Chamada para pacientes voluntárias - mulheres com idades entre 40 e 80 anos
SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está convocando pacientes mulheres, com idades entre os 40 e 80 anos, portadoras de artrite reumatóide e cuja incidência da doença atinja as articulações dos dedos das mãos, para um tratamento no âmbito de uma pesquisa inserida em um trabalho de mestrado que será desenvolvido na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC).
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a artrite reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica e auto-imune que pode afetar várias articulações do corpo humano, sendo que a causa é desconhecida, acometendo principalmente mulheres. A doença inicia-se entre os 30 e 40 anos e sua incidência aumenta com a idade.
Os sintomas mais comuns são similares aos da artrite: dor, edema, calor e vermelhidão em qualquer articulação do corpo, sobretudo mãos e punhos. O comprometimento da coluna lombar e dorsal é raro, mas a coluna cervical é frequentemente envolvida.
Calcula-se que, no mundo, existam cerca de 79 milhões de pessoas com a doença, enquanto que no Brasil o número ronda os 2 milhões de pacientes.
A fisioterapeuta Kely Zampieri (43) é a profissional de saúde que ficará responsável pelos tratamentos, utilizando um novo equipamento desenvolvido pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP que conjuga a emissão de luz laser e ultrassom. Formada na UNIARA, com especialização em Geriatria pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Kely Zampieri realiza atualmente seu mestrado em Biotecnologia (UFSCar), desenvolvendo esta pesquisa no Grupo de Óptica do IFSC/USP. Já com experiência na aplicação de terapias conjugadas em pesquisas com pacientes detentores da Doença de Parkinson, igualmente realizadas no IFSC/USP, a fisioterapeuta está esperançosa em obter resultados positivos com este novo tratamento.
“Este tratamento está dedicado apenas aos dedos das mãos das pacientes e vem no sentido de aliviar as dores e diminuir as inflamações causadas pela artrite reumatóide, na perspectiva de devolver uma melhor qualidade de vida na execução das atividades da vida diária. Note-se que este tratamento não substitui, em nenhum caso, a medicação que está sendo - ou foi - prescrita pelos médicos, pelo que as pacientes deverão continuar a mesma”, sublinha a fisioterapeuta. As pacientes voluntárias serão submetidas a 08 sessões deste novo tratamento, realizadas duas vezes por semana, para, no fim, serem feitas as necessárias avaliações.
Para o coordenador da UTF, Dr. Antonio de Aquino Jr. “Espera-se que este tratamento tenha um resultado muito positivo e que este trabalho de mestrado faça toda a diferença em prol do restabelecimento de níveis de qualidade de vida destas pacientes”.
As pacientes interessadas em responder a esta chamada, deverão fazer sua inscrição pelo telefone da UTF - (16) 3509-1351.
Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP
BRASÍLIA/DF - Abolição da escravatura (1888), Proclamação da República (1889), autorização para o voto feminino (1932), as constituições do País... Das mais importantes decisões que mudaram a história do Brasil àquelas corriqueiras, tudo precisa estar publicado. Até 2017, inclusive, impresso em papel. Esses registros estão eternizados nas páginas do Diário Oficial (que ganhou o sobrenome "da União" em 2001).
Edição do Diário Oficial, que publicou a Abolição da Escravatura, circulou no dia seguinte à decisão histórica- Wilson Dias/Agência Brasil
Quem visita a Imprensa Oficial e o Museu da Imprensa, em Brasília, faz mais do que uma viagem no tempo. Visita também as transformações épicas. Desde a primeira edição em 1º de outubro de 1862 (há 159 anos), os tipos gráficos e os papéis amarelados revelam "Brasis" diferentes e uma infinidade de aulas de história.
A primeira edição do Diário Oficial, em 1º de outubro de 1862, traz a defesa de uma publicação "apartidária" - Imprensa Nacional / Divulgação
Aliás, a primeira edição defende o espírito apartidário do novo jornal. "Não será o Diário Official um novo combatente das lides políticas nem polemista nas questões que se discutirem (...) Outra é a missão que nos foi incumbida: o que os leitores devem esperar de nós é a revelação da marcha do Governo, para que por ella possam os competentes julgá-lo". Vigorava à época o governo imperial de Dom Pedro II. Nesta primeira edição, foram quatro páginas.
Entre as informações, o Ministério da Guerra avisou sobre uma vaga para ser preenchida por concurso: ajudante do Guarda-Mor na Alfândega da Côrte. Avisava também que alunos de botânica da Escola Central iriam até o Museu Nacional para estudar. O Ministério da Marinha ordenava que o Vapor Magé deveria estar pronto o quanto antes para levar objetos do Rio de Janeiro até Santos. A Repartição de Polícia anunciava a prisão de pelo menos sete escravos por motivos como embriaguez ou estar nas ruas fora do horário previsto.
Foi o mesmo veículo que registraria as transformações, pouco a pouco, desse Estado escravagista. "Considero, entre as edições mais importantes, a publicação da Lei do Sexagenário (1885) e a Lei do Ventre Livre (1871). O Diário Oficial guarda essas transformações do Brasil", explica o historiador da Imprensa Oficial Rubens Cavalcanti Junior.
O atual diretor da Imprensa Oficial, Heldo Fernando de Souza, enfatiza que a publicação do jornal tem repercussão no país inteiro em um rotina que não para. "Chegamos a publicar quatro mil materiais em um dia em uma confecção diuturna. Começamos as publicações no início da tarde e trabalhamos até umas 5h da manhã. São cerca de 40 pessoas que trabalham diretamente nessa atividade anônima, mas altamente significativa porque repercute na Nação toda", afirma. Hoje o jornal é publicado apenas na versão online, o que significou mudanças de rotinas porque publicações podem ser feitas imediatamente depois de chegarem de órgãos oficiais.
Nos tempos da impressão, as gráficas chegaram a ter mais de dois mil trabalhadores, que foram se aposentando. "Vamos homenagear essas pessoas que são os construtores do Diário Oficial, tanto aqueles que já aposentaram, como os que ainda trabalham".
O processo de passagem do impresso para o eletrônico começou a ser trabalhado em 1997. De acordo com o coordenador de Publicação e Divulgação, Alexandre Machado, a mudança concluída integralmente em 2017 com a exclusividade da versão digital, representou economia de recursos na ordem de R$ 10 milhões por ano (o que incluíam impressão e distribuição). "O órgão tem um orçamento geral de R$ 40 milhões. E essa economia representa 25% dos recursos, o que é muito significativo. A equipe de tecnologia de informação precisou ser reforçada para dar conta dessa missão". Graças às inovações, há três anos, é possível acessar o Diário Oficial por aplicativo também.
Último Diário Oficial impresso foi publicado em 2017. - Wilson Dias/Agência Brasil
"O Diário Oficial é um instrumento de Estado essencial para transparência pública e exercício da cidadania. O nosso alvo é a sociedade para que se faça o controle social. A partir da publicação tem eficácia e efeito jurídico", afirma Machado.
Decisões como repasses de verbas ou nomeações têm obrigatoriamente que passar pelo Diário Oficial. Por isso, no país inteiro, gestores públicos e cidadãos comuns aguardam ansiosamente as publicações. "A nossa responsabilidade é muito grande porque as decisões somente são aplicadas depois da publicação", testemunha o coordenador de editoração e divulgação eletrônica dos jornais oficiais, Helder Oliveira.
Antes de 1862 (desde a implantação da Imprensa Régia, em 1808), as decisões eram publicadas em diferentes veículos, inclusive os privados. A Gazeta do Rio de Janeiro, de setembro de 1808, foi o primeiro jornal impresso no Brasil com quatro páginas, utilizando os equipamentos da Imprensa Nacional. "Na época, também foi uma forma de economizar recursos", afirma o historiador Rubens Cavalcanti Junior.
"Não temos registro nenhum de interrupção de publicações desde 1862 até hoje. Passamos por adversidades como todos os lugares. Já fizemos jornal no escuro, trabalhamos com água na canela em dia de chuva muito forte e até um tremor de terra em Brasília não parou os trabalhos. Em dias de greve, foram contratados terceirizados para que o jornal nunca deixasse de publicar". O atual prédio da Imprensa Oficial é de 1960, construção que o então presidente Juscelino Kubitschek fazia questão que fosse a sede da edição do Diário Oficial que anunciasse a nova capital.
Juscelino fez questão que o 1º Diário Oficial após mudança da capital fosse publicado na nova sede - Wilson Dias/Agência Brasil
A máquina que imprimiu essa edição é de 1943 e virou escultura em frente à sede da Imprensa Oficial. O equipamento, que veio desmontado e demorou um mês para chegar a Brasília, imprimiu edições até 1979.
A última edição impressa, em 30 de novembro de 2017, teve tiragem de 5,5 mil exemplares. Nessa época, já existia assinatura eletrônica. Antes, chegava a ter tiragem de 50 mil jornais.
Em tamanho, foi consagrada pelo Guinness Book ,em 1998, com 2.112 páginas. Em 21 de setembro de 2000, chegou a ter 5,2 mil páginas e 10,4 kg.
Entre tantas decisões marcantes, Helder Oliveira recorda de um momento emocionante neste ano, em que publicaram uma edição extra (em 17 de janeiro), em que ele ficou de plantão à espera da autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso emergencial da vacina Coronavac.
Por essas páginas, histórias e nomes consagrados. Dez anos antes do Diário Oficial, Machado de Assis (saiba mais sobre o escritor) entrou para trabalhar na oficina que imprimia as novidades do País. "O Diário Oficial era uma oficina. Ele entrou primeiro como aprendiz de tipógrafo (que montava as palavras por meio das letras em chumbo e pintadas) em 1856 e atuou até 1858. Naquele tempo, as decisões do imperador chegavam manuscritas na Imprensa Oficial. Na década seguinte, Machado de Assis, já reconhecido como escritor de talento, voltou à antiga oficina para ser assessor do Diário Oficial de 1867 a 1874", explica o historiador Rubens Cavalcanti Junior.
Na primeira passagem de Machado de Assis, o diretor da Imprensa Nacional era Manuel Antônio de Almeida, autor de Memórias de um Sargento de Milícias. Em 1892, outra novidade foi que a Imprensa Nacional teve a primeira servidora pública federal, a monotipista Joana França Stockmeyer.
A história do lugar, de impressões e, mais recentemente, de publicações online, é feita de profissionais anônimos, como é o caso de José Emídio de Oliveira, de 60 anos de idade. Ele, que trabalhou nas máquinas de impressão por 20 anos (a partir de 1996, em turnos que atravessavam madrugadas e só terminavam na manhã seguinte), interessou-se por se adaptar às mudanças que os computadores trouxeram.
Virou paginador e depois pecista (uma função para conferir e fiscalizar se as assinaturas e sequências de informações entre as matérias divulgadas estão de acordo com o previsto). "Hoje começo às 20h e vamos normalmente até às 2h. Mas nós que trabalhamos na Imprensa Oficial sabemos que o serviço é de alta responsabilidade. Requer conhecimento e cuidado do que significa o Diário Oficial para o País", afirma.
Ele reforça que o trabalho requer ainda sigilo absoluto antes das publicações. "Sempre achei interessante me colocar desafios. Trabalhamos com uma atividade de importância imensurável que envolve temas relacionados aos poderes da República. E a cada edição, sentimos que o dever foi cumprido".
Oliveira entende que a cada edição, a história está sendo escrita. "Os brasileiros devem preservar a sua história. Visitar o Museu da Imprensa é manter essa memória viva". No Museu da Imprensa, que fica no mesmo conjunto da Imprensa Oficial, é possível conhecer os esforços desses trabalhadores de hoje e do passado (saiba como visitar) .O lugar tem acervo com objetos históricos que marcam a história do país, como os prelos, equipamentos diversos e edições históricas.
"Quando Dom João vem para o Brasil, em 1808, ele traz dois prelos de madeira e 28 caixas de tipos para a produção dos primeiros livros e jornais do Brasil. Nessa caixa de tipos, surgem as nomenclaturas "caixa alta" (letras maiúsculas) e "caixa baixa" (para as minúsculas). Significam a posição em que estavam para serem encontradas", diz o historiador.
As caixas altas e baixas estão agora nos teclados dos computadores. O barulho das máquinas diminuiu, mas o som das resoluções é decisivo como há 159 anos. "Esse local é uma memória viva do nosso País", diz o historiador.
Dados apontam que o câncer de mama é o de maior incidência na população adulta no mundo
SÃO CARLOS/SP - O Outubro Rosa é um movimento internacional que ocorre anualmente para conscientização sobre o controle do câncer de mama. O objetivo da data é compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade. Na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a ação "Outubro-Rosa da LiMOnco: um olhar além da doença" promoverá duas palestras online, nos dias 5 e 19, abertas ao público, para tratar de diferentes temas relacionados à data, sob organização da Liga Acadêmica Multidisciplinar de Oncologia (LiMOnco) da Instituição.
De acordo com o Global Cancer Statistics 2020, as estimativas mais recentes (2020) indicaram a incidência de aproximadamente 2,2 milhões de novos casos de câncer de mama e mais de 680 mil casos que resultaram em óbito pela doença no mundo. O câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente na população adulta de todo o mundo, representando 11,7% dos casos. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), para cada ano do triênio 2020-2022, é estimado que 66.280 mulheres sejam diagnosticadas com a doença, o que corresponde a 61,61 casos para cada 100 mil mulheres. Em 2019, foram mais de 18 mil mortes por câncer de mama no país. Quando se excluem os tumores de pele não-melanoma, o Inca aponta que o câncer de mama é o mais frequente em todas as regiões do Brasil.
Aline Appoloni Eduardo, docente do Departamento de Enfermagem (DEnf) da UFSCar e coordenadora da LiMOnco, aponta a "importância de que as mulheres saibam que o câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais e que a postura atenta em relação à saúde é essencial para a detecção precoce do câncer". Além disso, a professora destaca a atuação fundamental dos profissionais de saúde no que se refere ao acolhimento das queixas das pacientes dos sintomas iniciais da doença, no trabalho na detecção precoce e nas medidas de rastreamento do problema, que são importantes para o tratamento e sobrevida dessas mulheres. "Quanto mais precoce o câncer de mama é diagnosticado, maiores são as chances de o tratamento empregado ter um potencial de cura", complementa Aline Eduardo.
Sintomas e tratamento
A equipe da LiMOnco aponta os principais sinais e sintomas que as mulheres devem conhecer para ficarem atentas: presença de nódulo nas mamas endurecidos fixos e, geralmente indolores; pele da mama avermelhada, retraída, com alteração da textura (parecida com a casca de laranja); mudanças no mamilo; presença de pequenos nódulos nas axilas ou pescoço; e saída espontânea de líquido pelo mamilo. "Estes sinais e sintomas devem ser investigados o quanto antes, mas podem não ser câncer de mama", explica o grupo.
No Brasil, a recomendação é que mulheres a partir de 50 anos, sem sinais e sintomas da doença, façam exames de mamografia a cada dois anos. "Porém, o exame clínico das mamas, que é a observação e palpação realizada por um médico ou profissional da saúde treinado, pode ser feito sempre que a mulher sentir qualquer alteração ou julgar necessário", explica a equipe da Liga. No caso de mulheres com risco elevado de câncer de mama, esse acompanhamento deve ser alinhado com o médico para avaliação de risco e definição de conduta para cada paciente.
O tratamento do câncer de mama depende do estágio em que a doença se encontra e do tipo do tumor. Quanto mais precoce for diagnóstico, melhor poderá ser o prognóstico e o tratamento pode ser mais efetivo e com menos reações. Geralmente, o tratamento do câncer de mama inclui cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo). "Estas abordagens de tratamento podem ser exclusivas ou combinadas entre si, a depender do estágio. Importantes avanços na abordagem do câncer de mama aconteceram nos últimos anos, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes, assim como a busca da individualização do tratamento", complementa a professora Aline Eduardo.
Fatores de risco
O câncer de mama é uma doença multifatorial, mas o avanço da idade é o principal fator de risco e se relaciona ao acúmulo de exposições ao longo da vida e às próprias alterações biológicas do envelhecimento. Outros fatores também têm efeito na ocorrência da doença, como: sedentarismo, alimentação desequilibrada, consumo de bebidas alcoólicas, exposição à radiação, fatores genéticos e situações durante a vida da mulher que levaram ao estímulo de alterações de hormônios reprodutivos (como reposições hormonais após a menopausa). "A presença de um ou mais fatores de risco não significa que a mulher terá, necessariamente, a doença.
Os fatores relacionados aos hábitos de vida são possíveis de serem modificados, manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas ajudam a reduzir o risco de câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor", destaca a docente.
Eventos da LiMOnco
No dia 5 de outubro, a palestra terá o tema "Prevenção, diagnóstico e autocuidado com radiodermites na região mamária", com apresentação de Cristina Mara Zamarioli, professora da Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto. No dia 19/10, a palestra "Autoestima, relacionamentos afetivos e sociais e o câncer de mama" terá a participação de Silvana Aquino, psicóloga paliativista e docente e tutora do curso de pós-graduação em Cuidados Paliativos pelo Américas/IPEMED. As palestras serão realizadas às 18h30, pelo YouTube, sendo que o link será enviado aos inscritos. As inscrições devem ser feitas pelo link https://bit.ly/2YbU0MP, em que constam as informações completas sobre a iniciativa. Os participantes receberão certificado.
A intenção do evento é provocar uma reflexão sobre a assistência em Oncologia, que deve ocorrer de forma integral, considerando todas as dimensões da vida das pessoas em tratamento do câncer de mama, como as dimensões biológicas, psicológicas, emocionais, sociais e espirituais que são extremamente relevantes e responsáveis por influenciar no enfrentamento da doença, no sofrimento, na adesão ao tratamento e na qualidade de vida.
A LiMOnco iniciou suas atividades em março deste ano e reúne 35 integrantes, que são estudantes dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Gerontologia, Medicina, Psicologia e Terapia Ocupacional da UFSCar. Os objetivos da Liga são proporcionar conhecimento teórico-prático acerca da assistência multidisciplinar em Oncologia, organizar eventos/cursos científico-culturais sobre o tema; atuar junto à sociedade com ações que visam melhorar as condições de vida das pessoas acometidas pelo câncer; buscar meios de conscientização e incentivo ao diagnóstico precoce da doença; e desenvolver pesquisa e divulgar seus resultados em meios acadêmicos, científicos e de acesso à população. Mais informações sobre a Liga podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou acessadas no Facebook e Instagram e no canal do Youtube (@limoncoufscar).
IBATÉ/SP - Desde 2015 o Projeto Hortinha é desenvolvido pelos alunos da E.M. Bruna Esposito, e nesse momento em que estamos retornando ao atendimento normal não poderia ser diferente.
Equipe tem 30 integrantes dos quatro campi da Universidade
SÃO CARLOS/SP - O "Gestar - Grupo de Estudos, Análise e Reflexão sobre Maternidade e Ciência" iniciou suas atividades em março deste ano na UFSCar e tem como um de seus principais enfoques levantar debates em torno da temática da Maternidade dentro e fora da academia. O grupo reúne alunas, docentes e técnico-administrativas dos quatro campi da Instituição (São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino).
SÃO CARLOS/SP - Mulheres que estão cursando ou finalizaram o ensino médio recentemente podem se inscrever no curso gratuito de programação oferecido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos. O projeto é chamado de Meninas Programadoras. A intenção é estimular o ingresso de mulheres em carreiras relacionadas à computação.
Ao todo são disponibilizadas 120 vagas, divididas em três turmas. As interessadas podem escolher em qual delas desejam se inscrever acessando o site.
Participam mais de 50 editoras, com descontos entre 20 e 50%
SÃO CARLOS/SP - A Editora da Universidade Federal de São Carlos (EdUFSCar) realiza entre os dias 4 e 10 de outubro a 2ª Feira Virtual do Livro. A Feira contará com a participação de mais de 50 editoras, que ofertarão descontos de 20 a 50 %, além da programação cultural, com palestras todos os dias, e da Feirinha Infantil, tudo de forma virtual.
Lançamento da obra acontece nesta quarta-feira, 29 de setembro, a partir das 17 horas
SÃO CARLOS/SP - A Tecnologia Assistiva (TA) é a área do conhecimento que envolve dispositivos, serviços e métodos com o objetivo de favorecer a participação na sociedade de pessoas com deficiência ou, também, aquelas com necessidades específicas temporárias para manutenção de sua qualidade de vida, promovendo assim inclusão e autonomia. O campo tem ganhado evidência no Brasil, particularmente após as políticas públicas advindas do plano Viver sem Limites e, recentemente, com a publicação do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), e um lançamento da Editora da Universidade Federal de São Carlos (EdUFSCar) contribui com o desenvolvimento da área, ao reunir fundamentos teóricos e experiências práticas da TA, no escopo da Terapia Ocupacional (TO).
O livro "Formação em Terapia Ocupacional para uso da Tecnologia Assistiva: experiências brasileiras contemporâneas" tem organização das docentes e pesquisadoras Ana Cristina de Jesus Alves, da Universidade de Brasília (UnB); Miryam Bonadiu Pelosi, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); e Claudia Maria Simões Martinez, da UFSCar.
Considerada a primeira publicação sobre a formação de profissionais de Terapia Ocupacional na área de Tecnologia Assistiva no Brasil, a obra compila pesquisas apresentadas pelo grupo de trabalho de TA no Encontro Nacional de Docentes em Terapia Ocupacional e no V Seminário de Pesquisa em Terapia Ocupacional, promovidos pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa em Terapia Ocupacional (Reneto) em 2018.
O livro é voltado a profissionais e estudantes de graduação e pós-graduação em Terapia Ocupacional. Além disso, interessa a pessoas de outras áreas da Saúde, além de Educação, Educação Especial, Educação Física, Fisioterapia, Design e Engenharias, já que a TA tem abrangência interdisciplinar, com equipamentos, métodos e serviços que envolvem desde atividades cotidianas até modalidades esportivas e contextos hospitalares.
Definição, dispositivos, métodos e serviços de TA
Com 157 páginas, a obra está dividida em três partes. A primeira traz um contexto histórico da TA no Brasil, bem como seus principais conceitos e características, além da abordagem no escopo da Terapia Ocupacional.
Dispositivos e equipamentos talvez sejam a dimensão mais conhecida da Tecnologia Assistiva, tais como aqueles voltados à acessibilidade ao computador (softwares para desenvolvimento de comunicação alternativa, mouses adaptados, tablets); órteses e próteses; auxílios de mobilidade (rampas, andadores, cadeiras de rodas, muletas); adaptações em veículos; auxílios para surdos e pessoas com déficit auditivo, cegos e pessoas com baixa visão (aparelhos, avatares em Língua Brasileira de Sinais - Libras, lupas manuais ou eletrônicas), dentre outros. No entanto, a TA também envolve serviços prestados a pessoas com deficiência ou alguma dificuldade funcional, com o objetivo de favorecer sua participação na sociedade. "A definição sai do foco das limitações dos indivíduos, de uma doença em si, para pensar em soluções e em estruturas de suporte, para possibilitar a participação das pessoas", destaca Alves.
"Se os dispositivos fossem suficientes como TA, bastaria termos lojas que vendessem cadeiras, muletas, comunicadores, e que a pessoa, ao adquirir um desses, já conseguisse ampliar a sua funcionalidade ou possibilidade de atuação. Isso muitas vezes não acontece; o serviço, portanto, entra como mais importante do que o próprio equipamento", complementa Pelosi.
Aqui entra o papel do terapeuta ocupacional no âmbito da TA, já que este profissional comumente utiliza produtos, dispositivos, metodologias, estratégias, práticas e serviços relacionados à TA para avaliar as potencialidades, dificuldades e demandas dos indivíduos com deficiência, de acordo com seus contextos social e familiar, além de levar em conta suas características individuais. "O intuito é auxiliar a pessoa com deficiência que esteja com alguma dificuldade, seja em seu trabalho, lazer, descanso ou comunicação, a desempenhar a sua ocupação da melhor maneira possível", informa Alves.
A partir desse olhar, o profissional é capaz de pensar em estratégias e ações que podem solucionar problemas e promover qualidade de vida às pessoas. "Para isso, não há receita pronta; mesmo tendo as mesmas limitações, por exemplo, os sujeitos são diferentes e têm histórias de vida e características distintas", relata Pelosi.
Martinez defende que um diferencial dado pelo Terapeuta Ocupacional junto a TA é o engajamento nas ocupações. "Usamos o termo 'engajamento ocupacional' para pensarmos na pessoa com deficiência ou necessidades temporárias como alguém que pode e deve assumir o protagonismo e que, juntamente com o terapeuta ocupacional e outros profissionais, ajuda a pensar em soluções ou tomar decisões que visem a melhora em sua qualidade de vida e autonomia. Nesse caminho, o terapeuta ocupacional é um agente potente, por articular pessoa, família, cuidador, professor, treinador (se for o caso de esporte) e ambiente", relata a docente da UFSCar.
Obra foi organizada por pesquisadores da UFSCar, Unesp e UTFPR
SOROCABA/SP - Os professores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Diogo Aparecido Lopes Silva, do Departamento de Engenharia de Produção (DEP-So) do Campus Sorocaba, e Yovana Saavedra, do Centro de Ciências da Natureza (CCN), do Campus Lagoa do Sino, juntamente com José Augusto de Oliveira, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e Fabio Neves Puglieri, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), organizaram e estão lançando, pela editora Springer, o livro "Life Cycle Engineering and Management of Products: Theory and Practice" ("Engenharia e Gestão do Ciclo de Vida de Produtos: Teoria e Prática).
A obra é um livro-texto para uso em sala de aula (em cursos de graduação e pós-graduação) e discute o papel da Engenharia e Gestão do Ciclo de Vida (EGCV) de produtos e serviços e suas contribuições para a sustentabilidade ambiental corporativa e para a economia circular. Aborda os principais sistemas, técnicas, ferramentas e práticas para melhorar o desempenho ambiental de produtos e serviços ao longo de seus ciclos de vida.
A ideia de elaborar o material surgiu quando os docentes perceberam que as produções bibliográficas relacionadas com a EGCV se concentravam em artigos, geralmente destinados à comunidade estritamente científica, e em livros que apresentavam apenas alguns tópicos, muitas vezes, de forma isolada e superficial. "Assim, o nosso objetivo com a obra é que ela seja referência para o ensino do tema, tanto na academia quanto no meio empresarial, e que auxilie na capacitação focada em questões relevantes envolvendo a sustentabilidade nas organizações", afirma a professora Yovana Saavedra.
De acordo com Saavedra, a Engenharia do Ciclo de Vida (ECV) "consiste na projeção de produtos a partir de uma série de escolhas referentes a conceitos, materiais, estruturas e processos de fabricação, pensando sempre no menor impacto ambiental. Mas, para alcançarmos a ECV, precisamos da Gestão, por isso, mais que um conceito, a Gestão do Ciclo de Vida - GCV - tem como papel fundamental implementar e gerenciar a aplicação da ECV ao longo do ciclo de vida dos produtos". É esse universo que está detalhado na obra.
Apresentando cada assunto por meio de teorias básicas e aprofundadas, com estudos de casos reais e hipotéticos para discussão e assimilação do conteúdo e sua contextualização no cenário empresarial, além de exercícios em cada capítulo, "o livro pode ser utilizado em diversos cursos de graduação e pós-graduação, aperfeiçoamento e especialização, nas áreas de Engenharia, Administração, Gestão e Análise Ambiental, Agroecologia, Biotecnologia, Ciências Biológicas e Química", destaca a pesquisadora da UFSCar.
Ao todo, são 13 capítulos, distribuídos entre 329 páginas, que abordam desde a introdução à Engenharia e Gestão do Ciclo de Vida até tópicos como: Produção mais Limpa (P+L); Avaliação do Ciclo de Vida (ACV); ecodesign de produtos; sistemas de gestão ambiental e medição de desempenho ambiental; gestão verde da cadeia de suprimentos; comunicação e rotulagem ambiental; entre outros. Cada capítulo foi escrito por autores reconhecidos da área em nível nacional e internacional.
O livro foi lançado em Inglês, mas "continuamos em um trabalho árduo com as editoras para que, em curto prazo, consigamos ter também essa publicação em Português", garante Saavedra. Mais informações e o acesso à obra estão disponíveis no site da editora Springer (https://bit.ly/2VUq5re).
Inscrições devem ser feitas entre 22 de setembro e 18 de outubro
SÃO CARLOS/SP - Entre 22 de setembro e 18 de outubro, o Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural (PPGADR-Ar), do Campus Araras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), recebe inscrições no processo seletivo para o curso de mestrado. São oferecidas 24 vagas, distribuídas entre as duas linhas de pesquisa do Programa: Tecnologias e Processos em Sistemas Agroecológicos; e Agroecologia, Desenvolvimento Rural e Sociedade.
Podem se candidatar à seleção brasileiros e estrangeiros, portadores de diploma de curso Superior em qualquer área do conhecimento, de acordo com as regras estabelecidas no edital. Para a realização das inscrições, os candidatos deverão enviar, exclusivamente por e-mail (para o endereço ppgadrprocessoseletivo@ufscar.
O processo seletivo terá duas fases: avaliação do projeto de pesquisa (eliminatória e classificatória); e avaliação do currículo (classificatória). A seleção aplica política de ações afirmativas, conforme descrito no regulamento. As informações completas sobre o Programa, as inscrições e o processo seletivo devem ser consultadas no edital, disponível no site do PPGADR-Ar (www.ppgadr.ufscar.br).
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