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SÃO PAULO/SP - Até o próximo sábado, a capital paulista recebe o Feirão Limpa Nome da Serasa no Vale do Anhangabaú, centro histórico da cidade. Segundo a Serasa, o evento, que teve início hoje (8), oferece aos interessados a possibilidade de limpar o nome em 24 horas e de obter descontos de até 99% nas renegociações de dívidas.

Outras novidades na edição desse ano do feirão são o pagamento via PIX e o Extrato Serasa, funcionalidade gratuita que informa se há pendências no CPF do interessado. “O número recorde de parceiros e de ofertas e a proximidade do 13º salário vão ajudar os brasileiros a quitar dívidas e começar o novo ano com nome limpo e crédito no mercado”, destacou a gerente da Serasa, Aline Maciel.

O horário de atendimento é das 8h às 20h. Os consumidores também podem acessar os canais oficiais da Serasa para limpar o nome: site www.serasalimpanome.com.br, App Serasa no Google Play e App Store, ou ligando gratuitamente 0800 591 1222 ou WhatsApp 11 99575–2096.

Inadimplência

Segundo a Serasa, a inadimplência aumentou no país pelo 9º mês consecutivo, chegando em setembro à marca de 68,39 milhões de pessoas com o nome negativado, de acordo com o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas. A soma de todas as dívidas passou de R$ 295 bilhões, um valor equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) do estado da Bahia. O valor médio da dívida de cada inadimplente está em R$ 4.324,42, quase três salários-mínimos.

No Estado de São Paulo, mais de 16 milhões de pessoas estão inadimplentes, somando mais de R$ 79,8 bilhões em dívidas negativas ou atrasadas. O valor médio das dívidas dos paulistas é de R$ 4.965,09.

 

 

Por Bruno Bochinni - Repórter da Agência Brasil

SUÍÇA - Em pouco mais de uma semana, chegaremos a 8 bilhões. Estimativas da ONU atualizadas em julho projetam que no próximo dia 15, uma terça-feira, o mundo alcançará seu novo bilhão de habitantes. A marca vem acompanhada de avanços significativos, mas também do aprofundamento de desigualdades que transparece nos números.

É o que o demógrafo brasileiro José Eustáquio Alves chama de fosso demográfico: "Há uma grande parte do mundo onde a população está diminuindo, envelhecendo e com taxa de fecundidade baixa; outra segue crescendo muito, com alta fecundidade e 'bolhas de jovens'."

A desigualdade entre continentes e mesmo dentro deles faz com que cada país vivencie a superpopulação global de forma distinta. Para alguns, as cifras prenunciam diminuição da mão de obra economicamente ativa, para outros o desafio é lidar com o "boom" habitacional sem dispor de infraestrutura.

Ao longo das últimas cinco décadas, indicadores importantes melhoraram ao redor do planeta. A expectativa média de vida global cresceu --de 57,6 para 73,4 anos--, e a mortalidade infantil caiu --de 93,4 a cada mil nascidos vivos para 26,7. Mas a média diz pouco sobre a realidade de cada parte do globo.

Os exemplos se avolumam. Quatro dos cinco países nórdicos --Islândia, Finlândia, Noruega e Suécia-- estão entre as dez nações com menor mortalidade infantil, todos abaixo de 2 mortos a cada mil nascidos vivos. Já na Nigéria, morrem 70 a cada mil crianças nascidas vivas, de acordo com números da ONU.

O país da Costa Oeste da África tem recebido cada vez mais atenção dos especialistas. Hoje o sexto mais populoso do mundo --desbancou o Brasil neste ano--, a Nigéria, mostram as projeções atuais, pode superar EUA, Paquistão e Indonésia e se tornar a terceira nação mais populosa do mundo em 50 anos.

Uma das mais afetadas pela crise climática no continente, convive com o desafio de acomodar tamanha população diante de eventos que diminuem cada vez mais o tamanho de áreas habitáveis. E, não bastasse a mortalidade infantil, nigerianos têm a segunda menor expectativa de vida do planeta: apenas 53,9 anos.

O volume populacional, em boa parte, deve-se à taxa de fecundidade. Com cinco nascimentos por mulher, a Nigéria tem uma das taxas mais altas do mundo. Na média global, o índice atual é de 2,3 nascimentos por mulher, cifra que corresponde a pouco mais da metade do observado há cinco décadas, 4,4.

Na China, o desafio é o oposto. Por décadas o país mais populoso do mundo, a potência asiática entrou em decréscimo populacional neste ano, indica a ONU, e tenta agora reverter o cenário. Com taxa de fecundidade de 1,1 (menos da metade da mundial), o país, que por muito tempo incentivou o controle populacional por meio da chamada política do filho único, quer hoje famílias mais amplas.

Bela Hovy, chefe de publicações da divisão de população das Nações Unidas, credita à queda global da taxa de fecundidade um dos principais avanços das últimas décadas. Mas lembra como a questão ainda é um desafio para partes significativas do globo. "Países da África Subsaariana devem contribuir com mais da metade do crescimento populacional até 2050 [quando, diz a ONU, chegaremos a 9,6 bilhões]. Há um grande desafio para países menos desenvolvidos atingirem um desenvolvimento sustentável."

Mas o principal desafio ecoado pela marca de 8 bilhões talvez seja, para Hovy, a solidariedade global. "Se garantirmos ajuda para que esses países atinjam metas como acesso a saúde materna e mais educação a mulheres [49,7% da população global], será possível pensar em diminuir o crescimento populacional."

Helena Cruz Castanheira, demógrafa da divisão de população da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), chama a atenção para o período de transição demográfica que quase todo o mundo vivencia --a fecundidade cai, assim como a mortalidade, e, por óbvio, a expectativa de vida aumenta, fazendo com que haja uma boa parcela de população com idade economicamente ativa.

Mas aí também mora a desigualdade. "A transição demográfica é uma janela de oportunidade para desenvolvimento socioeconômico, mas isso não é automático. É preciso que ocorram transformações sociais significativas: acesso a educação e distribuição de riqueza. Se todas as mulheres estão fora da força de trabalho, ou se não há alta produtividade, a janela de oportunidade apenas se fecha."

Há 11 anos, quando, para as estimativas da época, o mundo completou 7 bilhões, muitos dos desafios colocados à mesa eram os mesmos de hoje. Mas se destacava a dúvida sobre a capacidade de o planeta produzir recursos para sustentar, com qualidade, tanta gente.

Questionado sobre se já temos uma resposta, Hovy resume: "Temos tecnologia e recursos renováveis para um futuro sustentável. A maior questão é a vontade política. O padrão atual não é sustentável. Se não mudarmos nosso modo de agir, teremos desafios ainda maiores para suportar até 10 bilhões de pessoas."

 

 

MAYARA PAIXÃO / FOLHA de S.PAULO

SÃO PAULO/SP - No maior comércio popular de São Paulo, a região da 25 de março, os comerciantes dizem que as vendas de itens para a Copa do Mundo do Qatar ainda estão fracas, mas a expectativa é que aumentem nos próximos dias. A Copa de 2022 terá início no dia 20 de novembro.

Proprietário de uma loja especializada em artigos esportivos, João Abdala afirmou que não vê muita movimentação para a compra de artigos para o Mundial.

“A nossa expectativa é que as vendas comecem a engrenar a partir do final dessa semana, passando esse feriado, acredito que o assunto comece a ser um pouco mais falado, junto com a convocação [da seleção] na semana que vem. Esperamos que as pessoas voltem a comprar como compravam nas últimas Copas”, disse.

Para ele, as eleições podem ter atrasado as vendas. “Este ano está um pouco mais, vamos dizer, atrasado. Está muito próxima a Copa e ainda não teve tanta movimentação, provavelmente devido às eleições, mas agora, as eleições passando, a gente espera que as vendas se intensifiquem bastante”.

Com a proximidade do Mundial, Abdala vende, principalmente, bandeiras e camisas oficiais licenciadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que custam, em média, R$ 300.

“Esperamos vender cerca de 80% do que vendemos na última Copa, já é menor a expectativa, porque essa alocação do evento para o fim do ano mexeu com o que as pessoas já estavam acostumadas. Sendo realista, não vai ser tão bom quanto as últimas, mas vamos trabalhar muito para superar.”

O comerciante José Valdecir também espera que o fim das eleições alavanque as vendas.

“Acredito que agora vai chegar uma média de 80 a 90% a mais. A ‘política’ terminou, então, a gente espera que o comércio volte ao normal. Agora vai concentrar a retomada da venda da camisa do Brasil. Há uns dois meses, o pessoal tinha receio de comprar uma camisa amarela, agora está voltando. O povo tinha medo de vestir essas camisas, por causa do receio da política que estava ficando como fosse uma guerra. Espero que isso termine em paz, o povo quer trabalhar”.

Há um ano, depois de perder um outro negócio durante a pandemia, Valdecir montou uma loja especializada em camisas de times de futebol em uma galeria da 25 de março. As camisetas custam de R$ 45 a R$ 180.  “A gente espera que o comércio melhore, a gente está passando um momento muito difícil nesse pós-pandemia, agora que está engatando. Estamos esperando uma reagida para poder pagar as contas”.

Já Clodoaldo Mateus Santos de Souza, dono de um comércio informal na Ladeira Porto Geral, na região da 25 de Março, espera vender 90% a mais com os artigos da Copa, como camisas, bonés, faixas e até roupas para animais de estimação.  Souza vende camisetas a partir de R$ 30, sendo a mais cara R$ 90.

“Não estão ruins as vendas, mas também não está aquilo que a gente está acostumado na Copa dos anos anteriores. E também o público estava com esse negócio de amarelo é de um partido e, na realidade, nossas camisetas, as tradicionais verde e amarela, são as cores do nosso país.”

 

Prejuízo

Apesar do otimismo dos comerciantes ouvidos pela reportagem, o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Ulisses Ruiz de Gamboa, lembra que, o evento não costuma ser bom para o varejo. “A Copa do Mundo é um evento que, de maneira geral, é ruim para o varejo como um todo, pois, principalmente nos dias de jogos do Brasil, os estabelecimentos fecham no horário das partidas e reabrem após o fim do jogo.

Gamboa recordou que, na Copa de 2018, segundo um levantamento realizado pela Cielo, o comércio teve prejuízo de 25% no faturamento, durante a primeira fase do torneio. “Resultado similar também aconteceu na Copa de 2014, mesmo tendo sido realizada no Brasil, o que atraiu importante fluxo de turistas”.

Neste ano, o Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) estimou uma perda de faturamento de 50% a 70% para os estabelecimentos comerciais. “Evidentemente, setores do varejo como eletroeletrônicos, principalmente TVs, além dos artigos esportivos e bares/restaurantes poderão registrar elevação nas vendas, mas trata-se de fenômeno pontual”, destacou o economista.

Com a proximidade da Black Friday, data comercial com promoções e descontos, as vendas podem compensar os dias fechados, afirma Gamboa. “O fato de a Copa do Mundo começar a menos de uma semana da Black Friday deverá provocar uma antecipação das ofertas e promoções que seriam oferecidas para esses produtos, o que poderia reduzir as perdas do comércio”, finalizou.

 

 

Por Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil

ALEMANHA - Após semanas de desentendimentos, os governos federal e dos 16 estados da Alemanha chegaram a um acordo sobre o financiamento de um gigantesco pacote de medidas emergenciais para aliviar o impacto da inflação e a alta nos preços de energia, e incluem também uma tarifa promocional para o transporte público.

Após uma nova reunião nesta quarta-feira (02/11), ficou acertado que os estados contribuirão com medidas como a extensão do auxílio residencial, mas ao mesmo tempo, receberão novas verbas federais para os transportes regionais para financiar o acolhimento aos refugiados.

O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, destacou que o governo federal se uniu aos estados para combater as consequências da guerra provocada pela Rússia na Ucrânia. "Nos demos os braços para resolver juntos os problemas do nosso país", exaltou.

 

Bilhete de 49 euros

A tarifa promocional para o transporte público de curta e média distância em todo o país, no valor de 49 euros (250 reais), vem em substituição ao bilhete de 9 euros criado pelo governo alemão durante os meses de verão, na metade do ano. O objetivo do passe mensal é facilitar o acesso da população aos trens, metrôs e ônibus regionais em todo o país.

O ministro alemão dos Transportes, Volker Wissing, declarou que, a partir de agora, "está aberto o caminho para a maior reforma das tarifas do transporte público na Alemanha".

O novo plano elaborado pelo governo para substituir o bilhete de 9 euros seria ainda uma fase introdutória, o que significa que o preço das passagens deverá ser aumentado mais tarde.

A agência alemã de notícias DPA informou, citando fontes do governo, que a nova tarifa deverá ser implementada somente no próximo ano. Wissing afirmou que o bilhete será colocado em prática tão logo quanto possível.

 

Limites aos preços de energia

Também foi discutida a promessa do governo de implementar um limite aos preços de energia e a adoção de um pagamento único para os consumidores de gás natural. A chamada medida de alívio emergencial deve cobrir o custo do consumo de gás nas contas do mês de dezembro.

O ministro da Economia, Robert Habeck, disse que, apesar da recente queda nos preços do gás natural, não é possível saber o que ocorrerá no futuro. "Os consumidores privados e os negócios sofrem cada vez mais com a alta nos preços e precisam urgentemente de alívio", afirmou, ao comemorar a decisão desta quarta-feira, que considerou um importante primeiro passo.

"Novas medidas seguirão, e nós estamos trabalhando intensamente no governo federal para implementar um limite para os preços de gás e eletricidade", disse Habeck. Segundo Scholz, o preço do gás natural deverá ser limitado a 12 centavos de euro por kilowatt/hora, e o da eletricidade, a 40 centavos.

O Bundestag e o Bundesrat (as câmaras baixa e alta do Parlamento alemão) devem aprovar as medidas até o dia 11 de novembro.

O alívio emergencial é considerado uma solução temporária até a introdução dos limites dos preços do gás natural para as residências no mês de em março. Os fornecedores afirmaram que não é viável introduzir o teto nos preços antes do terceiro mês de 2023.

 

 

dw.com

BRASÍLIA/DF - Ao longo de todo este mês, pessoas endividadas terão a oportunidade de limpar o nome. De hoje (1º) até o dia 30, ocorre o segundo mutirão nacional de negociação de dívidas e orientação financeira deste ano.

Ação conjunta do Banco Central (BC), da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e dos Procons de todo o país, o mutirão oferece oportunidade de renegociação de dívidas com desconto e parcelamentos que caibam no bolso.

Podem participar do mutirão pessoas físicas com débitos em atraso com bancos e demais tipos de instituições financeiras, desde que a dívida não esteja atrelada a bens dados em garantia. As negociações podem ser pedidas por meio da plataforma Consumidor.gov.br  ou pelos canais diretos das instituições participantes, disponíveis na página do mutirão.

No site do mutirão, o interessado também terá acesso ao link do Registrato, sistema do Banco Central que informa todos os relacionamentos do cidadão com o sistema financeiro. A página permite a consultas sobre informações de dívidas com bancos e órgãos públicos, cheques devolvidos, contas, chaves Pix e operações de câmbio. A página da ação conjunta também dará acesso à plataforma de educação financeira Meu Bolso em Dia, da Febraban.

Campanha

Neste ano, o mutirão alertará os cidadãos sobre o superendividamento e a possibilidade de pedir renegociação, conforme previsto na Lei 14.181/21 . Pela lei, os cidadãos superendividados têm direito a renegociar o valor global do débito, simultaneamente com todos os credores. Segundo o BC, isso permite acordos mais vantajosos do que negociar uma dívida com cada banco.

O BC orienta as pessoas com suspeita de superendividamento a não renegociar os débitos pelo mutirão. Segundo o órgão, as pessoas devem buscar ajuda especializada nos órgãos de proteção e defesa do consumidor, cujos links estão disponíveis na página da ação conjunta.

No último mutirão, realizado em março, foram negociados 1,7 milhão de contratos em atraso durante 25 dias. De acordo com o BC, o endividamento das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançou 52,9% da renda familiar disponível em agosto. Definido como o valor atual da dívida e os rendimentos em 12 meses, o indicador caiu 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior, mas subiu 3,5 pontos no acumulado em 12 meses.

O comprometimento de renda, que equivale às parcelas mensais divididas pela renda mensal da família, atingiu 29,4% em agosto, no maior nível desde o início da série, em 2005. O indicador subiu 0,8 ponto percentual na comparação com julho e de 3,9 pontos em 12 meses.

 

 

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

INGLATERRA - A inflação na zona do euro atingiu nível recorde, impulsionada pela alta dos preços de eletricidade e gás natural, em consequência da guerra na Rússia.

A inflação anual chegou a 10,7% em outubro, informou nesta segunda-feira (31/10) a agência europeia de estatísticas Eurostat, sendo este o maior índice já registrado desde do início das análises, em 1997. Em setembro, o percentual era de 9,9%.

Ainda assim, os números do terceiro trimestre foram marginalmente melhores do que o esperado, após a economia da Alemanha registrar crescimento de 0,3%. França e Espanha cresceram 0,2% e a Itália anunciou nesta segunda-feira um crescimento de 0,5%.

O crescimento econômico nos 19 países que utilizam a moeda europeia desacelerou em antecipação a uma possível recessão, como vem sendo previsto por muitos economistas, resultante da queda no consumo em razão da alta dos preços.

A inflação anual chegou a 10,7% em outubro, informou na segunda-feira (31/10) a agência europeia de estatísticas Eurostat, sendo este o maior índice já registrado desde do início das análises, em 1997. Em setembro, o índice estava em 9,9%.

A economia da zona do euro, que vinha se recuperando dos efeitos da pandemia de covid-19, teve um leve crescimento de 0,2% entre julho e setembro, desacelerando do percentual de 0,8% registrado no segundo trimestre em razão dos preços altos.

Ainda assim, os números do terceiro trimestre foram melhores do que o esperado, após a economia da Alemanha registrar crescimento de 0,3%. França e Espanha cresceram 0,2%, e a Itália anunciou nesta segunda-feira um crescimento de 0,5%.

Em comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o crescimento econômico da zona do euro foi de 2,1%, informou a Eurostat.

 

Crise energética

A crise na Ucrânia fez com que o preço do gás natural disparasse, enquanto a Rússia reduzia o envio do combustível para o continente.

A Europa teve de recorrer a custoso envio de gás natural liquefeito (LNG) através de navios vindos dos Estados Unidos e do Catar para suprir os estoques e garantir o aquecimento das residências durante o inverno.

 

Apesar do êxito em abastecer os estoques de gás, a alta dos preços tornou mais cara ou deficitária a produção de bens como aço ou fertilizantes. O poder de compra dos consumidores vem se exaurindo, enquanto aumentam os gastos com combustíveis e com as despesas mensais.

O preço do gás natural para a compra em curto prazo teve um certo alívio recentemente, mas ainda se manterá em alta nos mercados pelos próximos meses, o que deve fazer com que a energia ainda se mantenha como um peso para a economia no futuro próximo.

 

Retração nos próximos meses

A alta da inflação é atualmente um fenômeno internacional, com aumentos de preços nos níveis mais altos em 40 anos também nos Estados Unidos.

Os dados da Eurostat mostram que os preços dos alimentos, tabaco e álcool também estão entre os maiores fatores para alta da inflação, aumentando 13,1%, enquanto a energia subiu 41,9% em um ano.

Economistas preveem que a economia irá se retrair pelos próximos meses e na primeira metade de 2023.

A alta da inflação levou o Banco Central Europeu (BCE) a aumentar a taxa de juros no ritmo mais acelerado de sua história, em 8 de setembro e 27 de outubro, o que gerou temores em relação às consequências da guerra anti-inflacionária.

 

 

rc/lf (AFP, AP)

DW.com

MUMBAI/NOVA DELHI - A Índia, maior produtora de açúcar do mundo, estendeu restrições à exportação de açúcar em um ano, até outubro de 2023, disse o governo, mas o país ainda deve fixar uma cota para as vendas externas do atual ano comercial.

Em maio, a Índia restringiu exportações até o fim deste mês para conter um aumento do preço doméstico, após exportações recordes.

A Índia deve produzir uma colheita recorde de açúcar neste ano, o que poderia permitir que Nova Deli liberasse exportações de até oito milhões de toneladas, disseram autoridades do Governo e da indústria neste mês.

"A notificação apenas estende a política do governo de manter as exportações de açúcar na categoria restrita, mas essa decisão não significa que o governo não permitirá as exportações de açúcar em 2022/23", disse à Reuters Prakash Naiknavare, diretor administrativo da Federação Nacional das Fábricas Cooperativas de Açúcar Ltd, referindo-se ao aviso do governo na sexta-feira.

A cota de exportação da temporada atual pode ser emitida na próxima semana, disseram fontes do comércio e do governo.

A Reuters informou no mês passado que o governo estava prestes a permitir a exportação de 5 milhões de toneladas de açúcar em uma primeira parcela para o novo ano de comercialização, que começou em 1º de outubro.

A Índia deverá permitir cerca de 3 milhões de toneladas de exportações de açúcar na segunda parcela, elevando o total de embarques internacionais de açúcar do ano corrente para cerca de 8 milhões de toneladas.

De acordo com a Associação Indiana de Usinas de Açúcar, um grupo de produtores, a Índia poderia exportar até 9 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2022-23.

Aproveitando os atrativos preços globais, traders já começaram a assinar acordos para exportar açúcar bruto para esta temporada.

Eles estão cada vez mais tentando fechar acordos de exportação para compensar o atraso na produção de açúcar do atual ano, que começou devagar por causa das chuvas fora de época durante a primeira metade deste mês.

Depois de desviar cerca de 4,5 milhões de toneladas de açúcar para a produção de etanol, a Índia deverá produzir cerca de 36,5 milhões de toneladas na temporada 2022-23, um aumento de 2% em relação à temporada anterior.

 

 

 

Por Rajendra Jadhav e Mayank Bhardwaj / REUTERS

SÃO PAULO/SP - A reação dos ativos locais à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial deve ser negativa, mas ainda condicionada ao cenário externo, diante da preferência do mercado à agenda de Jair Bolsonaro (PL) e da falta de informações sobre os pilares econômicos do novo governo.

A visão é de economistas e agentes de mercados, que ressaltaram que, apesar da expectativa de ajustes para baixo ao longo da semana, a eleição de Lula já estava em boa medida precificada e o foco agora se volta às suas sinalizações sobre a futura condução da política econômica e os arranjos políticos.

Com 99,99% das seções eleitorais apuradas, Lula alcançou 50,90% dos votos válidos, não podendo mais ser alcançado por Bolsonaro, que somava 49,10%, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"A eleição apertada exige que presidente eleito faça composição com centro", disse Cristiano Oliveira, economista-chefe do banco Fibra, que viu como "muito positivo" a referência à união nacional feita por Lula em discurso logo após sua eleição, com agradecimentos a apoiadores de fora do seu partido.

Ele disse esperar que o dólar possa perder um pouco de valor no início da segunda-feira, mas voltando para próximo do patamar de sexta-feria ao longo do dia.

José Alberto Baltieri, gestor da Asa Investments, disse que a maior expectativa é em relação ao nome do próximo ministro da Fazenda.

"É aí que o Lula consegue se diferenciar e ganhar o voto de confiança do mercado", afirmou, destacando que haveria uma reação negativa à indicação de um político.

Baltieri espera queda dos papéis das estatais nesta segunda-feira, particularmente da Petrobras, que ainda precificava uma chance, embora reduzida, de avanço da privatização com uma vitória de Jair Bolsonaro. Já ações de segmentos como educação e construção civil, que se beneficiaram de programas de governos petistas no passado, tendem a se valorizar, afirmou.

O Ibovespa acumulou na semana passada queda de 4,49%, com recuo em quatro das cinco sessões, após ter avançado 7,01% na semana anterior

"Os grandes impactos no mercado virão após a sinalização do ministro da Economia, que, por consequência, vai pautar o programa econômico de Lula", reforçou Luciano França, sócio-fundador da Avantgarde Asset Management. "Teremos cenas dos próximos capítulos. O que é esperado é um resultado ruim para os ativos públicos amanhã, dado o histórico de gestões anteriores do Partido dos Trabalhadores, principalmente durante o governo Dilma."

Em geral, os ativos brasileiros reagiram positivamente às votações do primeiro turno, com maior possibilidade de vitória de Bolsonaro, que é visto como tendo um governo de agenda mais liberal, e em meio à eleição de um Congresso mais conservador do que o esperado, o que pode limitar uma agenda econômica de Lula, na visão de agentes de mercado.

No entanto, na última semana, após o caso Roberto Jefferson, os mercados ajustaram. O Ibovespa caiu mais de 4% na semana e o real desvalorizou 3% ante o dólar. Aliado de Bolsonaro, Jefferson foi preso após várias horas de negociações com agentes da Polícia Federal (PF) que foram até a casa do ex-deputado no interior do Estado do Rio de Janeiro no domingo para cumprir uma decisão que revogava a prisão domiciliar dele.

 

RISCO DE CONTESTAÇÃO

Uma outra preocupação dos investidores era com relação a uma possível contestação do resultado, especialmente pelo atual presidente. Bolsonaro acusa a autoridade eleitoral de ser parcial e também já disse que só reconhecerá os resultados se as eleições forem limpas e transparentes, sem detalhar o que isso significa. Até a publicação da reportagem, ele ainda não havia comentado o resultado.

Neste domingo, houve relatos de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que estavam proibidas diante da possibilidade de atrapalharem a movimentação de eleitores. O TSE determinou que fossem interrompidas, disse o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, nesta tarde, descartando a possibilidade de algum eleitor ter ficado sem votar por causa da ação da PRF.

"Talvez o mercado abra um pouco em baixa amanhã, não tanto pelo risco e agenda econômica, mas muito mais pela questão de se entender qual vai ser a resposta institucional", disse Roberto Padovani, economista do banco BV.

Na mesma linha, a equipe do JPMorgan liderada por Cassiana Fernandez ressaltou em relatório preocupações com a tensão política.

"Com um resultado tão apertado, reconhecemos que a tensão política pode aumentar no curto prazo, e estaremos monitorando de perto este risco nos dias à frente. Ainda assim, como sinalizamos há algum tempo, não vemos razão para acreditar Lula não tomará posse em janeiro de 2023."

As eleições estaduais também devem ter impacto no mercado, mas de maneira mais segmentada. A empresa de saneamento paulista Sabesp vinha reagindo positivamente à possibilidade de vitória de Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre Fernando Haddad (PT), confirmada nas urnas neste domingo, com investidores vendo maior chance de privatização.

 

 

Por Andre Romani / REUTERS

SÃO PAULO/SP - Criado em 2020 para ajudar empresas afetadas pela pandemia da covid-19, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) terá juros mais baixos e prazo maior para pagar as parcelas. As mudanças constam da Medida Provisória 1.139, editada ontem (27) à noite.

O prazo das linhas de crédito passou de 48 para 72 meses. Os juros passarão a ser definidos pela Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia. Até agora, as linhas do Pronampe seguiam a Taxa Selic (juros básicos da economia) mais 1,25% sobre o valor contratado, para financiamentos concedidos em 2020, ou Selic mais 6% sobre o valor contratado, para financiamentos concedidos a partir de 2021.

As mudanças não valem apenas para os futuros contratos. A medida provisória autoriza a renegociação e a prorrogação das operações de crédito atuais nas condições estabelecidas pela Sepec. Segundo o Ministério da Economia, os juros não serão alterados, mas passam a ser regulados pela pasta.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que as mudanças pretendem reequilibrar os financiamentos e recuperar a capacidade de investimento dos tomadores, que passaram a ter dificuldades em quitar os financiamentos após o aumento da taxa Selic, que saltou de 2% ao ano em março de 2021 para 13,75% em agosto deste ano.

“Almeja-se também, no contexto de deterioração do endividamento das empresas em função da recente subida das prestações atreladas à Taxa Selic, a preservação das empresas de pequeno e médio porte afetadas pelas medidas sanitárias de combate à covid-19, a manutenção dos empregos e a redução da demanda de amparo por trabalhadores desempregados, assim como a retomada econômica mais rápida no pós-covid”, diz o comunicado.

O Pronampe fornece crédito às micro e pequenas empresas com dificuldades de manter o negócio. A contratação é mais rápida que a das linhas tradicionais de crédito porque eventuais inadimplências são cobertas pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO), composto por recursos do Orçamento, doações privadas e recursos de operações internacionais de crédito. Esse fundo reduz a exigência de fornecimento de bens da própria micro ou pequena empresa como garantia para cobrir possíveis calotes.

 

 

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil 

ALEMANHA - A União Europeia (UE) assinou na quinta-feira (27) a sentença de morte para novos veículos com motor a combustão em 2035: os eurodeputados e os Estados-membros fecharam "um acordo histórico" sobre essa normativa, crucial para as metas climáticas europeias.

"Decisão histórica da UE para o clima, que confirma definitivamente o objetivo de 100% de veículos zero emissões em 2035, com etapas intermediárias em 2025 e 2030", tuitou o eurodeputado francês Pascal Canfin, presidente da Comissão de Meio Ambiente do Parlamento Europeu.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que se tratava de uma "etapa-chave" para as ambições climáticas do bloco, que "irá estimular a inovação e a liderança industrial e tecnológica”.

As negociações apoiam a transição da UE para um futuro sem emissões de carbono, uma das promessas-chave da presidência de Ursula. Os automóveis são responsáveis por 12% de todas as emissões de CO2 no território da UE, e o transporte em seu conjunto soma um quarto do total.

A indústria automobilística europeia disse que está "pronta para encarar o desafio", após essa "decisão sem precedentes", mas pediu à UE que crie "as condições necessárias" para o cumprimento desses objetivos, principalmente a criação de uma rede de pontos de recarga elétrica.

 

- 'Metas alcançáveis' –

"Este acordo abre caminho para uma indústria automobilística moderna e competitiva na UE", comemorou o ministro da Indústria tcheco, Jozef Sikela, cujo país ocupa a presidência rotativa do Conselho da UE. Ele considerou que "os prazos previstos tornam as metas alcançáveis para as fabricantes".

Esse foi o primeiro acordo sobre um texto do pacote climático ("Fit for 55") destinado a reduzir até 2030 pelo menos 55% das emissões de gases do efeito estufa da UE em 1990.

Os deputados conservadores e alemães haviam se mostrado reticentes quanto à aprovação de algumas metas do acordo fechado hoje, temendo a carga que isso representará para as montadoras europeias, que competem com rivais mundiais que têm objetivos mais flexíveis.

Já a China, maior mercado automobilístico do mundo, deseja que pelo menos metade de todos os veículos novos sejam elétricos, híbridos ou movidos a hidrogênio até esse ano.

Para atender às fabricantes preocupadas com a demanda insuficiente dos consumidores de veículos 100% elétricos, a Comissão recomenda estações de recarga "a cada 60 km".

Também existe a preocupação de que os usuários não consigam assumir o aumento de preço dos veículos elétricos frente aos de motor a combustão. "Não vejo a classe média capaz de comprar carros elétricos de 30 mil euros", comentou Carlos Tavares, diretor-gerente do grupo Stellantis, nascido da fusão entre PSA e Fiat-Chrysler.

 

 

AFP

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