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ISRAEL - Bombardeios intensos e hospitais lotados na Faixa de Gaza marcam o atual estágio da guerra entre o Exército de Israel e o Hamas, iniciada no dia 7.

O Ministério da Saúde palestino informou que o número de mortos subiu para 4.651. Do lado israelense, 1.400 pessoas morreram na ofensiva terrorista do dia 7 de outubro. O saldo de mortes no conflito é de 6.051, somando-se os dois lados da guerra.

O conflito teve início com a entrada de pelo menos 1.500 integrantes do grupo terrorista Hamas no sul de Israel, onde realizaram massacres e sequestraram reféns. Em resposta, Israel lançou uma contraofensiva e declarou guerra à organização extremista.

Na madrugada deste domingo (22), Israel bombardeou a Faixa de Gaza em larga escala, depois de ter anunciado que intensificaria os ataques antes de uma incursão por terra. Há o temor de que essa incursão seja possivelmente um dos momentos mais críticos e mortais do conflito. Segundo o Hamas, pelo menos 80 pessoas morreram no território palestino na madrugada deste domingo.

Cinco agências da ONU descreveram como "catastrófica" a situação humanitária na Faixa de Gaza, onde os hospitais estão lotados e crianças palestinas estão morrendo "a um ritmo alarmante". De acordo com o Ministério da Saúde palestino, mais de 1.750 crianças morreram nos bombardeios de Israel contra o território palestino desde o início da guerra.

 

Privação de produtos básicos

Além dos bombardeios incessantes à Faixa de Gaza, os palestinos deste território enfrentam a privação de produtos básicos para a sobrevivência, como água, comida e energia elétrica, depois que Israel decretou cerco total à região. Moradores do enclave relataram ter que escolher entre matar a sede e tomar banho.

No sábado (21), o primeiro comboio de 20 caminhões vindos do Egito com ajuda humanitária entrou na Faixa de Gaza pela passagem fronteiriça de Rafah. As fronteiras foram fechadas pouco tempo depois da conclusão da tarefa, com diversas críticas de entidades internacionais, que alertaram sobre a insuficiência dos insumos enviados ao território. A ONU calcula que seriam necessários pelo menos cem caminhões diários para ajudar os 2,4 milhões de moradores do enclave.

Neste domingo (22), um segundo comboio de 17 caminhões atravessou a passagem de Rafah em direção à Faixa de Gaza. Em um primeiro momento, testemunhas afirmaram que seis caminhões-tanque com combustíveis haviam entrado no território, mas a informação foi desmentida pelo Exército israelense.

Mais de cem caminhões com ajuda humanitária ainda aguardam autorização para entrar na Faixa de Gaza, e dezenas de pessoas com passaporte estrangeiro esperam do lado palestino para entrar no Egito.

 

Reunião de emergência

A guerra entre Israel e Hamas deve ser levada a uma reunião emergencial da Assembleia-Geral da ONU nesta semana, após a rejeição da proposta de resolução apresentada pelo Brasil para estabelecer um cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza. A expectativa é que a 10ª Sessão Especial de Emergência da Assembleia-Geral da ONU sobre a Palestina ocorra após a reunião aberta do Conselho de Segurança, marcada para esta terça-feira (24).

Segundo a própria ONU, esse tipo de encontro se faz necessário em situações em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas não tenha conseguido "exercer sua responsabilidade primária na manutenção da paz e segurança internacionais em qualquer caso em que haja ameaça à paz, quebra da paz ou ato de agressão". O caso mais recente que justificou uma sessão emergencial da Assembleia-Geral foi a invasão da Ucrânia pela Rússia, no início de 2022.

 

 

Do R7

ISRAEL - As autoridades israelenses anunciaram nesta sexta-feira (20) planos para evacuar a cidade de Kiryat Shmona, no norte do país, após dias de confrontos com combatentes do Hezbollah na fronteira com o Líbano.

“Há pouco, o comando do norte informou o prefeito da cidade sobre a decisão.

O plano será executado pela autoridade local, pelo Ministério do Turismo e pelo Ministério da Defesa”, afirmou o Exército israelense em comunicado.

Kiryat Shmona, com 25 mil habitantes, encontra-se numa zona sob tensão desde o ataque lançado pelo movimento islâmico palestino Hamas, em 7 de outubro, em solo israelense.

O ataque matou 1.400 pessoas, a maioria civis. Desde então, o Exército israelense está em alerta na fronteira norte do país para travar uma possível ofensiva do movimento libanês pró-iraniano Hezbollah.

Desde 7 de outubro, os confrontos na fronteira entre Israel e o Líbano deixaram cerca de vinte mortos, na sua maioria combatentes, mas também um jornalista da agência Reuters e dois civis.

 

 

Do R7

EGITO - O Egito e Israel chegaram a um acordo na noite de quarta-feira (18) para a criação de um corredor de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. Mas a ajuda aos palestinos que vivem na região — que está sendo constantemente bombardeada em retaliação aos ataques do Hamas a território israelense, em 7 de outubro — só deve começar a chegar na sexta (20).

De acordo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, responsável por costurar o acordo entre os dois países, os 20 caminhões que contêm itens de primeira necessidade, como água e medicamentos, terão que aguardar reparos de emergência na estrada que margeia a passagem humanitária, pois a área foi bombardeada recentemente.

O corredor de ajuda também precisará seguir regras impostas pelos governos dos Estados Unidos e de Israel para continuar aberto.

Somente serão autorizados carregamentos que sejam exclusivamente de alimentos, água e medicamentos, destinados à população civil no sul da Faixa de Gaza ou que estejam em direção àquela área.

Nada que beneficie o grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, será permitido. "Qualquer ajuda que chegue ao Hamas será bloqueada”, informou o governo israelense por meio de um comunicado.

Israel também exige que a Cruz Vermelha tenha acesso aos cidadãos sequestrados no ataque de 7 de outubro — estima-se que sejam cerca de 200 pessoas.

Funcionários das Nações Unidas distribuirão a ajuda assim que ela chegar ao território, onde vivem 2,3 milhões de pessoas. Biden, no entanto, advertiu que a passagem de Rafah será fechada novamente "se o Hamas confiscar a ajuda humanitária".

 

 

Do R7

TELAVIVE - O presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou hoje, 18, em Telavive, ao lado do primeiro-ministro israelita, que a explosão num hospital de Gaza que provocou centenas de mortos terá sido da responsabilidade de grupos palestinianos.

"Com base no que vi, parece que foi feito pela outra parte, não por vocês", disse Biden numa conferência de imprensa conjunta com Benjamin Netanyahu, pouco depois de ter chegado a Israel.

Biden apoiou assim a versão das autoridades israelitas, que atribuíram aos combatentes palestinianos a responsabilidade pela explosão no hospital anglicano Al Ahli, no norte da Faixa de Gaza, na terça-feira.

A explosão matou pelo menos 500 pessoas, segundo o grupo islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e por Israel.

Israel negou ter bombardeado o hospital e atribuiu a explosão a um disparo falhado do grupo palestiniano Jihad Islâmica, que também responsabilizou o exército israelita pelo ataque.

"Fiquei profundamente triste e chocado com a explosão ocorrida ontem [terça-feira] no hospital de Gaza", disse Biden a Netanyahu.

"Temos também de ter em conta que o Hamas não representa todo o povo palestiniano e só lhe trouxe sofrimento", acrescentou, citado pela agência francesa AFP.

Biden deverá encontrar-se com as famílias das vítimas do ataque dos comandos do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que Israel disse ter provocado 1.400 mortos.

"Os americanos estão de luto consigo", disse Biden a Netanyahu.

Israel respondeu ao ataque do Hamas com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza que já mataram mais de três mil pessoas e ameaçou invadir o território para aniquilar o grupo islamita.

Netanyahu considerou que a visita de Biden em plena guerra mostra "o seu profundo compromisso com Israel, com o futuro do povo judeu e com o Estado judeu".

"Tal como o mundo civilizado se uniu para derrotar os nazis e se uniu para derrotar o Estado Islâmico, deve unir-se para derrotar o Hamas", afirmou, repetindo uma frase que tem usado nos contactos com outros líderes estrangeiros.

Biden deveria também participar numa cimeira na Jordânia com o rei Abdullah II e os presidentes do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, e da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, mas Amã cancelou a cimeira após a explosão no hospital.

 

 

POR LUSA

NOTÍCIAS AO MINUTO

EGITO - O presidente egípcio afastou hoje a possibilidade de acolher palestinianos em fuga da guerra entre Israel e Hamas, por medo de que a península do Sinai se torne um campo de operações e Israel ataque o território egípcio.

Deslocar cidadãos palestinianos da Faixa de Gaza para o Sinai significa simplesmente que a ideia da resistência e da luta de Gaza passará para o Sinai", considerou Abdel Fattah al-Sisi,

"Portanto, o Sinai será uma base de operações contra Israel e Israel terá o direito de se defender e dirigir os seus ataques contra o território egípcio", afirmou o presidente egípcio numa conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz, que está a visitar o Cairo.

Al-Sisi garantiu ainda que se os palestinianos de Gaza se mudarem para o Egito, haverá um movimento "semelhante por parte dos palestinianos da Cisjordânia em direção à Jordânia".

Para o presidente do Egito, os ataques que Israel está a realizar contra a Faixa de Gaza não são apenas "um ato militar contra o Hamas", mas também uma forma de pressionar os civis a migrar para o Egito.

"Vemos o que está a acontecer agora em Gaza, e não é apenas um ato militar contra o Hamas, mas uma tentativa de pressionar os habitantes civis a migrar para o Egito", disse, acrescentando que "isto não é aceitável para ninguém".

O Egito, que faz fronteira com Gaza, teme um "êxodo em massa" de palestinianos da Faixa de Gaza, após o ultimato de Israel para forçar aos cerca de 1,1 milhões de habitantes do norte do enclave a deslocarem-se para o sul, onde se localiza a passagem fronteiriça de Rafah para o Egito.

 

 

POR LUSA

NOTICIAS AO MINUTO

ISRAEL - O conflito entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos. Em diferentes momentos, guerras e ocupações, eles foram expulsos, retomaram terras, ampliaram e as perderam.

De acordo com o professor de direito e de Relações Internacionais Danilo Porfírio Vieira, desde o século 19, a comunidade judaica, principalmente na Europa, começou a se mobilizar em torno de uma ideia de nacionalidade e do retorno ao que considera seu território “bíblico”, perdido durante o Império Romano.

Quando o Império Otomano perdeu a 1ª Guerra, aquela região do Oriente Médio foi dividida entre franceses e britânicos. A região do Líbano e da Síria ficou sob controle da França e, regiões como Kuwait, Iraque, Jordânia e Palestina, sob colonização britânica. Nesse período, ganhou força entre os judeus refugiados pelo mundo a ideia de retornar à Palestina para criar um estado judaico.

“O projeto inicial era a compra de territórios de propriedades dentro de uma região que estava, desde a década de 1920, sob controle do Império britânico (Mandato Britânico da Palestina)”, afirma o pesquisador, com pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP) sobre a “Irmandade Muçulmana”, organização que acabou gerando, na Palestina, o Hamas.

Na 2ª Guerra Mundial, com o Holocausto, a comunidade internacional voltou a discutir a ideia de um estado que abrigaria o povo judeu. Após o nascimento da Organização das Nações Unidas (ONU), o Estado de Israel foi criado. Isso se deu com o apoio dos norte-americanos e até mesmo do Brasil. Representantes internacionais também defendiam a criação do Estado Palestino.

Durante as negociações, o litoral setentrional ficou sob controle dos israelenses e, o meridional, dos palestinos. A região interiorana ao sul da Palestina foi para os israelenses. Por seu caráter histórico e por ser sagrada pra árabes, judeus e cristãos, Jerusalém iria se tornar uma cidade autônoma, dentro da Palestina e sob o jugo dos britânicos.

13/10/2023, Arte Evolução - Origem do Conflito. Foto: Arte/EBC

Território israelense foi se expandindo com o passar dos anos. Ao mesmo tempo, os palestinos foram perdendo espaço na região. Por Arte/EBC

Israel vence guerras

Diante de diversos impasses, houve a Guerra da Independência, em 1948, vencida por Israel com apoio principalmente dos norte-americanos. A tensão não reduziu. Israel passou a controlar 75% do território. O êxodo de palestinos se intensificou e milhões permanecem refugiados em outros países.

Na segunda metade do século 20, outras guerras com nações vizinhas àquela região, como Egito, Síria, Jordânia, Líbia, a chamada União Árabe, deram mais força para Israel, que ganharia o status e potência bélica. Entre as vitórias, a Guerra dos Seis Dias (entre 5 e 10 de junho de 1967), quando Israel enfrentou e sufocou os vizinhos.

Seis anos depois, em 1973, houve a Guerra do Yom Kippur, do Egito e Síria contra Israel. As conquistas territoriais de Israel em meio a guerras duplicaram o seu território. Mas deixou marcas.

Por isso, os povos palestinos reivindicam o seu estado independente e autonomia. Em 1993, houve um novo acordo (Oslo) entre israelenses e palestinos, com mediação americana e europeia, no qual ficou acertado o reconhecimento da Autoridade Palestina.

Hamas

Em 1987, um grupo político palestino ligado ao movimento político islâmico sunita, chamado “Irmandade Muçulmana”, gerou o movimento Hamas.

Esse grupo não aceita a presença dos judeus e israelitas naquela região, tanto que o Hamas defendeu a aniquilação do estado de Israel nos anos 2000. O Hamas, inclusive, deu um golpe na Autoridade Palestina e passou a controlar a Faixa de Gaza, um território de pouco mais de 360 km quadrados superpopuloso com mais de 2,6 milhões de habitantes.

Por isso, a Autoridade Palestina não alcança Gaza. Outro território palestino, a Cisjordânia, está sob o controle do partido Fatah, com regiões ocupadas por colonos israelenses e controle militar do governo de Israel.

 

 

Por Luiz Claudio Ferreira - Repórter da Agência Brasil

ISRAEL - O conflito entre o Exército de Israel e o grupo terrorista Hamas entra no décimo dia, com um saldo de mais de 4.000 mortos: 2.750 mil no lado palestino e 1.400 do lado israelense — além de 199 israelenses mantidos como reféns na Faixa de Gaza. Existe a expectativa iminente de uma grande incursão terrestre de Israel. Tanques e blindados estão posicionados e se movimentando na fronteira de Gaza, onde parte dos civis deixou a região, após um ultimato esgotado neste domingo (15), o que só aumenta a tensão no enclave com mais de 2 milhões de habitantes. O Exército de Israel convocou 300 mil reservistas para engrossar suas fileiras, num movimento inédito da vida militar do país.

O resgate dos reféns que possivelmente estejam em túneis no subsolo de Gaza é tratado como uma prioridade na operação. Além da dificuldade de garantir a segurança dos reféns, combater numa área tão densamente povoada é um complicador. Há temor de que os terroristas utilizem civis como escudos humanos.

Israel anunciou ter preparado um ataque coordenado contra Gaza, controlada pelos fundamentalistas do Hamas, por terra, mar e ar, mas com ênfase em uma consistente operação terrestre. Em apoio à ofensiva, os Estados Unidos enviaram dois porta-aviões ao Mediterrâneo Oriental. Na sexta (13), o USS Dwight D. Eisenhower, um dos maiores do país, deixou o estado da Virgínia. A presença americana em apoio a um aliado histórico também é um recado ao Irã para evitar um envolvimento na guerra, atuando em defesa dos terroristas palestinos.

A guerra entre Israel foi deflagrada no sábado (7), quando pelo menos 1.500 palestinos integrantes do grupo terrorista do Hamas avançaram pelo sul de Israel, rompendo o bloqueio da Faixa de Gaza e promovendo um massacre sem precedentes, matando e sequestrando civis de forma selvagem. Foi o pior ataque terrorista sofrido pelo povo judeu em seu território.

Israel respondeu aos mísseis palestinos com intensos bombardeios a Gaza, que teriam deixado mil palestinos soterrados e, segundo a Defesa Civil, muitos ainda vivos. Mas Israel também vem sofrendo ataques de outros grupos, como o Hezbollah. Neste domingo (15), o Exército israelense postou na rede social X (antigo Twitter) que já recebeu nove ataques de mísseis antitanque vindos do sul do Líbano. Cinco desses foguetes foram interceptados pelo sistema antiaéreo israelense.

As Forças de Defesa não mencionam o Hezbollah no texto, mas o grupo terrorista atua naquela região libanesa e já fez outros ataques no norte de Israel nestes últimos dias de confronto com os terroristas do Hamas. A presença do Hezbollah pode criar mais uma frente de combate no conflito.

 

Crise humanitária

O conflito provocou ainda uma crise humanitária, envolvendo brasileiros que estavam em Israel e na Faixa de Gaza. O governo do Brasil repatriou mais de 900 brasileiros, que já retornaram ao país em voos da Força Aérea Brasileira.

Neste domingo (15), o embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, disse esperar que os brasileiros que aguardam repatriação na Faixa de Gaza possam atravessar hoje (16) a fronteira para o Egito, em passagem próxima a Rafá.

Um grupo de 28 pessoas — 22 brasileiros e seis palestinos com residência no Brasil — segue abrigado em Rafá e em Khan Yunis, no sul de Gaza, aguardando autorização do governo egípcio para cruzar a fronteira.

O embaixador afirmou que a saída dos brasileiros depende da abertura da passagem para o Egito e também da autorização das autoridades de imigração, que precisam carimbar o passaporte dos brasileiros.

Segundo o governo brasileiro, após cruzarem para o Egito, as pessoas serão trazidas para o Brasil no avião VC-2 da Presidência da República, com capacidade para transportar até 40 passageiros.

 

 

Do R7

GAZA/JERUSALÉM - Os militares israelenses disseram neste domingo que continuariam a permitir que os moradores de Gaza evacuassem para o sul e centenas de milhares de pessoas já haviam se mudado, enquanto suas tropas se preparavam para um ataque terrestre à Faixa de Gaza controlada pelo Hamas em retaliação para ataques sem precedentes.

Israel prometeu aniquilar o grupo militante Hamas depois que os seus combatentes invadiram cidades israelenses atirando em homens, mulheres e crianças e fazendo reféns, no pior ataque contra civis na história do país.

Cerca de 1.300 pessoas foram mortas no ataque inesperado, e imagens de vídeo de celulares e relatos de serviços médicos e de emergência sobre atrocidades nas cidades e kibutzes invadidos aprofundaram o sentimento de choque de Israel.

Israel respondeu submetendo Gaza ao bombardeamento mais intenso que alguma vez viu, colocando o pequeno enclave, onde vivem 2,3 milhões de palestinianos, sob cerco total e destruindo grande parte das suas infra-estruturas.

As autoridades de Gaza disseram que mais de 2.300 pessoas foram mortas, um quarto delas crianças, e quase 10 mil ficaram feridas. As equipes de resgate procuraram desesperadamente por sobreviventes dos ataques aéreos noturnos. Um milhão de pessoas teriam deixado suas casas.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, está na região tentando garantir a libertação de 126 reféns que Israel diz terem sido levados de volta a Gaza pelo Hamas e evitar que a guerra se espalhe.

Blinken disse que teve uma reunião “muito produtiva” com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman em Riad no domingo e que viajaria mais tarde para o Egito, cuja passagem de Rafa é agora vista como a principal porta de entrada para a ajuda chegar a Gaza.

A violência em Gaza tem sido acompanhada pelos confrontos mais mortíferos na fronteira norte de Israel com o Líbano desde 2006, aumentando o receio de que a guerra se espalhe para outra frente.

O Irão, inimigo regional de Israel, que apoia o Hamas, elogiou o ataque do Hamas a Israel, mas negou qualquer envolvimento. A sua missão na ONU afirmou na noite de sábado que se os “crimes de guerra e genocídio” de Israel não fossem interrompidos imediatamente, “a situação poderia sair do controlo” e ter consequências de longo alcance.

O Hamas disse num comunicado que e o Irão “concordaram em continuar a cooperação” para alcançar os objetivos do grupo.

O conselheiro de segurança nacional do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou no sábado o grupo militante libanês Hezbollah, também apoiado pelo Irã, para não tomar medidas que possam levar à "destruição" do Líbano.

Os confrontos na fronteira de Israel com o Líbano, até agora limitados, recomeçaram no domingo, quando combatentes do Hezbollah lançaram um míssil contra uma aldeia fronteiriça israelita, matando uma pessoa e ferindo outras três. Os militares israelenses disseram que estavam atacando o Líbano em retaliação.

A Síria, que também faz fronteira com Israel e tem ligações com o Irão, acusou Israel de realizar ataques contra os seus aeroportos, enquanto Israel acusou o Irão de tentar contrabandear armas através da Síria.

 

LUTA PARA SAIR

No meio dos esforços diplomáticos para conter a guerra, as condições dentro de Gaza – onde a água, a energia e os fornecimentos médicos foram cortados – continuaram a deteriorar-se.

O Ministério da Saúde palestino disse na manhã de domingo que 300 pessoas, a maioria crianças e mulheres, foram mortas e mais 800 ficaram feridas em Gaza durante as últimas 24 horas.

A única rota de saída de Gaza que não estava sob controlo israelita era um posto de controlo com o Egipto em Rafah.

O Egito afirma oficialmente que seu lado está aberto, mas o tráfego está interrompido há dias por causa dos ataques israelenses. Fontes de segurança egípcias disseram que o lado egípcio estava a ser reforçado e que o Cairo não tinha intenção de aceitar um influxo maciço de refugiados.

Na sexta-feira, os militares israelitas disseram aos residentes da metade norte da Faixa de Gaza, que inclui o maior colonato do enclave, a Cidade de Gaza, para se deslocarem imediatamente para sul.

No sábado, disse que garantiria a segurança dos palestinos que fogem em duas estradas principais até as 16h (13h GMT). No domingo, disse que continuaria a permitir que os habitantes de Gaza evacuassem para o sul, e centenas de milhares de pessoas o fizeram.

O Hamas disse às pessoas para não saírem, dizendo que as estradas não eram seguras. Ele disse que dezenas de pessoas foram mortas em ataques a carros e caminhões que transportavam refugiados na sexta-feira. A Reuters não conseguiu verificar esta afirmação de forma independente.

"Não podíamos sair. Disseram para irmos para o sul, mas não tem transporte... Houve um engarrafamento. Alguns carros foram bombardeados por ataques aéreos. Durante a noite, as crianças me abraçam e começam a chorar e gritar dizendo: 'Salve-nos, salve-nos'. Como podemos salvá-los?", disse Fadi Daloul, morador de Gaza, que estava abrigado com sua família em uma escola.

Alguns habitantes de Gaza prometeram ficar, lembrando-se da “Nakba”, ou “catástrofe”, quando muitos palestinianos foram forçados a abandonar as suas casas durante a guerra de 1948 que acompanhou a criação de Israel.

Israel diz que o Hamas está impedindo as pessoas de saírem para usá-las como escudos humanos, o que o Hamas nega.

 

 

Por Nidal Al-Mughrabi e Emily Rose / REUTERS

 

ISRAEL - O exército israelita ordenou esta madrugada que 1,1 milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza abandonem as suas casas nas próximas 24 horas e procurarem refúgio no Sul deste enclave palestiniano. Este aviso pressupõe a intenção de uma invasão de larga escala por parte das forças israelitas, com o Hamas a recusar evacuar os civis, garantindo que os palestinianos não vão abandonar as suas casas e cidades.

A ONU alertou entretanto que deslocar 1,1 milhões de habitantes pode criar uma "situação catastrófica" em Gaza, onde a situação humanitária se degradou desde o cerco imposto por Israel, escasseando agora a comida, a água e com falta também de eletricidade. Também o rei da Jordânia, Abdullah II, apontou a gravidade de deslocar milhões de pessoas, lembrando que a guerra não deve atingir os países vizinhos.

Abdullah II recebeu esta manhã Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, com este oficial a entrar-se também com o Presidente palestiniano, Mahmud Abbas. Em seguida, Blinken vai passar pelo Qatar, Bahrain, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egipto, para debater este conflito com os líderes da região.

No Irão, uma grande manifestação de apoio aos palestinianos marcou esta manhã a capital Teerão, com milhares de pessoas a gritar "abaixo Israel" e "abaixo os Estados Unidos. O ministros dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir Abdollahian disse durante uma visita ao Líbano que os norte-americanos estão a cometer "um enorme erro" ao permitir que Israel destrua a Palestina e que cabe aos Estados Unidos "controlar" os israelitas.

 

 

Por: RFI

BRASÍLIA/DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente de Israel, Isaac Herzog, na quinta-feira (12). Em postagem nas redes sociais, Lula afirmou ter agradecido o apoio para a operação de retirada dos brasileiros de Israel, além de ter reiterado a condenação brasileira aos ataques promovidos pelo grupo Hamas, que o presidente classificou como atos terroristas.

"Agradeci o apoio para a operação de retirada dos brasileiros que desejam retornar ao nosso país. Reafirmei a condenação brasileira aos ataques terroristas e nossa solidariedade com os familiares das vítimas", disse.

Lula também pediu ao chefe de Estado israelense para que não deixe faltar água, luz e remédios em hospitais, e fez um apelo pela abertura de um corredor humanitário que permita às pessoas saírem da Faixa de Gaza, a zona mais crítica da Palestina, que tem sofrido com bombardeios e cerco militar.

"Não é possível que os inocentes sejam vítimas da insanidade daqueles que querem a guerra. Transmiti meu apelo por um corredor humanitário para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança. E que o Brasil está à disposição para tentar encontrar um caminho para a paz", escreveu.

Em Israel, o sistema de governo é parlamentarista. O presidente é o chefe de Estado, eleito pelo Parlamento do país. O Poder Executivo é exercido pelo primeiro-ministro, o chefe de governo, escolhido entre o partido ou coalizão que obtenha a maioria das cadeiras no Legislativo. Atualmente, esse cargo é ocupado por Benjamin Netanyahu

A violência em Israel e na Palestina chegou ao sexto dia nesta quinta, com a continuidade de intensos bombardeios na Faixa de Gaza, onde vivem 2,3 milhões de palestinos. Autoridades locais já contabilizam 1,2 mil mortes e mais de 5 mil feridos. Há pelo menos 180 mil desabrigados.

Em Israel, segundo a emissora pública Kan, o número de mortos havia aumentado para 1,3 mil desde o último sábado, quando começaram os ataques violentos promovidos pelo grupo islâmico Hamas.

O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) também alertou nesta quinta que suprimentos essenciais, incluindo comida e água, estavam em um nível perigosamente baixo em Gaza, depois do bloqueio imposto por Israel ao enclave.

 

 

Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil

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