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SÃO CARLOS/SP - Um projeto em curso no Laboratório de Epidemiologia e Microbiologia Moleculares (LEMiMo), vinculado ao IFSC-USP, está buscando voluntários para participarem numa pesquisa destinada a encontrar bactérias resistentes a antibióticos na comunidade.

Para que se possa entender melhor esta pesquisa, os cães que vivem em residências contribuem diretamente para a microbiota da casa - que é o conjunto dos microrganismos que se encontram geralmente associados a tecidos ou órgãos de animais ou plantas e que estabelecem colônias permanentes dentro ou sobre o corpo sem produzir doenças, compondo a microbiota normal do corpo. Da mesma forma, os tutores desses animais também contribuem para essa microbiota, através de condições encontradas em ambientes externos e fontes internas, como, por exemplo, ventilação, materiais de construção e umidade, entre outras.

As fezes dos cães são as principais fontes de bactérias no ar externo do ambiente urbano, contribuindo indiretamente para a microbiota das casas, mesmo quando as famílias não têm cães. Por isso, este projeto de pesquisa denominado “Estratégias de intervenção da microbiota que limitam a seleção e a transmissão de resistência a antibióticos no domínio da saúde única (MISTAR)” pretende avaliar a poeira de casas e a microbiota dos residentes (tutor e cão) antes e durante um período de purificação de ar.

Para participar desta pesquisa, é necessário que os voluntários sejam maiores de 18 anos, residam em casa/apartamento térreo, ou primeiro andar, e que não tenham feito uso de antibióticos nos últimos três meses. No momento, os pesquisadores responsáveis por este projeto buscam voluntários que façam parte de dois grupos: um grupo que não possui animais de estimação, e um grupo que possui cães de estimação que estejam em tratamento, ou que tenham feito tratamento com antibióticos nos últimos três meses. A sequência dos trabalhos inclui, entre outros procedimentos, a coleta de poeira residencial e amostras de fezes de humanos e cães para análise.

O fundamento desta pesquisa é tentar detectar bactérias que sejam resistentes a antibióticos, preservando ambientes saudáveis para a saúde.

Os interessados em participar nesta pesquisa poderão entrar em contato com a equipe de pesquisadores através do email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., ou pelo telefone (16) 33736690

BRASÍLIA/DF - Uma pesquisa realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com o Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) mostrou que 31% dos brasileiros precisaram fazer alguma atividade extra para complementar sua renda este ano. Em 2022, esse percentual era de 45%.

A Pesquisa Nacional sobre Desigualdades revelou ainda que 57% das pessoas têm a sensação de que houve aumento do número de pessoas em situação de fome e pobreza na cidade onde moram; em 2022, o índice era de 75%.

Ao todo, foram entrevistadas 2.000 pessoas com 16 anos de idade ou mais, em 127 municípios.

Segundo os dados, 71% concordam totalmente ou em parte que as mudanças climáticas e eventos extremos, como chuvas, calor ou frio intensos, seca prolongada, atingem igualmente todas as pessoas de qualquer cor ou classe social. Dos entrevistados, 68% acreditam que pessoas negras e brancas são tratadas diferentemente nos ambientes. Os espaços mais citados em que há situação de preconceito são os shoppings e estabelecimentos comerciais, escolas e universidades.

Quando questionadas sobre terem sofrido assédio, 40% das mulheres responderam positivamente e que ocorreu em ruas e espaços públicos, transporte público, ambiente de trabalho, bares e casas noturnas, transporte particular e ambiente familiar. Quase metade da população declara que já sofreu ou viu alguém sofrer preconceito em função de sua orientação sexual ou identidade de gênero, proporção que caiu 11 pontos percentuais em relação a 2022.

Os dados da pesquisa foram apresentados no lançamento do Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades nesta quarta-feira, em Brasília. O pacto é uma iniciativa de organizações sociais, associações de municípios, centrais sindicais, entidades de classe, instâncias governamentais do Executivo e Legislativo federal, estadual e municipal, e do Poder Judiciário.

“O objetivo do movimento é transformar o combate às desigualdades em prioridade nacional e promover um conjunto de ações que contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. As primeiras iniciativas incluem o lançamento do Observatório Brasileiro das Desigualdades, um diagnóstico construído com base em 42 indicadores de 12 áreas temáticas, e da Frente Parlamentar de Combate às Desigualdades”, informou o Instituto Cidades Sustentáveis.

 

 

Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil

Palestras e oficinas reforçam ações afirmativas

 

SÃO CARLOS/SP - Numa iniciativa conjunta de todas as Comissões de Inclusão e Pertencimento do Campus USP de São Carlos e com o incondicional apoio dado pelas diretorias das Unidades aí sediadas, realizou-se no dia 21 do corrente mês nas instalações do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP, a iniciativa “Letramento Racial”, com a participação de Lucas Módolo, consultor em Relações Raciais com foco no tema das bancas de hereoidentificação e na modelagem de programas de diversidade e de ações afirmativas pelo Estado e pelo mundo corporativo. Com uma rica experiência em ações afirmativas, Módolo percorre essa ação tanto do ponto de vista para o entendimento da motivação das escolhas feitas através dos critérios que a USP e a legislação brasileira adotam para as cotas, como no processo antifraude que se deve instituir para garantir que haja justiça em todo o processo.

Através de uma palestra seguida de uma oficina, ambas repetidas nos dois períodos do dia, esta ação foi pensada tendo em consideração o momento importante pelo qual a Universidade passa, ao decidir discutir e adotar, também, as ações afirmativas no que concerne aos concursos para admissão de servidores técnicos administrativos e docentes. A reserva de 20% das vagas será aplicada para os concursos com abertura de três vagas ou mais. Para as seleções com uma ou duas vagas, os candidatos pretos, pardos ou indígenas receberão pontuação diferenciada a partir da regulamentação estadual.

Bancas de heteroidentificação

O que a USP prevê, tanto nos processos de ingresso na graduação, como agora no ingresso de servidores não docentes e docentes, é a realização de um procedimento dividido em duas etapas. A primeira, diz respeito a uma autodeclaração, onde o candidato se autodeclara preto ou pardo, seguindo-se a realização de uma banca de heteroidentificação que, na prática, valida a etapa anterior e garante o acesso às vagas reservadas ou à pontuação diferenciada a que faça jus. A Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP tem já em curso uma iniciativa, em formato virtual, de formação das pessoas que pretendam fazer parte dessas bancas, só que as Comissões de Inclusão e Pertencimento do Campus da USP de São Carlos entenderam que essa iniciativa de formação deveria ser presencial, pela necessidade de se poder abranger o maior número de pessoas interessadas em se candidatar a compor as citadas bancas de heteroidentificação. Foi baseada nesses pressupostos que se promoveu a iniciativa “Letramento Racial”, cujos resultados foram extremamente positivos, conforme explica o Prof. Fernando Paiva, Presidente da Comissão de Inclusão e Pertencimento do IFSC/USP.

“Lucas Módolo é um profissional da área de Direito, formado pela Faculdade de Direito da USP, que desde há algum tempo tenta entender a modelagem de programa de ações afirmativas e a consequente existência de fraudes na experiência brasileira de implementação da política de cotas raciais. Foram, como citado acima, uma palestra seguida de uma oficina, repetidas nos dois períodos do dia, onde os participantes tiveram a oportunidade de aprender sobre temas relacionados ao racismo no Brasil, que dão origem à desigualdade racial encontrada em diferentes espaços da sociedade, inclusive na universidade. Além disso, aprenderam sobre questões técnicas que nortearam as escolhas da USP no que se refere aos critérios adotados. As oficinas foram constituídas por simulações de bancas de heteroidentificação, incluindo questões protocolares, como, por exemplo, a recepção e abordagem feitas ao candidato, e questões mais técnicas acerca do processo de heteroidentificação propriamente dito”, pontua Paiva.

Desequilibrio racial

A USP tem vindo a sofrer um forte desequilibrio racial, cuja origem reside na própria sociedade. Fernando Paiva sublinha que a lei de cotas veio com base nessa análise sociológica e histórica, que evoluiu para uma desigualdade muito acentuada, inclusive em termos de condições, sendo que o reflexo disso se evidenciou antes da instituição dessa política. “Anteriormente - e ainda hoje isso se verifica, embora com menos intensidade - no ingresso na graduação, a Universidade tinha essencialmente um conjunto de alunos brancos. Essa disparidade é de certa forma estranha, particularmente quando consideramos que a população brasileira possui considerável percentual de pessoas pretas ou pardas. Quando isso não se enxerga na Universidade,  você começa a perceber que tem algo errado. Não diferente é a situação quando consideramos servidores e docentes da USP”, observa o Prof. Fernando Paiva.

A partir deste ano, a USP toma uma decisão importante ao indicar que os concursos passam a ser regidos pela nova regra, ou seja, dando a oportunidade das pessoas se autodeclarem pretos, pardos ou indígenas, com o intuito detendo acesso às vagas ou bonificações previstas na resolução aprovada pelo Conselho Universitário. As bancas de heteroidentificação, que deverão ser o mais heterogéneas possível em termos de representação racial, de gênero e nível de formação, assumem um papel crucial neste processo que visa reparar uma questão histórica que culmina em uma inadequada representação racial na Universidade, em todos os seus campi.

O Prof. Fernando Paiva faz questão de agradecer ao ICMC/USP pela disponibilização de suas infraestruturas que serviram de base para a realização da iniciativa “Letramento Racial”.

Interessados devem se inscrever até 1º de setembro

 

SÃO CARLOS/SP - O Centro de Excelência para Pesquisa em Química Sustentável, com sede na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está com processo seletivo aberto para bolsa de Treinamento Técnico - nível 2, voltada ao desenvolvimento de atividades de educação e difusão de conhecimento no âmbito do Centro, incluindo as ligadas ao programa "PluriVerCidade", sob a coordenação do professor Sérgio Henrique Vannucchi Leme de Mattos, do Laboratório de Estudos sobre Sistemas Complexos Ambientais (LASCA), do  Departamento de Hidrobiologia (DHidro), da UFSCar.
São elegíveis para essa bolsa discentes cursando o último ano ou que sejam egressos do nível médio técnico, sem reprovações em seu histórico escolar.
Interessados em participar do processo seletivo devem fazer a inscrição até 1º de setembro. O edital, com instruções para inscrições, está disponível neste link (https://encurtador.com.br/nzSTV). Mais informações pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

EUA - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump tem uma liderança folgada sobre seus rivais republicanos no Estado de Iowa, onde a disputa presidencial do partido começa em janeiro, de acordo com uma pesquisa de opinião divulgada nesta segunda-feira.

A pesquisa Des Moines Register/NBC News/Mediacom de prováveis ​​participantes do caucus republicano (assembleias de eleitores que discutem as candidaturas) de Iowa mostra que Trump tem o apoio de 42%, enquanto o governador da Flórida, Ron DeSantis, atingiu 19% e o senador Tim Scott ficou em terceiro lugar com 9%.

Outros candidatos republicanos que desejam enfrentar o presidente Joe Biden nas eleições de novembro de 2024 pontuaram em apenas um dígito.

Mesmo assim, J. Ann Selzer, a veterana pesquisadora de Iowa cuja empresa conduziu a pesquisa, disse que a disputa não está decidida e pode estar "mais acirrada do que parece à primeira vista".

A maioria -- ou 52% -- disse que tinha uma primeira escolha para presidente, mas ainda poderia ser persuadida a apoiar um candidato diferente, enquanto 40% disseram que já estavam decididos.

Entre os apoiadores de Trump, no entanto, 66% disseram que seu voto estava definido, enquanto 34% disseram que poderiam ser persuadidos a mudar de ideia.

As quatro acusações judiciais contra Trump mostraram poucos sinais de dissuadir seus apoiadores. A pesquisa mostrou que 65% dos prováveis ​​participantes do caucus republicano não achavam que Trump havia cometido crimes graves, em comparação com os 26% que acreditavam que sim.

A pesquisa foi realizada de 13 a 17 de agosto, coincidindo com a notícia de 14 de agosto de que um grande júri da Geórgia havia emitido um indiciamento acusando o ex-presidente de realizar esforços para reverter sua derrota nas eleições de 2020 para Biden no Estado.

A sondagem ocorreu antes do primeiro debate das primárias republicanas na quarta-feira, que Trump disse que não vai comparecer, citando sua grande vantagem nas pesquisas.

Uma pesquisa nacional da CBS mostrou no domingo que Trump era o candidato preferido de 62% dos eleitores republicanos, com DeSantis atrás, com 16%.

 

 

Por David Ljunggren / REUTERS

Tese recebeu o Prêmio "Prof. Evaristo Marzabal Neves" em Administração Rural de 2023

 

SÃO CARLOS/SP - Cerca de 1/3 de tudo que é produzido de alimento no mundo é perdido ou desperdiçado anualmente, o que gera impactos econômicos, ambientais e sociais. Em se tratando de Brasil, a quantidade de perda é maior nos elos iniciais da cadeia (produção, transporte, armazenamento etc.), que é uma característica dos países em desenvolvimento em virtude da falta de infraestrutura adequada. A pesquisa de doutorado de Lucas Rodrigues Deliberador, que teve a orientação do professor Mário Otávio Batalha, do Departamento de Engenharia de Produção (DEP) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), desenvolveu um modelo teórico que permite identificar e aquilatar as causas que levam ao desperdício de alimentos nos domicílios brasileiros. A tese foi ganhadora do Prêmio "Prof. Evaristo Marzabal Neves" de melhor tese de doutorado em Administração Rural de 2023, premiação concedida anualmente pela Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober).
O trabalho, defendido no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP) em 14 de fevereiro de 2023, tem como título "O comportamento do consumidor no desperdício de alimentos em domicílios brasileiros". O desperdício estudado foi do alimento destinado ao consumo humano e que é descartado devido ao comportamento do consumidor. "É importante ressaltar que a maior parte do desperdício pode ser evitável ou possivelmente evitável, por exemplo, partes de alimentos que algumas pessoas comem e outras não (cascas de frutas, legumes etc.). A ideia foi elaborar um modelo teórico, criado a partir de diferentes variáveis encontradas na literatura, que abordasse as possíveis causas do desperdício. Esse modelo foi testado empiricamente para saber quais dessas variáveis poderiam ser validadas para a nossa amostra. A análise dos resultados se deu por meio da técnica estatística de modelagem de equações estruturais", explicou Deliberador.
Como parte da pesquisa, foi aplicado um questionário online, com cerca de 70 questões. Para responder o questionário, o participante deveria ser maior de 18 anos e o responsável pela compra/preparação dos alimentos em seu domicílio. "Tivemos um alcance de mais de 100 mil pessoas, porém nem todas responderam. A etapa de divulgação foi muito interessante, porque recebemos feedback de muitas pessoas que se interessaram pela pesquisa. As pessoas comentavam sobre o que elas faziam para diminuir o desperdício em casa e o quanto elas achavam a pesquisa importante para reduzir a insegurança alimentar do nosso País. Outras contavam histórias sobre seus comportamentos alimentares de infância e que, por isso, elas cresceram com determinado comportamento", comentou o pesquisador. Ao todo, 2.047 pessoas responderam o questionário por completo, com respostas de todos os estados do Brasil. 
Entre alguns resultados, estão que aquelas pessoas que se preocupam mais com as questões ambientais e em poupar dinheiro (visto que o desperdício de alimentos também é um desperdício de recursos financeiros) possuem maior intenção em reduzir o desperdício. Pessoas que se preocupam com as causas sociais, como com pessoas que passam fome, também desperdiçam menos alimentos. No entanto, o brasileiro também tem a característica de ser um bom provedor de alimentos para seus familiares e convidados. Assim, aquelas pessoas que gostam de fornecer alimentos em abundância em suas refeições tendem a desperdiçar mais. O mesmo acontece com pessoas que são mais seletivas com a aparência dos alimentos, que descartam, por exemplo, uma fruta ou vegetal com algum "machucado".
"Nós esperamos que o estudo não contribua apenas com a teoria, embora estudos dessa problemática sejam escassos em países emergentes. Queremos que, além de entender o comportamento do consumidor brasileiro frente ao desperdício de alimentos em domicílios, a pesquisa possa contribuir com as políticas de prevenção do desperdício e segurança alimentar, conscientização dos consumidores e elaboração de futuras agendas de pesquisas nesta área", acrescentou Deliberador.
E quais são as melhores formas de reduzir o desperdício de alimentos? O pesquisador citou algumas: planejar melhor as suas refeições; dar um melhor aprovisionamento dos alimentos prontos; conferir as datas de validade das embalagens e a quantidade de alimento que vem em uma embalagem ao comprá-lo; fazer uma lista de compras consciente e segui-la ao ir ao supermercado; se policiar com promoções do tipo "compre um, leve dois", que podem levá-lo a comprar em excesso; reaproveitar as sobras; checar os alimentos que foram esquecidos no refrigerador. E o principal, não esquecer daqueles que vivem com insegurança alimentar, esta pode ser a maior forma de conscientização.
O Prêmio foi entregue em cerimônia solene que aconteceu durante o 61º Congresso da Sober, realizado entre os dias 23 e 27 de julho, na Esalq/USP, em Piracicaba. "Eu sabia que o meu trabalho havia sido indicado ao prêmio e já estava feliz pelo reconhecimento do PPGEP. Sabia que seria difícil receber o prêmio em virtude da quantidade de bons estudos que são indicados por diferentes programas de pós-graduação. Quando recebi a notícia do prêmio, enviada pelo meu orientador, fiquei sem acreditar! Meus orientadores também fazem parte desta conquista, sem eles eu não teria conseguido. Agradeço ao professor Mário Batalha e à professora Aldara César pela confiança e dedicação. Também gostaria de deixar os meus agradecimentos à equipe da Sober e ao PPGEP pelo reconhecimento e incentivo dado aos pesquisadores brasileiros", concluiu.
Estudo da UFSCar avalia o trabalho híbrido, remoto e presencial

 

SÃO CARLOS/SP - Investigar de que forma o ambiente de trabalho - no escritório,  em casa e trabalho híbrido - afeta os comportamentos físicos e os indicadores de saúde física e mental, percepção de produtividade e a qualidade do sono de trabalhadores administrativos. Esse é o objetivo central de pesquisa de doutorado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação  em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 
A pesquisa é realizada pela doutoranda Marina Caldeira, sob orientação da professora Ana Beatriz de Oliveira, docente do Departamento de Fisioterapia da Universidade. "Esse estudo é importante para que possamos conhecer os impactos causados na saúde do trabalhador de acordo com o seu ambiente de trabalho. Os resultados permitirão informações valiosas para traçar políticas públicas trabalhistas, para que empresas públicas e privadas conheçam os riscos e benefícios de cada ambiente de trabalho na saúde do funcionário, e fornecerão evidências para a literatura científica da área", avalia a pesquisadora.
De acordo com ela, os postos de trabalho tornaram-se mais sedentários e isso pode ser atribuído à evolução de tecnologias de comunicação e informação, que possibilitaram a oferta de arranjos de trabalho mais flexíveis, como a oportunidade de trabalhar de casa, principalmente para trabalhadores administrativos. Na Europa, a modalidade de trabalho remoto, ou home office, já era conhecida, mas, no Brasil, essa possibilidade veio com a pandemia de Covid-19, a partir da necessidade do distanciamento social por um longo período. Com a vacinação e o retorno às atividades presenciais, a organização do trabalho híbrido, que intercala dias de trabalho em casa e outros dias no escritório, também se tornou uma realidade para muitos profissionais.
Marina Caldeira expõe que o trabalho em casa e o trabalho híbrido, em menor extensão, durante a pandemia, causaram impactos nos comportamentos físicos e na saúde física e mental dos trabalhadores. "Contudo, pouco se sabe como os novos arranjos de trabalho impactam a saúde dos trabalhadores no contexto pós pandêmico", considera. É nesse cenário que a pesquisadora propõe a realização do estudo para entender e comparar os impactos desses três ambientes tanto na saúde física quanto nos fatores biopsicossociais dos trabalhadores. "O que já sabemos é que os longos períodos de trabalho na postura sentada oferecem maior risco de desenvolvimento de doenças musculoesqueléticas e cardiovasculares", complementa Caldeira.

Pesquisa
Para desenvolver o projeto, a equipe de pesquisa vai utilizar um acelerômetro, sensor vestível, que será fixado na coxa da pessoa voluntária por um período de 7 a 14 dias para mensurar o comportamento físico do participante. O equipamento é pequeno e fica imperceptível, podendo ser usado, inclusive, durante o banho. Além disso, os voluntários também responderão questionários eletrônicos para avaliação dos indicadores de saúde física e mental, percepção de produtividade e qualidade do sono.
Além dos dados utilizados para a pesquisa, os voluntários receberão uma devolutiva sobre seus comportamentos físicos levantados durante o uso do sensor.
Podem participar da pesquisa trabalhadores entre 18 e 65 anos, que atuem quatro horas, ou mais, na frente de um computador. Os interessados podem ser de São Carlos e região e a equipe de pesquisa irá até o local para fixar e retirar o sensor. Pessoas interessadas em participar do estudo devem acessar este formulário de inscrição (https://forms.gle/d7tuF8yaUuSiqssL9). Projeto de pesquisa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 67899423.0.0000.5504)
Participação de pais e mães é online, através de formulário

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está buscando compreender a média de uso de dispositivos eletrônicos pelas crianças e suas finalidades. Para isso, está convidando pais e mães de crianças de 8 a 11 anos para responderem um formulário online. 
"Pesquisas recentes têm investigado mudanças no tempo de uso de telas, isto é, dispositivos eletrônicos pelas crianças em consequência da pandemia da Covid-19 e de que forma elas potencialmente afetam o desenvolvimento da criança. É necessário, entretanto, compreender melhor a perspectiva dos pais em relação a estas possíveis mudanças, em especial, no que diz respeito ao tipo de dispositivo utilizado, finalidade, ao tempo de uso, e estratégias de controle parental", afirma a aluna do curso de graduação em Psicologia, Bruna Motta Fodra, responsável pelo estudo. 
O objetivo é obter esta compreensão da perspectiva parental sobre o uso das telas por seus filhos durante e posteriormente ao período de isolamento social. "Espera-se que os resultados possam elucidar aspectos importantes da relação das crianças com diferentes dispositivos eletrônicos e possíveis mudanças nesta relação durante os tempos da pandemia Covid-19", explica Fodra.
O trabalho, intitulado "Qual é o tempo certo?: o uso de telas em crianças escolares", tem orientação da professora Débora de Hollanda Souza, do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar, e apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Como participar
Podem participar pais e mães de crianças de 8 a 11 anos de todo o País. Para isso, basta preencher o formulário online, disponível até 30 de setembro, através do link https://encurtador.com.br/inwF0. O questionário contém perguntas sobre o acesso de seus filhos às telas, com o objetivo de identificar os principais dispositivos utilizados, sua avaliação dos mesmos, o tempo gasto em média em frente a telas, as principais atividades realizadas, bem como possíveis medidas de controle/monitoramento parental do tempo e conteúdo de acesso. Adicionalmente, pretende-se explorar como os pais avaliam esse uso das telas por seus filhos. 
O tempo de resposta estimado é de 15 a 30 minutos; é garantido o sigilo de todas as informações e toda a participação é online. Saiba mais no perfil do Instagram do Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento Sociocognitivo e da Linguagem (GPDeSoL) da UFSCar, em https://encurtador.com.br/tAJOQ. Dúvidas podem ser esclarecidas com a pesquisadora Bruna Fodra, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 66734422.0.0000.5504).
Estudo contou com participação de 800 indivíduos para testar instrumento em diferentes contextos

 

SÃO CARLOS/SP - Como rastrear o talento musical em crianças de diversos perfis - incluindo indígenas, indivíduos com deficiência e participantes de programas de talentos - vinculadas tanto a escolas públicas como privadas? Esse é um dos desafios de um estudo na área da Educação Especial do Departamento de Psicologia (DPsi) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que pretende, com isso, incentivar a difusão do rastreio do talento musical em estudantes. 
Fabiana Oliveira Koga, pós-doutoranda do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar e responsável pelo estudo, explica que, quando se rastreia um conglomerado de indivíduos, especificamente os diversificados, torna-se possível conhecer os índices e as características de suas aptidões musicais e, por conta disso, há a possibilidade de direcionar recursos, estratégias e metodologias de modo mais significativo para o individuo. "Pautando-se no principio da inclusão, o rastreio permite 'ajustar' ou 'adequar' conteúdos, elementos e habilidades musicais na medida do potencial de cada individuo e gradualmente desafios são oferecidos à medida que se desenvolvem. O rastreio não é importante apenas para os talentosos, mas para qualquer estudante uma vez que se descobre onde o estudante está em desenvolvimento projetando onde ele pode chegar se enriquecido musicalmente. Há indivíduos que gostam da Música e a praticam por entretenimento, mas há aqueles que almejam uma carreira. Portanto, ambos vão requerer estratégias e planejamento educacional distintos. O talento musical requer identificação e atenção educacional especializada, como está previsto na legislação brasileira".
Segundo Koga, "infelizmente, existe uma discrepância entre o que é estabelecido pela legislação (Lei n. 13.278/16) e a prática nas escolas em relação ao ensino de Música. Ainda não há professores de Música em todas as escolas, assim como profissionais de outras áreas artísticas. Quando a disciplina de Música é oferecida, isso ocorre apenas em alguns municípios e em determinados períodos escolares, havendo variações na implementação da Educação Musical nos diferentes estados brasileiros", descreve a pesquisadora. "Por esse motivo, torna-se complexo discutir a importância da identificação e da atenção educacional especial aos talentos musicais", explica.

A pesquisa
O estudo busca a validação, normatização, padronização e fidedignidade do Protocolo para Screening de Habilidades Musicais (PSHM) para ser utilizado como instrumento de sondagem para identificação de estudantes com indicadores de talento musical. O trabalho usou uma amostra diversificada de estudantes da rede básica de ensino do Estado de São Paulo, escolas públicas e privadas, um centro brasileiro especializado na área do talento e uma escola pública mexicana específica para estudantes talentosos. Para isso, participaram do estudo cerca de 800 indivíduos, incluindo crianças 6 a 11 anos de diferentes regiões do estado de São Paulo (escolas públicas, privadas e indígenas); estudantes de um programa para alunos talentosos - Centro para o Desenvolvimento do Potencial e Talento (CEDET - São José do Rio Preto) - e uma escola pública específica para estudantes talentosos em Jalisco, no México (Centro Educativo para Altas Capacidades - CEPAC), além de professores, gestores e familiares dessas crianças. A participação foi presencial; foram testadas as versões impressa e online dos instrumentos. 
O trabalho, que teve início em 2021, conta com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), está na fase final da análise dos dados, e tem previsão de término para setembro deste ano. "Os dados obtidos apresentam que os instrumentos são eficazes para rastrear aptidões musicais em crianças em grupos de estudantes em ambientes diversificados: indígenas, com deficiência, escola e programas específicos para talentosos e escolas públicas e privadas", esclarece a professora Rosemeire de Araújo Rangni, do DPsi/UFSCar, que supervisiona o estudo. 
"O PSHM e seus instrumentos complementares são para rastreio inicial medindo o estado latente do fenômeno, ou seja, a aptidão musical (giftedness). O talento é algo mais complexo e abrangente, dependendo das oportunidades de prática e do contato com a área da Música para se desenvolver. Nesse sentido, constatou-se, que a aptidão musical (giftedness) pode ser observada em diferentes contextos sociais, culturais, faixas etárias, etnias, entre outros e em estágio inicial. Os instrumentos utilizados no PSHM mostraram convergência, inclusive quando comparados a outros procedimentos padronizados e validados. No entanto, é importante ressaltar que existem limitações e, por essa razão, destaca-se a necessidade de buscar a validação em outros contextos sociais e culturais mais ampliados", esclarece Fabiana Koga. Esse instrumento encontra-se nas versões Português, Inglês e Espanhol. "Com as devidas adaptações, nos três idiomas, o PSHM também se mostrou sensível para medir a aptidão musical em pessoas com deficiência", completa.
O PSHM foi desenvolvido pela própria pesquisadora durante o doutorado: "Esse instrumento foi patenteado pela Plataforma Profa. Fabi, que hospeda todos os materiais relacionados ao PSHM e, atualmente, está passando por reformulação e modernização de alguns de seus comandos para maior acessibilidade", afirma Koga.
Mais informações e publicações derivadas do trabalho de pós-doutoramento "Protocolo para Screening de Habilidades Musicais (PSHM): validação, padronização e normatização" estão disponíveis em https://orcid.org/0000-0002-4646-1537 e www.altashabilidadesgrupoh.com.br.

RÚSSIA - As percepções mundo afora sobre Vladimir Putin caíram para mínimos históricos, de acordo com uma pesquisa recentemente divulgada pela Pew Research Center, na qual pessoas de 24 países foram entrevistadas.

Não é uma novidade que a popularidade de Putin fora da Rússia sofreu uma grande baixa desde que ele tomou a decisão de invadir a Ucrânia.

Agora, após um ano e meio de conflito, 82% dos adultos entrevistados disse ver o presidente russo de forma desfavorável.

A pesquisa concluiu ainda que uma média de 87% das pessoas não tinham “muita ou nenhuma confiança” na capacidade de Putin de lidar com assuntos mundiais.

“Consistente com as visões sobre o país em geral, a confiança no presidente russo, Vladimir Putin, é extremamente baixa”, informou o Pew Research Center.

A confiança global em Putin contrasta fortemente com as classificações dadas ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pelos entrevistados.

Segundo os números levantados pela pesquisa, as pessoas acreditam que o presidente ucraniano pode ser confiável em suas decisões sobre assuntos globais.

Enquanto apenas 11% das pessoas entrevistadas confiam na capacidade de Putin de lidar com assuntos mundiais, 51% disseram ter confiança em Zelensky. Entretanto, as opiniões sobre o líder da Ucrânia variam: menos da metade das pessoas confiam nele em 10 países.

O relatório do Pew Research Center observou que “a confiança em Zelensky alinha-se amplamente com as opiniões sobre o presidente dos EUA, Joe Biden, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz”.

“Uma média de 54% confia em Biden no cenário mundial, 50% confia em Macron e 49% diz o mesmo sobre Scholz”, detalha a pesquisa do Pew.

Os entrevistados na Polônia, em particular, foram extremamente críticos à invasão russa da Ucrânia e 98% deles disseram não ter confiança em Putin.

Por outro lado, a Índia seguiu um caminho muito mais intermediário com a Rússia, e isso refletiu-se nos números registrados pelo Pew Research Center. Um total de 59% dos entrevistados indianos disseram ter confiança em Putin, um aumentou de 17 pontos com relação à pesquisa Pew de 2019.

Os poloneses também tiveram a opinião mais desfavorável sobre a Rússia, com 98% dos adultos respondendo que tinham uma visão negativa do país. Já 57% dos indianos entrevistados relataram uma “opinião favorável”.

O relatório descobriu que a confiança em Putin variava de acordo com a ideologia em alguns países: “Aqueles à direita do espectro político costumam dizer que confiam em Putin, ao contrário daqueles à esquerda.”

A Itália forneceu um bom exemplo de apoio ideológico a Putin, com 16% da direita política do país dizendo que confiava no presidente da Rússia, enquanto apenas 4% da esquerda relataram o mesmo.

“Os europeus que apoiam partidos populistas de direita em seu país têm maior probabilidade de expressar confiança em Putin, em comparação com aqueles que dizem não apoiar os partidos populistas de direita em seu país”, observou o Pew Research Center.

 

 

 

por Zeleb.es / thedailydigest.com

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