já está disponível nas unidades de saúde de São Carlos a vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano (HPV4) para pessoas de 15 a 45 anos que tomam Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP).
São Carlos está seguindo o que determina a Nota Técnica Conjunta Nº 101/2024-CGICI/DPNI/SVSA do Ministério da Saúde. Agora além das faixas etárias tradicionais (9 a 14 anos), a vacinação inclui usuários de PrEP, reconhecendo seu risco aumentado para infecção por HPV. Esta medida visa mitigar o aumento das neoplasias relacionadas ao vírus, especialmente entre HSH e mulheres trans.
O HPV é uma infecção sexualmente transmissível associada ao desenvolvimento de cânceres como colo do útero, ânus, vulva, pênis e orofaringe. A transmissão pode ocorrer mesmo sem penetração e infecções persistentes aumentam o risco de neoplasias.
Estudos mostram que a vacina HPV4 é altamente eficaz na prevenção das complicações do HPV, incluindo câncer cervical. Reduz significativamente a prevalência e lesões genitais, com eficácia comprovada em diferentes grupos populacionais.
Usuários de PrEP não vacinados devem receber o esquema completo da vacina composto por três doses do imunizante. A vacina é contraindicada para gestantes e pessoas alérgicas a seus componentes.
De acordo com Denise Martins, diretora de Vigilância em Saúde, as pessoas de 15 a 45 anos em uso de PrEP podem receber a vacinação contra HPV em qualquer unidade de saúde ou no Centro de Atendimento de infecções Crônicas (CAIC). “Para receber a vacina é necessário comprovação de uso de Profilaxia Pré-Exposição ao HIV como o formulário de prescrição do imunizante, cartão de acompanhamento ou receita médica. Com a ampliação, será possível ajudar ainda mais na prevenção e tratamento das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e cânceres causados pela doença”, afirma a diretora.
O supervisor do Centro de Atendimento à Infecções Crônicas (CAIC), Guilherme Angelicio, confirmou que 526 pessoas estão registradas no Sistema Único de Saúde (SUS) em uso de PrEP. “Esses pacientes realizam acompanhamento regular de saúde aqui no CAIC e a maioria está apta a receber a HPV4”.
No CAIC, localizado na Rua José de Alencar, nº 36, esquina com a Avenida São Carlos, no Parque Arnold Schimidt, a vacina é disponibilizada de segunda a sexta das 8h às 11h. Já nas unidades básicas de saúde (UBS’s) e unidades de saúde da família (USF’s), com exceção da UBS da Vila São José e da USF Aracy - Equipe II, que passam por reforma, a vacinação também é realizada de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30.
Outras informações sobre a vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano (HPV4) podem ser obtidas pelos telefones do CAIC (16) 3419-8240 ou (16) 3419- 8250.
Essa recomendação também serve para quem se deslocará para outros países
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, informa que todos os imunizantes recomendados por meio da Nota Técnica Nº 127/2024 do Ministério da Saúde que dispõe sobre a vacinação dos atletas, delegações e visitantes que vão participar da Olimpíada e Paraolimpíada de Paris 2024, realizada entre julho e setembro, estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde (UBS’s) e unidades de saúde da família USF’s).
Entre os imunizantes destacados estão as doses da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela ou catapora), DTP (difteria, tétano e pertussis ou coqueluche), influenza e COVID-19. Essa recomendação do Ministério da Saúde também serve para quem se deslocará para outros países.
A medida foi tomada diante da atual situação epidemiológica das doenças imunopreveníveis em diversas partes do mundo, a exemplo da ocorrência de surtos de sarampo, rubéola e coqueluche, além da circulação de influenza e COVID-19 em várias regiões da Europa, além da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Paris, competição que atrai grandes contingentes populacionais e aumenta o risco de transmissão dessas doenças.
De acordo com Denise Martins, diretora de Vigilância em Saúde, quem precisar atualizar a vacinação para viajar deve apresentar o comprovante de viagem. “Os viajantes que vão para as Olímpiadas ou para outros países devem atualizar a vacinação pelo menos 15 dias antes da viagem, sendo este o período mínimo para que uma pessoa vacinada apresente anticorpos em níveis protetores contra essas doenças”, alerta a diretora.
A medida é eficaz para o viajante se proteger contra essas doenças, visando minimizar o risco de adoecimento da população que viaja, mas também da população residente no Brasil, ao retorno do viajante.
Recomenda-se ainda aos viajantes que apresentarem sinais e sintomas característicos das doenças citadas, que procurem imediatamente o atendimento de saúde no local do destino e, sobretudo, ao retornar ao Brasil. Caso os sinais e sintomas manifestem durante a viagem, que informem a tripulação.
A vacinação é uma das medidas mais eficazes de proteção contra as doenças imunopreveníveis e, para adequada proteção do indivíduo, deve ser realizada de forma oportuna e, preferencialmente, nas faixas etárias/idade recomendadas no Calendário Nacional de Vacinação.
“As pessoas quando não comprovarem vacinação anterior, geralmente pessoas que nasceram a partir de 1960 e que não tem mais comprovação da tríplice viral, tetraviral e de DTP, necessitam procurar uma unidade de saúde para receber novas doses”, reforça Denise Martins.
Em São Carlos a vacinação está é realizada nas unidades básicas de saúde (UBS’s) e unidades de saúde da família (USF’s), com exceção da UBS da Vila São José e da USF Aracy - Equipe II, que passam por reforma, de segunda a sexta-feira das 7h30 às 16h30. Para receber a vacina basta levar um documento oficial com foto, o comprovante de viagem e a caderneta de vacinação.
De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde após a ampliação da faixa etária elegível para a vacinação contra Dengue, anteriormente restrita a crianças e jovens somente de 10 e 11 anos, agora disponível para 10 a 14 anos (14 anos, 11 meses, 29 dias), a procura pelo imunizante aumentou.
Desde o início da vacinação, no último mês de junho, quando o município recebeu 3.586 doses do imunizante Qdenga, foram vacinadas 736 pessoas. “Somente na última semana aplicamos 227 doses, porém reforçamos que o esquema vacinal recomendado corresponde à administração de 2 doses, com intervalo de 3 meses entre as doses”, alerta a diretora de Vigilância em Saúde, Denise Martins.
Se a criança ou o adolescente contraiu dengue, o imunizante só pode ser aplicado após 6 meses. Caso a contaminação pela doença tenha acontecido no intervalo das doses, deve ser mantida a data prevista para a 2ª dose, desde que haja um intervalo de 30 dias entre a infecção e a segunda dose. Com a ampliação da faixa etária a meta é vacinar 14.344 crianças e adolescentes em São Carlos.
A vacinação está sendo realizada nas unidades básicas de saúde (UBS’s) e unidades de saúde da família (USF’s), com exceção da UBS da Vila São José e da USF Aracy - Equipe II, que passam por reforma, de segunda a sexta-feira das 7h30 às 16h30. Para receber a vacina basta levar um documento oficial com foto e a caderneta de vacinação.
Oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto alerta para os riscos e reforça a importância da prevenção
RIBEIRÃO PRETO/SP - Segundo relatório da American Association for Cancer Research (AACR), o consumo de bebida alcoólica ocupa a terceira posição nas causas de tumores, perdendo apenas para o tabagismo e o excesso de massa corporal. Ainda de acordo com os dados do AACR, o consumo da substância aumenta o risco de seis tipos diferentes de câncer e está associado a mais de 200 doenças.
“Entre os principais tumores estão o de cabeça e pescoço, esôfago, mama, intestino, fígado e estômago. É importante reforçar que controlar – e se possível, evitar – o consumo de álcool, independentemente da bebida e quantidade, pode ser um grande passo para a prevenção da doença, especialmente para aqueles que combinam o uso dela com o tabaco”, comenta Carlos Fruet, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.
Um levantamento realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontou que o Brasil deve registrar 704 mil novos casos de neoplasias, por ano, até 2025. Somente no estado de São Paulo, a projeção é de mais de 180 mil diagnósticos.
Confira abaixo cinco mitos e verdades sobre a relação da bebida alcoólica e o câncer:
- O álcool potencializa o desenvolvimento de câncer?
Verdade – A ciência confirma que a bebida pode ajudar no surgimento de tumores, independentemente do estilo de vida e da alimentação. Estima-se que cerca de 80% das causas de câncer são externas, como o consumo de bebidas, fumo e obesidade. O álcool é responsável por, aproximadamente, 6% de todos os diagnósticos.
- O tipo de bebida influencia nos riscos?
Mito – Não é o ‘tipo de bebida’, mas sim a quantidade ingerida de álcool. O consumo moderado é considerado de, no máximo, duas doses (14gr cada) em único dia. Porém, o mais indicado é evitar.
- Os riscos são maiores para pessoas que fazem a ingestão conjunta de bebidas alcóolicas e cigarros?
Verdade – Essa combinação aumenta em 20 vezes as chances do desenvolvimento da doença. O cigarro e a bebida alcoólica estão entre os principais fatores de risco do câncer.
- Cirrose causada pelo excesso de álcool pode evoluir para um câncer?
Verdade – A cirrose aumenta a chance de câncer de fígado. Esse risco pode variar de acordo com a idade, sexo, causa da lesão hepática crônica e o grau de comprometimento.
- Paciente oncológico não deve ingerir álcool, mesmo que moderadamente?
Verdade– Mesmo que seja consumo moderado, o álcool pode diminuir a eficácia dos medicamentos, afetando diretamente o resultado do tratamento, além de poder causar efeitos colaterais.
BRASÍLIA/DF - A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, disse na sexta-feira (12) que a vacina Spin-TEC, a primeira 100% brasileira para a covid-19, já está em fase avançada de desenvolvimento. Segundo o Ministério, a última fase de produção do imunizante, de testes clínicos, deve começar ainda este ano.
“O CNVacinas tem uma importância estratégica para o país porque aqui tratamos de pesquisa e desenvolvimento de vacinas, novos fármacos e insumos. A UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais] e o CNVacinas já estão numa fase mais avançada da vacina contra a covid-19. E há pesquisas sendo realizadas para dengue, leishmaniose e malária. Que são desafios brasileiros para responder às demandas das doenças locais”, destacou a ministra, em visita às obras do CNVacinas, em Belo Horizonte (MG).
O Centro Nacional de Vacinas será o primeiro complexo nacional usado para pesquisas e fabricação de insumos farmacêuticos, sendo capaz de executar todas as etapas para o desenvolvimento de vacinas. As obras devem ser finalizadas em 2026.
A ministra destacou os editais que serão lançados pelo Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia (FNDCT) junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) que podem contribuir para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação local.
“Nós estamos fazendo os últimos editais dos recursos do Fundo deste ano que serão de R$ 12,8 bilhões, uma conquista deste novo ciclo da retomada da ciência no país feita pelo presidente Lula de recompor integralmente o FNDCT, e Minas Gerais está dentro desses editais que fomentam as políticas públicas da ciência no país”, avaliou.
POR AGÊNCIA BRASIL
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