Obra, escrita por egressa do mestrado em Antropologia Social da UFSCar, foi lançada na Bienal de SP
SÃO CARLOS/SP - Sarah Moreno, egressa do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) e integrante do grupo de pesquisa Humanimalia - Antropologia das Relações Humano-Animais, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), lançou, no último dia 8 de setembro, na Bienal do Livro, em São Paulo, seu livro "A incômoda presença dos pombos no porto de Santos". O livro é resultado da pesquisa de mestrado desenvolvida pela autora no PPGAS/UFSCar no período de 2016 a 2019.
"O tema do estudo foi a relação entre pessoas e pombos na área da Antropologia das relações entre humanos e animais. A pesquisa foi realizada no porto de Santos, já que a alta movimentação de grãos ali fez com que a população de pombos aumentasse e gerasse incômodo às pessoas", explica Sarah Moreno; acompanhando o programa de controle dessas aves no porto, ela conseguiu "compreender diversas outras presenças incômodas nesse ambiente, como as instituições de fiscalização, a soja e o próprio porto em certo sentido".
"Pombos são animais que geralmente passam despercebidos pelas pessoas, ou apenas são percebidos quando incomodam", destaca a pesquisadora. "Nesse sentido, fazer uma pesquisa sobre esses animais foi um tanto desafiador, afinal, quem se interessa por pombos? Ao mesmo tempo foi uma experiência interessante, já que todo o mundo tinha algo a dizer sobre essas aves. Por fim, foi possível realizar um trabalho que mostrasse a realidade dos pombos - e outras presenças - no porto de forma bastante detalhada, além de explorar os pombos para além de somente um incômodo, mostrando todas suas possibilidades, inclusive em intervenções artísticas, até refletir sobre as disputas territoriais e arquiteturas hostis nas cidades".
Nesse contexto, a pesquisa se propôs a compreender o que é, e o que pode um pombo tanto na condição de um "animal-agente", quanto de um "animal-signo", explica a autora, "isto é, enquanto um ser ativo que age no mundo conjuntamente com tantos outros seres, e enquanto um símbolo, uma representação boa para se pensar as sociedades humanas".
Com o título "Presenças incômodas no porto de Santos: uma etnografia das relações entre humanos, pombos, grãos e outros sujeitos", a dissertação teve orientação do professor Felipe Vander Velden, do Departamento de Ciências Sociais (DCSo), e contou com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Lançamento no Biena
O lançamento do livro "A incômoda presença dos pombos no porto de Santos" aconteceu no último dia 8 de setembro, às 11 horas, no estande da Editora Urutau, na 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. "Participar da Bienal como autora foi uma grande experiência! É o maior evento do gênero da América Latina, reunindo milhares de pessoas. Essa foi a primeira participação da Editora Urutau no evento e tive o grande prazer de estar com eles, conhecer outros autores, e de poder levar os pombos e a Antropologia nessa empreitada!", conta Sarah Moreno.
"Apesar de o foco da Bienal não ser tanto o diálogo e as trocas mais intimistas, foi muito interessante poder, em primeiro lugar, observar as reações das pessoas que passavam pelo estande da Urutau e viam os títulos. Houve quem dissesse ‘coitado dos pombos!’. Mas também foi muito gratificante ver que minha pesquisa despertava o interesse das pessoas e ter a oportunidade de comunicar um pouco de minha experiência e ter meu trabalho reconhecido".
O livro, disponível em formato físico, pode ser adquirido pelo site da Editora Urutau (https://editoraurutau.com/
Sobre a autora
Sarah Moreno é doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com período sanduíche na Universitat de Barcelona (UB), na Espanha. Possui mestrado em Antropologia Social e graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Investiga as relações entre humanos e animais em contextos rurais e urbanos com especial interesse nos animais que podem ser considerados pragas e gerar incômodos aos humanos - como pombos e javalis. É pesquisadora do grupo de pesquisa Humanimalia da UFSCar (https://www.
Projeto de Iniciação Científica da UFSCar convida voluntárias para avaliação e orientação gratuitas
SÃO CARLOS/SP - Um projeto de Iniciação Científica, desenvolvida no Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem por objetivo compreender o perfil de dor de mulheres com dismenorreia primária (cólica menstrual) em diferentes momentos do ciclo menstrual. O estudo convida voluntárias para avaliação e orientação gratuitas, que acontecerão no Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher (Lamu) da Universidade. O estudo é realizado pela graduanda Marthynara Barbosa da Silva, sob orientação de Mariana Arias Avila, docente do DFisio.
A dismenorreia, popularmente conhecida como cólica menstrual, é considerada primária quando não está associada a uma doença ginecológica. Passa a ser considerada secundária quando há doenças relacionadas, como endometriose, adenomiose e síndrome dos ovários policísticos, por exemplo. "Acredita-se que a dismenorreia primária pode tornar a mulher mais sensível à dor durante a sua ocorrência, não somente na região do baixo ventre, como também em áreas diferentes. No entanto, sabe-se que existem muitas mulheres que, por causa da dismenorreia primária, ficam com maior sensibilidade à dor mesmo fora do período menstrual", explica pesquisadora, citando um estudo realizado pelo grupo de pesquisa da UFSCar que evidenciou que a cólica presente desde a adolescência aumenta a chance da mulher ter sensibilização central, um fenômeno que leva a essa maior sensibilidade a diversos estímulos, e também à dor. "Portanto, conhecer o perfil de dor de mulheres durante a cólica, e fora desse período, pode nos ajudar a entender melhor como a cólica pode ser tratada, inclusive pela Fisioterapia", complementa Marthynara Silva.
A expectativa da pesquisa é encontrar uma relação entre a intensidade da cólica menstrual e a presença de sensibilização central, que pode ocasionar o aumento da percepção da dor nas mulheres. De acordo com a graduanda, os resultados da pesquisa serão importantes para nortear a prática clínica dos profissionais que atuam com saúde da mulher, inclusive fisioterapeutas, bem como estimular a busca de estratégias de controle e manejo da dor menstrual tanto para as mulheres que têm a sensibilização central quanto para as que não têm.
Para realizar o estudo estão convidadas mulheres, de 18 a 45 anos, que tenham cólica menstrual (dismenorreia primária) para passarem por avaliação durante duas visitas ao Lamu e para receberem orientação sobre essa condição. As interessadas devem preencher este formulário eletrônico (https://bit.ly/3B0u5La). Outras informações sobre o estudo podem ser solicitadas à pesquisadora pelo telefone (16)99614-7176 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Evento gratuito abordará implicações sociais, ambientais e éticas desta nova era
SÃO CARLOS/SP - Entre os dias 15 e 17 de outubro acontece a primeira edição do evento "Diálogos Avançados", que inaugura a parceria entre o Instituto de Estudos Avançados e Estratégicos (IEAE) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e o Polo São Carlos do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP). A atividade será realizada anualmente no mês de outubro, organizada a partir de temas estratégicos e transversais, colocando em diálogo pesquisadores das duas instituições e o público. Nesta primeira edição, o evento discute "As Ciências diante do Antropoceno", em atividades que acontecem nos campi da USP e da UFSCar na cidade de São Carlos (SP).
De acordo com Adilson Jesus Aparecido de Oliveira, diretor do IEAE-UFSCar, "o tema escolhido vem ao encontro das grandes necessidades do mundo atual. A universidade, como lugar do pensamento e da reflexão, deve ter este tema entre os pontos principais de sua pauta, pois requer expertise de profissionais de diferentes áreas do conhecimento. A ideia dos Diálogos Avançados é não só refletir, mas encontrar diretrizes e caminhos para esse grande desafio da humanidade", afirma Oliveira.
David Sperling, vice-coordenador do Polo São Carlos do IEA-USP, aponta que os "Diálogos Avançados" visam tratar, de forma conjunta e de maneira interdisciplinar, temas emergentes em um mundo cada vez mais complexo e que requer novas abordagens das ciências. "Para inaugurar os Diálogos pensamos ser fundamental atentarmos para o contexto do novo regime climático e o papel dos humanos na crise ambiental planetária, que requer enfrentamentos em diversas escalas, inclusive a local", pontuou, destacando também a importância da parceria entre os dois Institutos: "Temos certeza que esta sinergia entre os institutos trará muitos frutos para a produção de conhecimento, assim como para a cidade, pois um de nossos focos serão as políticas públicas", complementou.
Ao longo dos três dias, os participantes explorarão temas como mudanças climáticas, perda de biodiversidade, crise dos recursos naturais e as desigualdades socioeconômicas exacerbadas pelo impacto humano. Além de diagnosticar os problemas, a proposta é também refletir sobre perspectivas que possam contribuir para um futuro mais sustentável e equitativo. A intersecção entre ciência, tecnologia e sociedade será um eixo central das discussões, enfatizando a necessidade de colaboração entre os saberes para enfrentar os desafios globais do Antropoceno - termo utilizado para descrever o período mais recente da história do Planeta, caracterizado pelo impacto do homem na Terra.
Os "Diálogos Avançados 2024" se configuram como um espaço de troca de conhecimentos e experiências, promovendo a integração entre pesquisadores, estudantes e a sociedade em geral. O evento pretende ampliar a compreensão sobre como as ciências podem responder às crises contemporâneas, oferecendo uma plataforma para a construção coletiva de estratégias que possam guiar a humanidade em tempos de mudanças profundas.
Programação
O evento tem início no dia 15 de outubro, às 18h, com a mesa de abertura que terá a presença de Adilson Jesus Aparecido de Oliveira, diretor do IEAE-UFSCar, Roseli de Deus Lopes, diretora do IEA-USP, Elisabete Moreira Assaf e David Sperling, coordenadora e vice-coordenador do Polo São Carlos do IEA-USP. Na sequência, o convidado Casé Angatu fará a palestra de abertura. Angatu é indígena, historiador e doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Ele também é professor na Universidade Estadual de Santa Cruz e na Universidade Federal do Sul da Bahia, ambas na Bahia. A abertura do evento acontece no Anfiteatro Jorge Caron, da USP São Carlos (Área 1).
No dia 16 de outubro, das 14h às 15h45, o tema "De que falamos quando falamos de Antropoceno" será debatido por José Eli da Veiga, professor do IEA-USP, e por Vera Alves Cepêda, professora do Departamento de Ciências Sociais da UFSCar. Na sequência, das 16h15 às 18h, a temática "Biodiversidades: morte e vida das espécies", será conduzida por Stelio Marras, professor de Antropologia do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP, e por Hugo Sarmento, professor do Departamento de Hidrobiologia da UFSCar. As atividades desta tarde acontecem no auditório do edifício Sérgio Mascarenhas, sede do IEAE-UFSCar, área Norte do Campus São Carlos.
As atividades do último dia do evento acontecem a partir das 14h, no Anfiteatro Jorge Caron, da USP São Carlos (Área 1). O primeiro tema será "Vida e Energia", apresentado por Sonia Maria Barros de Oliveira, professora do Instituto de Geociências da USP, e por Ernesto Pereira, professor do Departamento de Química da UFSCar. Na sequência, a "Urbanização planetária: ecologias e desigualdades" será o tema da última mesa, conduzida pelos professores Marcel Fantin, do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP, e Maria Aparecida de Moraes Silva, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar.
O evento é gratuito e aberto ao público em geral. As informações completas e link para inscrição estão em http://dialogos-avancados.org.
Pesquisas premiadas são das áreas de Química, Terapia Ocupacional e Engenharia
SÃO CARLOS/SP - A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou os resultados preliminares do Prêmio Capes de Tese 2024, com as melhores teses defendidas em 2023. A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foi agraciada com duas premiações e uma menção honrosa.
Na área de Química, o prêmio foi para o trabalho intitulado "Desenvolvimento de um magnetoimunoensaio microfluído com detecção eletroquímica para diagnóstico de hanseníase", de Sthéfane Valle de Almeida, pelo Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ), com orientação de Ronaldo Censi Faria, docente no Departamento de Química (DQ), e coorientação de Juliana Ferreira de Moura, docente no Departamento de Patologia Básica da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O estudo desenvolveu um método para detecção de anticorpos relacionados à hanseníase, visando facilitar a identificação de casos positivos. A pesquisa também conseguiu diferenciar os pacientes com hanseníase multibacilar (que apresentam maior carga de bacilos e mais sintomas) daqueles com hanseníase paucibacilar (menos bacilos e menos sintomas). Isso permite não só a detecção da doença, mas também sua classificação, algo importante para a orientação do tratamento.
Almeida destaca o fato de o trabalho abordar uma doença negligenciada. "Embora seja antiga, a hanseníase ainda é um problema de saúde pública, especialmente no Brasil, que ocupa o segundo lugar mundial com maior número de novos casos. Esse reconhecimento reforça a importância de aprofundar os estudos sobre a doença", avalia a pesquisadora.
Segundo o orientador, Faria, a perspectiva é avançar nos testes para disponibilizar o método no Sistema Único de Saúde (SUS), em parceria com o Ministério da Saúde.
Mais informações sobre o estudo podem ser conferidas em matéria no Portal da UFSCar (www.ufscar.br/noticia?codigo=
Na área de Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, foi premiada a tese "Manifesto Negro: experiências negras da formação à prática em terapia ocupacional", de Alekin Ambrosio, pelo Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional (PPGTO), sob orientação de Carla Regina Silva, docente no Departamento de Terapia Ocupacional (DTO). O estudo investigou o impacto do racismo na formação de terapeutas ocupacionais negras e negros.
"A pesquisa teve uma composição metodológica que possibilitou confirmar a importância das ações afirmativas para o ingresso de pessoas negras no Ensino Superior, e também apresentar um cenário muito ruim de permanência e violência racial que ainda precisa ser enfrentado nos contextos universitários, em múltiplas camadas: institucional, relacional, interpessoal", sintetiza Ambrosio. Também desenvolveu o conceito de "racismo rizomático", ferramenta proposta para analisar a composição daquilo que se entende como racismo estrutural, racismo institucional, racismo interpessoal e racismo cotidiano, de forma interligada e indissociável.
Para a orientadora, Carla Silva, a tese soma qualidades essenciais em um trabalho acadêmico: "rigor metodológico, referencial conceitual qualificado e bem articulado e respostas às demandas urgentes da sociedade, apresentando caminhos de combate à luta antirracista".
Por fim, a menção honrosa foi concedida à tese "Design de ligas multicomponentes do sistema Ti-V-Nb-M (M = Cr, Co E Ni) para armazenagem de hidrogênio", da área de Engenharias II, e autoria de Bruno Hessel Silva. Desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM), teve orientação de Guilherme Zepon, docente no Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa). O estudo foca no desenvolvimento de materiais capazes de armazenar hidrogênio de forma segura, algo essencial para torná-lo mais atrativo em aplicações no setor de energia.
"Alguns metais e ligas conseguem armazenar hidrogênio em pequenos volumes, o que gera um grande interesse no desenvolvimento desses materiais. Entretanto, otimizar a composição química (quantidade de cada elemento metálico na liga) é uma tarefa complexa para ligas que contém vários elementos metálicos (ligas multicomponentes)", explica Hessel Silva.
Na tese, foram exploradas ferramentas e modelos computacionais para prever as características dessas ligas e calcular em quais condições de pressão e temperatura elas armazenariam hidrogênio de forma mais eficiente. "Isso nos permitiu diminuir tempo, energia, matéria-prima e outros recursos necessários para sintetizar ligas com boa performance em diferentes tipos de aplicações", detalha.
O orientador, Zepon, destaca que o projeto traz avanços significativos no desenvolvimento de soluções tecnológicas para o armazenamento e transporte de hidrogênio de baixa emissão de carbono, contribuindo para o enfrentamento de problemas atuais, como as mudanças climáticas.
Reconhecimento
Pedro Fadini, Pró-Reitor de Pesquisa da UFSCar, ressalta a importância desse reconhecimento para a Universidade. "Receber o Prêmio Capes de Tese é motivo de orgulho e evidencia a contribuição da Universidade para o avanço da Ciência e para a melhoria da qualidade de vida da população. As teses laureadas reforçam a qualidade de nossas pesquisas em campos essenciais como Saúde, Tecnologia e Inclusão Social".
Em relação às áreas da UFSCar agraciadas pelo Prêmio, Rodrigo Constante Martins, Pró-Reitor de Pós-Graduação da Instituição, atribui ao fato de os programas manterem a excelência ao longo dos anos. "O PPGCEM, pioneiro no Brasil, acaba de completar 45 anos; o PPGTO foi um dos primeiros da área no País; e o PPGQ, com seus 44 anos, se mantém entre os principais centros de pesquisa em Química. Essas premiações demonstram a força da nossa pós-graduação e o impacto dos programas inovadores que desenvolvemos ao longo dos anos."
Os orientadores enfatizam fatores que perpassam as distinções: além da dedicação e formação sólida dos estudantes, a infraestrutura e o bom desempenho dos programas de pós-graduação da UFSCar e a troca de conhecimentos com pesquisadores de diferentes áreas e países.
"O DEMa possui um parque de equipamentos de nível internacional, o que nos permite realizar pesquisa de ponta. Isso é resultado do trabalho árduo das pessoas que compõem o Departamento e o Programa que, ao longo de sua história, contribuíram para montar a infraestrutura disponível hoje", exemplifica Zepon.
"Este prêmio é inédito para o PPGQ e mostra a importância de estudos interdisciplinares, que demandam esforços maiores. No caso da nossa pesquisa sobre o diagnóstico da hanseníase, integramos áreas como Química, Saúde, Biologia e Farmácia, essenciais para o avanço do conhecimento", conclui Faria.
Por fim, Carla Regina Silva avalia que a distinção reforça a confiança na trajetória de qualidade do PPGTO. "Sendo um dos primeiros programas da área a serem criados no Brasil e na América Latina, nos consolidamos como referência nacional e internacional. Isso amplia não apenas nossa visibilidade, mas também a relevância e o impacto das pesquisas desenvolvidas aqui", destaca.
A lista completa com os resultados preliminares do Prêmio Capes de Tese 2024 pode ser conferida em https://bit.ly/3XkOLFe.
Sobre o Prêmio Capes de Tese
Criado em 2005 e entregue pela primeira vez em 2006, o Prêmio Capes de Tese reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos em programas de pós-graduação brasileiros de acordo com os seguintes critérios: originalidade do trabalho, relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação e o valor agregado pelo sistema educacional ao candidato.
Os autores das teses selecionadas receberão bolsa de até um ano para estágio pós-doutoral em instituição nacional, certificado e medalha. Os orientadores ganharão um prêmio no valor de até R$ 3 mil, além de certificado, oferecido também aos coorientadores e aos programas de pós-graduação nos quais os trabalhos foram defendidos.
A solenidade de entrega ocorrerá em dezembro. Mais informações estão disponíveis no site da iniciativa (https://www.gov.br/capes/pt-
Atividade é gratuita e as inscrições estão abertas
SÃO CARLOS/SP - O Grupo Terapêutico de Relaxamento Profundo com a técnica da Yoga Nidra integra uma ação de extensão da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que tem por objetivo desenvolver graus de tranquilidade mental e emocional dos participantes para melhorar a qualidade de vida nas atividades cotidianas. Estão abertas as inscrições para duas novas turmas do Grupo, com início para os dias 17/9 ou 27/9. No total, cada turma realizará sete encontros presenciais, que acontecem na Unidade Saúde Escola (USE), na área Norte do Campus São Carlos da Universidade.
A oportunidade é aberta para todo o público, idade mínima de 18 anos, função cognitiva preservada e disponibilidade de participar presencialmente dos encontros. A atividade é indicada para pessoas que buscam o conhecimento de si em sua forma ampla ou também àquelas que buscam o restabelecimento da saúde.
A Yoga Nidra é uma técnica antiga do Yoga para o estado de relaxamento e de sono profundo, mas com manutenção da consciência. É um método para relaxamento físico, mental e emocional, que desenvolve a memória, o aprendizado e a criatividade. Tem sido aplicado há muitos anos em pesquisas clínicas e científicas evidenciando seus efeitos benéficos para cura de doenças ou para lidar com problemas diversos, tais como insônia, estresse, ansiedade, depressão, baixa autoestima, dores de cabeça, hipertensão arterial, principalmente quando associados a uma origem psíquica, psicossocial ou psicossomática. A prática é realizada na posição deitada, com instrução de exercícios de respiração, relaxamento muscular, percepção dos cinco sentidos e meditação.
Nas turmas atuais haverá o uso complementar de óleos essenciais. Durante os encontros, as atividades incluem vivências de momentos de relaxamento profundo; construção de roteiro básico para a prática pessoal de relaxamento; compreensão sobre as causas básicas das tensões (física e mental) e os principais óleos essenciais que podem contribuir para o relaxamento e tranquilidade mental e emocional; produção de frasco com óleos para uso pessoal de cada participante; compartilhamento de vivências entre o grupo; além de práticas de auto estudo e cuidado de si.
A atividade é coordenada pela professora Paula Giovana Furlan, do Departamento de Terapia Ocupacional da UFSCar, e tem a participação de alunas de graduação e pós-graduação da Instituição. As pessoas interessadas devem se inscrever por este formulário eletrônico (https://forms.gle/
Mais informações pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e pelo whatsapp (16) 3351-8034.
Pesquisadora representou o Brasil durante encontro científico na Argentina
SÃO CARLOS/SP - Já há algumas décadas a importância da preservação da natureza e da conservação de todas as espécies de seres vivos ganharam centralidade no debate público, político e científico. Nesse contexto, no entanto, uma área seguiu pouco conhecida: a da conservação dos fungos. Isso mesmo. Você já parou para pensar sobre a importância da preservação dos fungos?
"Os fungos desenvolvem papéis ecológicos essenciais para a manutenção dos ecossistemas naturais e, assim como animais, plantas e demais organismos, também estão sofrendo com os impactos do ser humano na natureza, incluindo a destruição de florestas e as alterações climáticas", afirma a professora Larissa Trierveiler Pereira, do Centro de Ciências da Natureza, no Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
No mundo, mais de 45 mil espécies de seres vivos estão ameaçadas de desaparecer. "Entretanto, até o momento, poucas espécies de fungos foram avaliadas quanto ao risco de extinção", destaca Pereira. De acordo com ela, é preciso transformar esse cenário e as principais frentes de investigação na conservação dos fungos incluem: avaliações das espécies fúngicas que estão correndo risco de extinção, identificação dos fatores que levam a esse risco e proposição de estratégias de conservação das espécies, envolvendo as esferas acadêmica, política e da sociedade civil.
Pereira é integrante do Grupo de Especialistas em Fungos do Brasil (BrazFunSG) e representou o País em evento satélite do World Species Congress - Reverse the Red, realizado em maio deste ano, em Puerto Iguazú (Misiones, Argentina). Durante o evento, intitulado "O impacto das histórias e a conservação", a pesquisadora da UFSCar ministrou palestra sobre a conservação de fungos no Brasil e apresentou resultados do seu atual projeto de pesquisa.
"Além da avaliação de espécies fúngicas ameaçadas de extinção e ações de divulgação científica sobre o tema, atualmente coordeno um projeto financiado pelo órgão internacional The Mohamed Bin Zayed Conservation Fund (Emirados Árabes) para estudar a conservação da espécie fúngica queijo-suíço (Rickiella edulis). Após mais de 140 anos, reencontramos a espécie no Paraguai, onde acreditava-se que estava extinta, além de locais adicionais no Brasil. Tivemos sucesso em isolar a espécie objetivando a conservação ex situ", descreve ela.
Segundo Pereira, muitos pesquisadores presentes no evento ainda não conheciam o grupo de especialistas BrazFunSG e seus trabalhos de investigação, como o que ela conduz na UFSCar. "Acredito que minha participação tenha sido muito positiva, pois além de conhecer outros pesquisadores que estão trabalhando com a conservação de espécies, tive a oportunidade de palestrar sobre os avanços da conservação de fungos no Brasil, incluindo a divulgação dos principais resultados do projeto que coordeno".
O principal objetivo do BrazFunSG é defender a conservação de espécies fúngicas no Brasil, já que os fungos não estão incluídos em listas estaduais ou nacionais de espécies ameaçadas de extinção. "Ainda, buscamos relações políticas para garantir reconhecimento para esse grupo de organismos, além de tentar alcançar a sociedade civil e acadêmica com ações de divulgação científica", conclui Pereira.
BRASÍLIA/DF - O Brasil tem mirado cada vez mais em uma etapa crítica da educação: os anos finais do ensino fundamental. Essa etapa vai do 6º ao 9º ano e é cursada entre as idades de 11 a 14 anos. Estudos mostram que é uma etapa na qual os estudantes enfrentam grandes mudanças na própria vida, com a entrada na adolescência. Também, geralmente, mudam-se para escolas maiores e lidam com aprendizagens mais complexas. Trata-se de um período determinante para que eles concluam os estudos, até o final do ensino médio.
Discutir como o Brasil e outros países estão lidando com a garantia de uma educação de qualidade e quais as principais estratégias para combater a reprovação e o abandono escolar foi o objetivo do Seminário Internacional Construindo uma Escola para as Adolescências, que ocorreu nesta terça-feira (10) no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e foi transmitido online.
A coordenadora Executiva Adjunta da ONG Ação Educativa, a socióloga e educadora Edneia Gonçalves destacou que um ponto central nesta discussão é considerar o papel da educação e da escola na redução das desigualdades no país. “Eu acredito que a função social da escola é garantir a todas as pessoas o direito a trajetória escolar que produza e construa aprendizagens significativas para a pessoas seguirem suas vidas. Só que isso não é tão simples quanto parece”, afirmou.
Os dados mostram que nem todos os brasileiros têm as mesmas condições de estudo e de formação. A maioria que acaba reprovando e até mesmo abandonando a escola sem concluir o ensino médio é justamente a população mais vulnerável.
Segundo a oficial de Educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Júlia Ribeiro, as populações preta, parda, indígena e quilombola e as pessoas com deficiência têm maiores porcentagens de abandono escolar do que a população branca.
“Necessidade de contrariar destinos, que a gente aceita como sendo natural, que quem vive em situação de maior vulnerabilidade vai reprovar, vai entrar em distorção [de idade em relação à série cursada] e vai abandonar a escola. Então, por isso, contrariar destinos porque a gente não pode aceitar que esses sejam os destinos que esses meninos e meninas tenham nas suas escolas”, ressaltou.
Em julho deste ano, o governo federal lançou o Programa de Fortalecimento para os Anos Finais do Ensino Fundamental – Programa Escola das Adolescências que tem como objetivo construir uma proposta para a etapa que se conecte com as diversas formas de viver a adolescência no Brasil, promova um espaço acolhedor e impulsione a qualidade social da educação, melhorando o acesso, o progresso e o desenvolvimento integral dos estudantes.
O programa reúne esforços da União, dos estados e do Distrito Federal e dos municípios e prevê apoio técnico-pedagógico e financeiro, produção e divulgação de guias temáticos sobre os anos finais e incentivos financeiros a escolas priorizadas segundo critérios socioeconômicos e étnico-raciais.
O estudo Diálogos políticos em foco para o Brasil - Insights internacionais para fortalecer a resiliência e a capacidade de resposta no ensino secundário inferior foi lançado durante o evento. Realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Fundação Itaú Social, a pesquisa traz um panorama do cenário brasileiro, faz comparações com outros países e reúne iniciativas bem-sucedidas tanto brasileiras quanto internacionais voltadas para as adolescências.
De acordo com o estudo, a maioria dos países da OCDE vê a conclusão do ensino secundário superior (etapa equivalente ao ensino médio brasileiro), como requisito mínimo para uma vida plena. Assim, os sistemas de ensino devem garantir que todos os alunos do ensino fundamental avancem para a próxima fase.
Os dados mostram, no entanto, que nenhum país da OCDE e nem o Brasil reúnem ao mesmo tempo três indicadores considerados importantes para um bom desempenho escolar: senso de pertencimento, clima disciplinar e apoio docente. Nenhum país possui esses três indicadores positivos. Os dados são baseados nas respostas dos próprios estudantes de 15 anos no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2022.
O Brasil fica em último lugar em relação ao senso de pertencimento e está também entre as piores colocações em termos do clima disciplinar nas escolas.
O estudo aponta algumas práticas desenvolvidas e aplicadas em alguns países como possibilidades para melhorar a etapa de ensino. Entre elas, ouvir estudantes em diferentes estágios de elaboração de políticas publicas de forma regular e ser proativo em tornar a escola um lugar onde os estudantes querem estar.
A pesquisa mostra ainda que os alunos precisam de ajuda para entender onde estão e para onde podem ir com a formação escolar. Isso pode motivá-los a seguir estudando. Para isso são citadas práticas de construir pontes entre diferentes fases da educação e oferecer informações de carreiras para aqueles que mais precisam.
Para incentivar estudos voltados aos anos finais do ensino fundamental e para as adolescências, segundo o diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica do Ministério da Educação (MEC), Alexsandro Santos, o ministério irá lançar, junto com a Fundação Itaú, um edital de pesquisa para reconhecer, identificar e fortalecer boas práticas do ensino de matemática nos anos finais do ensino fundamental.
De acordo com o diretor, o edital, que está na fase de elaboração, deverá ser voltado a professores da educação básica, grupos de pesquisa e associações da sociedade civil que tenham iniciativas voltadas para essa temática.
Microcrustáceo de água doce é espécie promissora para estudos ecotoxicológicos
SÃO CARLOS/SP - A Amazônia é um dos biomas com maior biodiversidade no mundo; contudo, grande parte das espécies que compõem esse bioma ainda não foram devidamente descobertas e descritas. Nesse contexto, um estudo recente, publicado por Diego Ferreira Gomes, doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e colaboradores da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo (USP - campus de Pirassununga) e Universidade de Brasília (UnB), descreveram uma nova espécie de ostracode - um microcrustáceo de água doce, coletado no Parque Natural Municipal Raimundo Paraguaçu, localizado na região norte do município de Porto Velho, estado de Rondônia. Segundo os autores, a espécie pertence ao gênero Strandesia e foi nomeada em homenagem ao estado onde foi coletada, tornando-se então Strandesia rondoniensis. A espécie Strandesia rondoniensis pertence à classe Ostracoda e é classificada dentro da família Cyprididae. São pequenos microcrustáceos que, junto a outras espécies, compõem a base da teia trófica nos ecossistemas aquáticos, detalha Diego Gomes. "A espécie que descrevemos possui tamanho entre 750 a 800 µm [unidades de medida miscroscópica, sendo 1 mícron (1 µm) equivalente à milésima parte de 1 milímetro]; apresenta hábitos alimentares detritívoros [isto é, obtém nutrientes a partir de detritos], raspando e alimentando-se de algas e matéria orgânica em decomposição. Sua função é auxiliar na decomposição da matéria orgânica presente nos ecossistemas aquáticos, sendo ainda uma importante fonte de alimento para os níveis tróficos superiores, como peixes, insetos, entre outros". A espécie descrita foi coletada de 2017 a 2018; nesse período o pesquisador Diego Ferreira Gomes residia na cidade de Porto Velho, e foi a peça principal de seu doutorado, desenvolvido entre 2020 e 2024, com orientação das professoras Odete Rocha e Raquel Aparecida Moreira e financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A pesquisa, publicado na revista internacional Limnologica - referente à área da Limnologia, que estuda as águas continentais, tais como lagos, lagunas, rio, açudes e reservatórios -, indica que essa espécie é resultado de uma convergência evolutiva entre outras duas espécies, Neostrandesia striata e Bradleytriebella lineata; estudos complementares, porém, ainda são necessários.
Os autores concluem, ainda, que a espécie é um excelente organismo-teste, com potencial para ser utilizada em estudos de pequena e larga escala voltados à avaliação de impactos ambientais. "A espécie se mostrou promissora em estudos ecotoxicológicos, podendo ser utilizada em futuras pesquisas". Segundo ele, "essa espécie é facilmente cultivada em laboratório, apresentando altas taxas de reprodução e sensível a diferentes tipos de poluentes. Essas características favorecem sua utilização em estudos ecotoxicológicos, cujo objetivo é expor organismos-teste a diversos poluentes; com isso, é possível estimar a toxicidade em diferentes situações de exposição e, assim, fornecer informações importantes para a tomada de decisões relacionadas à preservação ambiental dos ecossistemas aquáticos".
"Descrever uma nova espécie representa um avanço no conhecimento da biodiversidade brasileira e em especial do bioma Amazônico", analisa o pesquisador. Mas como é possível saber que determinada espécie ainda não foi catalogada? "Existe uma série de verificações taxonômicas e comparações com a morfologia de várias espécies que já foram descritas na literatura. Em nossas comparações, as características morfológicas da espécie que descrevemos são singulares, sendo assim, foi possível concluir que se tratava de uma nova espécie", explica.
O pesquisador explica que, para formalizar uma nova espécie no meio científico, é preciso, "primeiro, esgotar todas as possibilidades de comparações taxonômicas para verificarmos se essa espécie realmente é uma espécie ainda não descrita. Em seguida, seguimos para a parte técnica de desenhos taxonômicos, depositamos exemplares em museu zoológico devidamente autorizado e, por fim, realizamos a escrita do artigo contendo os resultados e a discussão acerca dos dados observados".
O artigo completo na revista Limnologica pode ser acessado em https://doi.org/10.1016/j.
2º Cidades + Resilientes acontece nos dias 17 e 18 de setembro
SÃO CARLOS/SP - O evento "2º Cidades + Resilientes - Transformações urbanas frente às questões humanas" acontece nos dias 17 e 18 de setembro de 2024, no Campus São Carlos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e tem como objetivo compreender as demandas emergentes do contexto urbano, incorporando novas perspectivas, desafios e soluções que se tornaram essenciais na dinâmica acelerada das transformações urbanas.
O tema sugere uma abordagem que examina as mudanças e evoluções nas áreas urbanas em resposta ou consideração às diversas questões e necessidades humanas.
No dia 17/9, das 9 horas às 10h30, acontece a palestra "Resiliência Climática em cidades da América Latina". Em seguida, às 10h45, a mesa-redonda "Segurança Hídrica". No período da tarde, às 16h15, a palestra "Políticas e Programas de Planeamento Territorial para alcançar os objetivos de Desenvolvimento Sustentável".
Já no dia 18/9, a programa começa às 8 horas com o minicurso "Avaliação Ambiental Estratégica e o Planejamento Urbano". Às 10h30, será a vez da palestra "Resiliência Urbana: um olhar sobre o Jardim Pantanal, zona Leste de São Paulo". E a programação termina com outra palestra, a "Mitigação de Desastres Urbanos" às 16h15.
Inscrições e demais informações no site do evento (https://www.even3.com.br/2-
Inscrições foram prorrogadas até o dia 16 de setembro
SÃO CARLOS/SP - Foram prorrogadas até o dia 16 de setembro as inscrições no Programa Futuras Cientistas, ofertado pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste, ligado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo é que meninas do Ensino Médio tenham contato com ciência e tecnologia participando de diferentes atividades de imersão científica. As meninas selecionadas receberão um auxílio no valor de R$600 após a realização das atividades, que ocorrerão em janeiro de 2025. A iniciativa é aberta a estudantes do 2º ano do Ensino Médio da rede estadual e a professoras do Ensino Médio da rede básica. O edital e o formulário de inscrição podem ser acessados em https://linktr.ee/
Em São Carlos, dois projetos receberão meninas para a imersão científica de 2025. Um deles acontecerá na nChemi Engenharia de Materiais, empresa-filha da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que realizará o projeto "Conhecendo a química de um mundo nano", abordando aspectos de Química, Ciência de Materiais e Nanotecnologia. O outro projeto acontecerá no Laboratório de Bioensaios e Modelagem Matemática (LBMM) da UFSCar, cujo título é "Segurança hídrica em tempos de mudanças climáticas: conceitos e práticas para as Futuras Cientistas". Essa ação vai discutir a temática de segurança hídrica em um cenário de mudanças globais.
Durante o projeto, as meninas vão participar de uma imersão cientifica realizando experimentos científicos, participando de palestras e conhecendo um pouco mais sobre o contexto universitário. As inscrições podem ser feitas até 16 de setembro. Informações completas em https://linktr.ee/
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