fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

SENEGAL - O recém-empossado presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, assumiu o cargo na terça-feira (2), acompanhado por suas duas esposas. Marie Khone, com quem é casado há 15 anos e tem quatro filhos, e Absa, sua outra esposa, com quem se casou há cerca de um ano.

Sua presença ao lado das duas esposas na cerimônia de posse reflete a prática da poligamia, comum entre os muçulmanos senegaleses, especialmente nas áreas rurais.

A poligamia é permitida pelo Islã, desde que o homem possua os meios para sustentar cada esposa e oferecer a mesma atenção a todas. A presença das duas esposas de Faye foi aplaudida pela multidão, em um gesto que ressoou entre os muçulmanos do país.

Continua depois da publicidade

Bassirou Diomaye Faye é o quinto Presidente do Senegal desde que o país se tornou independente de França em 1960, substituindo no cargo Macky Sall, que completou o segundo e último mandato permitido pela Constituição.

A transferência de poder entre Sall e Faye em resultado de eleições é a terceira na história do Senegal e marca o fim de um braço de ferro de três anos entre o chefe de Estado cessante e a dupla vencedora das presidenciais de 24 de março: Faye e Sonko.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

SÃO CARLOS/SP - A ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos) realiza na manhã desta quinta-feira, 22 de fevereiro, um Café Especial de Posse da sua Nova Diretoria – Gestão 2024/2027.

O evento – que acontece a partir das 10 horas, no Palácio do Comércio “Miguel Damha” – marca um momento memorável e histórico para a associação, que empossará Ivone Zanquim, como a Primeira Mulher Presidente da ACISC, ao longo de todos esses anos.

Eleita na tarde do dia 16 de janeiro, por aclamação de todos os associados presentes, Ivone deve contar com o apoio do atual presidente José Fernando Domingues, o Zelão, como seu vice-presidente, e demais empresários que comporão a nova Diretoria Executiva, bem como, o Conselho Deliberativo e a Comissão Fiscal.

Instalada na região da Baixada do Mercado há 48 anos, a presidente eleita conta que pretende trabalhar por todo o comércio da cidade. “Além dos comerciantes que estão na Baixada do Mercado Municipal, vamos trabalhar em prol de todos os corredores comerciais da cidade. Espero contar com a participação de todos. Iremos realizar reuniões e ouvir todos os comerciantes para que a gente saiba a necessidade de cada um”, declarou.

Ivone fala da alegria de ter sido a Primeira Mulher Presidente da ACISC. “Há 24 anos estou junto na Diretoria, sempre participando. Aceitei o convite para me tornar a primeira mulher presidente, porque acho que é um desafio que estaremos juntos superando”, afirmou.

Zelão Domingues, que está há 9 anos à frente da entidade, falou sobre a transferência de gestão da entidade. “A gente sempre procurou fazer um trabalho transparente, digno e só temos recebido elogios. Isso para a gente é uma satisfação muito grande porque vemos que a cada ano que passa, a ACISC vem crescendo e mostrando tudo aquilo que ela oferece e pode fazer em prol dos comerciantes”, afirmou.

Fundada oficialmente em 22 de fevereiro de 1931, a ACISC é uma instituição sem fins lucrativos, que visa defender, assistir, amparar, orientar, instruir e coligar as classes que representa. Além dos relevantes serviços e assessoria que presta aos seus associados, a entidade desempenha um papel decisivo na defesa dos interesses da iniciativa privada.

Conforme documento histórico, a ideia de fundação da ACISC surgiu em 11 de fevereiro de 1926, quando um grupo de empresários locais realizou a primeira reunião para discutir o assunto.

Naquela oportunidade, foi assumido o compromisso de elaboração dos estatutos institucionais, que seriam aprovados em época oportuna. Ambrogi & Barbieri são responsáveis pela abertura do documento, em que constam também assinaturas de ilustres e saudosos comerciantes, que pelo trabalho e dedicação serviram de base para a evolução da categoria no município e para a própria formação da entidade, que viria a ocorrer cinco anos depois.

Biografia

Natural de Brotas, Ivone Zanquim mudou-se para São Carlos aos 11 anos de idade, onde construiu sua família e vida profissional. É casada, mãe e avó. Graduada em Direito pela FADISC São Carlos, tornou-se empresária no ramo comercial.

Em 1977 fundou a Agropecuária Zanquim, junto de seu marido Wamberto Zanquim, contribuindo até os dias atuais para o desenvolvimento do município e do comércio local. Desde 1998 é integrante da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC), ocupando diversos cargos, sendo atual Vice-Presidente.

Ivone sente-se honrada e preparada para ocupar o cargo de Presidente, se tornando a primeira mulher a ocupar este cargo, nos 93 anos de história da ACISC. Com 48 anos de experiência profissional, aplicará o seu conhecimento e suas habilidades para agregar e aperfeiçoar os processos e procedimentos, visando o fortalecimento do comércio na cidade de São Carlos.

 

Serviço:

Café Especial de Posse da Nova Diretoria e de Comemoração dos 93 anos da ACISC
Data: 22 de fevereiro de 2024
Horário: a partir das 10 horas
Local: Palácio do Comércio “Miguel Damha”, na rua General Osório, 401, Centro de São Carlos
 

BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na terça-feira (22) que outros presidentes não precisam ser amigos dele, mas que é possível chegar a um acordo.

“Eu não tenho que gostar do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela. Ele não tem que ser meu amigo. Ele tem que ser presidente do país dele, eu tenho que ser presidente do meu país. Nós temos que ter políticas de Estado brasileiro e ele, do Estado dele", disse Lula.

"Nós temos que sentar á mesa, cada um defendendo os seus interesses. Como não pode ter supremacia de um sobre o outro, a gente tem que chegar a um acordo. Essa é a arte da democracia: a gente ter que chegar a um acordo”, completou. 

A declaração foi dada no Palácio Itamaraty, em Brasília, em discurso na cerimônia de formatura de diplomatas brasileiros no Instituto Rio Branco, escola diplomática do Ministério das Relações Exteriores (MRE). 

No discurso, Lula disse que aos chefes de Estado de países da América do Sul aconselharia que, em vez de reclamarem dos problemas políticos, devem tentar resolvê-los com diálogo e aprender a conviver com as diferenças. “Temos que ser inteligentes e tentar resolver, tentar conversar, tentar fazer com que as pessoas aprendam a conviver democraticamente na adversidade, chegar a um acordo.” O presidente valorizou a capacidade de negociação e convencimento, e em alguns momentos, a de ceder nas relações para chegar a um acordo..  

Brasília (DF) 21/11/2023 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da Cerimônia de formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da Cerimônia de formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco - José Cruz/Agência Brasil

Ainda sobre a América do Sul, o presidente Lula lembrou da criação do Mercosul, em 1985, pelos presidentes do Brasil, José Sarney, e da Argentina, Raúl Alfonsín, para fortalecimento do comércio na América do Sul. E ainda apontou outro feito que considera importante para o continente: a criação da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em 2008, em um momento da história em que os países estavam irmanados.  

Lula considera que, em um período de 16 anos, a região viveu seu melhor momento. Mesmo que os países sul-americanos pensassem política e ideologicamente de formas distintas, o presidente entende que havia uma união regional. “Éramos irmanados porque, em um determinado momento da nossa história, o povo elegeu um agrupamento de dirigentes que tinha noção de que era preciso que a gente construísse um grupo, um conjunto de países que resolvesse se fortalecer para negociar com aqueles que eram mais fortes do que nós”, citando os Estados Unidos, a China, a União europeia e o Japão. 

Após dois dias da vitória de Javier Milei  nas eleições presidenciais da Argentina, Lula mencionou a relação que o Brasil tem com o país vizinho, desde o primeiro ano como mandatário do Brasil.

“A gente fazia muita reunião com a Argentina, porque a Argentina é um país parceiro. O Brasil tem uma relação extraordinária com a Argentina, que foi o primeiro país que eu visitei para dar uma demonstração, em 2003, de que a gente ia ter uma forte política para América do Sul”, relembrou Lula. 

Brasil mais altivo  

Aos formandos, Lula defendeu que o Brasil precisa de uma política externa mais ativa e mais altiva e confessou que tem orgulho da diplomacia brasileira.  

Lula fez referência também às acusações de que o Brasil teria complexo de vira-lata, de não ter alta autoestima; não defender o que acredita e que se subordinaria a vontades de países tidos como mais importantes. 

“Me baixou uma coisa que acho que tem que nortear vocês. É não esquecer o que vocês são, não esquecer o que vocês querem. Porque a gente não compra nem honra nem caráter em shopping. A gente traz de família, a gente traz de berço”, aconselhou o presidente que chorou ao falar aos novos diplomatas.  

 

 

Por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil

BRASÍLIA/DF - Uma pesquisa do instituto Real Time Big Data de sexta-feira (17) revela que 77% dos brasileiros discordam das falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que comparam o Estado de Israel ao grupo terrorista palestino Hamas. Dos entrevistados, 23% concordam com o presidente da República.

O levantamento mostra ainda que 86% da população acompanha o noticiário sobre a guerra no Oriente Médio — apenas 14% não. Do total de participantes, 66% acreditam que Israel está correto no conflito, 18% dizem que o Hamas está certo e 16% responderam que nenhum dos dois têm razão.

Os dados revelam também que 73% acham que o Brasil deveria classificar o Hamas como grupo terrorista, como fazem Reino Unido, Estados Unidos, Japão e União Europeia. Cerca de 15% discordam. Dos entrevistados, 12% não sabem ou não responderam.

A pesquisa ouviu 2.000 pessoas entre 16 e 17 de novembro em todo o país. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. O levantamento foi encomendado pela Record.

Especialistas comentam resultados

Na avaliação da professora de direito internacional da Universidade de São Paulo (USP) Maristela Basso, os números da pesquisa demonstram que os brasileiros estão engajados no que acontece no mundo. "Isso é um bom sinal de que o acesso à informação e ao conhecimento aumentou. Também revela que os brasileiros apoiam Israel e a causa dos judeus e não aceitam pautas de autodeterminação de um povo com base em tirania, agressão e arbitrariedade. Os brasileiros se identificam mais com a causa israelense", afirma.

Para Denilde Holzhacker, professora de relações internacionais na Escola Superior Paulista de Marketing (ESPM), o levantamento revela que a perspectiva do governo é diferente da que a maioria dos brasileiros tem. "A pesquisa mostra que a população difere da visão do governo sobre o conflito, mostrando uma maioria que apoia Israel e a favor da classificação do Hamas como grupo terrorista", analisa.

O cientista político e professor de opinião pública do Centro Universitário UDF André Rosa diz que o presidente Lula tenta associar o aspecto negativo de Israel ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "O primeiro ponto é que a gente percebe no presidente Lula que ele tenta atribuir um viés bolsonarista ao apoio a Israel, já que o ex-presidente era um aliado forte do país. Tem uma jogada política de forma que gere impacto político negativo a Jair Bolsonaro", afirma.

Para ele, o resultado da pesquisa pode influenciar nos discursos dos membros do governo. "É uma estratégia de inteligência política que não está produzindo efeitos, como mostra o estudo. A opinião pública é cíclica. Com esses resultados da pesquisa, o Executivo federal pode mudar de estratégia. Esse percentual tem um poder grande de influenciar as ações do Planalto. Isso porque as ações políticas não são lineares — são moldadas justamente pela opinião pública", argumenta.

Valdir Pucci, cientista político e doutor em direito constitucional, diz que a pesquisa mostra que os brasileiros têm a "visão clara" de separar o povo palestino do grupo terrorista Hamas. "Vejo como consequência de que a população passou a enxergar esse grupo como praticante efetivo de ataques terroristas com o objetivo de acabar com o Estado de Israel."

Para o especialista, os números revelam que a população espera que Lula classifique publicamente o Hamas como um grupo terrorista. "Agora, é preciso que o próprio presidente, que evita fazer esse tipo de afirmação, diga que o Hamas é sim um grupo terrorista. A população, como mostra a pesquisa, está fazendo uma avaliação melhor do que o próprio presidente da República — de que Israel, na verdade, se defende", argumenta.

 

 

Emerson Fonseca Fraga e Bruna Lima, do R7

GUATEMALA - O Tribunal Supremo Eleitoral da Guatemala suspendeu na segunda-feira (28), a pedido de um juiz, o partido Semilla, do presidente eleito Bernardo Arévalo, que chamou a medida de "ilegal" e parte de uma "perseguição política" antes de sua posse, marcada para 14 de janeiro.

"A Direção Geral do Registro de Cidadãos (...) resolve suspender provisoriamente a inscrição da pessoa jurídica do Comitê para a constituição do partido político Movimento Semilla", afirma a resolução do tribunal eleitoral, que acatou um pedido polêmico do Ministério Público.

Após o primeiro turno das eleições presidenciais em 25 de junho, o juiz Fredy Orellana, ordenou ao tribunal eleitoral que suspendesse o partido, ativando uma investigação penal por supostas irregularidades nos filiados para a criação da legenda em 2017.

O tribunal não cumpriu a ordem do juiz na ocasião porque não era possível suspender um partido no meio de um processo eleitoral.

A Corte de Constitucionalidade do país afirmou na época que a realização do segundo turno estava garantida na data prevista e com os candidatos vencedores do primeiro turno: Arévalo, rival do atual governo, e a ex-primeira-dama Sandra Torres, ambos social-democratas.

A ordem do juiz "é absolutamente ilegal, parte de um processo de perseguição política, fazendo uso dos instrumentos da justiça e das instituições da justiça de forma ilegal contra o Movimento Semilla", denunciou Arévalo.

Em 20 de agosto, Arévalo venceu o segundo turno com 60,91% dos votos válidos, contra 39,09% de Sandra Torres, que denunciou uma suposta "fraude" na eleição.

Analistas destacam que a suspensão do Semilla não afeta a posse do social-democrata de 64 anos, que teve a segurança reforçada após relatos de um possível atentado.

"Não afeta e não é definitiva", declarou à AFP o advogado e analista Edgar Ortiz.

As consequências recairão sobre a bancada do partido no Congresso, que pode perder atribuições como a de presidir comissões.

"Nada pode impedir legalmente que tomemos posse em 14 de janeiro de 2024, como está estabelecido constitucionalmente", disse Arévalo.

A suspensão do Semilla "não tem fundamento algum ou motivo devidamente demonstrado", denunciou a Organização dos Estados Americanos (OEA) em um comunicado.

"É uma interpretação abusiva da lei", acrescentou a organização.

Na segunda-feira, o presidente do registro de cidadãos, Ramiro Muñoz, cumpriu a ordem de Orellana, que em primeira istância atendeu um pedido do procurador Rafael Curruchiche.

Orellana e Curruchiche são considerados "corruptos" pelos Estados Unidos

Muñoz indicou na nova resolução que "considerando que, até a presente data, o segundo turno eleitoral já foi realizado e as apurações correspondentes foram estabelecidas, deve-se atender à ordem emitida pelo juiz".

Simultaneamente à suspensão, o tribunal eleitoral oficializou os resultados do segundo turno.

"Decide-se (...) declarar legalmente eleito como presidente da República da Guatemala o cidadão César Bernardo Arévalo de León, a quem é atribuído o cargo pelo período improrrogável de quatro anos compreendido de 14 de janeiro de 2024 a 14 de janeiro de 2028", disse em coletiva de imprensa o secretário-geral do tribunal, Mario Velásquez.

A oficialização dos resultados foi "precipitada" para o partido de Torres, Unidade Nacional da Esperança, que citou nas redes sociais uma suposta "chuva de anomalias" nas eleições.

 

 

AFP

WASHINGTON - O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence buscará a indicação do Partido Republicano para disputar a Presidência dos EUA em 2024, de acordo com um documento apresentado nesta segunda-feira à Comissão Eleitoral Federal (FEC).

A Reuters não conseguiu autenticar imediatamente o registro no site da FEC.

Pence, de 63 anos, anunciará sua campanha com um vídeo e um discurso na quarta-feira no Estado de Iowa, três fontes familiarizadas com a situação disseram à Reuters na semana passada.

A entrada de Pence o coloca contra o favorito Donald Trump, a quem ele já apoiou lealmente, mas se recusou a defender quando o ex-presidente tentou anular os resultados das eleições de 2020.

Um convicto conservador, ex-congressista e ex-governador de Indiana, Pence tem se distanciado cada vez mais de Trump, dizendo que o encorajamento do ex-presidente com os manifestantes que atacaram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 colocou ele e sua família em perigo.

Pence se junta a um crescente campo de candidatos republicanos, que inclui Trump, o ex-governador de Nova Jersey Chris Christie, o senador Tim Scott e a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley. O governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, também planeja entrar na disputa na quarta-feira, de acordo com uma pessoa familiarizada com os planos de Burgum.

O número de candidatos que disputam a indicação preocupa muitos oponentes de Trump dentro do partido, que temem que o voto anti-Trump possa ser dividido, o que entregaria a indicação do partido ao ex-presidente.

 

 

 

Por Katharine Jackson / REUTERS

EQUADOR - O impopular presidente do Equador, Guillermo Lasso, enfrenta nesta terça-feira (16) a segunda tentativa de destituição por parte do Congresso, que tem maioria opositora, com o fantasma da ingovernabilidade sobre o país.

O que pode significar o fim do governo de direita de Lasso representa uma oportunidade para o principal bloco de esquerda recuperar forças com a liderança do ex-presidente Rafael Correa, foragido e condenado a oito anos de prisão.

O processo, que começará às 10H00 locais (12H00 de Brasília) e pode demorar vários dias, provoca os fantasmas da instabilidade política que o Equador viveu entre 1997 e 2005, quando três presidentes eleitos foram destituídos.

O cientista político Esteban Nichols, da Universidade Andina Simón Bolívar de Quito, explica que desta vez o julgamento contra Lasso acontece "dentro dos canais institucionais" e não por meio de revoltas populares como aconteceu entre 1997 e 2005.

O Congresso precisa de 92 dos 137 votos para destituir Lasso, acusado de suposto peculato na gestão da estatal Frota Petroleira Equatoriana (Flopec).

De acordo com as denúncias, o presidente, no poder desde 2021, prosseguiu com um contrato assinado antes de sua posse para o transporte de petróleo bruto com o grupo internacional Amazonas Tanker, que provocou prejuízo superior a seis milhões de dólares.

Lasso, 67 anos, ex-executivo do setor bancário, está mais uma vez pressionado. Em junho de 2022, o Parlamento tentou, por votação direta, destituí-lo durante os violentos protestos indígenas contra o alto custo de vida.

Na ocasião faltaram 12 votos para concretizar a destituição em meio a uma grave crise política.

Caso escape novamente, Lasso observará apenas que "o país seguindo ladeira abaixo" porque terá que governar com um Congresso de oposição e sem pontes de comunicação, declarou à AFP o constitucionalista Rafael Oyarte.

Grandes manifestações contra o governo e derrotas nas urnas enfraqueceram a imagem do presidente.

Com todos os aliados, o governo tem apenas 25 legisladores contra 49 do 'correísmo'. E Lasso não enfrentará apenas esta corrente, mas também o esquerdista Pachakutik, braço político do influente setor indígena e segunda força no Congresso, com 20 cadeiras.

Lasso pode ser o segundo presidente equatoriano destituído em um julgamento político. Juan de Dios Martínez sofreu o mesmo processo em 1933.

Se o atual presidente for afastado, ele será substituído pelo vice-presidente Alfredo Borrero para completar o mandato de quatro anos.

 

 

AFP

PERU - O ex-presidente peruano Alejandro Toledo, investigado por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito do megaescândalo de subornos pagos pela empreiteira brasileira Odebrecht, ingressou na noite de domingo (23) em uma prisão em Lima após ser extraditado dos Estados Unidos.

Toledo, de 77 anos e diagnosticado com câncer de acordo com seus advogados, cumprirá 18 meses de prisão preventiva enquanto aguarda julgamento, anunciou a justiça, depois de descartar a possibilidade de prisão domiciliar solicitada pelo acusado.

O ex-chefe de Estado, que chegou ao país em um voo procedente de Los Angeles sob custódia de agentes da Interpol, foi levado para a penitenciária de Barbadillo, no leste de Lima, onde também estão presos os ex-presidentes Pedro Castillo (2021-2022) e Alberto Fujimori (1990-2000).

Ao chegar a Lima, o ex-presidente foi submetido a exames médicos e foi levado a uma audiência com um juiz para a verificação de sua identidade. 

Toledo, que governou o Peru de 2001 a 2006, se entregou a pedido de um juiz na manhã de sexta-feira em um tribunal federal de San José, na Califórnia. Ele é acusado de ter recebido milhões de dólares da Odebrecht em troca de contratos de licitações para obras públicas. Os promotores pedem 20 anos e seis meses de prisão. 

Alejandro Toledo, que sempre alegou inocência, havia sido detido em 2019 nos Estados Unidos, onde residia depois de ter trabalhado na Universidade de Stanford. Ele chegou a ser preso em um primeiro momento, mas em 2020 foi colocado em prisão domiciliar com uma tornozeleira eletrônica.

O advogado Roberto Su declarou no domingo que o ex-presidente tem câncer, sem revelar mais detalhes.

Pedro Toledo, um dos nove irmãos do ex-presidente, compareceu ao aeroporto na manhã de domingo. Ele insistiu que o ex-presidente está doente e pediu um "processo justo".

 

- O megaescândalo Odebrecht -

A empreiteira brasileira Odebrecht admitiu o pagamento de propinas no Brasil e em outros países da região no âmbito do escândalo Lava Jato, pelo qual dezenas de políticos e empresários latino-americanos foram presos.

No caso de Toledo, os depoimentos de seu ex-colaborador Josef Maiman e de Jorge Barata, ex-representante da Odebrecht no Peru, foram fundamentais. Ambos afirmam que o ex-presidente recebeu suborno.

Outros quatro ex-presidentes peruanos enfrentam processos judiciais por corrupção: Ollanta Humala (2011-2016), Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), Martín Vizcarra (2018-2020) e Pedro Castillo (2021-2022).

O Peru foi um dos países da região mais afetados pela corrupção do escândalo da Odebrecht, que atingiu quase todos os presidentes da nação no século XXI.

O ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) também foi condenado por corrupção, além de crimes contra a humanidade, e Alan García (2006-2011) cometeu suicídio em 2019, quando a polícia estava a ponto de detê-lo por suspeita de vínculos com o caso Odebrecht.

 

 

AFP

EQUADOR - O presidente do Equador, Guillermo Lasso, disse que dissolverá o Congresso e convocará eleições antecipadas se não reunir apoio suficiente entre os parlamentares antes de uma possível audiência de impeachment, informou o Financial Times na terça-feira.

Os comentários, feitos em entrevista, acontecem um dia depois de advogados que representam Lasso terem pedido aos parlamentares que declarem inadmissível a audiência de impeachment, negando as acusações de peculato contra ele.

“Correto, correto. Isso é o que eu declaro”, disse Lasso ao jornal, em resposta a uma pergunta se ele invocaria uma cláusula constitucional conhecida como “morte mútua” para forçar eleições tanto para seu próprio cargo quanto para um novo Congresso.

A Constituição do Equador permite que Lasso convoque eleições para seu cargo e para a assembleia, em vez de enfrentar audiências, em um procedimento amplamente descrito como “morte mútua”.

Os parlamentares da oposição na Assembleia Nacional do Equador têm pressionado por tais audiências desde o mês passado. A Suprema Corte deu sinal verde para as audiências.

A oposição precisa de 92 votos dos 137 membros da assembleia para considerar Lasso culpado se o processo chegar à fase final.

As acusações de peculato dizem respeito a um contrato de transporte de petróleo entre a empresa pública Flopec e a empresa privada Amazonas Tanker Pool Company LLC.

 

 

 

Reportagem de Jyoti Narayan em Bengaluru / REUTERS

CUBA - O Parlamento cubano convocou uma sessão em 19 de abril para designar o presidente da República, um processo no qual o primeiro presidente, Miguel Díaz-Canel, de 62 anos, pode ser reeleito por mais cinco anos — noticiou o jornal "Granma" na segunda-feira (10).

O Conselho de Estado, instância máxima da Assembleia Nacional do Poder Popular, convocou a sessão para instalar a nova legislatura, que será composta pelos 470 deputados eleitos em março passado.

Além de nomear os novos membros do Conselho de Estado, a assembleia "elege o Presidente e o Vice-Presidente da República; e nomeia, sob proposta do Presidente da República, o Primeiro-Ministro, os Vice-Primeiros-Ministros, o Secretário e outros membros do Conselho de Ministros", acrescentou o "Granma".

Díaz-Canel, que em 2018 substituiu o líder revolucionário Raúl Castro na Presidência do país, pode ser reeleito apenas uma vez, conforme estabelecido pela Constituição cubana, aprovada em 2019.

Engenheiro eletrônico de profissão, Díaz-Canel foi o primeiro civil a assumir o poder em Cuba após os mandatos dos irmãos Fidel e Raúl Castro, que lideraram o triunfo da Revolução, em 1959.

Em 2021, também substituiu Raúl Castro, agora aposentado, como secretário-geral do Partido Comunista de Cuba, o cargo de maior poder na ilha.

Para ser eleito, o presidente indicado precisa do voto favorável da maioria absoluta dos deputados.

 

 

AFP

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Abril 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30          
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.